quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

USA 6 - Dia 3: Miami

Acordei cansado, tenso e satisfeito. Cansado pelo esforço físico dos dois primeiros dias, tenso com o cartão de crédito e satisfeito com a corrida.
Comecei o dia tentando ligar para a AMEX no Brasil. Há um número, mas o chip não completava a ligação por nada. Testei outros números conhecidos e nada dava certo. Considerei ligar do hotel mesmo, mas a fome apertou. Desisti. Se eu soubesse que o hotel tinha piscina sim, o dia teria sido outro. Mas acabei por sair a pé para zanzar por Miami Beach. Havia muitos prédios a serem fotografados ainda...
No caminho, tomei café em um restaurante de frente para a praia. Curioso como, sendo o único cliente, eles conseguiram demorar e ainda entregas uma omelete fria... Mas no pagamento, ao tentar novamente usar meu AMEX, descobrimos a fonte dos problemas: o cartão é de chip. Para o amigo leitor que não está acostumado a viajar, o cartão de chip é uma realidade no Brasil há, sei lá, 10 anos ? Pois na terra do Tio Sam está pegando agora, numas. Então muita gente simplesmente não sabe operar as máquinas com isso. O cara da omelete fria sabia. Mereceu a gorjeta dele, no fim...
Tirei mais um monte de fotos de prédios da região. Mas não adianta descrever essas coisas...

foto: prédio com fachada em Art Deco, Miami Beach, Florida
créditos: Diretoria de Áudio-Visual Asimovia - Divisão Costa Leste EUA

Depois de não almoçar, foi para a Lincoln Street. É um calçadão com lojas tidas como chiques. Seria um tipo de Oscar Freire (São Paulo). Não sei julgar: é quase tudo loja de roupa e eu sou incapaz de entender disso. Mas houve toques de Brasil por ali: uma loja das havaianas, uma loja que alegava ser originada do Rio de Janeiro e, na falta de uma, duas galerias do Romero Britto. Para quem não sabe minha opinião sobre ele, acho a arte dele absolutamente desnecessária para não dizer tosca; mas gosto da maneira como ele encara o mundo da arte. E só por irritar os intelectuais do ramo, já gosto dele. O pior momento do dia foi uma loja tocando "Chorando se foi" em versão dance
Comprei uma passagem para o passeio do dia seguinte, andei um pouco mais, e acabei me decidindo pelo cinema na ponta da rua: Liga da Justiça. É meio que tradição minha ver um filme nos USA quando viajo sozinho. 
Voltei para jantar um conjunto pequeno e saboroso de burritos perto do hotel. E assim volto mais cansado do que saí, menos tenso do que saí, e ansioso pelo dia seguinte: Key West.


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