No dia 28, começamos por um museu romano chamado Corinum
Museum. Mais um que passa toda história do país desde os romanos até hoje.
Achei interessante o salto entre 440 e 750, depois que os romanos largaram o
osso e antes dos normandos e saxões estarem de fato estabelecidos.Comprei dois livretos divertidos ali.
De lá, fomos a outro jardim, um tanto quanto sem graça pela
baixa manutenção, chamado Rococo Gardens. Sentimo-nos lesados.
Seguimos para Gloucester visitar a catedral de mesmo nome.
Antes, paramos para comprar uns lanches. O meu foi um bizarro sanduíche de pão
integral, queijo brie, maçã verde e geléia de cramberries. Bom até, mas fiquei
com a sensação de ter pulado o almoço e ido direto para a sobremesa. Ou de ter
comido um sanduíche de frutas. Mas alimentou bem, admito.
A Gloucester Cathedral não bate nem York Minster muito menos
a Dunham Cathedral. Mas o passeio vence com folga por um detalhe simples:
pode-se pagar míseras duas libras para se subir no andar do meio da catedral e
ter uma visão completamente diferente das coisas. A janela principal, a leste,
é um espetáculo de detalhes e charadas. Lá está enterrado Edward II, aquele que
foi chifrado pelo Mel Gibson. O tal do vitral principal foi pago pelo Edward
III, filho do Mel Gibson, e tem o escudo real no meio.
Depois passemos pelo porto renovado de Gloucester, onde tudo
está virando um lindo centro comercial. Comprei um agasalho e o colchonete que
precisarei em alguns dias no Roby. Ainda tinha um espécie de shopping center de
antiguidades, algumas a preços viáveis.
Daí veio uma treta que não fomos nós que causamos. Chegamos
ao hotel e ele estava lotado. Nossa reserva não existia. A recepção do hotel
estava ciente da confusão que ia chegar e já nos havia reservado um quarto em
outro hotel, pelo mesmo preço e condições. Bem... eram condições teóricas. Não
havíamos reservado no outro hotel por algum motivo, certo ?
Um deles estava perceptível no ar assim que descemos do
carro. Era um incrível, inconfundível e inevitável cheiro de bosta. Não tem
como dizer isso de outro jeito, gente. O ar fedia a bosta de vaca e carneiro.
Não era o hotel, era o quarteirão todo, sem exagero na narrativa. Entramos e o
hotel confirmou o acerto feito pelo outro.
O quarto era bem fraco, com o Leal em desespero para não ter
reação alérgica com pó vitoriano. O cabide da porta do banheiro foi
parcialmente arrancado pelo Leal, e eu terminei o serviço minutos depois. O
chuveiro tinha água quente e sem pressão alguma. Péssimo.
Jantamos por lá, o que foi bom. Admito que a internet deles
era muito boa, mas a mesa do quarto também era uma droga.
Por lá, conhecemos o Bobby, o dono canino do local. Bobby
estava tristíssimo por ter perdido o pai. Não tinha vontade de nada, coitado.
Brinquei com ele um pouco, tentando animá-lo. Durante o jantar, o Bobby ficava
de mesa em mesa pedindo comida e atenção. Algumas pessoas podem achar isso
errado, mas como eu gosto mais de cães do que de pessoas, entendo que o Bobby
tinha prioridade sobre qualquer bípede, eu incluso.
Pela manhã um pequeno susto. O local serve café apenas às
8h30, o que atrapalharia nossos planos, mas a atendente nos havia prometido 8h.
Ela chegou 8h02, e tudo ficou bem.
Na conta, uma surpresa. Ela se recusou a cobrar, dizendo que
o outro hotel resolveria tudo. E como não pude checar internet até a noite de
30/09, não sei, ao escrever esse texto, que tipo de treta isso deu ou vai dar.
Ah o inconfundível cheiro de veterinária... rs
ResponderExcluirArrumo as fotos deste dia em 10/12/2012. Até hoje, essa diária não foi cobrada, e faltam apenas 11 dias para o fim do mundo.
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