segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Domingo no Parque

Marquei 2 passeios, que se tornaram 3, no Parque do Ibirapuera com minha esposa. E isso acumulou com a "Semana Botrel do Carro em Casa", meio que de caso pensado, meio que aproveitando a oportunidade.
Logo cedo, a previsão de garoa estava se confirmando. Luciana propôs irmos de ônibus, mas eu não confio no sistema de ônibus de São Paulo desde 1991, graças às burradas da então prefeita Erundina. Meu temor era ficar parado no ponto tomando chuva sem perspectiva de passar algum coletivo. Optamos pelo Uber, portanto. O voucher de R$ 15 que ela tinha não ia atrapalhar em nada os planos. Custo efetivo da viagem: R$ 1,30.
E assim chegamos ao parque às 8h40, 20 minutos antes do planejado. Seguimos para o Planetário, primeiro passeio do dia. Esperamos dar 9h, quando os ingressos gratuitos seriam distribuídos. Tudo correu certinho. 
Esses 50 minutos de espera entre a chegada e entrada no Planetário me permitiram ver uma horda de treinadores de pokemon. Não contei, chuto 100 a 120. Não sei em quais pontos eles se concentram, nem se aquele ponto era particularmente especial, mas estavam avidamente pegando seus monstrinhos virtuais. Caminhando? Não: parados. Vendo a natureza? Pfff. Aproveitando para aprender um pouco de Ciência grátis no Planetário? Nenhum. Uma pena.

A apresentação era bastante básica, mas ainda assim muito bela. A trilha sonora, que abre com tema de Star Trek - A Nova Geração, o que só ajuda. A qualidade das imagens impressiona. A narração, embora perfeita em conteúdo, poderia ser melhorada em termos de entonação e ritmo. O conteúdo está atualizado para 2016, o que me surpreendeu. 
Os pontos negativos ficam para algumas estruturas que, embora bastante novas, já estão quebradas. Algumas cadeiras estão isoladas, mas não fizeram falta dado o público lamentavelmente pequeno (cerca de 70 pessoas). O banheiro já tinha um mictório e uma privada isolados para manutenção e, na saída, a maçaneta da porta se soltou na minha mão. Era tudo que eu precisava para meu domingo: ficar preso pelo lado de dentro em um banheiro de parque com um moleque de 8 anos junto... Consegui reencaixar a maçaneta e saí fora, por sorte.

A apresentação terminou com pequeno atraso, o que nos obrigou a acelerar o passo para o segundo evento: Exposição Lego, na Oca. Chegamos com ingressos pré-comprados pela internet (R$ 20), com horário marcado para 11h. Dava a entender que havia um prazo de 1h para ficar lá dentro, mas logo notamos que isso era balela. Era para curtir o evento, cada um no seu ritmo.
A obras são, em sua maioria, magníficas. Ótima iluminação na maioria das instalações e incrivelmente divertidas. Há uma boa separação de fases do artista também, que tem obras bastante contemporâneas, uma fase impressionista, uma fase de reprodução de obras famosas e, claro, um T-Rex de 80mil peças. 
O ponto negativo foram as crianças soltas. Por algum motivo de posicionamento, as pessoas em geral não sacaram que era uma "exposição de arte com peças de Lego" e leram apenas a parte do "Lego". E daí acharam que era para crianças. E daí elas ficavam soltas correndo e estragando fotos. Um saco essa parte. Mesmo.
Não eram todas, claro. Apenas a maioria. Não digo aqui que não se deva levar crianças a exposições de arte, ao contrário. Mas é preciso saber onde elas estão indo, e comportarem-se de acordo. Só isso.

De saída, estávamos a ponto de chamar o Uber quando notamos, no Portão 1 do parque, que o Obelisco estava aberto para visitação. Eu nunca tinha entrado ali, e Luciana se empolgou na hora. Fomos.
Um Cabo PM nos acompanhou o tempo todo. Não por obrigação, mas por interesse. Baiano de nascimento e paulista por opção, é um apaixonado por história. Comentou aspectos da Revolução de 32 (pessoalmente, eu não gosto do termo Revolução para esse episódio histórico) e detalhes sobre o monumento em si. Malditos PMs trogloditas bandidos de farda que usam um grupo de Whatzapp para discutir História !

De lá, pegamos o Uber (R$ 8,67 desta vez) até o Shopping Metrô Santa Cruz, almoçar no Outback. Só alegria: foi a primeira vez que não tive que esperar por uma mesa, e ainda ganhamos ou voucher boomerang, para voltar a preços bem convidativos. E ganhamos 2 deles ainda por cima.
A volta para casa custou apenas R$ 10,38 de Uber.

A análise final das despesas de transporte, menos não considerando o voucher, foi R$ 35,35 para 3 pernas. Só estacionamento no Shopping sairia uns R$ 15. Pode colocar aí 2l de etanol, somando R$ 4,20. Já estamos em R$ 19,20 de carro, supondo que estacionei numa boa no parque, não houve despesas acessórias (flanelinha, zona azul, vidro quebrado, volta no quarteirão). A diferença foi R$ 16,20 para não ter que estacionar duas vezes, nem caminhar do carro até o passeio e vice-versa. Está realmente difícil usar carro em São Paulo.

Ótimo domingo. 
Recomendo cada passo.

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