No vigésimo episódio desta série, percebo que não contei minhas desgraças com a TAM.
Meu histórico com esses bostas começou em 1999, quando conheci Cuiabá. Fui convidado para um evento de RPG com passagens pagas pela organização. No dia do retorno, o voo marcado para 12h00 decolou às 18h30. Isso mesmo, amigo leitor: 6h30 de atraso. A história contada é que o avião destinado ao meu voo pousou pela manhã em Campo Grande e não pode sair de lá por falta de teto. E o que diabos eu tenho a ver com isso?
Depois tive meu caso em João Pessoa. Fui para outro evento de RPG, em 2007. O voo programado foi cancelado pois decolaria de Congonhas exatamente no dia o acidente com o voo 3054. Aquilo cancelou todos os voos do aeroporto, e não foi culpa deles. Mas viajei dois dias depois, já atrasado para o evento, e eles conseguiram perder minha bagagem. Fiquei em uma cidade quente, sem roupas adequadas para um evento onde estava representando minha empresa, por total falha deles.
Já em 2008, tive um bate e volta para Curitiba com meus então dois chefes estrangeiros (um peruano e um polonês). Na perna da volta, chegamos ao aeroporto faltando 55 minutos para o voo e sem bagagem para despachar, mas o voo estava fechado e nos alocaram para outro mais tarde. Claramente havia overbooking envolvido, e acabei no aeroporto errado: meu carro tinha ficado em Cumbica e pousamos em Congonhas.
Na volta de minha viagem para o Peru, em 2011, trataram minha bagagem com tanto descaso que uma garrafa de pisco quebrou dentro da mala. Amável.
Eu já não queria mais voar com esses canalhas até minha irmã se casar este ano (2014). Não havia opções viáveis de horário e preço com outras empresas e tive que comprar TAM, muito contrariado. Fiz a compra em julho para o casamento no final de outubro. Voaria na 5a-feira a noite, para dormir lá e estar descansado na 6a-feira a tarde, horário do casamento civil. Porém, o aeroporto entrou em obras noturnas e o voo foi cancelado.
Não é culpa deles, certo?
Então por que não me avisaram, então ? Digo isso, amigo leitor, porque eu estava na Alemanha em férias quando, lendo notícias do Brasil, descobri as tais obras. A TAM não me informou do cancelamento do voo. Daí entro no SAC (sistema de atendimento ao cliente), que simplesmente não funciona: nem o atendimento via chat, nem qualquer tentativa de remarcar a passagem é bem sucedida, pois o sistema não localiza o localizador (sim, escolhi as palavras com cuidado).
Envolvi, a contra-gosto, minha namorada no caso, e pedi para ela resolver a confusão. Ela ligou, mudou o voo para o dia seguinte pela manhã, e eu recebi 2 trincas de confirmações do voo... para o horário antigo. Um lixo.
Liguei para ela de novo, que checou com os babacas e o voo estava mudado: a informação por telefone não batia com as confirmações por email.
Na volta da Alemanha, aproveitei para ir à loja física da TAM em Cumbica para resolver a confusão. A boa vontade da atendente não superava o lixo de sistema deles. Localizador, e-ticket, número de voo, nomes e CPFs não eram capazes de achar nossas passagens. Por fim, a Luciana teve uma ideia de usar um outro registro que constava nos emails errados de confirmação e eles acharam nossos voos já remarcados corretamente. Exigi aquilo impresso e fui embora sem confiança alguma de ter dado certo.
Até deu, mas nunca mais. Mesmo. Sério.
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