terça-feira, 9 de agosto de 2022

Egito - Dia 17 - Mesquitas

De volta ao Cairo, afinal, ainda tínhamos coisas a ver por lá.

O dia começa com a Cidadela de Saladino. Com importância tanto religiosa quanto política, essa construção de mais de 800 anos. Trata-se de um conjunto de edificações, com mesquitas, museus e mesmo alguns parques, dado o livre acesso. 

A Mesquita de Muhammad Ali (o governante, não o boxeador) é bem nova, datando do século XIX e não tendo ainda completado 200 anos (o que é pouco mais do que um espirro na história do Egito). Era minha primeira visita a uma mesquita, então muitas características visuais eram completamente novas. Os espaços são muito amplos, iluminados e arejados. Os arcos são todos circulares, com grandes abóbodas semi-esféricas. A decoração usa muito, mas muito mesmo, mármore claro, em combinações riquíssimas com pedras de outras colorações.

É obrigatório tirar calçados e chapéus para entrar nela. Além do natural turismo estrangeiro, era possível ver locais relaxando e interagindo. É um espaço de vivência e convivência, bem diferente da opressão silenciosa das catedrais católicas. É um lugar mais vibrante e vivo. 


fotos: Mesquita de Muhammed Ali, Cairo, Egito, 2022

Logo ao lado, havia outra mesquita: Al Nasir Muhammed. Menor, e com leve "embicamento" nos arcos dando uma sutil impressão de arcos góticos, ela data do século XIV. 


fotos: Mesquita de Al Nasir Muhammed, Cairo, Egito, 2022

Na sequência, Mesquita do Sultão Hasan. Desta vez, temos uma estrutura religiosa associada a uma instituição de ensino. O local era uma espécie de faculdade em seus tempos, mas também foi usada como fortificação militar em algumas ocasiões. Fiquei me devendo uma boa foto do portão de entrada, que é belíssimo.


fotos: Mesquita de Sultão Hassan, Cairo, Egito, 2022

A Mesquita de Al-Rifa´i, construída no século XX, foi visitada no horário de almoço, justamente quando alguns fiéis faziam suas orações. Nela estão sepultados diversos personagens históricos, com destaque para o último Shah da Pérsia. 


fotos: Mesquita de Al-Rifa´i, Cairo, Egito, 2022

Para finalizar, fomos à Mesquita de Ibn Tulun. Neste caso, a maior curiosidade foi o fato dela ter sido projetada com sistemas de proteção contra incêndio e alagamento. De fato, em mais de 1.100 anos de história, ela jamais foi atingida por nenhuma dessas catástrofes. De modo simples, ela foi feita com elevação de mais de 1m em relação ao entorno, com um uma murada de proteção que criar uma enorme vão (mais de 10m) entre o exterior e o interior.


fotos: Mesquita de Ibn Tulun, Cairo, Egito, 2022

Isso concluiu nosso passeio oficial. Mas a "falta do que fazer" nas horas seguintes nos deixou ir ao Museu Nacional do Cairo, pela 2a vez. Bem mais vazio que na visita anterior, pudemos contemplar a Máscara de Tut por quase 1h.
O ponto negativo foi o fato do museu fechar 1h mais cedo (16h) por causa do Ramadã, sem que ninguém nos tivesse avisado nada até 15h50. É impressionante como os caras têm um país tão cheio de coisas para visitar e não tem o menor cuidado com os mais simples conceitos de atendimento ao cliente.




Nenhum comentário:

Postar um comentário