sábado, 1 de dezembro de 2012

De quem eu não tenho pena: video especial

Notícia em video.

Eu adoro cachorro, gosto muito mais do que de gente. Mas enfrentar a natureza é burrice aguda.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

RIP

Joelmir nos deixou esta madrugada.
Triste.

E deus nos deixa com Sarney, Chavez, Castro, Lulla... Ele realmente deve estar puto conosco, caso exista.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sem Sanchez

Depois de Mano Menezes ser demitido, agora Andrés Sanchez se demitiu do cargo de Diretor de Seleções.

Há uma luz no fim do tunel: esperanças renovadas.

De quem eu não tenho pena: especial Grandes Eventos

Amigo leitor, amiga leitora.
Não tenho a menor pena de pessoas desconectadas dos fatos. Grandes eventos acontecem por todo lado, são divulgados em variados meios de comunicação e tem gente que faz questão de ficar sem pilha no radar. Merece sofrer.
Li diversos relatos no Facebook de pessoas que se deram ao trabalho de dizer ou até relatar histórias de que não sabiam que havia Fórmula 1 em São Paulo neste dia 25 de novembro último. Curioso isso, pois 60mil pessoas estavam no evento, e pode colocar aí fácil uns 2 milhões (apenas na cidade) vendo pela televisão.
Lembrou o caso de 2005 quando o amigo David Spira ficou preso na avenida Paulista por causa das comemorações tricolores do seu terceiro título na Libertadores. Ele jurou de pé junto que não sabia do jogo e que não sabia que os torcedores ali comemoravam. E olha que já era assim há coisa de 20 anos... Depois disso passei alguns anos avisando ele de que a Copa de 2014 ia ser no Brasil (comecei a avisar ainda em 2005, dois anos antes do anúncio oficial), pois já não tive pena dele.
Não acho que ninguém deva ser obrigado a gostar de coisa alguma. Honestamente, eu prefiro uma F1 apenas com fãs de verdade do que com milhões de pachecos que só assitem a largada e a chegada e torcem para ouvir "a musiquinha do Senna" (que aliás nunca teve esse nome) deixando o que realmente importa de lado. Do mesmo modo, carnaval, futebol, festa rave, parada GLBT, Salão do Automóvel, Bienal do Livro, Corrida de São Silvestre e Reveillon na Paulista não são eventos para, necessariamente, todos.
Mas viver em uma caixa de sapatos e fingir que o mundo a sua volta não existe é ridículo. Fazer questão de postar que nem sabia do evento, apenas para parecer "cool" ou "desconectado da grande midia do mal" é de uma infantilidade avassaladora. E não tenho pena de gente infantil.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

TSKF, 13

Em novembro de 1999, meu então sócio Marcelo Del Debbio me fez um convite atípico. Éramos amigos há anos, tínhamos uma empresa com cerca de um ano e meio de vida e em franca expansão e diversos interesses culturais em comum. Ainda assim, ele praticava Kung Fu há uns 7 meses naquele momento e, empolgado que estava, chamou-me para uma espécie de festa que a academia ia fazer.
Eu tinha 25 anos e estava fora de forma. Havia feito alguns (acho que 4) ciclos de academia com pesos e achava aquilo meio bobo. Um outro amigo me dera o telefone de um cara que dava treinos de futebol. Segundo ele, eram treinos mesmo, não apenas os rachões que tanta gente já fazia em campos de society. Parecia bem legal a ideia de treinar para me aprimorar em algo que eu gostava. No entanto, o sujeito se mostrou um completo pamonha, incapaz de marcar um horário para eu ver o trabalho dele, ou até mesmo de me dar o preço da mensalidade.
Daí, a tal academia que o Marcelo e sua então namorada Luciana estavam fazendo ia abrir uma filial em outro bairro. O Marcelo treinava no Aeroporto e eu, morando no Itaim, não tava nem um pouco a fim de atravessar a cidade 3x por semana para o que quer que fosse. No entanto, a tal filial estava sendo instalada na rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros. Bem viável.
Lá fui eu ver a tal festa em um sábado a noite. O que a falta de uma namorada não te faz...
Sentado no chão perto da janela lateral, vi apresentações de formas muito impressionantes. Os atletas era pessoas comuns que haviam aprendido aquilo na raça pura. Não eram efeitos especiais. Não haviam cabos pendurando ninguém. O bastão era de bambu chinês mesmo. O facão, embora sem corte, podia machucar. E o que me tirou do sério foi uma luta combinada entre dois dos alunos mais antigos.
É lógico que não era de verdade. Ninguém ali estava batendo no outro. Nenhum dos dois era bandido ou comprador de encrenca. Mas o barato era que parecia real, mesmo eu sabendo que não era.

Eu quero aprender isso !

Depois da festa, que terminou com uma apresentação musical dos próprios alunos, fomos a uma lanchonte. Não lembro qual lanchonete. Não lembro que comi, embora provavelmente tenha sido um cheesbacon. Não lembro como ou que horas fui para casa.
Mas jamais esquecerei aquele troichá de Pam Pou Kiu.

Eu estava fazendo um tratamento naquelas semanas, tomando amáveis injeções de benzetacil. Isso atrasou minha matrícula por uns dias. Num sábado de manhã peguei meu carro e fui até lá. Conversei um pouco com o instrutor e fechei um plano semestral (suficiente para ganhar o uniforme) com 3 treinos por semana. Ele me contou que a tal técnica estava numa faixa um tanto avançada, mas que eu poderia chegar lá sim em coisa de uns 3 anos.
Esse sábado foi há 13 anos. Ainda faltam pelo menos outros 13.

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Complemento de postagem

Acabei de consultar minha agenda e descobri que estou com 1993 treinos (sim, eu marquei cada dia em agendas antigas e desde de 2007 está tudo no Google Agenda). Isso dá uma média de 2,94 treinos por semana. Portanto, não faço nada de excepcional, apenas sigo o que é recomendado pelos instrutores: perseverança e consistência.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vetel é tri, mas Alonso é o melhor

Parabéns ao time do 4o Reich. Afinal, temos uma equipe austríaca comanda por um alemão faturando tudo há 3 anos. Ou não ? Venceram tudo que puderam, não criaram inimigos, seguiram a regra do jogo o tempo todo e até foram prejudicados algumas vezes. Seb é rápido, estável e sabe tirar o que o carro lhe oferece. Não há qualquer crítica da minha parte ao título. Foi merecido sim.
Mas se o ano de 2012 serviu para alguma coisa, foi para mostrar o quanto Alonso é o melhor da turma. Levou o carro nas costas mais de uma vez. Foi ao podium quando merecia ser 5o. Venceu quando merecia ir ao podium. Passou duas McLarens em corrida em que eram o carro mais veloz. Fez o mesmo contra Red Bulls. Em nenhuma corrida ficou abaixo de seu potencial. Quase foi campão com o 3o carro do grid.
Lembro de como ele começou a carreira, na pequena e inesquecível Minardi. Era um treino livre, e seu companheiro de equipe era o brasileiro Enrique Bernoldi. Em um esporte onde a primeira comparação é com o companheiro de equipe, uma diferença de 0,2s é aceitável. 0,5s se for uma estreia como no caso de Alonso, então com 19 anos.
Alonso foi 2,5s mais rápido que Bernoldi. É uma diferença de outro planeta. Quase ninguém deu atenção, pois em equipe pequena poderia haver um monte de explicações mecânicas ou até estratégicas para isso. Mas alguns jornalistas acompanharam os tempos e viram a façanha. Não era tanque cheio ou pneu duro para Bernoldi. O novato era bom. Foram entrevistá-lo sobre a diferença, ao que ele respondeu:
- É uma diferença absolutamente normal. Eu não perco para pilotos mais rápidos, eu perco para carros mais rápidos. Pilotos mais rápidos não existem.
19 anos de idade, antes de estrear. Tem que ter culhão para dizer isso. Alonso tem. E mais do que culhão, tem talento para respaldar o fala.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Curtas

Black Friday: um evento no qual você compra o que não precisa com um dinheiro que você não tem com um desconto que não existe em um site que não funciona.

Mano Menezes caiu. Já foi tarde. Podia dirigir o Palmeiras agora.

Camisa social, ou porque as pessoas sofrem tanto e fingem gostar

Polêmico título, não ?
Sim, acordei de mau humor hoje, provavelmente por ser o terceiro dia consecutivo chegando ao trabalho antes do Sol nascer. Então vou distribuir um pouco de veneno em quem (ou pelo menos alguns) que merecem. O tema de hoje é criticar o que eu considero um das maiores fontes de sofrimento humano dos últimos séculos. É algo que só causou menos problemas do que a religião e o marxismo: a camisa social.
Comecei tentando pesquisa a história da camisa social. Meu sucesso nisso foi, digamos, pífio. Consegui entender que o que hoje chamamos de camisa social é o resultado de uma evolução (sic) de produtos anteriores. Em tese, ela se tornou mais simples por deixarmos de lado os babados e flu-flus que podemos observar nos filmes históricos. O grande problema, então, é que o produto não evoluiu na velocidade ou direção corretas.
Usamos roupas por uma série de motivos. Alguns deles são reais e outros são auto-impostos. Os reais são, em essência, para atender a requisitos de conforto térmico e decoro. Os auto-impostos são para indicar posição social e expressar ideias. Estas  duas últimas por menos que alguns queiram admitir, não têm origem clara, são resultado de algum tipo de contrato social jamais escrito. Por um lado, eu sempre achei uma completa babaquice as pessoas precisarem se afirmarem quanto a sua posição social em algum cenário. Por outro, acho que ideias deveria ser expressas com palavras, já que nos demos ao trabalho de inventá-las. Qualquer outro método é, no mínimo, ineficaz.
Então vamos ao que realmente importa em uma roupa: proteger seu usuário das condições climáticas e esconder as partes íntimas que todos têm, todos sabem o que o outro têm, mas que por algum motivo estranho à minha compreensão decidimos que deve ficar oculto.
Acho que o leitor já entendeu meu ponto aqui. Não que eu seja nudista ou, pior, ativista do nudismo. Mas Desde a adolescência acho um enorme exagero o que se faz no sentido de se esconder nossos apetrechos biológicos. E não me venham com o argumento religioso-conservador-ultradireitista de que precisamos proteger nossas crianças: se todos andassem nus há 1000 gerações nada disso seria sequer debatido. Ainda assim, mesmo que cheguemos a conclusão triste de que o processo evolutivo humano deixou a necessidade de esconder nossos órgãos reprodutores como um defeito genético em nossos cromossomos de modo análogo ao daltonismo ou a anemia falciforme, a camisa nada se refere a isso por estar aplica a outra parte do corpo humano. Cai por terra, então, essa necessidade de decoro e principalmente sua relação com essa desgraçada invenção da mente humana.
Sobrou o conforto térmico como último bastião. E nisso, o leitor admitirá em alguns minutos, a camisa social falhou miseravelmente ao tentar obter.
As roupas são compostas por uma combinação de escolha de tecidos, formas cortas e montagem de modo a ficarem do jeito que são. Essas características são criadas em conjunto: não se pode alter apenas uma sem mudar dramaticamente o resultado final. Pensando nessa ideia, não se pode alterar o tecido usado sem que o todo mude totalmente, podendo-se até mesmo ficar socialmente ridículo. No entanto, várias partes de uma camisa social servem única e exclusivamente para irritar o usuário.
As camisas tem colarinhos, por exemplo. Os colarinhos incomodam, apenas, o tempo todo. Fica cutucando a nuca e o pescoço sem nenhuma razão aparente ou mesmo oculta. Não protegem do frio, no entanto: quando estamos no inverno, fechar o colarinho não aumenta nem a proteção nem a sensação de proteção, obrigando a pessoa a usar um casaco ou algo do gênero. No calor, é uma coisa a mais que aquece por impedir a circulação do ar e retendo desnecessariamente o calor do corpo. E ainda por cima sujam com assombrosa facilidade mesmo que o usuário permaneça estático dentro da roupa por horas.
O segundo item errado está nos punhos. Também não tem nenhuma utilidade prática. Para quem usa relógio de pulso, dificulta o acesso ao mesmo. Quando fechados, predem uma parte da roupa dificultando o movimento dos braços reduzindo a agilidade. Sujam com enorme facilidade e ainda podem enganchar em projetos soltos.
A abertura frontal com botões é algo totalmente anacrônico desde a invenção do ziper. Hoje em dia, pelo menos se prendem com firmeza, mas em um passado não muito distante, a falta de precisão na fabricação fazia com que eles fossem de dois tipos: os que não prendem e os que não soltam. Ainda assim, é comum descosturarem-se e caírem no meio do uso, causando desconforto social (obviamente autoimposto) ao usuário. Para piorar, algum imbecil achou por bem criar variedades de botões. Ou seja, se você perder um botão da sua camisa nem tente procurar um para substituir: você não vai achar.
O tecido usado nas camisas sociais é de uma burrice aguda assombrosa no século XX. Imagine no XXI então. Não protege do frio: qualquer ventinho que passa atravessa a camisa como se ela não estivesse lá. Não traz conforto no  calor: quando esquenta, promove pouquísima troca de calor com o ambiente se comparado com coisas mais tecnológicas. Mancha até com ar: qualquer coisa que esbarrar em uma camisa social deixará sua marca, até mesmo substâncias que saem com relativa facilidade de outros tecidos como refrigerantes ou molho branco. Amassa com o olhar: só de se tirar uma camisa se seu cabide elá já está amassada.
Eu até poderia entender o uso da camisa social se estivéssemos nos anos 1950. Mas com a invenção da camiseta nos anos 60 qualquer tentativa de defesa da camisa social provocará risos. Aplique cada um dos conceitos do parágrafo acima a uma camiseta e você, leitor, notará o quão covarde é a comparação. Se juntarmos a isso a ausência das partes supérfluas de uma camisa, alguém começará a perguntar "putz, onde erramos então ?"
O fato físico incontestável é que bilhões de pessoas no mundo todo poderiam, todos os dias, irem trabalhar com uma camiseta branca simples, honesta, com bom caimento, confortável e agradável ao toque, mas usam um produto totalmente ultrapassado sob qualquer tipo de análise, inclusive econômica.
Sofremos, pagamos caro por isso, e ainda somos socialmente obrigados a dizer que camisa social "é algo importante" ou "que dá boa aparência" ou "que é o certo".
Que grande mentira.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Filhos

Passei parte do final de semana falando sobre ter filhos com a namorada. Sim, estou velho o suficiente para esse tema estar em pauta...
De todo modo, se fosse para eu entrar nessa selva, eu iria querer algo assim:


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Quatro virgens em Miami

Neste domingo, haviam 4 virgens em Miami: Bradley, Roger, John e Horace. Juntos há alguns anos, os 4 venceram essa importante barreira em suas carreiras, para alegria e festa geral. Verdade seja dita, não creio que os irmãos John e Horace, mortos na década de 20, tenham feito alguma festa efetiva. Mas seus sucessores fizeram, e muita.
Para quem não entendeu nada até agora, comento o título na Nascar definido na 36a e última prova do campeonato. Venceu Brad Keselowsky, seu primeiro campeonato. Venceu correndo pela equipe de Roger Penske, multi campeão na Indy, mas que ainda sonhava com o título na principal categoria de automobilismo americana. Venceram usando equipamento Dodge, marca criada pelos irmãos Horace e John no começo do século passado, quebrando uma série de 6 anos de Chevrolet e também primeiro título da montadora. De quebra, ainda mandaram para o espaço um tabu de 21 anos sem que um piloto campeão da Nationwide (antiga Busch Series) vencesse a categoria principal.
Brad venceu com autoridade. Contou com falhas dos adversários que foram caindo pelo caminho. Gordon teve problemas logo na primeira prova do chase. Earnhardt já não vinha bem quando sofre uma concussão. Hamlin não tem mesmo fôlego quando a coisa aperta. Bowyer chegou ao vice-campeonato com um equipamento inferior e ainda arrumou briga com o time errado. Harvick, Kahne, Kenseth e Truex não mostraram a que vieram e Stewart não parecia tão motivado.
O único adversário real era Jimmie Johnson. O pentacampeão chegou a liderar o campeonato quando bateu sozinho em Phoenix, pista que domina. Com chances remotas, tentou uma estratégia de risco que, a 60 voltas do final, poderia dar resultados. Mas, para surpresa geral, a mais eficaz equipe da Nascar errou nos pits. Em seguida, seu carro apresentou problemas e o campeonato acabou. Brad, que só precisava de um 15o lugar mesmo que Johnson vencesse, passou a dirigir um taxi e chegou ao final sem sustos.
Ficam meus risos da Dodge. Depois de anos em busca de resultados, a montadora ficou ofendidinha por Roger Penske anunciar que usará equipamento Ford em 2013 e decidiu sair da categoria mesmo tendo pronto o modelo novo para o ano que vem. Ficou com o título e não estará na pista para usufruir dos louros da vitória.
Bem feito: quem mandou deixar a FIAT no comando !? Durma-se com esse barulho agora.