Pela segunda vez neste blog, o Blogspot me deleta um texto. E como foi na quinta-feira e eu, besta, confiei no sistema, nem tenho mais como recuperar o raciocínio. Sim, foi burrice aguda minha.
Nesses dias, voltamos a ser o Bronzil. O termo foi cunhado, creio, por José Simão em 1996, quando terminamos os jogos com 15 medalhas:3-3-9. De lá para cá, foi sempre uma montanha de bronzes: 0-6-6 em Sidney, 5-2-3 em Atenas e 3-4-8 em Pequim. Eram 26 até chegarmos a Londres. Já fizemos mais 5, em um até que triste 1*-1-5.
O judô distribui mais bronzes do que ouros e pratas. Daí temos os 3 bronzes nesse esporte. Ainda assim, perdemos algumas disputas que, embora nunca sejam fáceis, sempre são possíveis.
Cielo decepcionou fazendo outro bronze, na prova em que é especialista, defendia o título de 2008 e era considerado favorito. Ficou claramente decepcionado com o resultado, o que me dá esperanças.
Scheidt e Prada entraram na medal race com a prata na mão. Tentaram o ouro e ficaram com o bronze. Isso eu também aceito, até porque os ingleses caíram juntos e ficaram com a prata.
Daí temos os fiascos e não foram poucos. O futebol feminino (nunca serão, jamais serão!) caiu para o Japão nas quartas de final. Não jogaram nada, pederam justamente. Uma das duplas do volei de praia feminino também já está vindo para casa, junto do basquete feminino. O avião está cheio...
No sábado teve a mancada da Fabiana Muerer no salto com vara. Ela ia para o 3o salto na marca de 4m50 e precisava passar. Aí ventou e ela abortou o salto. Teve bandeirinha amarela para dar mais 15s ela vinha e parou de novo. Nem sequer saltou. Isso é inaceitável. Amarelou. Ovomaltine com pera. Vergonha.
O futebol masculino deixou escapar outro fiasco praticamente garantido. Perdia de Honduras por 1x0 e depois por 2x1 (com um jogador a mais nesse momento), mas conseguiu virar para 3x2. Quase. Agora a semi é contra a Coréia do Sul.
*Ao escrever este texto, já tinha visto a medalha de ouro de Arthur Zanetti, nos colocando em 2-1-5, algo mais aceitável no geral. O ouro veio nas dificílimas argolas. Zanetti foi corajoso ao apresentar uma série de elevada nota de partida. Trouxe para si a responsabilidade em vez de esperar pelos erros dos outros. Não reclamou do vento. É a primeira medalha nesse esporte, e logo de ouro. Emocionante. Ficam os parabéns mais sinceros desde colunista para ele.
Olha, sem querer defender ninguém em específico, mas do meu ponto de vista só quem tem OBRIGAÇÃO de trazer medalha é e sempre foi o futebol masculino. Nenhum outor esporte no Brasil tem tanto investimento e estrutura.
ResponderExcluirPenso que o que o pai do César Cielo falou na última Olimpíada explica bem o que eu penso, que a medalha que o filho havia ganhado era dele, não do Brasil, porque o Brasil não tinha feito NADA para ajudá-lo a ganhá-la.