Amigo leitor, peço desculpas por três dias de ausência por aqui. Dois dias de Congresso e um em inferno astral informático complicaram bastante meu acesso.
Nesta semana de pré-viagem, o assunto que destaco é a punição recebida pelo Grêmio pelo caso de racismo. Em um resumão, durante o jogo Grêmio x Santos pela Copa do Brasil, o goleiro Aranha, negro, foi chamado de "macaco" por alguns torcedores tricolores. Uma delas foi filmada no ato e desabou um mundo de críticas.
Pessoalmente, sou da tese do #somostodosmacacos sim, então não entendo porque isso é ofensivo, nem porque isso é direcionado apenas a negros. Sério: eu não entendo. Mas aceito a declaração de que é ofensivo e não vou discuti-la. Voltemos ao ponto.
Ocorre que o caso ganhou repercussão (como sempre) e o time gaúcho foi denunciado (como semrpe), julgado (como sempre) e condenado (como nunca) pelo ato: multa e exclusão do torneio. É similar ao que defendi aqui, em um caso muito mais sério, com consequências palpáveis e mesuráveis.
Sinceramente, estava mais do que na hora de alguém fazer alguma coisa séria nesse assunto. Quero ver agora punirem homofobia de igual para igual. Quero ver punirem quando o alvo da ofensa (racismo, homofobia ou outra) for a torcida adversária e não um jogador específico. Afinal, o crime é o mesmo.
Mas também deixo a pergunta sobre como garantir que um torcedor do time A não vá ao estádio com a camisa do time B para arrumar uma punição para o rival. Lembro de um caso, mas não consegui achar links ou detalhes, de um time na Itália nos anos 80, quando a sua torcida foi ao jogo de um adversário pelo título com a intenção de arrumar uma briga, interditar o estádio e levar o jogo entre seu time e aquele para campo neutro. Funcionou na época, e não vejo porque não funcionaria hoje.
Mas é preciso tomar cuidados.
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