quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

USA 6 - Dia 6: Thanksgiving

Nem sei se escreve junto, ó.
Fato é que, ao planejar a viagem, agradou-me a possibilidade de fazer parte de um Thanksgiving, o Dia de Ação de Graças em tradução que eu detesto. Por mim, ficaria como "Dia da Gratidão". 
Diferentemente da visão inicial que tinha anos atrás, não se trata de um feriado religioso. Sim, muitas pessoas agradecem as seus respectivos deuses, mas não por ser uma coisa esperada de cada rito. É um dia em que as pessoas param para pensar no que lhes tem acontecido e em quem ou o quê os ajudou. Se o cara quer achar que um arbusto falante ajudou-o a comprar uma casa, espera-se que o arbusto seja mencionado, oras.
É um dia muito curioso, com ritmo (ou falta de) bastante característico. Alguns estabelecimentos abrem meio período, outros ficam fechados. Mas tem o efeito black friday no dia seguinte, então é uma coisa confusa mesmo para eles.
Acompanhamos pela manhã um grupo de turistas brasileiros que estava fazendo gun experience no estande, em Leesburg. Eu mesmo não iria atirar, apenas acompanhei o maior desperdício de munição que vi pessoalmente em minha vida. Os caras usaram centenas de munições sem tirar um pingo de conhecimento daquilo. Uma tristeza. 
Resolvemos algumas pendengas locais e seguimos para a casa de uma família de brasileiros que mora por lá há um ano. Os Guidi me receberam muito bem, e acabei curtindo todos, inclusive as crianças, não tão crianças assim. 
Assamos um tradicional  peru, que ficou uma coisa de outro planeta, o Rodrigo fez seu discurso (eu até estava preparado para o meu, mas acabou não rolando) e jantamos. Depois, encenamos uma peça de teatro, onde fui o narrador com a voz mais épica que fui capaz de fazer, relatando as origens da tradição do thanksgiving

foto: jantar de Thanksgiving, junto à família Guidi, Orlando, Florida, USA
créditos: Diretoria de Áudio-Visual Asimovia - Divisão Orlando

Se não rolou no dia, rola agora, adaptado mais de 1 mês depois do evento:

"É meu primeiro Thanksgiving. Mas não acho que dá para voltar 42 anos do tempo. Vou me concentrar em 2017.
Agradeço primeiro aos Guidi por me receberem neste evento tão singular. 
Agradeço ao Rodrigo por me receber na casa dele de braços abertos. Uma amizade de grande valor para mim, que só sairá daqui fortalecida.
Agradeço, não me levem a mal, ao meu chefe Celso, que recentemente me entendeu e me ajudou muito em minha mudança de alocação no trabalho, trazendo enorme ganho de qualidade de vida.
Agradeço ao Mestre Gabriel e colegas de treino da família TSKF. Nem preciso explicar isso.
Agradeço à minha tia Ruth, que sempre me apoiou, inclusive financeiramente, nas minhas doideiras.
Agradeço por último, e mais importante, à minha esposa Luciana que insiste em me aturar por motivos que não compreendo, e que não apenas concordou com esta viagem, mas ajudou muito no planejamento, mesmo não podendo vir junto."

Foi isso. 
Levamos as sobras do peru para casa, finalizando o dia com uma cerveja Miller.

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