sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Os espiões de Obama

Amigo leitor, surpreendo-me por não ter comentando isso antes. E nem foi por questão de tempo ou do STF ter atropelado minha atenção. É algo mais simplório. De fato, não tenho opinião firme sobre o assunto, e isso é bastante incomum na minha pessoa. No caso, vejo argumentos bons, mas não decisivos, para ambos os lados da opinião.
Por um lado, temos uma violação de privacidade de um chefe de estado. Embora seja comum, frequente e previsível, não é certo. Tratam-se, ou podem se tratar, de informações sensíveis. Embora os EUA não sejam um inimigo em nenhuma instância, sempre podemos ter interesses conflitantes, em especial no campo comercial. Daí a irritação e revolta, plenamente justificável, de nosso governo.
Por outro, pede-se retaliações e protestos. Daí, começo a perguntar de que adianta isso. É conveniente cancelar uma viagem da presidente aos EUA no próximo mês em função do ocorrido? Sem duvidar das razões do cancelamento, pontuo o fato de essa viagem já estar marcada e, supostamente, ter uma agenda preparada. Isso quer dizer que há muitos interesses, a ponto de se perceber a necessidade de um chefe de estado ir a outro país. Então, é conveniente cancelar a viagem, procastinando esses interesses, apenas para marcar uma posição de protesto contra a espionagem ?
Talvez seja sim. Ou não.
E por não ter eu uma opinião firme, levei esses dias pensando no assunto, sem chegar a uma conclusão. Se é necessário mostrar a indignação, também é necessário proteger interesses, sejam quais forem. 
Em política e diplomacia, é preciso engolir sapos vez por outra. O ponto aqui é se este sapo não é grande demais. 

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