sexta-feira, 25 de abril de 2014

Planeta Perdido

Li hoje, na coluna do Salvador Nogueira na Folha, a descoberta de um planeta perdido que não faz parte de um sistema estelar. 


Um planeta perdido, ou anã marrom, ou planeta interestelar, é um planeta que não orbita nenhuma estrela. Está sozinho no espaço. Não tão sozinho, pois o diabo do planeta já veio com uma lua a tiracolo. Só fica mais divertido.
Em resumo, é o resultado da contração de matéria livre em um ponto, mas em quantidade insuficiente para gerar o colapso gravitacional que causa a fusão nuclear típica das estrelas. Embora ele seja entre 3 e 10 vezes maior que Júpiter, ainda é pequeno para acender. 
O mais interessante dessa descoberta é que ela era absolutamente esperada, mas ainda não tinha acontecido. O fato de ter sido achado não apenas dá reforço às teorias de agregação de matérias em quaisquer quantidades disponíveis (e não apenas em quantidades capazes de gerar estrelas), mas aponta uma melhoria prática na qualidade da instrumentação utilizada. Enviar um telescópio para o espaço é uma coisa, mas obter resultados reais dele é outra. 
Por fim, os nibirutas, fãs da tal lenda do planeta Nibiru, terão alguma diversão tentando entender o que significam os 7,1 anos-luz de distância (aceite minha palavra nisso, amigo leitor: é ridiculamente perto) e mais ainda buscando informações sobre alguma aproximação com nosso sistema.

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