segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Sonhos reais

Quem nunca, caros leitores, teve um daqueles sonhos que pareciam realidade ? Falo daqueles sonhos que, ao contrário daquelas cenas distorcidas ao estilo Dali, são lugares, se não reais, plausíveis. Os casas ou apartamentos tem um número de cômodos esperado. As ruas são retas, os carros têm quatro rodas (e os cães quatro patas). As pessoas agem com naturalidade a eventos naturais e com espanto a eventos estranho. E o espanto é proporcional à estranheza. Cores, sons e cheiros são os esperados. Tudo parece real, exceto os fatos. 
Os fatos, os eventos são estranhos às nossas memórias. Nós mesmo reagimos de modo compatível com o ambiente, mas vemos pessoas que nunca vimos em lugares onde nunca estivemos. Mas o que me impressiona quando tenho um desses sonhos é que acordamos com os sentimentos que tínhamos no sonho. Raiva, ansiedade, paixão, medo, dor, angústia, alegria.. Escolha um e ele pode estar lá no sonho e depois acordar contigo.
Não sou isento disso. Felizmente.
Admito que é uma aventura totalmente a parte de minha mente. Reúno em meus sonhos pessoas conhecidas de diferentes bandas de amigos e parentes a totais estranhos para contar histórias ao mesmo tempo incríveis e plausíveis. É como um filme bom, sendo eu mesmo um personagem e sem saber o final. 
No mais recente, quando acordei, carreguei comigo as memórias do personagem que representei no sonho. E daí me ocorreu a pergunta sobre essa carga toda de informações e sentimentos: será que isso não seria vinda outra pessoa. Será que tudo aquilo é algo que realmente aconteceu (todo ou em partes) com alguém em algum outro lugar ou outro tempo ?
Seriam esses sonhos ultra-reais uma transferência emocional por alguma via neural ainda não detectada pela ciência ?
Bem, era isso por hoje...

Um comentário:

  1. Bom, existem evidências desse tipo de coisa na ciência, mas nada conclusivo (um estudo que mostrava que uma cadela era capaz de sentir a morte dos filhotes a quilômetros de distância me vem à mente, mas a fonte está longe de ser confiável).

    No meu caso, sempre que eu tenho esse tipo de sonho ele é um de dois tipos:

    1) Sonhos onde eu não sou eu, e até um certo limite ocorrências estranhas são aceitas (conheci algumas celebridades assim)

    2) Sonhos totalmente plausíveis, dos quais eu me lembro muitas vezes com clareza (o que é raro no meu caso) e que retratam situações que na hora não fazem sentido nenhum, mesmo sendo verossímeis.

    A maior diferença entre os dois, na verdade, está no fato de que até hoje todos os sonhos que eu tive do segundo tipo acabaram acontecendo algum tempo depois (deja vu tem outro significado para mim).

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