quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Lista Negra: Vivo

Ocorreu-me outro dia que ainda não falei desses animais aqui no blog. Pois vamos.
Em algum momento entre 1999 e 2005, não sei precisar, aderi à banda larga. O acesso discado era caro, lento, pouco confiável e instável. Larguei e fui embora para a combo UOL / Speedy. 
Os primeiros meses, talvez anos, foram bons sim. O ganho de velocidade era notável. Era mais estável, mais confiável, e até mais simples. Mas já havia o problema  da obrigatoriedade de se assinar um provedor de conteúdo, no caso, o UOL. Nunca questionei a qualidade do conteúdo, mas a exigência da então Telefônica. Em resumo, era uma venda casada disfarçada. Eles ofereciam o próprio serviço de conteúdo, mas o assinante era livre para usar outro. Ocorre que nunca houve qualquer justificativa técnica para essa exigência. Nunca. E os merdas da ANATEL, provavelmente subornados, não faziam nada sobre isso.
Com o tempo, a realidade foi batendo à minha porta. A confiabilidade foi derretendo. Bastava uma chuva para a conexão cair. E voltava apenas no dia seguinte. Após alguns meses, o tempo de retorno passou para 2 ou até 3 dias. Ou seja, ninguém usava aquela bosta no verão. Foram brigas incontáveis com o suporte. Incrível com a culpa é sempre do usuário. Testa isso, testa aquilo, muda protocolo, testa arquivo, desliga da tomada... Tudo para enrolar o assinante e não entregar o serviço. E nada da ANATEL fazer alguma coisa a respeito.
Então, em 2006, vendi meu apartamento. Em meados de dezembro, acertei com o comprador que deveria desligar todos os serviços. Luz, e mesmo o telefone, foram tranquilos. Mas o Speedy... ah, o Speedy... Foram 3 dias, de segunda a quinta-feira, pendurado no telefone para cancelar o serviço. Liguei dezenas de vezes. Cada vez era uma coisa diferente. Jogavam minha ligação para todos os lados, inventaram desculpas de fidelidade e planos, fizeram mil ofertas. Cancelar foi mais trabalhoso do que dividir as posses com duas namoradas que moraram comigo e acabamos terminando a relação. Posso afirmar com tranquilidade que foi mais complicado que um divórcio. 
E assim me vi livre deles, mas não para sempre.
Em janeiro de 2012, a pedido da minha namorada, troquei de operadora de celular. Saí da Claro para Vivo, porque poderíamos conversar sem pagar. Depois dos primeiros meses, sempre bons, foi anunciada oficialmente a compra da Vivo pela Telefônica. Já era um negócio em andamento quando eu fiz a migração, mas foi nítida a queda nos serviços depois da aquisição final. A cara de pau foi tanta que a Telefônica comprou a Vivo e abriu mão da própria marca, tão queimada que estava no mercado.
Na verdade, acho houve um erro de interpretação das condições da promoção. O que era grátis era ligar, não falar. Ligar, eu até ligava. Mas em pouco minutos eles intencionalmente derrubavam a ligação. É mais que conhecida essa prática, pois o usuário fica obrigado a ligar novamente e pagar outra ligação.
- Mas é grátis, Norson. Você não paga para ligar outra vez, tanto quanto não paga para ligar da primeira.
Era grátis com quem tinha Vivo, né, criatura? Em outros casos, paga-se. A prática era tão comum que a ANATEL já obrigou as operadoras a não cobrarem por religações feitas logo em seguida de uma queda de conexão. Cheguei a ter a ligação cortada 4 vezes em uma mesma conversa com Luciana. Insuportável. Internet, então, vez por outra. Sempre que eu não precisava, ela estava lá. 



Toleramos o plano até terminar o limite de carência e fomos para a Oi. Não é perfeita, longe disso, mas não é uma empresa controlada por gente safada, inescrupulosa, mal intencionada e sem vergonha alguma de roubar os próprios clientes. Bandidos, enfim.
E você, leitor, que usa Viva, já sabe do que vou te chamar a partir de hoje...

4 comentários:

  1. Já tive experiência com todas operadores mais de uma vez (geralmente cada contrato que faço é de 1 ou 2 anos). Exceto a Vivo.
    Minha experiência é: Todas são bosta. TIM, CLARO, OI tudo a mesma merda. Falha, não dá suporte ao cliente, SEMPRE manda fatura cobrando a mais, são incompetentes pra fazer portabilidade, não dão a minima pra um cliente a mais ou a menos... Enfim...
    No fim das contas somos refém de um monte de bosta.

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    1. E a ANATEL não faz porra nenhuma.

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    2. Como experiência PESSOAL, eu posso dizer que não tenho problemas com a VIVO. Como gestor de uma área de Telecom, preciso dizer que já tive muitos problemas no passado, mas nos últimos meses melhorou bem.

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  2. Olha, eu já tive TIM e Claro. Honestamente se você tem raiva da Vivo pelo que você expôs, eu preciso te chamar de mirim. Perto do que eu passei com a Claro, isso parece quase um passeio no parque...

    Por outro lado, eu nunca tive problemas com a Nextel. E nunca tive nenhum problema com a Oi porque nunca vi motivo para ter uma linha da Oi...

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