Em tempos de se falar tanto em distanciamento social, quarentena e um bando de retardados que acha que sair na rua não pega nada nem para ele nem para os outros, preferi olha para a questão sócio-econômica, do ponto de vista dos modelos de negócio, frente ao necessário fechamento temporário. Vou então dar um pincelada sobre serviços que são essenciais e outros nem tanto...
Antes de começar, relembro que raríssimos são os estabelecimentos obrigados a funcionar. Um posto de gasolina pode sim fechar por variados motivos. Também levarei em conta o tal home-office em classificação mais à frente. Por último, não se tratam de classificações absolutas e estanques. O texto esclarecerá isso, mas fique tranquilo: não colocarei tudo em caixinhas perfeitas.
Os serviços essenciais mais óbvios de se perceberem se relacionam a saúde e segurança. Quase tanto quanto é tudo que se refere à alimentação. Estes ficam um grau abaixo, mas ainda na mesma categoria por uma razão simples. Segurança e saúde são como o vento: não podem ser estocados; comida pode sim. Claro, há limites. Claro, a produção da comida exige atenção contínua. Mas alerto quem pensou sobre isso: a produção da comida fica no setores primário (pecuária e agricultura) e secundário (indústria). Estou falando aqui em serviços, setor terciário. Então, se aquele seu amigo daquela grande rede social acha um absurdo o fechamento de "serviços de manufatura de alimentos", saiba que ele já está falando bobagem. Lógico que nada disso funciona sem energia elétrica, água, combustíveis para veículos, gás natural e até mesmo internet. Não vou listar tudo.
Os serviços adiáveis são aqueles que você consome sim, mas pode perfeitamente ficar um bom tempo sem eles. Claro que esse tempo varia muito da pessoa e do serviço. Eu mesmo tinha programado pra esta semana cortar o cabelo: não vai rolar e não vou gostar do resultado. Mas ninguém morre por ficar semanas sem cortar o cabelo. Aqui vão entrar serviços como vestuário, serviços advocatícios ou contábeis, educação e tantos outros. Essas coisas são importantes, mas são um pouco adiáveis.
Os serviços supérfluos são aqueles que, falando a verdade, podemos viver sem. Se nunca mais pudermos viajar a passeio para outros países, é óbvio que muita da graça da vida se perde. Mas ninguém vai morrer por isso. Então temos turismo, bares, restaurantes, casas noturnas, cinema e por aí segue.
Agora, vou perguntar o quão essencial é a presença da pessoa no local de trabalho. É simples: se absolutamente precisa estar lá, como o enfermeiro, o cabelereiro e garçom, é serviço presencial. Se pode estar longe, como atendimento de primeiro nível em suporte de internet, contador e atendente da loja de turismo, é serviço remoto.
Vou ficar aqui, e espero não ter dito nenhuma grande novidade. Quis apenas estabelecer os termos que usarei nos próximos posts.
Até amanhã.
Até amanhã.
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