domingo, 20 de outubro de 2013

CPF na Loteria

Amigo leitor, este texto foi escrito antes de minha viagem, para mantê-lo entretido durante minhas férias. Nem por isso, espero, tenha menor qualidade.
Tive essa ideia outro dia: por que não obrigar o apostador a colocar o CPF no bilhete da loteria? E antes de sair achando que sou algum tipo de visionário, pesquisei o tema e me deparei com 2 links:
Ok, nada de criativo da minha parte. Mas vamos seguir. 

Primeiro, as vantagens:
Claramente, a inclusão do CPF facilita a identificação do apostador/vencedor. No limite, não seria mais necessário o comprovante da aposta: bastaria uma consulta ao sistema através do CPF e o apostador saberia se e quanto tem a receber. 
No segundo momento, o vínculo permite à Receita Federal já cruzar essas informações com o Imposto de RendaPode-se rastrear quem são os maiores ganhadores e os maiores apostadores do país. Também acaba com a fraude da venda de bilhetes premiados, operação clássica da lavagem de dinheiro da corrupção (lembram dos Anões do Orçamento?). 
As desvantagens existem:
O bilhete precisaria ter uma área de 11 dígitos, preenchidos da mesma forma que os números apostados, para ter o CPF incluso. Como consequência, o volantes comportariam menos apostas, aumentando o consumo dos mesmos. Também haveria de se acabar com um bom estoque de volantes já impressos e, claro, adaptar todas as leitoras para os novos formatos. E, sim, o processamento de cada volante poderia se tornar alguns nanosegundos mais lento.

A comparação é quase uma covardia. As vantagens superam as desvantagens por milhas. E, nos links iniciais, vimos que isso foi proposto tanto por um senador do PSDB (2007) quando por um do PT (2011). 
Então não se trata de um tema partidário, mas de um tema, de novo, de corrupção. E não há interesse em combater a corrupção. Fim de papo. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário