segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Egito - Dia 28 - Mais Gizé

O hotel onde estávamos tinha diversos prós e contras. Era caro (mesmo não pagando diretamente a estadia, ela estava inclusa no pacote) e era longe pacas do Cairo, em termos urbanos. O jantar era caro e não era lá essas coisas. 
Mas o café da manhã era sensacional e a vista das Pirâmides quase sem preço. 

foto: Pirâmides de Gizé, Gizé, Egito, 2022.

Bem... Se a vista das Piramides era essa, então elas ficavam próximas. Então essa a vantagem final a tirar desse hotel: ir a pé para as Pirâmides. E era realmente perto, coisa de 1km se tanto.

Claro que, na saída do hotel (que era quase metade do caminho), havia taxistas dizendo que a entrada era distante. Não crei caso, mas acho esse tipo de golpe bastante ofensivo. 

A entrada estava bem cheia, mas acabou sendo tranquilo de entrar. Na realidade, só pagava a entrada quem queria (e isso incluía nossas pessoas), pois as pessoas simplesmente passavam a segurança e entravam. Observe-se que o ingresso para turistas é 8x mais caro que para moradores locais (240 EGP x 30 EGP). 

Outro aspecto curioso era a data. Deve ter um nome árabe para isso, mas tratava-se do primeiro dia depois do Ramadã. É uma grande festa para eles e poder se alimentar durante o dia novamente era praticamente um carnaval. E o local estava forrado de crianças e alguns adolescentes. 

Fizemos o tour completo, sempre externo. Não vimos necessidade de entrar novamente nas Pirâmides, dado que é cansativo e não tem muito o que ver lá dentro mesmo. Mas pudemos novamente circular entre elas, vendo todos os lados e até aspectos construtivos que passaram despercebidos antes. 

Foi ainda nesse ponto em que começou um efeito social curioso. Muito mais meu amigo do que eu, mas nós dois passamos a chamar a atenção dos garotos apenas por estarmos ali. Eles passaram a pedir, juro para vocês amigos leitores, para tirar fotos conosco. E, em pouco tempo, a aglomeração chegava a meia centena. Era maluco estarmos visitando uma das mais famosas atrações turísticas do planeta (se não a mais famosae sermos nós o assunto interessante para os locais. 

O movimento era cíclico. Depois de algum tempo, os jovens se desinteressavam e iam embora com suas selfies, mas logo éramos notados pelo grupo seguinte. Curiosamente, quem se chateou com o excesso de assédio fui eu, não André. Mas segui o passeio mantendo o bom humor.




fotos: Pirâmides de Gizé, Gizé, Egito, 2022.

Ao contrário do que nos disse nosso primeiro guia, a Necrópole tem bem mais coisa a ser vista além das 3 grandes Pirâmides. Ficamos tristes novamente de não estar mais ali o Museu da Barca Solar, mas havia diversas construções menores em todo o complexo. Muitas delas bem vazias mesmo naquele dia.

Conseguimos escalar uma das pirâmides pequenas (cerca de 10m de altura), e ficamos até que um segurança pedisse especificamente para nós descermos. Era curioso como ele não implicava com as crianças. Talvez tenha faltado uma gorjeta, mas ele não fez menção de pedir também. 

Foi neste ponto em que aconteceu algo curioso e incomum. Eu pifei. Meu corpo avisou para parar de forçar o ritmo. Foram muitos dias de calor, caminhada, carga nas costas, idiomas diversos, aviões e procedimentos de segurança em geral. Mesmo a parte do mergulho não foi fisicamente relaxante, dada a demanda física que é mergulhar.

Tomei a muito sábia decisão de voltar ao hotel, e deixei André no passeio. Ambos estávamos bem localizados, não era difícil achar a saída correta. Nossos celulares já estavam sem sinal (o tal pacote de 30 dias, na verdade, vale 28), então não poderíamos nos falar. Mas estava tudo sob controle. 

No caminho, já pelo lado de fora, passei em um pequeno mercado onde comprei o almoço: duas garrafas de água e uma de pepsi. Sim, almoço líquido. No hotel, fiquei uma boa hora na banheira relaxando o corpo. Fez um bem danado.

O final da tarde teve uma curiosidade estonteante: garoou por alguns minutos. 

Bastava agora voltar ao Brasil.



 

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