Lewis Hamilton sagrou-se bicampeão de Fórmula 1 ontem, em Abu Dhabi.
Em uma temporada chatíssima, o inglês prevaleceu com 11 vitórias contra 5 de Nico Rosberg. Por mais que a pontuação desse chances ao alemão, não havia como alguém entender que Nico foi melhor. Nos confrontos diretos, Lewis o superou na pista diversas vezes ao longo da temporada. E ainda enfrentou mais problemas mecânicos que o adversário (4 x 3).
Hamilton venceu e convenceu. Tido como piloto instável foi um sujeito constante durante todo o ano. Amadureceu a olhos vistos. Mesmo quando teve que lavar a roupa suja na Bélgica, depois do toque que levou de Nico, conseguiu não perde a cabeça.
Que se diga, foi a melhor corrida do ano ontem. Massa teve chances de vencer (o amigo leitor sabe que não sou ufanista e teria elogiado do mesmo jeito se o 2o colocado fosse Bottas, Alonso, Vettel ou a Peppa Pig). Ainda assim, só houve disputa porque Rosberg teve problemas de motor (perdeu o ERS) e, embora não tenha sido mostrado na transmissão, claramente a Mercedes optou por poupar o ERS de Hamilton por algumas voltas, o que empolgou o brasileiro.
Menção honrosa a Nico Rosberg pela combatividade ontem. Andando com um carro que perderia rachas para Unos e Ladas, recusou-se a abandonar, no espírito de "só acaba quando termina". Muitos teriam encostado o carro.
A Fórmula 1 está em crise, mas termina festiva. Precisa rever seus conceitos financeiros, como Max Mosley previu alguns anos atrás e foi ignorado. Precisa rever seus conceitos esportivos, pois se tornou uma categoria de automobilismo sem desenvolvimento de tecnologias ao longo da temporada: quem projetar o melhor carro vai vencer e não há como reagir a isso. A audiência cai em todo o mundo. E seu grande líder e guru administrativo, Bernie Ecclestone, dá sinais de senilidade.
Mas sim, termina festiva e agora vai viver dos anúncios de novos pilotos, desenvolvimento de modelos 2015 e o tal glamour que nunca me convenceu.
Parabéns, Lewis.
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