Fazendo outra pausa na narração e descrição da viagem, estou aqui separando um tempo para tentar condensar as coisas negativas que eu vi no Egito. Como no anterior, peço ao amigo leitor que visite o post depois de alguns dias de publicado, pois posso lembrar de alguma coisa e adicionar aqui.
Então vamos lá: coisas negativas que eu vi no Egito.
- Negociação para tudo. Raras exceções, é preciso negociar cada preço de cada item comprado. Isso não se aplica a água e comida, mas a todo o resto. Cada lembrancinha tinha o preço negociado, e a primeira oferta vinha sempre em valores estratosféricos. Sim, isso cansa e ofende, a ponto de termos perdido o interesse em comprar qualquer coisa que fosse.
- Propina para quase tudo. Eles querem propina para tudo: tirar uma foto, entrar em uma área fechada ou até usar o banheiro. O tempo todo é isso. Vindo de um país que passou (e passa) por uma revisão de conceitos exatamente sobre isso, é bem desagradável esse tipo de comportamento.
- Lixo. Há lixo por toda parte, mesmo nos poucos locais com lixeiras. Ninguém se importa muito com isso e todo o cenário fica feio. Não estou falando apenas de ruas e calçadas, mas mesmo nos sítios visitados pode-se encontrar sacos, embalagem de comida, garrafas... tudo.
- Trânsito no Cairo. A cidade do Cairo tem um trânsito péssimo, e isso é o comentário de um paulistano. Em diversos trechos, notava-se pelo Google Maps que era mais rápido ir a pé até o destino. Mesmo fora dos horários de pico, mesmo em finais de semana.
- Clima. O Egito é quente e seco. Isso não foi qualquer surpresa, mesmo eu dizendo muito quente e muito seco. Mesmo bebendo volumes inenarráveis de água, o corpo sente muito o impacto. Foram vários dias com temperatura acima de 40oC e a umidade jamais passou de 12%.
- Água Suspeita. Desde o primeiro dia, e ao longo da viagem, sempre fomos informados de que a água encanada é boa o suficiente para o banho, mas não para beber ou mesmo escovar os dentes. Isso nos obrigou a consumir volumes incríveis de água mineral e cortar as saladas cruas da alimentação.
- Motoristas Alucinados. Isso não foi apenas no Cairo, mas no país todo. A total falta de consideração pelas mais básicas normas de trânsito é onipresente e pavorosa. Sinal vermelho, mão de direção e faixa de rolamento "são coisas para outros", pensam todos eles. É frequente o uso de contra-mão, ultrapassagem em locais proibidos (e perigosos) e estacionar em fila dupla ou até tripla. Ninguém usa cinto de segurança e não vi um único capacete no país todo, por mais de um mês de procura.
Ah sim ! Pedestre não vem prioridade não. Faça-se corajoso para poder atravessar ruas ou avenidas de 7 pistas. Boa sorte e tenha um bom seguro de viagem.
- Religião. Egito é um país muçulmano. As regras dessa religião, para quem tem um pingo de moderação, valem apenas para os seguidores. Sabemos que regimes controlados por fanáticos torturam e matam pessoas que não seguem essas regras arbitrárias, mas não é o caso do Egito... Até você estar lá.
O turista não é obrigado a seguir as normas do islã... Mas no Ramadã as atividades fecham 1h mais cedo e azar o seu.
O turista não é obrigado a seguir as normas do islã.. Mas o McDonald´s não quis me servir um simples cheeseburguer, tinha que ser sem queijo.
O turista não é obrigado a seguir as normas do islã.. Mas não existe bacon em nenhum lugar do país, muito embora seja bem fácil tomar cerveja.
Isso sem falar em mulheres usando burca preta de corpo inteiro com a temperatura ambiente na casa dos 40oC.
Sim: isso incomoda pacas.
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