segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Cadê ?

Comecei a elaborar este texto na minha cabeça entre os dias 9 e 10 de agosto. As primeiras frases vieram dia 13 e escrevei mesmo dia 17. Mas programei para sair hoje, dia 22, às 10h (como de costume para textos programados).
E vai em tom de desabafo com comemoração. Vamos lá.

Cadê a Epidemia de Zika / Dengue / Chikungunya ?
Cadê os arrastões ?
Cadê os desabamentos das instalações olímpicas ?
Cadê a falência do sistema de transportes do Rio de Janeiro ?
Cadê o atentado do ISIS ?

ou...

Você vai ser assaltado.
Você vai levar uma bala perdida.
Você vai se ferrar no trânsito o tempo todo.
Coisa sem graça, como você gasta seu dinheiro nisso?
Você só vai ver o Brasil perder em tudo.
Você vai odiar tudo.

O amigo leitor, fiel a este espaço ou não, sabe que fui ao Rio ver os jogos. Se planejei ir por 15 meses, sonho com essa chance desde os 10 anos de idade. Mas nesse tempo todo, eu tive que ler e ouvir as coisas acima, especialmente nas 3 semanas que antecederam o início das Olimpíadas. As mais comuns foram atentando e epidemia
Foi torturante. Pense que a cada meia hora você tem que ouvir um comentário dizendo que você vai morrer. Psicologicamente falando, é o que acontece a um prisioneiro de guerra. Não tem exagero nisso não.

Algumas pessoas até expressavam preocupação genuína. Não me dirijo a esses, naturalmente. Mas a maioria era apenas o interminável espírito de porco. Gente invejosa, que não consegue tolerar a felicidade do outro. Não compram ingressos concorridos, então ficaram de fora. De algum modo, foram incapazes de se planejar para ir ao evento, então precisam diminuir quem estava indo. É o sujeito que sempre torce pela desgraça, que quer ver o circo pegar fogo e mesmo sem perceber quer que cada um que não seja ele mesmo se exploda.
Prestando atenção, o amigo leitor se lembrará vítima disso muitas vezes na vida. Esta foi minha mais forte experiência com isso. Teve outras, mas nem quero parar para lembrar e listar aqui. Danem-se. 
Danem-se todos.

E fica aqui o desabafo: morram todos de diarreia azul
E de inveja, que é o que os define enquanto pessoas. 

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