segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

USA 6 - Dia 1: Miami

Deixei para este relato um ponto divertido da viagem, logo depois de pegar as malas, para iniciar o 2o dia de relato.
Como sempre acontece em aeroportos americanos, tudo fica longe pacas, e tudo tem enormes corredores com esteiras rolantes. Depois de pegar uma boa meia dúzia delas, e talvez algumas escadas (honestamente, não lembro), cheguei ao setor de locadoras de carros. Aproveitei o trajeto para confirmar que meu celular estava operacional com o chip comprado ainda em Cumbica. É uma grande área circular, onde cada locadora tem seu balcão. Não contei, mas deviam ser umas 12 a 15. Eu tinha uma reserva pré-paga na ThriftyLá chegando, tive apenas que pré-pagar o pedágio, pois tem montes de pedágios na Florida que não aceitam dinheiro, e segui para retirada do carro.
Eu tinha alugado um compacto, afinal estava sozinho. O rapaz me indicou o setor e, ao chegar lá, não tinha nada. Deve ser o sono, pensei, e voltei perguntando. Ele foi atencioso e me acompanhou até lá para... ver que realmente não tinha nada. 
Fosse no Brasil, ia começar com "aguarde um momento por favor", "estamos finalizando uma higienização" e coisas do tipo. Lá não: "o sr. pode então pegar qualquer carro médio, sem custo adicional". Virou as costas e foi embora ! Era um atendente, com todo o respeito, de nível hierárquico mais baixo, não um gerente ou supervisor. Resolveu-se tudo sem burocracia, sem aborrecimento, sem chororô: free upgrade


foto: Toyota Corolla 2015, exclusivo para locação
créditos: Diretoria de Áudio-Visual Asimovia - Divisão Costa Leste EUA

Já de carro, comecei a circular por Miami. Na verdade, Miami Beach. 
Explico: o que costumamos chamar de Miami é, na verdade, uma robusta região metropolitana de cidades relativamente pequenas. O local é administrativamente fragmentado e, embora não haja tantas placas ou avisos, muda-se de cidade a cada pouco. Fui para leste, onde fica uma península, outrora ilha. É onde ficam as praias famosas, os hotéis grandes e pequenos e a arquitetura em art decô
Passei no hotel para confirmar a reserva, deixei as malas e consegui sentir um problema sério da região: não há vagas gratuitas para estacionar em lugar nenhum. Tudo é pago, coisa de 1 dólar a cada 15 min, com limite de 3 horas. Observem como isso complica o pernoite...

Parei o carro em um estacionamento de passeei pela orla e centro de Miami Beach, que é parte sul. Almocei um sanduba com slurpee do eterno Seven Eleven, e decidi mudar um pouco os planos: peguei já nesse dia o Art Deco Walking Tour. Trata-se de um passeio a pé pelas calçadas onde um(a) guia mostra os prédios da região e ensina conceitos básicos desse tipo de arquitetura que é tão marcante na cidade. 
Não vou ficar esticando as explicações. Seguem fotos:


fotos: alguns edifícios em arquitetura art deco, Miami Beach, Florida.

créditos: Diretoria de Áudio-Visual Asimovia - Divisão Costa Leste EUA

De lá, segui uma outra dica: visitar o bairro de Little Havana. É um bairro já mais barra pesada, mas era meio da tarde quando cheguei e achei que era factível. Consegui parar o carro sem pagar e saí perambulando pela via principal. 
Chateou o excesso de lojas de charuto. Qualquer um sabe que os charutos cubanos são famosos, mas reduzir toda uma cultura a isso é questionável. O restante eram restaurantes de comida típica, e com música caribenha, goste-se ou não.

De volta, surtei com a questão de procurar vagas, parei em uma praça e fui jantar em uma região chamada Española Way. Fui em um restaurante, para surpresa de ninguém, cubano: Havana 1957. Eventualmente, eu descobriria outra unidade. De todo modo, foi uma comida deliciosa, acompanhada de uma "old school cuba libre". 

Um comentário:

  1. Tão simples e óbvio resolver com o Free upgrade, não? No Brasil já iria rolar um stress, com ctz

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