Para minha tristeza parcial, o time do apito amigo, Seatle Seahawks, venceu ontem seu primeiro Superbowl. O massacre de 43-8 sobre o Denver Broncos foi tamanho que eles sequer precisaram da ajuda dos juízes desta vez: vi o jogo todo e o resultado foi bem limpo.
Fato é que os Broncos não entraram em campo. Não fizeram nada, não ofereceram a menor resistência. Curiosamente, Payton Manning,
o quarterback de Denver, bateu ontem o recorde de passes completados em
um Superbowl: 34. Sim, é uma marca ofensiva positiva, mas que mostra
que números sozinhos não mostram o resultado do jogo.
Manning,
por sinal, ganhou na véspera o prêmio de melhor jogador do ano pela 5a
vez. Mas não consegue transformar suas temporadas em títulos: tem apenas
um anel. A derrota não diminui o brilho de sua carreira, mas deixa
claro que não está no mesmo patamar de John Montana ou Jerry Rice. Quem
viu o Superbowl XXIV sabe do que eu estou falando.
O típico complexo de inferioridade
do jornalismo brasileiro se fez presente. O time de Seatle tinha um
jogador brasileiro, e 650% da atenção devida foi despendida ao tema.
Breno Giacomeli é tão brasileiro que pediu para ser entrevistado em
inglês ao final do jogo. Longe deste blogueiro criticar o jogador,
critico apenas os que o criticam: deixem o cara em paz.
Por fim, uma estatística que me foi pedida ontem: nunca o Superbowl foi sequer disputado pelo time da casa.
O mais perto disso foi o Superbowl XIX, vencido pelo 49ers em um
estádio a 25 milhas (40km) de sua casa. Que este tabu se quebre em 2016.
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