Sabadão em Speyer. Coisas para fazer não faltavam, verdade seja dita. Um pouco cansados de igrejas, deixamos a Catedral local para outra oportunidade. E como eu não convenceria o André a visitar Hockemheim, isso também ficou adiado. No final, o dia inteiro foi dedicado a um museu: Technik Museum, um museu de inovações tecnológicas.
Trata-se de um museu de invenções que acabou bem focado em meios de transporte. Sim, havia máquinas de costura antigas, roupas, chips de computador, uma área apenas para a exploração espacial... Mas havia veículos. Entre veículos, aviões. Entre aviões, havia um Antonov An-22. E putaqueopariu, como o Antonov é grande. Mas estou me adiantando aqui.
Logo na entrada, vimos que o local tem uma extensa exibição de filmes científicos em IMAX. Com tudo em alemão, poderíamos deixar o texto para lá e curtir as imagens. Valeria a pena ir em uma das sessões e escolhemos Planeta Azul, à tarde.
Entramos e fomos alegremente recebidos por um trem estacionado lá dentro. Ao lado dele, um Juckers Ju-88 parcialmente recuperado da 2a Guerra, pendurado no teto. A foto a seguir é uma panorâmica desse primeiro pavilhão, para se ter uma vaga noção de quanta coisa tem lá:
Listemos de modo geral o que tinha, então: máquinas diversas, roupas de época, motos, carros, trens, ônibus, aviões, carros de bombeiro, aviões, objetos da exploração espacial, miniaturas de um monte de coisas, barcos, um submarino e, claro, o Antonov. Eu já mencionei que o Antonov é grande?
Havia mil curiosidades, e é impossível fazer de 1% delas. Foi bem interessante um carro elétrico americano produzido em 1909, por exemplo. Ou veículos que, em suas épocas, bateram recordes de velocidade. Ou um submarino para um tripulante, terrivelmente apertado, e com seu respectivo torpedo acoplado. Ou um dragster alemão. Ou um dos primeiros carros de bombeiro com escada. Ou um Antonov.
Do lado de fora, ficavam os veículos realmente grandes. Vários trens e aviões na primeira parte do patio. Tinha um F-104 desmontado, um F-15, meu caça preferido e muitas outras coisas. Um dos destaques era um Boeing 747 alçado 45m acima do chão, e inclinado. E você pode entrar dentro dele, inclusive das partes estruturais.
É de queimar os miolos imaginar como diabos eles ergueram o 747 a esta altura. Ainda assim, ele é menor que o Antonov. Muito grande o Antonov.
Depois seguimos para o segundo galpão, focado na, mas não exclusivo da, exploração do espaço. Havia painéis com todas as missões espaciais do homem, em suas diversas fases. Peças usadas em diversas delas e fotos muito interessantes. O destaque era um dos protótipos do ônibus espacial soviético, o Buran.
Para fins de comparação, o Buran era pouco menor que o Ônibus Espacial Americano, mas claramente tinha o mesmo propósito. No entanto, o Buran não seria utilizado decolando sozinho, ao menos em princípio: ele decolaria a partir de um... Antonov.
Então chega: hora de visitar o Antonov:
Tirei esta foto em na parte mais frontal do compartimento de carga, com o André junto à rampa de abertura. A área de carga tem 26,4m de comprimento por 4,3m de largura máxima e 4,3m de altura máxima. São 113m2 de área (mais que meu apartamento !) e 650m3 de volume aproveitável e 80 toneladas de carga. Caberia todos os livros que produzi em minha época de Daemon Editora (11 anos), juntos, em suas tiragens e reimpressões totais. Dentro dele, há 4 guindastes de 2,5 toneladas em dois trilhos suspensos. Sim, ele é grande.
Passamos o restante do passeio comentando o quanto ele é grande. Entramos em um barco, em um submarino, em um museu de miniaturas e passamos na loja, mas nada mais parecia interessante perto do tamanho do Antonov. Muito grande.
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