terça-feira, 23 de agosto de 2016

Rio de Janeiro - Dias 13 e 14: folga e Atletismo

Dia 17 estava programado para ser um dia morto. Os ingressos para o dia se dividiam em 3 grupos: desinteressantes, caros e esgotados. Optei por ficar em casa (entenda-se: onde eu estava hospedado), como um dia de férias mesmo. Internet, 16 canais Sportv e alguma pouca coisa para comer. O ponto é que fiquei de boas. 
Foi sorte, devo dizer, que tenha sido esse dia um dos de calor infernal de cozinhar miolos. A casa é bem arejada, quase não pegando sol direto.
Saí a noite para comer, e voltei parcialmente frustrado: não consegui uma única vez uma porção de lula para matar a vontade. Ainda assim, o rango estava bom e tinha uma quentinha para o almoço do dia 18.

Acordei tarde, descansado e já triste por saber do final que se aproximava. Mas foi uma manhã perrengueless. Almocei o peixe que sobrou da janta e fiquei de olho na tv. Pude acompanhar a medalha de ouro na Vela. Consideirei até descer para a Marina da Glória, que não ficava a mais de 10 minutos de minha hospedagem. Pesei dois fatores: estar na muvuca no final, onde não entenderia nada pela distância ou ficar na tv e saber o resultado, mas sem fazer a bagunça. Optei pela 2a, e hoje me arrependo.
Erros que se comete na vida...
Peguei um Uber para o metrô e de lá foi sem pressa alguma para o Engenhão. Lá, comprei o último souvenier que me faltava: um carinha vendia um porta-retratos com as 16 moedas olímpicas por R$ 50. Faturei na hora. 
Três passos depois caiu minha ficha (moeda?): como diabos eu entraria com aquela coisa no estádio?! As moedas, ok. Mas o porta-retratos é de metal com vidro! Depois de considerar um pouco, usei o velho "não é problema meu". Taquei a bagaça na mochila fui de cabeça erguida e peito aberto: o raio-x que me parasse. Resumo: a coleção, com o porta-retratos chinês fabricado em 1997 (#truestory) está em casa.

Vi algumas finais interessantes no dia. Tinha as provas finais do exaustivo decatlo, finais de arremesso de dardo uma estranha repescagem de tempo para a equipe feminina do 4x100 americana e o momento nobre do dia: final dos 200m.
Poseidon, mais do Zeus, estava na área: mandou uma chuva absolutamente desnecessária meia hora antes da final dos 200m. Molhou a pista e apagou com água qualquer chance de recorde. Jamais o perdoarei por isso.
Ainda assim, o raio cairia pela 3a vez no mesmo lugar pela 2a vez. Ficou confuso? Que tal dizer que Bolt se tornou bi-tricampão olímpico? Ainda estranho? Espere outro dia e ele faria sua 9a medalha no revezamento 4x100 e tudo ficou a 3x3.
Tão impressionante quanto foi ver o estádio cantando Bob Marley para saudar o ídolo de 11 entre 10 pessoas presentes. Quase tão carismático quanto rápido. Deu uma volta olímpica com bandeiras do Brasil e da Jamaica. Quase tão marketeiro quanto carismático.

Sou fã sim, e daí ?

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