sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

USA 6 - Dia 4: Key West

Sabe aquele dia legal pacas da viagem, que você antecipou por semanas e finalmente aconteceu? Foi antes de ontem, na Nascar. Porque aqui foi um terror de ruim. Narremos, pois.
O conceito era um day trip até Key West, a ponta sul do país. Entre dirigir até lá e pegar um busão, optei pela 2a, por ser mais barato e menos cansativo, embora eu tivesse menos tempo livre por lá. 
Key West é um enorme arquipélago ao sul da Florida, entrando pelo Golfo do México. Clima quente o ano todo, com arquitetura e cultura com traços coloniais. E enormes pontes ligando tudo isso. Sempre tive curiosidade de conhecer. 
Acordei cedo. Bem cedo. Tipo estava escuro. Estava escuro quando eu saí do hotel. Estava escuro quando o ônibus estava atrasado e ainda estava escuro quando o ônibus chegou. Fizemos voltas intermináveis até concluir a coleta de passageiros, mas não sem perrengue: a guia achou que eu tinha que pagar a passagem ainda, coisa que eu fizera na véspera, junto a um vendedor brasileiro chamado Alberto. E cismou com isso. E continuou cismando com isso. E insistiu em cismar depois que eu mostrei o email de confirmação de compra, onde apontava meu pagamento.
Seguimos para o sul, com uma parada para café já na área das ilhas. Comi o lanchinho comprado na véspera e seguimos. A guia apresentou diversas opções de passeios. Eu me interessei por 2 deles: o passeio no barco com fundo de vidro e o trolley, um tipo de ônibus, que circula por pontos de interesse na cidade. Por alguma razão, eu não entendi que a passagem do trolley podia sair direto com ela, por USD 25, e acabei pagando 28,30 pela internet. Ela dizia "here on the bus", mas um "with me" teria sido mais simples, não ? Pelo menos eu poderia escolher o horário de entrada no trolley a vontade. Ou achava que poderia. Falei com ela sobre o barco e ela disse que apontaria o local de compra e embarque.
Chegamos, com calor infernal já instalado na cidade. Fui comprar o ingresso pro passeio de barco, e consegui apenas para 14h, pois o das 12h já estava saindo. E com isso eu não conseguiria usar o trolley antes do barco, pois o trolley das 12h também estava saindo e não daria tempo de pegar o das 12h30, que chegaria exatamente às 14h. Ou seja: zoou tudo logo ali. 
Fiquei andando pela região central e vendo o movimento. Mas já me decepcionei um tanto. O movimento eram restaurantes e lojas de souveniers com coisas do tipo "eu estive em Key West". Ok vender esse tipo de coisa, mas eu só me interesso em comprar isso depois de estar, não logo ao chegar. O clima de festa permanente era um tanto artificial, forçado mesmo. E era isso, amigo leitor, por todo lado. Nem um pingo de profundidade, tudo muito raso mesmo.
Comi um franguinho até gostoso, pois os restaurantes de frutos do mar eram caríssimos e parti pro barco. 
O passeio de barco dava para ser feito perfeitamente em 1h15. Mas para justificar o ingresso de 50 trumps, eles ficam enchendo linguiça antes da parte principal, que é ver os corais de dentro do barco pelo fundo de vidro, e depois disso. E nessas, eu instalado no deck superior, simplesmente perdi a observação dos corais porque ninguém avisou que ela estava acontecendo ! Exato: todo o pessoal do deck superior perdeu o passeio principal. Um completo lixo de organização. Fiz uma resenha descascando os caras no Trip Advisor.
Já mal humorado, corri pro trolley das 16h ao sair do barco, mas evidentemente não deu tempo. Acabei ficando para o das 16h30, que era o último. Este passeio até entrega o prometido: são umas 15 paradas em pontos históricos, como o farol, a casa do Hemingway, o ponto final/inicial da Interstate... O motorista narra curiosidades sobre os pontos e sobre a história de Key West. São interessantes sim, mas absolutamente não valem o gasto de 28 dólares: 10 estava muito bem pago. 
Na volta, ainda deu tempo de zanzar um pouco ali, mas claro que não pude ver o por do sol, que acabara de acontecer quando meu trolley chegou. Decidi não gastar um centavo a mais ali. Tirei as últimas fotos, que também não ficaram lá essas coisas e voltei pro ônibus. 
Que, claro, pegou um congestionamento considerável devido a não um, mas dois acidentes no percurso. Cheguei em Miami tão tarde que o restaurante que eu queria ir estava fechado há mais de 1h. 
Acabei jantando no McDonald´s, para fechar o que foi, seguramente, o pior dia das minhas viagens internacionais. Espero apenas que essa marca perdure.
Foi tão ruim que não postarei fotos neste post.

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