sexta-feira, 15 de março de 2019

Portugal 1 - Dia 16 - Barcelos, Ponte de Lima e Viana do Castelo

Mais um dia cheio, desta vez com 3 cidades e diversas pequenas atividades. Saímos no horário combinado e tocamos pé na estrada.
A Feira de Barcelos é considerada das mais tradicionais do país. E como acontece às quintas-feiras, não havia manobra possível na agenda. Segundo lendas locais, acontece na mesma praça há centenas de anos. Chegamos lá com tranquilidade, exceto termos que estacionar um tanto longe, cerca de 1km  da feira em si, já que a feira é lotada mesmo na baixa temporada.
A feira tem enorme diversidade de produtos. Alimentos, como os que encontramos aqui no Brasil, ocupam cerca de 1/4 do espaço. Há muita venda de roupas, calçados, utensílios de cozinha, malas, lembranças locais, lenços, móveis, toalhas de banho, doces, máquinas de produção de cerveja e vinho, perfumes, bolsas e galos. Não necessariamente, mas talvez, nessa ordem. Admito que eu não estava empolgado pelo passeio, mas me diverti um tanto. Ainda pudemos visitar uma igreja circular, novamente sem tirar fotos, mas belíssima, ao lado da feira. Na mesma cidade, havia também a Casa dos Condes, onde nasceu a história que tornou o galo um dos símbolos nacionais portugueses. 
De lá, seguimos para Ponte de Lima, basicamente para ver a ponte sobre o rio Lima. É uma ponte romana, com restauro parcial medieval, também alvo de lendas locais (diz-se que o exército romano não quis atravessar o rio por achar que era o rio Lete da Mitologia, onde as pessoas que atravessam perdem a memória. Sem paciência para esse tipo de coisa, o general Décimo Júnio Bruto Galaico atravessou o rio e chamou nominalmente cada um dos soldados para fazê-los atravessar. Embora exagerada, a história parece possível.

foto: ponte de Lima, Ponte de Lima, Portugal, 2019

De lá, seguimos para Viana do Castelo, para várias paradas. A primeira delas era o Santuário de Santa Luzia, um ponto de peregrinação no alto de uma considerável montanha. Nos anos 50, construíram uma bela igreja com todas as formas circulares, onde é possível subir até o alto para o que deveria ter sido uma bela observação da região. Não foi, devido a alguns pontos de queimada natural que traziam enorme quantidade de fumaça em nossa direção. Menos mal, eram eucaliptos queimando: o odor era incrível.


foto: Santuário de Santa Luzia, Viana do Castelo, Portugal, 2019

Ao lado, encontramos a Citânia de Santa Luzia, um conjunto interessante de ruínas celtas parcialmente preservado. Parcialmente porque, mais de meio século atrás, alguém achou por bem construir um hotel para os peregrinos católicos, e empilhou como pode as "porcarias de pedras que estavam no caminho"... Ainda assim, a parte preservada mostra como eram as casas e o urbanismo celtas, incluindo o momento em que eles aprenderam as maravilhas do ângulo reto.


foto: Citânia de Santa Luzia, Viana do Castelo, Portugal, 2019

De lá, fomos ao  Museu do Traje, na cidade mesmo. Sem poder tirar fotos, Luciana se deliciou com as histórias e réplicas de todos as vestimentas tradicionais das agricultoras portuguesas. Como o amigo leitor deve ter antecipado, eu achei um porre interminável...  Mas eventualmente terminou e o ainda ingresso também dava direito ao Museu Municipal (se não errei o nome), com utensílios caseiros em geral. Sem fotos também e nada assim marcante...
Acabou? Claro que não. Luciana ainda achou o Castelo de São Tiago, aberto e sem qualquer tipo de placa, orientação, cobrança ou manutenção. Uma pena o estado em que ficou...


foto: Castelo de São Tiago, Viana do Castelo, Portugal, 2019

Depois do walking tour pela pequena e pacata cidade, voltamos para o carro e eu deixei a 5a série escolher o caminho: dirigi cerca de uma hora até cruzar a fronteira com a Espanha, para dizer que pus os pés em mais um país.


foto: placa de fronteira, Ponte da Amizade, Portugal/Espanha, 2019

Foi muito engraçado a voz do Waze mudar para espanhol tão logo passamos essa placa.
Não foi nada engraçado a voz continuar em espanhol até metade do caminho de volta para o hotel.

Mas sobrevivemos e rimos disso depois. Eu queria ter colocar essa foto no Facebook com a legenda "início da 2a etapa", mas acabei deixando passar a piada.




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