segunda-feira, 28 de março de 2016

Angra dos Reis 2 - Dia 1: Viagem e Primeiros Mergulhos

Antes de começar, admito que jamais relatei a viagem feita para Arraial do Cabo em setembro de 2015. Cheguei a rascunhar o primeiro dia e nunca terminei. Embora tenham sido bons mergulhos, a viagem em si foi muito ruim: cidade ruim, clima ruim, pousada péssima, tempo sofrível e estrada calamitosa. Os mergulhos em si foram muito bons, como de costume, e com ótima equipe local. Mas como todo o resto decepcionou, não deu prazer a escrita.
Mas bora mergulhar em Angra. 
Desta vez, Pousada Angra Fashion. Em um comparativo direto com a Nautilus, do Kauzo, já adianto:
- quarto melhor, com ar condicionado
- localização melhor, por não precisar pegar um barco para chegar até ela
- internet melhor, pois estávamos no continente
- lazer local melhor, com sauna e piscina legais
- comida pior, mas é mais por comparação pois a comida no Kazuo é de outro planeta
No fim das contas, gostei mais da Angra Fashion, 4x1. Boa margem no placar, inclusive.

Confesso que esperava dormir mais no ônibus, dado meu treino diário nos fretados. Não rolou. Comi um par de salgados na parada e tornei a não dormir até chegarmos sem incidentes por volta de 4h15.
A operação em água era com a Océan, no barco Mr. Dunga, que levava o rosto amável de um beagle como marca. Como eu poderia antipatizar com isso?! 
Embarcamos para os dois primeiros tanques de treino. Aqui é importante ressaltar que não estávamos a passeio desta vez: eram provas de 4 especialidades pela frente, e qualquer peixe avistado seria bônus.

O primeiro cilindro (Log #25serviu para navegação. Em 5 pessoas, todas em processo de certificação, o instrutor largou na nossa mão o processo todo. Eu acabei me indicando como lider e escolhi, obviamente o lado errado para passear. Ainda assim, eu tinha que fazer a chamada navegação natural: observar as formações fixas no fundo do mar, bem como a profundidade, para ser capaz de voltar ao ponto de origem. 
Se escolhi o lado errado, pelo menos fui capaz de trazer todos de volta inteiros. Observamos baiacus, coiós, borboleta-ocelado (creio), os onipresentes sargentos e barbeiros comuns. Ao voltarmos ao fundo do barco, havia ar suficiente para fazemos uma pequena perna do outro lado. Era mais cheia de vida, como indicou o depois nosso instrutor Rogério.

O segundo cilindro (Log #26foi do outro lado da mesma ilha, pouco tempo depois. Começamos a usar a bússola de modo sério. Os exercícios eram navegação recíproca (ir e voltar pela mesma linha) e triângulo equilátero. Foi quando notei que minha bússola não era confiável, tinha uma enorme bolha de ar no meio. Ainda assim, pude servir de "contador de pernadas" para medir as distâncias. Não houve tempo para passeios.

Voltamos à pousada, depois de um ótimo lanche a bordo, tomamos um banho rápido e dormimos um pouco. Ainda não tinha acabado o dia.

Às 18h estávamos no pier em frente a pousada equipando novamente. Desta vez, mergulho noturno. A entrada pela praia é realmente muito ruim de fazer: não tem como sentar para colocar colete, nadadeiras, nada. Entra areia em todo canto. Mas fizemos. 
Era o mesmo grupo de 5 mergulhadores neste terceiro cilindro (Log #27). Planejamos uma navegação recíproca ao logo da praia, e falhamos feio. Não conseguíamos nos entender, perdemos o lider, um autêntico episódio dos trapalhões. Ainda assim, pudemos ver uma dançarina espanhola lindíssima, uma raia pequena e pequenos peixes que curtem ficar no fundo, além de um caranguejo saidinho.

Jantamos e desabamos.


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