quarta-feira, 17 de junho de 2015

Angra dos Reis - Dia 4: Só Alegria

E com isso, amigo leitor, chegamos ao dia final de nossa viagem. 
Pela manhã, depois do café e ansiosos pelo passeio, eu e Luciana oficializamos uma brincadeira com nosso equipamento. Usamos nadadeiras de mesma marca (Mares) e modelo (Avanti) e tamanho (Regular). Ela comprou vermelha, para combinar com as cores do equipamento e eu fiquei com amarelo. Mas então surgiu a ideia de trocar um dos pés, de modo a facilitar a identificação entre nós e pelos demais. 
E com isso nasceu o casal "Catchup e Mostarda". Melhor escolhermos nós mesmos o apelido, para evitar casos como "Netinho", "Vieirinha" ou "André não-normal". Caso venhamos a nos tornar fanáticos pela coisa, o Blog "As Aventuras de Catchup e Mostarda" surgiu nesse dia.
Voltamos ao barco Coral, novamente apenas entre novatos e navegamos por uns 30 a 40 minutos até a Laje Branca, uma pedra (conjunto de pedras ?) que aflora na superfície e que tem muita vida no entorno. O objetivo era, se o gás permitisse, circundar ela toda. Equipamos e caímos na água. Eu optei por entrar por último, pois tenho consumo elevado de gás e estava temeroso de sentir náuseas por ficar boiando.
O mergulho foi lindíssimo (Log #07). Vimos uma parede de uns 5m de largura por 8m de profundidade cheia de corais vermelhos. Também cardumes de sargentinhos, vários deles em tamanhos variados e um casal de tartarugas. Uma delas fugiu rápido, mas a outra achou por bem se esconder, o que deu errado. Vieirinha se divertiu com as fotos.
Meu gás estava perto do limite quando recebemos o sinal para subir. Ok, gastei muito mas não fui eu quem encerrou o mergulho. No início da subida ainda vimos um cardume de algum peixe azul inenarravelmente lindo. Enrolei um pouco para poder observá-los e então subi.
(Se você acha que leu isso no relato de ontem, pense de novo. Nunca que eu faria um relato trocado de dia, para depois apenas corrigir lá e copiar o texto aqui como se nada tivesse acontecido.)
Quem teve problemas na subida foi a Luciana. Engoliu água do mar na superfície e isso a fez desistir do segundo mergulho. Foi uma pena. 
O segundo ponto (Log #08), cujo nome me escapa, tem um helicóptero naufragado. Isso mesmo, amigo leitor: um helicóptero caiu ali e por lá ficou. Pudemos ver os corais se formando nele, um barato. É tão calmo que eu poderia ficar ali todo meu período de gás sem reclamar. Ainda assim, continuamos ao passeio. Eu estava preocupado por trabalhar com uma dupla nova, a Sheila. Conhecia ela do grupo, mas nunca tínhamos operado juntos. Fica aí uma sugestão para a Staff Divers e outras escolas: exercícios trocando dupla, para os novatos se acostumarem a condições diferentes. Felizmente, a Sheila é extremamente responsável e foi tudo tranquilo. O tempo todo checamos o status um do outro, seguindo o livrinho. 
Esta região é mais acidentada, com pedras maiores e de tamanhos mais aleatórios. Ainda assim, nenhum problema ocorreu. E fomos premiados, no último instante, com uma raia que veio nos visitar. Não era das grandes, mas foi o melhor momento de um ótimo passeio.

Um comentário:

  1. Parabéns ao casal Catchup e Mostarda (muito bom!) pela conquista. É um novo mundo cheio de surpresas. Um dia você está mergulhando no quintal de casa com 15 cm de visibilidade, no outro pode estar a quarenta metros de profundidade em água roxa (mais azul que o azul), explorando um naufrágio de cem anos de idade ou procurando polvos à noite. O importante é treinar sempre suas habilidades, estar aberto a novos conhecimentos e sempre respeitar o Mar. Bem vindos à família! Abraços!

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