Não era fácil, gente.
Este criadouro de insetos onde estamos hospedados tem a única qualidade prática de ser realmente barato. Mas fica muito longe de Kona, onde os mergulhos acontecem. Isso significa dirigir 1h40 do hotel até o porto. E se você quer chegar às 7h45, faça as contas...
Eu espero...
Isso mesmo: acordar 4h30, tomar café dirigindo e torcer para nenhuma zica te parar na estrada.
Não teve zica. Fomos pela estrada 190, que passa na base do Mauna Kea. A temperatura no nível do mar era 22oC quando saímos do hotel. Na base da montanha, 7oC. Na Marina de Kona, já às 7h30, 23oC. Mergulhamos com água a 26oC. Sim, fomos pasteurizados.
A equipe da Kona Diving Company é excepcional. Muito tranquilos, brincalhões, técnicos e seguros. Atenciosos também. Conversam com o mergulhador para sentir o estilo e as capacidades. Ajudam o tempo todo com equipamento. Aqui, uma diferença importante com os mergulhos que fiz no Brasil: eles cuidam de todos os detalhes do equipamento. Isso quer dizer que você entra no barco e o seu colete está instalado no seu cilindro com uma etiqueta marcando seu nome. Computador de mergulho é parte integrante do equipamento, sendo pelo menos um por dupla. Se você nunca usou um, eles explicam.
Outra coisa é o briefing, dividido em duas partes. Durante o trajeto, o instrutor comenta apenas o básico de segurança, mas não fala nada sobre o local. Isso ocorre porque eles mudam o local na hora. Há tantos pontos possíveis aqui que eles podem se dar ao luxo de descartar 3 sem correr o menor risco de ficar sem opções. Com isso, podem escolher pontos que não tenham vento ou correntes fortes, nem problemas de visibilidade.
Sacaram onde isso tudo te leva ?
- Disneyland (Log #15)
O primeiro ponto tem o carinhoso nome de Disneyland. Deve ser pela quantidade de bichinhos... A primeira coisa que impresiona é a visibilidade. Do barco, pode-se ver o fundo do mar, a 22m. Do fundo do mar, pode-se ver todos os outros barcos na redondeza. Não posso afirmar, mas 50m não é exagero. Com isso, técnicas de navegação são inúteis aqui: você olha para cima e sabe onde está.
Outra diferença é o fundo. Estamos acostumados ao fundo arenoso dos mergulhos brasileiros. Isso não existe aqui: o fundo é forrado de corais. Você não pode afundar sem estragar algo belo e vivo. Mais cuidado, portanto. A água é quente, e o conforto é absurdo. Eu passaria, fácil, o dia inteiro embaixo da água sem me incomodar (até morrer por intoxicação por Nitrogênio).
Isto tudo relatado, o mergulho teve muitas espécies incríveis de ver. O primeiro destaque foi um octopus que, assustado, fugiu soltando aquela tinta preta. É igual vemos em filmes (e em desenhos animados), mas ver ao vivo impressiona. Nosso instrutor, Shaggy, se divertiu aos montes com isso.
Há grande variedade de peixes butterfly aqui. As variações como listras azuis, listras cinzas, amarelo e oranamentado. Outros que chamaram atenção foram os peixes sapo, cornetas, sargentos (sim, tem por aqui), variantes de meréias (destaque para as de boca branca, mas fácil de achar).
Na parte técnica, foram 45min, com máximo de 21m. Controle mediano de flutuabilidade, mas gastei mais ar e fui o primeiro a subir.
- Ponto 2 (Log #16)
Não entendi o nome do ponto. O Shaggy escreveu pra mim no log, e continuei não entendendo.
Outro octopus, novamente no começo do mergulho. Este estava mais exibido e não fugiu, preferindo ficar conosco. Os butterlys estavam lá. Outro curisoo era um com cores bem definidas: azul na cabeça, "pescoço" laranja e corpo verde ou cinza. O nome dele está no log, lá no carro. Os corais são menos variados do que em Maui, com predominância branca (descobri hoje que isso foi por causa da água muito quente dos últimos meses).
Moréias mais variadas aqui, com predominância da de boca branca, peixe caixa, baiacus, cornetas, sargentos e wassle (não sei a tradução disso).
Tudo se encaminhava para o final quando apareceu um tubarão. Tinha 1m, pouco mais talvez. Estava se achando escondido em um canto, mas o vimos. Ninguém chegou muito perto, mas ele estava aparentemente calmo.
Do ponto de vista técnico, arredondar 14 libras de lastro foi uma excelente decisão. Consumi menos ar (51min de fundo) e controlei a flutuabilidade melhor.
Gostaram do dia ?
Então... são 13h...
Pegamos o carro e fomos a Kiholo Bay, ao norte do porto, e já na estrada de retorno. É uma praia bem isolada, onde se pode caminhar para outras praias tão isoladas quanto. Pedras pretas fazem o fundo, de tamanhos bem variados. O calor era forte, mas o vento amenizava bem a sensação. Para o norte, vimos uma tartaruga marinha que parecia cansada na areia. Eu apontei ela de volta para o mar e ela "correu" para a água. Algumas pessoas aqui disseram que fizemos besteira, mas não obrigamos a tartaruga a voltar para a água. Achemos que fizemos o certo sim. Para o sul, lindas formas de pedra preta em erosão pela água do mar.
Voltamos pela estrada 19, pois a 190 vai a uma altitude potencialmente mortal para mergulhadores. Isso aumenta o percurso e o cansaço, mas pelo menos é uma vista diferente da ida.
Sei que estou devendo fotos, mas meu celular e meu computador não estão se entendendo. Assim que der, posto umas aqui.
Moréias mais variadas aqui, com predominância da de boca branca, peixe caixa, baiacus, cornetas, sargentos e wassle (não sei a tradução disso).
Tudo se encaminhava para o final quando apareceu um tubarão. Tinha 1m, pouco mais talvez. Estava se achando escondido em um canto, mas o vimos. Ninguém chegou muito perto, mas ele estava aparentemente calmo.
Do ponto de vista técnico, arredondar 14 libras de lastro foi uma excelente decisão. Consumi menos ar (51min de fundo) e controlei a flutuabilidade melhor.
Gostaram do dia ?
Então... são 13h...
Pegamos o carro e fomos a Kiholo Bay, ao norte do porto, e já na estrada de retorno. É uma praia bem isolada, onde se pode caminhar para outras praias tão isoladas quanto. Pedras pretas fazem o fundo, de tamanhos bem variados. O calor era forte, mas o vento amenizava bem a sensação. Para o norte, vimos uma tartaruga marinha que parecia cansada na areia. Eu apontei ela de volta para o mar e ela "correu" para a água. Algumas pessoas aqui disseram que fizemos besteira, mas não obrigamos a tartaruga a voltar para a água. Achemos que fizemos o certo sim. Para o sul, lindas formas de pedra preta em erosão pela água do mar.
Voltamos pela estrada 19, pois a 190 vai a uma altitude potencialmente mortal para mergulhadores. Isso aumenta o percurso e o cansaço, mas pelo menos é uma vista diferente da ida.
Sei que estou devendo fotos, mas meu celular e meu computador não estão se entendendo. Assim que der, posto umas aqui.
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