segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Anima Mundi 2014 - Dia 3

Com atraso e dedicação, sigo narrando e resenhando. 
Cheguei mais em cima da hora ainda na sexta. Estava na porta da sala 1 às 17h59 e... cadê minha Luciana ? Pois é... 17h30 virou 18h02.
Mulheres, bah !
  • Curtas 5 (sala 1, 18h)
Talvez esta tenha sido a melhor sessão de curtas que vi na minha vida. Que coisa impressionante. E eu estava de péssimo humor pelo atraso da namorada, então realmente foi uma virada no clima.
Palmipedarium foi o primeiro francês do dia, nota 4. Com gráficos de qualidade, narra a relação entre um garoto filho de caçador e um animal que o adota como dono. Singelo, bonito. 
Le Chêne et le Roseau brinca com tipografia na tela, comparando as capacidades de sobrevivência de um carvalho e um junco. Os efeitos em 3D impressionaram, dado a nota 4 a ele. 
Mais tarde tivemos o nota 5 Le Gouffre, canadense, que conta a dedicação de dois aventureiros para tentar atravessar um perigoso canion. Gráficos lindíssimos, história tocante, final belo. 
Seguiram outros 3 curtas nota 4. 
How to get a girl in 60 seconds, alemão, conta em um minuto as desventuras de um rapaz tentando impressionar a garota de seus sonhos. 
O francês MONKEY SYMPHONY lembra o ritmo do famoso Presto, onde um macaco pianista e outro macaco faxineiro, mas também talentoso no piano se encontram em um ensaio. A coordenação entre trilha e imagens é belíssima. 
Terminamos com Collectors, que demorei um tanto a entender a mensagem. Com um estilo (na minha opinião) fraco e preguiçoso, conta o que acontece quando as pessoas colecionam coisas além de suas reais necessidades. Fica muito interessante quando a situação começa a sair de controle, e faz uma séria crítica ao consumismo. 
  • Curtas 12 (sala 2, 19h)
Outra sessão muito boa, com 5 animações nota 4 que comentarei. 
Edifício Tatuapé Mahal é um curta brasileiro que conta a vida como se fôssemos bonecos ou objetos conscientes. Uma bela lição sobre sentimentos negativos, com uma aparência de stop motion no estilo. 
My Stuffed Granny, britânico, conta sobre as dificuldades e até fome passada por uma família do ponto de vista da pequena garota. Stop motion impressionante, com um final feliz depois das tristezas. 
1900-2000 mostra em 1900 as inovações que teríamos 100 anos depois. Além do belo estilo, vale como lembrança do que se pensava na época. Ritmo frenético, bem ao meu gosto. 
Fingers Tale dá vida independente aos dedos dos personagens, que passam a ter seus próprios objetivos, embora ainda andem agrupados. Divertido pacas. 
Fechamos com o ótimo Reflections relembra de sua infância através dos seus próprios reflexos, mas nem sempre podemos ser como queremos: os outros adultos interferem na brincadeira eventualmente.
  • Curtas 13 (sala 13, sala 2, 21h)
Depois de um começo depressivo, a sessão engrenou muito bem também, com várias animações de CG de qualidade inquestionável.
Stardust mostra um corpo celeste em formação, com imagens de encher os olhos. Holandês, nota 4. 
Depois tivemos Beyond the Lines, francês nota 4, que relembra a invasão da Normandia (Soldado Ryan, alguém ?) como se duas crianças pequenas tivessem participado da operação. 
Mr. Plastimime, britânico nota 5, conta um mímico talentoso, mas com carreira decadente (ou que talvez nunca tenha ascendido...) até o dia em que tudo muda. 
Cargo Cult, britânica nota 4, narra as reações de uma tribo ao contato com americanos... de Pearl Harbour. 
Terminamos o dia com um alemão nota 5 chamado Wedding Cake, vencedor do público no Rio de Janeiro. Sim, merece a nota, mas não o título: conta passagens da vida de um casal de bonecos de um bolo de casamento, com um final bastante interessante. Ritmo impressionante, ótimas tiradas, irrepreensível. 

Um comentário:

  1. Haha, eu também estava nessa sessão Curtas 5. Meu preferido foi o Monkey Symphony.

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