Nada como acordar ao meio dia, tomar café no quarto sem
pressa alguma, e ir de carro até a escola de mergulho para iniciar as
atividades às 2 da tarde. Viram só, amigos ? É tudo uma questão de perspectiva.
E de usar o fuso horário de Brasília (7 horas a frente) no celular...
Dormi mal pacas, ansioso por finalmente mergulhar aqui. A
programação era Molokini Crater, uma cratera vulcânica semi desabada e linda de
ver, pelo fato da metade ainda inteira proteger o local de fortes correntes. E
a conjunção de calor com águas calmas é a fórmula da vida marinha.
Os procedimentos burocráticos correram bem e o barco partiu
para 1h10 de viagem. À medida que avançávamos, o mar ia ficando batido. Eu
estava sob efeito de Meclin, para proteger da náusea e que em tese não daria
sono. Bem... deu zica.
Ao chegarmos lá, a equipe optou por abortar o mergulho por
excesso de vento. Significa que, salvo algum evento extraordinário na minha
vida, nunca verei Molokini. Não, não fiquei nada feliz.
Voltamos. Eu estava realmente arrasado a esta altura. O mar
foi acalmando, apenas para deixar claro que era um problema local. Nada de
enjôo pelo menos. A equipe decidiu mergulhar em um naufrágio para salvar o dia.
Robert, nosso guia, nos perguntou se tínhamos problemas com mergulho a 29m.
Nunca fizemos, mas o conceito em si não nos assustou. Fomos, portanto (Log #13).
A água estava uma delícia, 24oC. Visibilidade da ordem de
50m. Isso mesmo: de cima você via o fundo do mar. A única coisa ruim que
mergulho perto de 30m trouxe foi o encurtamento da atividade. O ar desaparece
do tanque pela pressão. Com isso, em 20min estávamos subindo para a parada de
segurança. Entrei no barco, olhei o fundo e frente, vi os lindos corais em formação
(destaque para um tipo branco que parece um cérebro...). Lindo demais. E não
apenas não tive problemas de estômago, como subi com fome pela primeira vez em
minha ainda curta carreira.
O segundo mergulho (Log #14)foi em uma baía já quase na volta. Ponto
novo, foi criado em 92 por um tornado que passou na região. Fico imaginando
esses mergulhadores esperando passar os tornados e furacões para procurar novos
pontos de mergulho. Este era bem menos profundo: 14m. Aqui, muito mais vida,
com direito a 3 tartarugas (a Luciana alega que foram 5, mas ela não sabe
contar) e um tubarão de 1m. Peixes aos montes, ouriços de pelo menos variações
e corais.
De positivo, ficam o récorde de profundidade e o fato de ter saído sem nenhum problema de estômago.
Depois de um banho rápido no hotel, voltamos a Lahaina para
um city walk em Lahaina, indicado pelo Lonely Planet. Menos interessante do que parecia,
com destaque para uma praça com uma única e enorme árvore e um pedaço de
muralha feita de tijolos de coral.
Almojantamos ali, um hamburger divino com abacaxi, e um
ótimo sorvete de sobremesa.
Foi um dia ok, onde salvamos a desgraça.
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