Alertado pelo amigo Urso, eventualmente conhecido como Luiz, tive contato hoje com o projeto de lei do Poupança Fraterna. Segue link para o projeto de lei PLP-137/2004
Antes de detalhar e assustar o leitor, informo que o status mais recente desse projeto é "arquivado". Não se trata, portanto, de algo a beira de entrar em vigor. Mas vale para mostrar o tipo de maluquice que perspassa a "cabeça" de alguns de nossos legisladores, no caso, o Sr. Nazareno Fonteles, atualmente ex-deputado federal (2 mandatos) pelo PT.
O cretino acima citado queria limitar o consumo individual no Brasil. Só isso. Cada pessoa só poderia consumir 10 vezes a renda per capita, independente de quanto recebesse de salário. A verbete desse sujeito na wikipedia confirma a autoria desse desatino econômico.
Vamos ver o que isso significa. O PIB per capita brasileiro está em torno de 11.250 dólares. Varia de acordo com a fonte. Calculando o dólar a R$ 2,30. temos um limite anual de R$ 258.750, ou R$ 21.562,50 mensais. Ganhos acima disso seriam compulsoriamente depositados em um fundo que renderia metade do índice da poupança.
R$ 21.500 por mês não é um valor baixo. Não conheço muita gente acima desse limite. Mas não é esse o ponto. O ponto é a doentia violação ao direito de propriedade que essa lei constitui. Desde o AI-5 eu não lia tamanha aberração original em português.
O que me impressiona é a capacidade que algumas pessoas têm de inventar maluquices em nome de uma tal justiça social, sempre com o bolso dos outros. Mais, isso quebra uma série de paradigmas econômicos correntes. Fica impossível comprar um carro zero com dinheiro economizado por exemplo. Fica impossível comprar, e portanto vender, imóveis acima de R$ 200.000. A lei é tão mal escrita que limita a renda permitida pelo PIB, mas fixa um número para o uso do dinheiro para compra de imóveis. Sei lá, nem vou continuar.
Só espero que isso não seja ressuscitado por outro biruta. Haja saco mesmo.
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