quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A Cadeirante e a Gol

Bomba nas redes sociais o caso da cadeirante que subiu sentada as escadas de acesso para o avião que pegou em Foz do Iguaçu. 
Segue link. Em resumo, Katya Hemelrijk da Silva postou desabafo nas redes sociais sobre o caso: por falta de equipamento apropriado, ela teve que "subir sentada", na falta de uma expressão melhor, até o interior da aeronave. Há fotos do ocorrido, como se pode ver no link. Até aqui, não se pode questionar o básico: que ela é cadeirante, que ela "subiu sentada" (essa expressão já está me dando nos nervos) e que desabafou nas redes sociais.
Em outra matéria, já vemos a possibilidade de a Gol ser multada pela ANAC. Segue segundo link. Isso já me deixa bolado. Quem fornece os equipamentos de rampa, usando termo técnico apropriado, é a administradora do aeroporto que, salvo os privatizados, é a Infraero. Quem é proprietário do aeroporto e gere toda a operação dele também é a Infraero. A Gol não tem qualquer capacidade de escolher o portão de embarque, para optar por um que tenha os acessos por corredores ajustáveis, nem aos equipamentos utilizados para embarque. A responsabilidade pelas existência e operacionabilidade deles é da Infraero, e isso é bem óbvio pra mim. Entendo que a relação comercial do passageiro seja com a companhia aérea, e daí poderia eventualmente fazer algum sentido tanto a multa quanto um possível processo por dano moral.
No entanto, o assunto sofreu uma reviravolta na manhã de hoje, a ponto de me inspirar a escrever este post. Segue terceiro link. O(A) tal M Ramone Mjgm, que não é exatamente o que podemos chamar de um nome próprio, alega que tudo isso aconteceu mesmo, mas foi armação dela. Ela recusou ser carregada por funcionários da Gol, como ela própria diz ter feito (no primeiro link), mas com o objetivo de criar um factóide. No fim, seria tudo um escândalo para processar a empresa por dano moral e ganhar uns trocados por dano moral. 
Não sei que é o M Ramone Mjgm, e não estou nem duvidando nem confirmando a palavra dele(a). Também não conheço a Katya para saber se esse tipo de comportamento é da índole dela. O que eu posso pensar é que a versão do Ramone é plausível em dias de excesso de mimimi e ainda maior excesso de processos por dano moral baseados no éter. Plausível apenas, não irei mais longe do que isso. E não duvido que ela ganhe uma boa soma em reais, independente de ter sido tudo armação ou não. De novo, e mais uma vez, digo que não estou acusando ninguém de nada. 
Ou melhor, estou sim: estou acusando a Infraero de não manter equipamentos disponíveis e em condições de uso no aeroporto de For do Iguaçu. Além disso, futuras investigações que não farei.

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