quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Carnaval 2013

Neste sábado de carnaval a tarde, fui da minha casa na Saúde até a região de Perdizes. Como havia uma manifestação política (Fora Renan) na Av. Paulista, desviei meu trajeto de modo a chegar na R. Antônio Carlos. Nela, há alguns bares quando do cruzamento com a R. Augusta. Lotados, um deles tinha dois rapazes trajados com camisetas de um bloco de rua. 
Esses dois rapazes, amigo leitor, foi tudo que eu vi de carnaval neste Carnaval. O restante do tempo eu dividi entre novos projetos para o apartamento, um passeo até São Roque para reestocar minha adega, vários episódios de Spartacus (incluindo uma mini-maratona de 6 episódios), uma noitada de jogos de tabuleiro e amigos na casa de um amigo, guloseimas e gordices e, claro, namorar bastante.


O excelente video acima, de apenas 1m30, mostra minha opinião sobre o carnaval em geral. Não identifiquei imagens paulistanas nele. Não estou aqui me gabando de São Paulo ser m lugar perfeito e organizado (não é), mas do fato de não ter o tal do carnaval, apesar da pressão da mídia em noticiar o contrário.
Os desfiles são, na minha opinião, a síntese da coisa toda: 4mil pessoas ficam 40 minutos cantando a mesma música de 2 estrofes. Todas as escolas usam o mesmo ritmo, até porque nem existe outro. Gastam-se milhóes de reais, boa parte de dinheiro público, para se produzir fantasias de um só uso e veículos descartáveis para se fazer exatamente a mesma coisa que nos últimos 60 anos. Nada é mais chato, babaca, repetitivo, sem graça, irritante, cansativo, desnecessário, invasivo do sessego alheio, sem noção e esteriotipado do que isso.
Em São Paulo, no entanto, a coisa é ligeiramente diferente. Embora leve todos os adjetivos pejorativos acima, o paulistano médio não gosta do carnaval. Sim, é isso mesmo que você leu: a maior parte das pessoas daqui não curte do tal do carnaval. De novo, não estou me gabando disso: apenas constando. Prova disso é a sobra de ingressos para o desfile das escolas de samba. Segue link da matéria aqui. Pessoalmente, eu só conheço duas pessoas que alegam assitir aos desfiles. Um eu sei que dorme no processo...
Outra observação a ser feita está na composição das tais escolas de samba. O interesse diminuiu tanto que surgiu espaço para as chamadas "escolas de samba do futebol". Gaviões da Fiel, Mancha Verde e Dragões da Real são nomes de torcidas uniformizadas de futebol para quem não sabe. O que rola entre essas três é a mesma rivalidade, saudável ou não, do futebol. O paulistano não quer carnaval mais. Cansou, desistiu, desencanou ou foi fazer outra coisa.
Depois me perguntam porque eu não viajo mais no carnaval...

Um comentário:

  1. O paulistano médio não gosta do carnaval, gosta é do feriado prolongado. Pessoalmente eu acho que tem feriado demais no calendário para que se dê folga "tradicionalmente" em dois dias e meio que sequer são feriado (caso você não more no Rio ou em Salvador, onde eu até vejo razão de ser para o Carnaval).

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