terça-feira, 19 de dezembro de 2017

USA 6 - Dia 2: Homestead

Como aconteceu em 2013, cumpro o principal objetivo da viagem logo no primeiro domingo, segundo dia de viagem: corrida da Nascar. Desta vez, havia alguns elementos diferentes. 
Para começo de conversa, era a corrida final do campeonato. E por força do regulamento, sempre há 4 postulantes ao título: quem chegar na frente entre eles, é o campeão. Ainda na mesma prova, despedia-se das pistas o piloto que, em 2011, escolhi para torcer: Dale Earnhardt Jr. Sim, meu cachorro tem o nome dele.
O dia estava reservado a isso, bem como a segunda-feira seguinte: na Nascar se uma prova é interrompida e não pode continuar pelo horário, ela continua no dia seguinte. Isso quase sempre ocorre por causa da chuva, mas o céu de brigadeiro que vi logo pela manhã afastou essa ideia. 
Segui praticamente perrengueless (acredito ter criado este termo) até o estacionamento. Houve apenas um congestionamento em uma intersecção de estradas, mas correu tudo bem para um trajeto de quase 50 milhas. Parei o carro, evidentemente sem pagar um centavo por isso, e fui retirar o ingresso. Aqui, uma certa demora: não conseguiam achar meu ingresso. Em momento algum houve dúvidas sobre minha compra, apenas não sabiam onde ele estava. Mas estava tudo certo antes da abertura dos portões, às 10h.
Aproveitei para circular entre os caminhões de produtos licenciados, algo impraticável na F1, tanto pela disponibilidade (ficam restritos a um setor) quanto pelos preços exorbitantes.  Surgiu aí um problema: meu AMEX não estava sendo aceito em nenhum dos stands. Mesmo meu VISA estava problemático. Deu aquele frio na barriga...
Mas foi por ali a primeira grata surpresa do dia:

foto: Jeff Gordon, tetra-campeão da Nascar
créditos: Diretoria de Áudio-Visual Asimovia - Divisão Costa Leste EUA

Pergunto ao amigo leitor: quando um ex-tetra-campeão, como Alain Prost, daria uma sessão de autógrafos para fãs de F1? Porra, Liberty MediaEntrei. Ali, outra parada bem diferente da F1: coolers, isopores, lanches e bebidas... tudo isso pode entrar numa boa. Não tem aquela frescura tradicional da F1. Mas vamos parar as comparações aqui, porque vai ficar muito chato pra eles.
Rapidamente identifiquei as entradas dos Pits e da FanZone. Isso porque eu tinha direito de acesso a ambos, por míseros 80 trumps adicionais. Os pits era o acesso à pista, como fiz em 2013: tirei foto até me acabar. 

foto: curva 1 de Homestead-Miami
créditos: Diretoria de Áudio-Visual Asimovia - Divisão Costa Leste EUA

Feito o pit, fui almoçar no tal FanZone. Logo ao entrar, recebo os 3 tickets de cerveja e entendi que nada mais ali dentro era controlado. Ou seja: comida a vontade, mesmo. Tinha uns 12 buffets, todos constantemente abastecidos com salada da alface, legumes, frango grelhado e porco no molho. Clássicos cookie e brownie de sobremesa. Água e refrigerante em lata. Gente... come-se loucamente ali, e com qualidade. Claro que é possível gastar menos nas dezenas de quiosques, mas são comida de pior qualidade nutricional e tem enormes filas. Fanzone é um must para quem for na Nascar. Ainda por cima ganhei 3 tickets adicionais de cerveja de um casal simpático que dividiu a mesa comigo. Na saída, ainda peguei um suprimento de coca e água para durante a corrida. 

A corrida.
Então, tem uma corrida, né ?
Mas gente.. que corrida ! O domínio de Kyle Larson na parte inicial (venceu os 2o primeiros estágios da prova) não ocultou uma disputa ferrenha pelo título atrás dele. Os quatro competidores: Kyle Busch, Martin Truex Jr, Brad Keselowski e Kevin Harvick estiveram em posição de vencer não apenas o campeonato mas a corrida também. Estiveram nas posições 2 a 5, atrás do líder Larson, por umas boas 150 voltas. Não sei se vale a pena relatar a prova em detalhes, mas o fato é que Busch dominou a parte final apenas para cometer um grave erro estratégico e deixar tanto a vitória quanto o título escaparem para as mãos de Truex
As últimas 20 voltas, quando os Fords não eram mais um fator, foram eletrizantes com os dois disputando a ponta a cada curva. E o público em pé, torcendo para o #78, tamanha a má vontade que o #18 gera em torno de si. 
Segue vídeo da bandeirada:

vídeo: momentos finais da corrida em Homestead-Miami, Nascar, 2017
créditos: Diretoria de Áudio-Visual Asimovia - Divisão Costa Leste EUA



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