Amigo leitor, o título do post já indica uma correria danada neste dia de viagem. E não é uma indicação injusta.
Antes das 7h da manhã, já estávamos a caminho da represa e Aswan. Para quem já visitou Itaipu e mesmo Hoover, não achei particularmente impressionante. Mas a barragem é motivo de orgulho para os egípcios, então mantivemos o respeito. E não se nega sua importância, tanto no que se refere à geração de energia hidro elétrica quanto para manter o Nilo calmo e comportado. No mesmo local, há um monumento que expressa a amizade entre egípcios e soviéticos, que financiaram a empreitada na época.
Sem perdemos mais tempo, tocamos para Philae, um importante complexo de templos. O acesso é feito por barco, dado que ele se localiza em uma ilha. Philae teve sua fase faraônica, por volta da 25a ou 26a dinastias, sendo restaurado e ampliado na fase ptolomaica. Naturalmente, os romanos tiveram tempo de dar seus pitacos posteriormente. Este foi um dos muitos monumentos realocados por ocasião da construção da barragem de Aswan.
Foto: Templo de Philae, Aswan Egito, 2022.
Na saída, com os devidos ajustes feitos por Dr. Safwat, o barco fez um desvio para visitarmos a localização original do templo, reforçando o entendimento de que ele estaria submerso hoje sem a realocação.
A parada seguinte é um local curioso. No meio da cidade de Aswan fica um sítio arqueológico onde foi uma pedreira importante no passado. Nele está o Obelisco Inacabado. É um passeio rápido, mostrando como era o trabalho inicial de encontrar uma pedra nas condições corretas para transformá-la em um obelisco.
Foto: Templo de Philae, Aswan Egito, 2022.
Uma passada rápida pelo barco para o almoço e seguimos para o passeio de feluca, um tipo de embarcação a vela para passeios contemplativos. Não é exatamente meu estilo, mas isso não significa que foi ruim.
O barco nos deixou na entrada do Jardim Botânico de Aswan. Não havia tempo para aproveitá-lo por inteiro (talvez tivesse sido melhor deixar o feluca para lá...), mas o que pudemos ver foi realmente agradável. Não entendi nada quando um gato residente resolveu fazer as vezes de guia, e ficou me mostrando o caminho que eu deveria seguir na opinião dele...
Foto: Jardim Botânico de Aswan, Aswan Egito, 2022.
A parada seguinte era Elefantina. Trata-se de uma ilha que, com o vai e vem da fronteira da civilização egípcia, ficou trocando de mãos ao longo de tempo. Logo, há características tanto egípcias quanto nubianas nas ruínas locais.
Foto: Elefantina, Aswan Egito, 2022.
Seguimos rio acima, até a última parada do dia: Vila Nubiana. Trata-se de uma vila com modo de vida típico dos nubianos, embora focada em receber turistas o tempo todo. A confusão de cores, cheiros e sons era enorme. Grande mistura de idiomas e dialetos, e mesmo os hábitos locais eram estanhos. Pudemos visitar uma típica casa deles, onde simplesmente se vai entrando e vendo as coisa sem a menor cerimônia. O pet da casa era um crocodilo.
Foto: Vila Nubiana, Aswan Egito, 2022.
Na volta, checando nossas anotações de viagem, descobrimos que a programação estendida nos custou o show de Som e Luzes em Philae. Embora outras pessoas tenham dito posteriormente que o show é muito bom, não achei nada no youtube para corroborar tal afirmação.
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