quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Demorô

Demorou demais para alguém tomar uma atitude séria contra essa palhaçada que se tornou (ou sempre foi ?) o tal Estado Islâmico.
O tal grupo, considerado irascível e impossível de se manter uma conversa até pelos "moderados" da Al Qaeda, já ocupa uma área significativa no mapa do Oriente Médio, como se vê aqui:


Ok, fronteiras nacionais não são linhas traçadas na pedra, e podem eventualmente se mover. Idealmente chegaremos ao que Lennon nos pediu para imaginar, mas ainda estamos um tanto longe desse ponto, exceção, talvez, na Europa. Logo eles que foram tão prolíficos em criar essas mesmas fronteiras...
O surgimento de um país a partir de pedaços de outros dois não teria como ser algo simples e tranquilo. Mas o ponto que pega aqui não é a fronteira, nem onde ela fica, nem o modo como está sendo criada. O problema é o que esses caras estão fazendo do lado de dentro.
Já abundam histórias de terror medieval, e numa escala de semanas, não séculos. Começou com execuções puras e simples. Depois, passaram às decapitações. O passo seguinte, em meados de janeiro, foi arremessar prisioneiros gays do alto de prédios (link). No início de fevereiro, queimaram vivo um piloto jordaniano (link altamente não-recomendado). Há ainda relatos de crianças estupradas e enterradas vivasComo sempre, tudo por causa de religião, o maior mal que assola este planeta. 

Enfim, finalmente parece que alguém está fazendo alguma coisa. Barack Obama pediu autorização para guerra no Congresso Americano. Lembre-se que é um congresso majoritariamente republicano, o partido trigger-happy. Li isso há pouco no UOL.
Não sou daqueles que acha que tudo se resolve na bala. Porém, acho que, sim, algumas coisas se resolvem na bala e este é um caso. Esse tipo de gente, se é que dá para chamar de gente, não entende outra forma de comunicação, infelizmente. 
Vai ser o de sempre, na minha análise: bombardeios cirúrgicos, explosões, alguns civis mortos, indignação pelos civis mortos, alguma ação por terra e meses de caça aos terroristas da vez. Não fico nem com pena da população civil desta vez, pois a coisa deve estar tão feia lá dentro que não são as bombas que vão piorar alguma coisa.
Faça-se, então.

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