terça-feira, 7 de maio de 2013

Podre de Rico

Bill Gates, Carlos Slim, Sam Walthon... todos uns bostas.
Ok, um tanto de exagero na primeira linha, mas certamente captei a atenção do leitor para o tema que queria comentar hoje: John D. Rockefeller. Não é aniversário de nascimento, de morte, de casamento ou de formatura dele: apenas deu vontade de resumir a carreira do que verdadeiro homem mais rico de todos os tempos
Rockefeller criou um império de petróleo, na época em que o mesmo era refinado em querosene para iluminação. Originalmente feito a partir de óleo de baleias, o óleo começou a ficar caro e o até então inútil petróleo era ridiculamente barato. Então, Rockefeller decidiu em 1859 investir em um mercado nascente.
Em meados da década de 1880 (25 anos depois, aproximadamente), ele refinava cerca de 85% do petróleo norte-americano. Chegou a sonhar com um monopólio planetário, o que não conseguiu fazer por dois motivos. O primeiro foi uma crescente resistência da opinião pública norte-americana à concentração de negócios nas mãos de um único dono, independente do mercado em questão. A segunda, mais crítica na minha opinião, foi o início das operações de refino simultaneamente em diversas partes do mundo, com destaque para a Rússia e o sudeste asiático.
Seu método de crescimento era, em essência, comprar os rivais que surgissem pelo caminho. Sua primeira oferta era tida como justa e honesta: ele apenas mostrava o tamanho real de sua operação e oferecia o valor de mercado pela companhia. Os teimosos eram levados à falência em questão de meses. Para evitar o excesso de aventureiros, Rockefeller mantinha os preços do querosene incrivelmente baixos. Ao longo de 40 anos, o preço caiu 80%. Não era dos consumidores que ele tirava seu lucro, mas da escala da operação. 
Em 1911, sua companhia Standard Oil Company foi condenada por violar práticas anti-truste consideradas ilegais pouco antes. Claramente consequência da conscientização do público e mídia que exigiu tais medidas nos anos anteriores, a Standard foi fracionada em 34 empresas. Perceba agora, amigo leitor, o tamanho da operação que Rockefeller controlava. A Standart foi dividida nas seguintes companhias, entre outras: Continental Oil (que se tornou Conoco e atualmente ConocoPhillips), Standard of Indiana (que se tornou Amoco, parte da Brithish Petroleum hoje), Standard of California (atual Chevron), Standard of New Jersey (que se tornou Esso, Exxon e ExxonMobil), Standard of New York (que se tornou Mobil e, claro, ExxonMobil) e Standard of Ohio (parte da BP) e uma parcela que não consegui identificar com precisão que deu origem à Pennzoil
Estima-se que sua fortuna chegou a 900 milhões de dólares nos anos 1910, o que seria aproximadamente 670 bilhões de dólares em valores atuais. Isso equivale à soma dos primeiros 18 bilhionários da lista da Forbes. 
O cara era bom no que fazia.

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