Partiu mergulho.
Veja bem, amigo leitor. O caminho de Germaine´s Luau até o hotel levou uma boa hora. E acordamos cedo no sábado (18) para mergulhar, como de costume. Então estávamos na força de vontade, mais do que no pique.
A operação da Waikiki Divers é mais simples que a da Kona Diving Company. Nem por isso menos profissional, divertida, segura e agradável. Fizemos amizade com duas mergulhadoras assistentes, Lisa e Rachel, com quem ainda estamos trocando emails. Aqui, nós voltamos ao esquema de trocar o próprio equipamento, ajudar a carregar cilindros, cuidar um do outro. Em Kona era mais chique, em Waikiki é mais família.
E custa metade.
Ficamos concentrados na costa sul, por ser mais perto.
- YO 257 (Log #21)
É um mergulho de naufrágio, algo bem distinto do que estávamos fazendo em Kona. Mais fundo, muito mais rápido, mais perigoso, mais técnico. Injusto dizer menos divertido, embora Kona seja sim melhor.
Pudemos ver detalhes do navio ali afundado, chegar perto das janelas, ir por cima do deck, olhar os porões. Como não temos certificação para entrar, ficamos de foram, mas sem perder tanta coisa assim.
A vida é similar ao que víamos em Kona e Maui: butterflies, sargentos, cornetas, trompetes e wassles. Uma grande tartaruga estava no fundo do casco. Infelizmente o ar acaba muito rápido a 30m, então o tempo de fundo foi de apenas 20 minutos. Fizemos duas paradas de segurança, a 20m e 5m, sempre próximos à corda de apoio.
Meu novo computador de mergulho estreou aqui, com desempenho impressionante.
Delícia.
- Turtle Canyons (Log #22)
Muito mais raso, até pelo nitrogênio acumulado na primeira descida, fomos para recifes locais. Notei que esse é o padrão de mergulho e O´ahu: um naufrágio profundo seguido de recifes rasos. Achei o intervalo de superfície curto, mas não questionei o instrutor David.
Não que seja uma surpresa, mas o lugar é recheado de tartarugas. Alguém contou 12. Fato foi que não tinha como ver todas ao mesmo tempo. A profundidade reduzida ainda permitia ficar bastante na água, tanto que passei de 50 minutos pela primeira vez.
Feitos os mergulhos, pé na estrada. O plano era North Shore, mas tivemos uma surpresa. Não me ocorreu ao preparar a rota que estaríamos passando pelo Vale dos Templos. E optamos por ficar ali para nos cansarmos menos.
O Vale dos Templos é uma estrada curta rodeada por belos cemitérios e um templo de cada denominação religiosa estatisticamente relevante (ufa: acho que consegui não ofender ninguém). São algumas variantes cristãs, a católica logo na entrada, depois metodista, batista, mórmom...
O ponto alto, porém, é o Byodo-In, o último. Budista. Trata-se de uma réplica de um oficial japonês do século XI (ou algo assim). Paga-se 3 obamas para entrar e ver a bagaça.
De fato, é muito bonito. Pequeno e harmônico. Ele dá entrada ao Vale da Meditação, o que se tornaria uma piada ainda durante o passeio. Há um belo lago rodeando-o, com carpas enorme e incontáveis. O lugar é tão tranquilo que uma tartaruga que estava no lago tinha musgo no casco. Havia também cisnes e pavões selvagens.
Visitamos por dentro (é pequeno, não mais do que 50 metros quadrados) e demos a volta pelo fundo. Foi quando ouvi um estrondo inconfundível: jato supersônico.
Ao olhar para o céu, notei que acontecia um show aéreo em uma baía próxima. É realmente hilária a situação de 4 F-22 Raptors fazendo uma curva em formação fechada em cima do Vale da Meditação. O barulho é infernalmente lindo. Na saída, ainda flagramos uma formação com 6 deles.
Não tinha como continuar um dia desses: voltamos para Pearl City, jantamos no saudoso Arby´s e tentamos dormir cedo.
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