Acordamos cedo. Bem cedo. Tipo 5h30.
Pearl Harbor não é longe de Waikiki, coisa de 40 minutos de carro, se tanto. Mas era um dia cheio, como o amigo leitor notará ao longo da narrativa. E o lugar, por ser militar, abre cedo, o que é ótimo.
Chegamos lá sem maiores perrengues, por volta de 7h45. Paramos o carro e passamos pela segurança. Aqui, digo que achei o local burocrático. Meu Go O´ahu Card esta sendo usado pela primeira vez, por incluir absolutamente tudo que o local oferece. Mas são 2 bilheterias e uma parte do passeio é gratuita, então me perdi todo. Vamos em ordem cronológica do que fizemos.
- Memorial Pearl Harbor
É uma área aberta e muito bonita, embora quente como uma chapa de lanchonete. Há esculturas e painéis relatando os fatos de 7 de Dezembro de 1941, fotos, e um memorial circular listando todos os mortos no ataque, separados por embarcação, sem deixar de mencionar as baixas civis, surpreendentemente poucas.
Cotação Asimovia: 3 sabres de luz.
- Memorial Arizona
Depois de ver um belo filme de 15 minutos sobre a Battleship Arizona, fomos de ferry até o memorial em si. O memorial é uma estrutura bela e simples, que flutua sobre o Arizona sem tocá-lo. Há um monitor que faz uma explanação sobre o local onde 1177 militares americanos estão sepultados até hoje, e de onde não sairão.
É um lugar triste, onde sentimentos de dor, morte, dever, indignação e patriotismo se misturam. O negativo é a presença de gente sem essa visão, e que acha que aquilo é apenas uma atração turística, tirando selfies sorridentes de fronte ao memorial.
Visita obrigatória.
Cotação Asimovia: 4 sabres de luz.
Pegamos então um ônibus até Ford Island, mais afastada, para a fase seguinte.
- Battleship Missouri
Comissionada em 1944, a Missouri lutou na WW2 e Coréia. Foi descomissionada, encostada, recomissionada em 1986, modernizada, lutou em Iraque 1 e finalmente tornou-se um museu aberto.
Sua importância é histórica: nela foi assinada a rendição do Japão, e com isso o término da WW2, na Baía de Tóquio em 2 de Setembro de 1945.
O passeio mostra as capacidades bélicas, canhões, lançadores de mísseis, metralhadoras, estruturas internas, motores, quartos, cozinhas, refeitórios, salas de oficiais e até ponte de comando.
Vale.
Cotação Asimovia: 4 sabres de luz.
- Pacific Aviation Museum
Na verdade, é um museu em formação ainda. Os caras ganharam um espaço extra enorme e ainda não sabem muito bem o que fazer ali. Na dúvida, estão enchendo o pátio de aviões. Vai ficar bonito um dia, mas por enquanto é apenas um amontoado do aviões e helicópteros.
Pelo menos tinha um F-15.
Cotação Asimovia: 3 sabres de luz.
Como a visita ao PAM foi muito mais rápida que o esperado, ainda havia tempo para mais. Voltamos da Ford Island e Luciana estabeleceu-se na loja de lembranças enquanto eu corri para:
- USS Bowfin
Um ano atrás eu nunca tinha entrado em um submarino. O Bowfin já é meu terceiro. Na verdade, não há muita novidade depois do primeiro: o lugar é uma claustrofobia viva e monumento à engenharia naval em sua mais nobre forma na minha humilde opinião.
Cotação Asimovia: 2 sabres de luz.
Saímos de Pearl Harbor às 5h da tarde, mas o dia ainda tinha mais uma atividade. Seguimos de carro para ainda mais oeste, para realizar um pedido de Luciana:
- Germanine´s Luau
Um lual é uma mistura de música, dança, comida típica e bebida. Estando no volante, a única coisa que me importava era comer algo.
Programado para ir das 6 às 9, o Luau propriamente dito começava apenas às 19h40. Antes disso, uma enrolação infinita de convidar pessoas ao palco, fazer pessoas passarem ridículo tentando dançar a hula e uma comida farta e bem mediana.
A dança mesmo durou 1h20 e não vi quase nada excepcional, exceto um dançarino com hastes de fogo, que fazia giros muito rápidos e próximos ao corpo com ambas as mãos. Ainda assim, muito mais acrobacia do que dança mesmo.
Sinceramente, uma tremenda enganação.
Cotação Asimovia: 4 cocares.
O amigo leitor deve ter notado a volta das fotos. Sim, a partir de agora os relatos voltam a ser ilustrados.
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