quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Não, péra...

Acho que qualquer brasileiro minimamente honesto e inteligente está acompanhando, em maior ou menor grau, o que se passa na Petrobrás nos últimos meses. Não me darei ao trabalho de resumir, portanto, em respeito a essas duas características que creio abundar entre meus leitores.
Um aspecto, no entanto, chamou minha atenção hoje. Depois de semanas bancando a, digamos assim, pouco confiável Graça Foster na presidência da estatal, descobrimos que a cara de pau do PT tem limites, e não houve mais como segurar a posição dela. Abriu-se ontem o caminho para a troca com o pedido de demissão da mesma e, quem sabe, novos rumos para a empresa e para o processo investigativo do pior escândalo de corrupção que já se viu neste país
Até aí, ok.
Mas hoje leio no UOL/Folha que há a escolha do novo presidente gera conflitos no governo. Seria natural em qualquer governo que um cargo desses tenha muita gente interessada. E por mais que se diga que o problema seria o inverso (pouca gente interessada), é óbvio que isso não é verdade, e diferentes correntes buscam se posicionar para indicar algum aliado de seu grupo. 

Ninguém quer presidência da Petrobrás pois a vaga é uma cadeira elétrica.
Mas considerando-se que vai faltar luz, pode não ser tão ruim assim...

Isso não seria surpreendente em caso de uma troca de governante. Mas em uma crise que se arrasta há tanto tempo, com descobertas crescentemente escabrosas, essa indecisão mostra algo aterrador: Dilma simplesmente não estava considerando trocar Foster!
Não, péra... não pode ser... Mas é.
Observem como foi a necessária troca do ministro da fazenda, no final do ano passado. Todos sabiam quem Mântega estava de saída, mas foi feito todo um ajuste para a escolha e chega de Levy. Nada a criticar nisso, é o processo natural de substituição de um cargo de confiança. 
O amigo leitor percebe a diferença nas situações?

Enquanto isso, procura-se quem votou no PT em 2014. Sumiram todos, a presidente inclusive, que não vem a público se explicar. Não foi por falta de aviso, inclusive deste blogueiro.

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