Como dito na descrição anterior, Belém tem muita coisa para ver, então era necessário voltar mesmo. Desta vez, eu mandei bem na programação, pois os 5 (!!!) passeios ficavam na mesma quadra, literalmente.
Fizemos o mesmo trajeto da véspera, passando novamente em frente o Mosteiro de Jerônimo e começando o dia pelo Museu Nacional de Arqueologia. Eu estava começando a entender a arqueologia portuguesa, sobre a qual eu tinha conhecimento zero antes dessa viagem. O museu é, na verdade, um pedaço da construção do Mosteiro dos Jerônimos, remodelado para outra finalidade. Eram 4 partes bem distintas, uma de achados pré-históricos, uma do período da Idade do Ferro (envolvendo a ocupação romana), uma de objetos egípcios que, confesso, desconheço como foram parar ali e uma de alta segurança (era proibido fotografar e havia detectores de metal na saída) com jóias das mais antigas. Um passeio bastante atrativo e interessante.
De lá, fomos ao Mosteiro dos Jerônimos em si. Analisando de forma resumida, se o amigo leitor for visitar uma única atração na cidade, vá nesta.
foto: Mosteiro dos Jerônimos, Lisboa, Portugal, 2019
Gostou dele por fora? Sabe de nada...
foto: Mosteiro dos Jerônimos, Lisboa, Portugal, 2019
Acredite amigo leitor cada uma dessas coluninhas é diferente das demais. Caminha-se pelos dois andares, pelo átrio, e salas anexas. Parte delas, claro, tinham azulejos. Não consigo descrever muito, pois realmente faltam palavras aqui. Daria para passar um dia lá vendo todos os detalhes.
Colada nela, já fica a Paróquia de Santa Maria de Belém. Barroca, claro, ela conta com os túmulos de duas grandes personalidades: Luís de Camões e Vasco da Gama. E tem o mesmo grau de detalhamento do mosteiro, com colunas e vitrais lindíssimos:
foto: Paróquia da Santa Maria de Belém, Lisboa, Portugal, 2019
Uma pausa para um lanche rápido nos Pastéis de Belém, e voltamos à carga.
Atravessamos a frente do mosteiro novamente, viramos à direita e lá estava o Planetário. Aqui, um aparte: a programação do planetário tinha apresentações de idades livre, 3 anos, 6 anos, 8 anos, 10 anos e 12 anos. A única de 12 anos era aos domingos, 15h. Este dia inteiro, inicialmente planejado para a 6a-feira, mudou para o domingo por causa disso: pegar uma apresentação um pouco mais adulta, sobre buracos negros. A apresentação foi, no entanto, infantilóide. Extremamente superficial, sem conteúdo realmente científico, com uma narrativa metida a engraçadinha e que não agradou sequer as crianças presentes. Não tem como dizer diferente, mas infelizmente não recomendo.
O dia, no entanto, ainda não estava terminado. A poucos metros dali estava o Museu da Marinha, passeio importante em um país que construiu sua história no mar. E era sim muito bom. Na verdade, excedeu as expectativas.
Composto em duas partes, o museu delineou a história da marinha portuguesa desde o início das navegações até os dias atuais. Com centenas de miniaturas de embarcações construídas com enorme esmero, era possível notar o desenvolvimento que a indústria naval teve depois do início das descobertas. E é importante ressaltar esse "depois": os barcos usados para atingir a costa africana eram realmente pequenos, daqueles que eu não usaria para ir mergulhar. Admiro ainda mais a coragem dos descobridores.
foto: Museu da Marinha, Lisboa, Portugal, 2019
A segunda parte era menor em área e em diversão, mas ainda assim relevante. Grandes barcos doados nos últimos 30 anos compõem uma amostra em vista real duas dúzias de peças em excelente estado de conservação, com uma passarela superior que permitia ver por cima também. Um excelente passeio, devo repetir.
Finda a diversão, era preciso trabalhar pela viagem. Voltamos ao hotel, pegamos nossas malas e seguimos para o aeroporto de metrô para buscar o carro alugado. O excelente atendimento da Sixt demorou um pouco pelas tecnicalidades do processo, pois acabamos fazendo um upgrade para um carro um pouco maior. Mas tudo correu muito bem.
Seguimos então até Sintra, onde dormimos em um quarto divertidíssimo: ele não apenas tinha uma ante-câmara antes de entrar no quarto, mas o quarto em si tenho o formato de um baú. Só elogios à Quinta das Murtas.
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