sexta-feira, 9 de maio de 2014

Imbecil do Dia

Ok, amigo leitor. Vou fechar a semana útil com mais um (3o) imbecil. Na verdade, para ser justo, vou apontar o atual imbecil, pois na verdade é uma série de imbecis que vêm ocupando o cargo, sempre fazendo a mesma cagada. No momento, é Jilmar Tatto, secretário municipal de transportes. Também acumula as presidências da SPTRANS e da CET (Companhia de Engarrafamento de Trânsito). 
O sujeito é formado em História. Agora a pergunta ao senhor prefeito é: não seria melhor esse cargo ser ocupado por um Engenheiro Civil com especialização em Transportes Terrestres? Justiça seja feita, a prática de colocar aliados de partido em secretarias e ministérios não foi inventada (apenas otimizada) pelo PT: todos os partidos fazem isso. Só acho que, ao fazer, pelo menos poderia ser por um sujeito que conhece a bagaça. E, sim, este comentário vale para todos os partidos também.
Voltando ao ponto principal, embora não tenha formação na área, Tatto poderia ser um sujeito capaz de tomar boas decisões ou pelo menos se cercar de gente capaz. Não é o caso, definitivamente. Os erros são tantos que nem tem como listar. Mas vou me apegar à questão dos fretados. 
Por alguma razão que desafia qualquer análise lógica e racional a prefeitura de São Paulo não considera os fretados como transporte coletivo. Curioso, pois toda vez que uso um tem pelo menos 25 pessoas me acompanhando. Mas desde a gestão de Kassab (imbecil anterior), os fretados não tem direito de usar os corredores de ônibus. Mas se a origem dessa cagada é a gestão anterior, a atual nada fez para corrigir.
Hoje, por estar desacompanhado no ponto onde pego o meu, usei o tempo para observar a passagem de ônibus na Av. Abraão de Morais (continuação da mais famosa Ricardo Jafet). Nos 6 minutos que fiquei ali, passou um total de 16 ônibus do meu lado da avenida e outros 5 do lado oposto. Destes, foi apenas 1 ônibus de linha, daqueles regulados pela prefeitura, em cada lado. Os outros 19 (DEZENOVE), sendo 15 no meu lado e outros 4 no outro eram fretados. Será que esse número, que não é novo nem desconhecido pelos técnicos da CET, não é suficiente para alterar a política de transportes da cidade?
Claramente não
Por que, senhor prefeito e senhor secretário imbecil do dia, os fretados não podem usar as faixas de ônibus, se é exatamente isso que eles são: ônibus? 
Por que os senhores prejudicam deliberadamente os mais de 500 mil passageiros diários desse modal de transporte?
Seria algum tipo de vingança, por não termos, de fato o perfil de seus eleitores?
Óbvio que é.
Que coisa pequena, sr. Haddad. Que coisa estúpida, sr. Tatto. E depois ainda me perguntam por que eu pego tanto no pé do PT.

11 comentários:

  1. 16 + 5 = 21

    21 - 1 = ...19?

    Viu como errar de vez em quando não é exclusividade dos jornalistas? :x [/chato]

    Moro na vizinha Guarulhos, e felizmente não vou pra sampa mais de uma vez por semana. Não que aqui seja um paraíso, mas enfrentar o trânsito de vocês todo dia, não é mole...

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    1. Não achei nada de errado no texto, acho que vc andou fugindo das aulas de português, ele diz claramente que dos 21 apenas 1... de cada lado eram de linha, portanto os outros 19 eram fretados...

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    2. É verdade! Não percebi o "de cada lado", o que fariam 2. /Bochechascoradas

      Há alguns anos não tenho aula de português, o que torna sua hipótese impossível. Mas meu prof. era mais preguiçoso que a sala e me arrependo de não ter fugido de algumas! (risos)

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    3. Vou repetir algo que eu falei para uma ex-namorada que morava perto da Rebouças: prefeito tem que se preocupar com transporte PÚBLICO, e fretado é transporte privado. Ponto.

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    4. X: errado. O Plano Diretor da própria prefeitura menciona "transporte coletivo".
      1) Não fala nem em transporte coletivo público nem privado. Portanto, claramente deveria cuidar sim dos fretados.
      2) Os ônibus de linha são de empresas privadas que tem concessões para explorar as linhas.
      3) Ninguém está pedindo subsídios nem nada financeiro. Apenas o óbvio: poder usar as faixas de ônibus na medida em que são ônibus.

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  2. Aí é que está, eu nunca disse que o plano diretor dizia X ou Y. O que eu disse (e talvez eu devesse ter deixado claro que é a minha opinião) é que prefeito só tem que se preocupar com transporte público, e ao meu ver fretado não se encaixa na descrição.

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    1. Mas não é questão de preocupação, X. É de regulamentação.
      Afinal, cabe à prefeitura regulamentar o uso das ruas por todos, sinalizar e tal, certo ?

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  3. Certo, mas fora que isso te afeta diretamente, existe algo que indique que haveria algum ganho para a população em geral permitir que os fretados andem nas faixas? Eu creio que não, do mesmo jeito que ao meu ver permitir que táxi ande na faixa de ônibus beneficiaria uma pequena parcela da população e potencialmente pioraria a situação dos ônibus de linha.

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    1. Ué... por que o ônibus de linha andar em faixa exclusiva é bom e o fretado não é ou não seria ? São exatamente OS MESMOS argumentos para criar a faixa exclusiva:
      - coloca-se veículos maiores em uma pista separada
      - evita contato entre veículos de tamanhos, velocidades e capacidades de aceleração diferentes
      - prioriza a velocidade de veículos que transportam mais pessoas
      Isso sem falar que o fretado deveria usar a faixa de ônibus antes do taxi, que sequer transporte coletivo é.
      É exatamente o mesmo, cara. Incrivelmente óbvio. Tanto que até me surpreende um cara como você perguntar.

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  4. Norson, seus argumentos são lógicos mas desconsideram o óbvio: que a política de transporte tem que ser baseada nas pessoas que os usam e não em características dos transportes. Mas vamos lá:

    1) Seus números estão viciados. Não porque você tenha observado poucos dias, mas por conta do LOCAL onde você observa. Por exemplo, no trajeto que eu faço da minha casa para o trabalho, só no trajeto de ida na última semana eu vi uns 4-5 ônibus comuns por dia (o que é bastante dado que eu levo 5 minutos para chegar no metrô e depois só vejo túneis até chegar na Bolsa). E nenhum fretado. Se eu observar na região onde costumo almoçar, tenho certeza que vou ver por dias algumas muitas centenas de ônibus comuns. E nenhum fretado. Logo, usando o mesmo critério que você, fretado não está em número suficiente para precisar ser considerado em planos urbanos de acordo com o que eu observo. Só que eu não considero isso porque eu SEI que meus números são viciados por conta do lugar onde eu estou. Então, sem saber o tamanho da frota de fretados e o tamanho da frota de ônibus de linha, não dá para considerar isso.

    2) De novo: os veículos que tem que ser priorizados não são os que transportam mais pessoas, mas sim os que transportam pessoas de baixa renda E que dão a possibilidade de QUALQUER pessoa trocar seu transporte individual por ele. Sem entrar no mérito da renda (que por exemplo para todas as linhas que conheço que atendem a Vila Olímpia e que não são do Santander é algo bem relevante - porque nas minhas contas quando eu trabalhava lá era mais BARATO ir de carro do que de fretado) o fretado não pode ser usado por qualquer um, mesmo se a pessoa se dispuser a pagar mais caro. Logo ele não pode ser considerado "igual" a um ônibus coletivo. E isso é bem óbvio.

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    1. Mantido.
      1) As pessoas que os usam, muitas vezes, precisam do tal fretado. São pessoas que muitas vezes moram em outras cidades ou em distância equivalentes a outras cidades. Minha linha, por exemplo, vai de Sapopemba até Taboão da Serra. Obviamente, é impraticável essa pessoa ir de transporte público regular até o trabalho, levaria 4 horas. O fretado supre isso e torna a vida dessa pessoa possível. Mas pouco possível, pois tem um imbecil que não quer enxergar isso.
      2) Os fretados que vão para a PRODESP tem montes de... seguranças, equipes de manutenção, limpeza... Ops !
      A grande cagada aqui é que não respeitar o fretado enquanto transporte coletivo faz com que parte dessas pessoas voltem para seus carros. Eu mesmo faço isso vez por outra, por culpa da prefeitura.

      Todo esse mimimi de priorizar o transporte coletivo mostra-se falso e demagogo, pois no fim, é tudo uma questão de pintar faixas brancas no chão e apontar números mentirosos dizendo que centenas de corredores foram criados.

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