quinta-feira, 29 de novembro de 2012

RIP

Joelmir nos deixou esta madrugada.
Triste.

E deus nos deixa com Sarney, Chavez, Castro, Lulla... Ele realmente deve estar puto conosco, caso exista.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sem Sanchez

Depois de Mano Menezes ser demitido, agora Andrés Sanchez se demitiu do cargo de Diretor de Seleções.

Há uma luz no fim do tunel: esperanças renovadas.

De quem eu não tenho pena: especial Grandes Eventos

Amigo leitor, amiga leitora.
Não tenho a menor pena de pessoas desconectadas dos fatos. Grandes eventos acontecem por todo lado, são divulgados em variados meios de comunicação e tem gente que faz questão de ficar sem pilha no radar. Merece sofrer.
Li diversos relatos no Facebook de pessoas que se deram ao trabalho de dizer ou até relatar histórias de que não sabiam que havia Fórmula 1 em São Paulo neste dia 25 de novembro último. Curioso isso, pois 60mil pessoas estavam no evento, e pode colocar aí fácil uns 2 milhões (apenas na cidade) vendo pela televisão.
Lembrou o caso de 2005 quando o amigo David Spira ficou preso na avenida Paulista por causa das comemorações tricolores do seu terceiro título na Libertadores. Ele jurou de pé junto que não sabia do jogo e que não sabia que os torcedores ali comemoravam. E olha que já era assim há coisa de 20 anos... Depois disso passei alguns anos avisando ele de que a Copa de 2014 ia ser no Brasil (comecei a avisar ainda em 2005, dois anos antes do anúncio oficial), pois já não tive pena dele.
Não acho que ninguém deva ser obrigado a gostar de coisa alguma. Honestamente, eu prefiro uma F1 apenas com fãs de verdade do que com milhões de pachecos que só assitem a largada e a chegada e torcem para ouvir "a musiquinha do Senna" (que aliás nunca teve esse nome) deixando o que realmente importa de lado. Do mesmo modo, carnaval, futebol, festa rave, parada GLBT, Salão do Automóvel, Bienal do Livro, Corrida de São Silvestre e Reveillon na Paulista não são eventos para, necessariamente, todos.
Mas viver em uma caixa de sapatos e fingir que o mundo a sua volta não existe é ridículo. Fazer questão de postar que nem sabia do evento, apenas para parecer "cool" ou "desconectado da grande midia do mal" é de uma infantilidade avassaladora. E não tenho pena de gente infantil.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

TSKF, 13

Em novembro de 1999, meu então sócio Marcelo Del Debbio me fez um convite atípico. Éramos amigos há anos, tínhamos uma empresa com cerca de um ano e meio de vida e em franca expansão e diversos interesses culturais em comum. Ainda assim, ele praticava Kung Fu há uns 7 meses naquele momento e, empolgado que estava, chamou-me para uma espécie de festa que a academia ia fazer.
Eu tinha 25 anos e estava fora de forma. Havia feito alguns (acho que 4) ciclos de academia com pesos e achava aquilo meio bobo. Um outro amigo me dera o telefone de um cara que dava treinos de futebol. Segundo ele, eram treinos mesmo, não apenas os rachões que tanta gente já fazia em campos de society. Parecia bem legal a ideia de treinar para me aprimorar em algo que eu gostava. No entanto, o sujeito se mostrou um completo pamonha, incapaz de marcar um horário para eu ver o trabalho dele, ou até mesmo de me dar o preço da mensalidade.
Daí, a tal academia que o Marcelo e sua então namorada Luciana estavam fazendo ia abrir uma filial em outro bairro. O Marcelo treinava no Aeroporto e eu, morando no Itaim, não tava nem um pouco a fim de atravessar a cidade 3x por semana para o que quer que fosse. No entanto, a tal filial estava sendo instalada na rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros. Bem viável.
Lá fui eu ver a tal festa em um sábado a noite. O que a falta de uma namorada não te faz...
Sentado no chão perto da janela lateral, vi apresentações de formas muito impressionantes. Os atletas era pessoas comuns que haviam aprendido aquilo na raça pura. Não eram efeitos especiais. Não haviam cabos pendurando ninguém. O bastão era de bambu chinês mesmo. O facão, embora sem corte, podia machucar. E o que me tirou do sério foi uma luta combinada entre dois dos alunos mais antigos.
É lógico que não era de verdade. Ninguém ali estava batendo no outro. Nenhum dos dois era bandido ou comprador de encrenca. Mas o barato era que parecia real, mesmo eu sabendo que não era.

Eu quero aprender isso !

Depois da festa, que terminou com uma apresentação musical dos próprios alunos, fomos a uma lanchonte. Não lembro qual lanchonete. Não lembro que comi, embora provavelmente tenha sido um cheesbacon. Não lembro como ou que horas fui para casa.
Mas jamais esquecerei aquele troichá de Pam Pou Kiu.

Eu estava fazendo um tratamento naquelas semanas, tomando amáveis injeções de benzetacil. Isso atrasou minha matrícula por uns dias. Num sábado de manhã peguei meu carro e fui até lá. Conversei um pouco com o instrutor e fechei um plano semestral (suficiente para ganhar o uniforme) com 3 treinos por semana. Ele me contou que a tal técnica estava numa faixa um tanto avançada, mas que eu poderia chegar lá sim em coisa de uns 3 anos.
Esse sábado foi há 13 anos. Ainda faltam pelo menos outros 13.

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Complemento de postagem

Acabei de consultar minha agenda e descobri que estou com 1993 treinos (sim, eu marquei cada dia em agendas antigas e desde de 2007 está tudo no Google Agenda). Isso dá uma média de 2,94 treinos por semana. Portanto, não faço nada de excepcional, apenas sigo o que é recomendado pelos instrutores: perseverança e consistência.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vetel é tri, mas Alonso é o melhor

Parabéns ao time do 4o Reich. Afinal, temos uma equipe austríaca comanda por um alemão faturando tudo há 3 anos. Ou não ? Venceram tudo que puderam, não criaram inimigos, seguiram a regra do jogo o tempo todo e até foram prejudicados algumas vezes. Seb é rápido, estável e sabe tirar o que o carro lhe oferece. Não há qualquer crítica da minha parte ao título. Foi merecido sim.
Mas se o ano de 2012 serviu para alguma coisa, foi para mostrar o quanto Alonso é o melhor da turma. Levou o carro nas costas mais de uma vez. Foi ao podium quando merecia ser 5o. Venceu quando merecia ir ao podium. Passou duas McLarens em corrida em que eram o carro mais veloz. Fez o mesmo contra Red Bulls. Em nenhuma corrida ficou abaixo de seu potencial. Quase foi campão com o 3o carro do grid.
Lembro de como ele começou a carreira, na pequena e inesquecível Minardi. Era um treino livre, e seu companheiro de equipe era o brasileiro Enrique Bernoldi. Em um esporte onde a primeira comparação é com o companheiro de equipe, uma diferença de 0,2s é aceitável. 0,5s se for uma estreia como no caso de Alonso, então com 19 anos.
Alonso foi 2,5s mais rápido que Bernoldi. É uma diferença de outro planeta. Quase ninguém deu atenção, pois em equipe pequena poderia haver um monte de explicações mecânicas ou até estratégicas para isso. Mas alguns jornalistas acompanharam os tempos e viram a façanha. Não era tanque cheio ou pneu duro para Bernoldi. O novato era bom. Foram entrevistá-lo sobre a diferença, ao que ele respondeu:
- É uma diferença absolutamente normal. Eu não perco para pilotos mais rápidos, eu perco para carros mais rápidos. Pilotos mais rápidos não existem.
19 anos de idade, antes de estrear. Tem que ter culhão para dizer isso. Alonso tem. E mais do que culhão, tem talento para respaldar o fala.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Curtas

Black Friday: um evento no qual você compra o que não precisa com um dinheiro que você não tem com um desconto que não existe em um site que não funciona.

Mano Menezes caiu. Já foi tarde. Podia dirigir o Palmeiras agora.

Camisa social, ou porque as pessoas sofrem tanto e fingem gostar

Polêmico título, não ?
Sim, acordei de mau humor hoje, provavelmente por ser o terceiro dia consecutivo chegando ao trabalho antes do Sol nascer. Então vou distribuir um pouco de veneno em quem (ou pelo menos alguns) que merecem. O tema de hoje é criticar o que eu considero um das maiores fontes de sofrimento humano dos últimos séculos. É algo que só causou menos problemas do que a religião e o marxismo: a camisa social.
Comecei tentando pesquisa a história da camisa social. Meu sucesso nisso foi, digamos, pífio. Consegui entender que o que hoje chamamos de camisa social é o resultado de uma evolução (sic) de produtos anteriores. Em tese, ela se tornou mais simples por deixarmos de lado os babados e flu-flus que podemos observar nos filmes históricos. O grande problema, então, é que o produto não evoluiu na velocidade ou direção corretas.
Usamos roupas por uma série de motivos. Alguns deles são reais e outros são auto-impostos. Os reais são, em essência, para atender a requisitos de conforto térmico e decoro. Os auto-impostos são para indicar posição social e expressar ideias. Estas  duas últimas por menos que alguns queiram admitir, não têm origem clara, são resultado de algum tipo de contrato social jamais escrito. Por um lado, eu sempre achei uma completa babaquice as pessoas precisarem se afirmarem quanto a sua posição social em algum cenário. Por outro, acho que ideias deveria ser expressas com palavras, já que nos demos ao trabalho de inventá-las. Qualquer outro método é, no mínimo, ineficaz.
Então vamos ao que realmente importa em uma roupa: proteger seu usuário das condições climáticas e esconder as partes íntimas que todos têm, todos sabem o que o outro têm, mas que por algum motivo estranho à minha compreensão decidimos que deve ficar oculto.
Acho que o leitor já entendeu meu ponto aqui. Não que eu seja nudista ou, pior, ativista do nudismo. Mas Desde a adolescência acho um enorme exagero o que se faz no sentido de se esconder nossos apetrechos biológicos. E não me venham com o argumento religioso-conservador-ultradireitista de que precisamos proteger nossas crianças: se todos andassem nus há 1000 gerações nada disso seria sequer debatido. Ainda assim, mesmo que cheguemos a conclusão triste de que o processo evolutivo humano deixou a necessidade de esconder nossos órgãos reprodutores como um defeito genético em nossos cromossomos de modo análogo ao daltonismo ou a anemia falciforme, a camisa nada se refere a isso por estar aplica a outra parte do corpo humano. Cai por terra, então, essa necessidade de decoro e principalmente sua relação com essa desgraçada invenção da mente humana.
Sobrou o conforto térmico como último bastião. E nisso, o leitor admitirá em alguns minutos, a camisa social falhou miseravelmente ao tentar obter.
As roupas são compostas por uma combinação de escolha de tecidos, formas cortas e montagem de modo a ficarem do jeito que são. Essas características são criadas em conjunto: não se pode alter apenas uma sem mudar dramaticamente o resultado final. Pensando nessa ideia, não se pode alterar o tecido usado sem que o todo mude totalmente, podendo-se até mesmo ficar socialmente ridículo. No entanto, várias partes de uma camisa social servem única e exclusivamente para irritar o usuário.
As camisas tem colarinhos, por exemplo. Os colarinhos incomodam, apenas, o tempo todo. Fica cutucando a nuca e o pescoço sem nenhuma razão aparente ou mesmo oculta. Não protegem do frio, no entanto: quando estamos no inverno, fechar o colarinho não aumenta nem a proteção nem a sensação de proteção, obrigando a pessoa a usar um casaco ou algo do gênero. No calor, é uma coisa a mais que aquece por impedir a circulação do ar e retendo desnecessariamente o calor do corpo. E ainda por cima sujam com assombrosa facilidade mesmo que o usuário permaneça estático dentro da roupa por horas.
O segundo item errado está nos punhos. Também não tem nenhuma utilidade prática. Para quem usa relógio de pulso, dificulta o acesso ao mesmo. Quando fechados, predem uma parte da roupa dificultando o movimento dos braços reduzindo a agilidade. Sujam com enorme facilidade e ainda podem enganchar em projetos soltos.
A abertura frontal com botões é algo totalmente anacrônico desde a invenção do ziper. Hoje em dia, pelo menos se prendem com firmeza, mas em um passado não muito distante, a falta de precisão na fabricação fazia com que eles fossem de dois tipos: os que não prendem e os que não soltam. Ainda assim, é comum descosturarem-se e caírem no meio do uso, causando desconforto social (obviamente autoimposto) ao usuário. Para piorar, algum imbecil achou por bem criar variedades de botões. Ou seja, se você perder um botão da sua camisa nem tente procurar um para substituir: você não vai achar.
O tecido usado nas camisas sociais é de uma burrice aguda assombrosa no século XX. Imagine no XXI então. Não protege do frio: qualquer ventinho que passa atravessa a camisa como se ela não estivesse lá. Não traz conforto no  calor: quando esquenta, promove pouquísima troca de calor com o ambiente se comparado com coisas mais tecnológicas. Mancha até com ar: qualquer coisa que esbarrar em uma camisa social deixará sua marca, até mesmo substâncias que saem com relativa facilidade de outros tecidos como refrigerantes ou molho branco. Amassa com o olhar: só de se tirar uma camisa se seu cabide elá já está amassada.
Eu até poderia entender o uso da camisa social se estivéssemos nos anos 1950. Mas com a invenção da camiseta nos anos 60 qualquer tentativa de defesa da camisa social provocará risos. Aplique cada um dos conceitos do parágrafo acima a uma camiseta e você, leitor, notará o quão covarde é a comparação. Se juntarmos a isso a ausência das partes supérfluas de uma camisa, alguém começará a perguntar "putz, onde erramos então ?"
O fato físico incontestável é que bilhões de pessoas no mundo todo poderiam, todos os dias, irem trabalhar com uma camiseta branca simples, honesta, com bom caimento, confortável e agradável ao toque, mas usam um produto totalmente ultrapassado sob qualquer tipo de análise, inclusive econômica.
Sofremos, pagamos caro por isso, e ainda somos socialmente obrigados a dizer que camisa social "é algo importante" ou "que dá boa aparência" ou "que é o certo".
Que grande mentira.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Filhos

Passei parte do final de semana falando sobre ter filhos com a namorada. Sim, estou velho o suficiente para esse tema estar em pauta...
De todo modo, se fosse para eu entrar nessa selva, eu iria querer algo assim:


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Quatro virgens em Miami

Neste domingo, haviam 4 virgens em Miami: Bradley, Roger, John e Horace. Juntos há alguns anos, os 4 venceram essa importante barreira em suas carreiras, para alegria e festa geral. Verdade seja dita, não creio que os irmãos John e Horace, mortos na década de 20, tenham feito alguma festa efetiva. Mas seus sucessores fizeram, e muita.
Para quem não entendeu nada até agora, comento o título na Nascar definido na 36a e última prova do campeonato. Venceu Brad Keselowsky, seu primeiro campeonato. Venceu correndo pela equipe de Roger Penske, multi campeão na Indy, mas que ainda sonhava com o título na principal categoria de automobilismo americana. Venceram usando equipamento Dodge, marca criada pelos irmãos Horace e John no começo do século passado, quebrando uma série de 6 anos de Chevrolet e também primeiro título da montadora. De quebra, ainda mandaram para o espaço um tabu de 21 anos sem que um piloto campeão da Nationwide (antiga Busch Series) vencesse a categoria principal.
Brad venceu com autoridade. Contou com falhas dos adversários que foram caindo pelo caminho. Gordon teve problemas logo na primeira prova do chase. Earnhardt já não vinha bem quando sofre uma concussão. Hamlin não tem mesmo fôlego quando a coisa aperta. Bowyer chegou ao vice-campeonato com um equipamento inferior e ainda arrumou briga com o time errado. Harvick, Kahne, Kenseth e Truex não mostraram a que vieram e Stewart não parecia tão motivado.
O único adversário real era Jimmie Johnson. O pentacampeão chegou a liderar o campeonato quando bateu sozinho em Phoenix, pista que domina. Com chances remotas, tentou uma estratégia de risco que, a 60 voltas do final, poderia dar resultados. Mas, para surpresa geral, a mais eficaz equipe da Nascar errou nos pits. Em seguida, seu carro apresentou problemas e o campeonato acabou. Brad, que só precisava de um 15o lugar mesmo que Johnson vencesse, passou a dirigir um taxi e chegou ao final sem sustos.
Ficam meus risos da Dodge. Depois de anos em busca de resultados, a montadora ficou ofendidinha por Roger Penske anunciar que usará equipamento Ford em 2013 e decidiu sair da categoria mesmo tendo pronto o modelo novo para o ano que vem. Ficou com o título e não estará na pista para usufruir dos louros da vitória.
Bem feito: quem mandou deixar a FIAT no comando !? Durma-se com esse barulho agora.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Tem gente que não aprende nunca

Nossa amável Rede Globo não transmitirá o GP dos EUA de F1 ao vivo. Preferiu, de novo, transmitir o futebol, em um campeonato já decidido há uma semana.
Houve uma ocasião, alguns anos atrás, quando a Globo deixou de transmitir um GP por causa da visita do Papa ao Brasil. Poucos sabem, mas isso deu uma tremenda confusão com a FIA. Acontece que o contrato não é apenas de "direitos de transmissão", mas de "obrigação de transmissão". A Record soube disso apenas tarde demais e a Globo quase perdeu o contrato que tem há 40 anos.
Desta vez, vão brincar com fogo de outro jeito: transmitirão ao vivo pelo Sportv, coisa que nunca aconteceu. Depois perdem o contrato e não entendem porque...
De todo modo, fica a lição para o esporte nacional: aprendam com a FIA a fazer contratos de transmissão, não de direito, mas de obrigação.
Bernie Ecclestone é o cara.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Gerador de Desculpas Esfarrapadas

Alguns anos atrás, ainda na Era do Orkut, publiquei na comunidade da academia um texto parecido em conteúdo e igual em objetivo com este que segue. Na época, eu estava me tornando avesso a desculpas de um modo geral, e fiz um desabafo literário por escrito dando dicas de modo bastante sarcástico e debochado sobre como criar uma boa desculpa esfarrapada. A pedido do Mestre Gabriel, estou ressuscitando este assunto.
Quando você tiver um compromisso que não quer comparecer, às vezes dizer a verdade dói. Não no outro, dói em você ter que admitir sua preguiça, falta de vontade, incapacidade ou até mesmo burrice aguda. Nestas horas, o GDE - Gerador de Desculpas Esfarrapadas é a solução de todos os seus problemas. E tudo que você vai precisar é um dado, daqueles que você pode encontrar no War ou no Banco Imobiliário.
Jogue o dado uma vez para cada uma das tabelas abaixo e anote o resultado
  • Tabela 1 - evento
1 - reunião
2 - curso / treinamento
3 - casamento
4 - doença
5 - enterro
6 - encontro
  • Tabela 2 - pessoa
1 - filho
2 - namorada(o) / esposa(o)
3 - cachorro
4 - pai / mãe
5 - chefe
6 - amigo
  • Tabela 3 - condição
1 - imperdível
2 - inadiável
3 - urgente
4 - importante
5 - geral
6 - sem precedentes

Depois de juntar as 3 partes, floreie o texto com advérbios, adjetivos e conjunções. Mas nesta fase, tome cuidado para evitar combinações esdrúxulas. Vejamos alguns exemplos:
  • 1 - 5 - 3
"Putz, não deu para ir. Tive uma reunião urgente com meu chefe no mesmo dia."
Perfeita. Ninguém vai duvidar, salvo se você estiver desempregado ou tem 12 anos de idade. Considere seu contexto particular.
  • 4 - 1 - 6
"Cara, você nem imagina a barra que foi. Meu filho ficou doente, com uma virose fortíssima. Algo sem precedentes". 
Muito boa também. Todo mundo tem pena de criança e não vai levantar questões. Certifique-se apenas de que você tem mesmo um filho antes de mandar essa.
  • 5 - 3 - 5
"Amiga, você nem tá sabendo do babado. No dia da sua festa foi o enterro geral do meu namorado."
Ficou ruim. Nessas horas, é preciso mudar algum detalhe. Enterro é geral por natureza, então podemos omitir a tabela 3. E é melhor parecer coerente entre abertura e fechamento da frase.
"Ai, amiga, desculpa... Foi o enterro daquele meu ex-namorado, sabe ? Que dó.. acidente de carro. "
Já melhorou, certo ?
  • 3 - 3 - 3
"Mestre, não pude ir ao campeonato. Foi o casamento urgente do meu cachorro".
Hum.. not. O fato do Mestre gostar de cães não vai te livrar dessa assim. Nessas horas, é melhor até esquecer a rolagem e começar de novo.

Acho que vocês entenderam como usa. As aplicações são ilimitadas. O GDE pode ser usado para explicar praticamente todo tipo de ausência como treinos, campeonatos, confraternizações do trabalho, visita a amigos ou parentes, reuniões... Praticamente tudo.
Fique a vontade.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Um Paiol de Bobagens

Olá, amigos leitores.
Fazia muito tempo que eu não li uma coleção tão grande de mentiras, distorções, conclusões tendenciosas e viés de resultado um um trabalho "científico". A coisa é tão feia que precisei colocar a palavra científico entre aspas, sob pena de me sentir mal comigo mesmo. E eu achava que os polítcos é que eram os mentirosos...
Por sugestão de minha tia Ruth, li a entrevista com Harold G. Koening na edição 2290 de 10/10/12 na Revista Veja (começa na página 17). Não critico a revista plenamente, na medida em que apenas veicula as ideias tortas desse infeliz. Apenas sugiro ao Editor Chefe um pouco mais de bom senso na escolha dos entrevistados. Seguem algumas das pérolas que ele escreveu, com os respectivos comentários desde blogueiro inconformado
  • aumento da sobrevida em 29%
A revista pergunta como ele chegou a esse número e logo na resposta ele fala em 35%. Afinal, parceiro, quanto é o aumento ? Já terminou o leilão ?
Ciência é assunto sério. Um efeito mensurável tem um valor medido, oras bolas. Faça suas contas e diga quanto é, sem ficar mudando.
  • 3 fatores que geram o aumento da longevidade
O fato de uma pessoa ver um significado na vida não tem qualquer relação com religião. Isso é mentira, pura e simples. Ainda assim, o autor não aponta como isso se correlaciona com o aumento da longevidade. Depois disso, ele menciona o apoio social como sendo outra característica da religião. Outra mentira: o autor atribui à religião a existência de grupos de apoio de qualquer espécie. Parece, pelo que diz o autor, que pessoas sem religião são solitárias. Além de, de novo, não demonstrar como isso aumenta a longevidade, o autor erra ao atribuir essa qualidade à religião de modo exclusivo. Parece que ninguém nunca viu os grupos de velhinhas no Clube do Livro, jogando cartas e vendo novela, famílias reunidas, idosos que até viajam juntos... Faça-me o favor, Sr. Koening...
  • Compromentimento
Agora ele fala em ter comprometimento com a religião e não apenas ter fé. Amigo, se a questão é ter compromentimento, podemos ter comprometimento até com os escoteiros.
  • Diferentes religiões
"Um credo cujos benefícios são óbvios no Brasil pode não ter o mesmo efeito positivo sobre as pessoas nos países árabes".
Fim de jogo ! Na realidade, nem é preciso ler mais nada. O próprio autor acaba de dizer que o fator não é a religião. Mas teimosamente, vamos continuar a ler.
  • Visões diferentes de deus
"Não existem pesquisas que constatem isso..."
Amigo, se não existem pesquisas que constatem isso, por favor, não especule. Deixe a Ciência para os adultos, ok ?

Curiosamente, o texto tem acertos. E nenhum deles é sobre o tema principal sobre o qual o "pesquisador" estuda. Triste ver a quantidade de papel e tinta perdida dessa maneira.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

BUM

A pedido do meu amigo David (um teimoso jogador de Carcasonne e ainda mais teimoso crítico da Pena de Morte), venho discorrer alguns vocábulos sobre o Bilhete Único Mensal, o BUM.
Antes de mais nada, vamos na lógica básica de qualquer mudança em planos de pagamento de serviços. Em qualquer situação, a simples adição de um novo formato é sempre, e necessariamente, positiva. Por pior, mais caro, mais complexo, mais estranho, mais limitante que possa ser ou parecer, a nova opção sempre pode agradar algum usuário específico do serviço. Isso vale para tv a cabo, celular, internet e, claro, tarifas de ônibus. Fica a observação quanto aos novos planos (de novo, para qualquer tipo de serviço) que visam apenas ser uma transição forçada para valores maiores. Com o tempo, os planos antigos e melhores vão sendo desativados e tudo não passa de um esquema para aumentar preços acima da regulamentação. Isso é bastante comum em planos de TV a cabo, mas não creio que seja o caso do BUM.
Isto posto, vamos analisar para quem vai a conta. Digo isso porque não existe almoço grátis: alguém vai arcar com isso e quero saber quem vai ser.
Vamos analisar o uso atual do BU frente a dois cenários: trabalhadores com carteira assinada e sem carteira assinada. A diferença está na existência do vale-transporte (VT) que limita a despesa com transporte a 6% do salário do trabalhador. Naturalmente, só tem VT quem tem carteira assinada. Vamos então comparar com a seguintes premissas: passagem de ônibus a R$ 3, 20 dias úteis por mês, salário de R$ 1000 (fique a vontade para simular com outros valores, amigo leitor).
  • cenário 1
- trabalhador sem carteira: gasta R$ 3 x 40 = R$ 120 / mês
- trabalhador com carteira: gasta R$ 1000 x 0,06 = R$ 60/mês
Portanto, o empregador do trabalhador com carteira vai cobrir essa diferença. Ele paga R$ 120 - R$ 60 = R$ 60.
Ok, até aqui ?
  • cenário 2
Adotemos um BUM que custe R$ 100 / mês (novamente, fique a vontade para simular com outros valores). Vamos medir o impacto.
- trabalhador sem carteira: gasta R$ 100 / mês (economiza R$ 20)
- trabalhador com carteira: gasta R$ 1000 x 0,06 = R$ 60/mês
Portanto, o empregador do trabalhador com carteira vai cobrir essa diferença. Ele paga R$ 100 - R$ 60 = R$ 40. (economiza R$ 20)
Interessante, não ? Quem economizou R$ 20 no segundo caso foi o empregador, não o empregado.
  • cenário 3
Mas isso não contempla tudo. O cidadão sempre pode querer usar ônibus no final de semana. Então vamos supor mais 4 passagens avulsas, não relacionadas ao trabalho. Vamos ver como fica:
- trabalhador sem carteira: gasta R$ 3 x (40+4) = R$ 132/mês
- trabalhador com carteira: gasta R$ 1000 x 0,06 = R$ 60/mês + R$ 3 x 4 = R$ 72/mês
Portanto, o empregador do trabalhador com carteira vai cobrir essa diferença. Ele paga R$ 120 - R$ 60 = R$ 60, e não se envolve com a despesa de final de semana.
  • cenário 4
Agora vamos adotar o BUM a R$ 100 para o cenário 3:
- trabalhador sem carteira: gasta R$ 100 / mês (economiza R$ 32)
- trabalhador com carteira: gasta R$ 1000 x 0,06 = R$ 60/mês (economiza R$ 12)
Portanto, o empregador do trabalhador com carteira vai cobrir essa diferença. Ele paga R$ 100 - R$ 60 = R$ 40. (economiza R$ 20)
Mudou um pouco. Neste perfil de usuário de final de semana, todo mundo economizou um pouco. Observemos que, para o empregador com carteira, não fez diferença. O trabalhador com carteira ganhou um pouco, mas menos que seu próprio patrão. O trabalhador com carteira aumentou um tanto seus ganhos.

Essa análise, no entanto, usa o conceito de ceteris paribus, ou seja, mudemos uma variável deixando todas as demais constantes. É evidente que o usuário do BUM aumentará seu uso dos transportes coletivos. Isso gerará despesas, pois será necessário remunerar as empresas particulares. Também deverá acontecer um aumento nas viagens, especialmente nos finais de semana, na medida em que o usuário não precisa mais ficar contando passagens.
Por outro lado, potencialmente falando, há algumas economias. A mais óbvia está na quantidade de recargas: tem muito usuário que fica carregando o BU em 10 em 10 reais e pega umas 5-8 filas por mês. Isso vira uma vez só, para ativar o BUM. A segunda está no sistema que precisa medir apenas uma variável: data de validade do BUM. Isso pode tornar o sistema mais rápido e, em tese, mais barato.
Acho que as economias são menores que as despesas. E fica claro que, como a cidade de São Paulo tem um grau elevado de formalização do trabalho, quem mais mais tem a ganhar com isso são os empregadores.
Absolutamente não me espanta em nada.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Momento genial

Em sua melhor forma, George Carlin bate duro nos anti-abortistas.


Gênio.

Comentário rápido

Um cara da velha escola como eu precisa de uma planilha de excel simples com a função concatenar, alguma base de conhecimento de DOS e uma boa dose de guts para fazer um arquivo BAT renomear 198 fotos em um comando.
Foram 20 minutos até ajustar a planilha, 3 minutos para exportar o BAT e testar o código e 1 segundo para rodar. A partir de amanhã essa coisa vai acelerar.
Ah, vai sim.

O que eu espero do novo prefeito

Amigos leitores, escrevo depois de deixar o assunto eleitoral esfriar, pelo menos, um pouco. Uma coisa que é bem diferenciada no Brasil é que eleição é uma coisa e política é outra. Elas interagem, afetam-se mutuamente mas são diferentes. E passadas as acusações, trocas de farpas, dossiês, debates e voto, temos uma cidade para pensar sobre.
Votei no Serra. Deu Haddad. Discordo da maioria, portanto. Mas quem acompanha este blog já sabe que discordar da maioria é um dos meus esportes preferidos. Então vamos a alguns pontos que considero importantes para a cidade e que eu realmente gostaria de ver tratados.
  • Fretados
Alguém tem que parar com essa loucura (burrice aguda ?) de restringir a atuação dos ônibus fretados. Até nosso muito mal redigido plano diretor fala em priorizar o transporte coletivo sem especificar se ele deve ser público ou privado. Pouco importa, na verdade. Os fretados têm como público alvo o típico motorista paulistano que usa o carro apenas para ir e voltar do trabalho. Mais fretados, menos carros: simples assim.
Então restringir rotas e, pior, impedir o uso dos corredores de ônibus poderia ser resolvido com uma canetada do sr. Haddad.
  • Inspeção Veicular
Todos reclamam da taxa quando deveriam reclamar na inefetividade da inspeção. A tese da inspeção é positiva: tirar de circulação os veículos sem condições efetivas de uso. Isso reduz acidentes e falhas mecânicas e, por extensão, os congestionamentos.
Passar a taxa do dono veículo para a prefeitura aumenta o erro: todos passam a pagar pelo serviço, inclusive quem não tem carro.
  • Operações Urbanas
Há projetos em andamento que considero bons, mas que correm o risco de parar. A continuação da Av. das Águas Espraiadas até a Imigrantes (recuso-me a usar o nome daquele empresário carioca) e a ligação da Sena Madureira com a Ricardo Jafet são dois exemplos. Há outros.
  • Entulho
Esse assunto está grave. Alguém precisa fiscalizar de fato os caminhões que despejam entulho em qualquer canto e a qualquer hora. Isso vai exigir gente, leis e vontade. Será preciso apreender o caminhão e mandar o sujeito para  cadeia por crime ambiental para isso parar. Que se faça.
  • Lei Cidade Limpa
Que continue exatamente como está. Simples assim.
  • Parques
Parques municipais fechando às 17h ou 18h parece piada de mau gosto, ainda mais durante o horário de verão.
  • Indústria das Multas
As autoridades podem negar a vontade. Todo mundo saber que existe há anos uma fábrica de multas para fins arrecadatórios em São Paulo. Era assim antes do PT, continuou com o PT, continuou depois do PT e agora volta o PT. Não é assunto partidário, portanto. É uma questão de respeito, só isso.

Como se nota, eu me importo com trânsito. Como também se nota, não dou a mínima para Educação e Saúde. Falo do que me afeta, só isso. Não estou dizendo que não há coisas importantes em outras áreas, apenas falei do que aparece no meu radar.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

De quem eu não tenho pena: TSKF

Para quem é novo por estas bandas, comecei uma série entitulada "De quem eu não tenho pena". Como referência anteriores, temos estes posts:
- parte 1
- parte 2
- parte 3
- especial Grã-Bretanha

Às vésperas de completar 13 anos e 2 mil treinos na TSKF, veio-me essa vontade insana e quase incontrolável de fazer críticas reduntantes. Provavelmente inspirado pela recente pesquisa de satisfação que a academia passou aos alunos, acabei lendo as respostas que o Mestre Gabriel deu a cada uma das mais de 100 críticas recebidas. Embora algumas sejam válidas (como ele mesmo respondeu), chamou-me a atenção de alguns comportamentos que, entra ano, sai ano, parece que estamos destinados a ter que tolelar conviver com.
  • alunos que faltam
A rede TSKF tem 13 unidades em São Paulo e outras 4 na Grande São Paulo. Nenhuma delas fecha antes das 21h, sendo que a maioria tem treinos que se iniciam às 21h. Não consigo entender como diabos um aluno pode faltar nessas condições.
Amigo, saia de casa com a sua mochila de treino e vá na unidade mais viável no horário que for possível. E se, ainda assim, seus compromissos terminarem tão tarde, vá no dia seguinte. A grande qualidade da TSKF é a flexibilidade de dias, horários e endereços. Uma gota de planejamento antes de sair de casa resolve.
  • alunos que acham o treino leve
Eu até consigo entender quem acha o treino muito pesado. Há pessoas totalmente fora de forma, contundidas, que não tem apreço por atividade física ou outras explicações para achar que 15 flexões de braço é uma tortura insuportável. Discordo, mas até entendo.
Mas o cidadão que reclama de treinos leves está de brincadeira. E meus quase 13 anos de treino, nunca vi o Mestre Gabriel ou qualquer instrutor impedir qualquer um de treinar um pouco mais, fosse antes ou depois do treino. Inclusive é bastante comum vermos alunos fazendo mais flexões, abdominais, alongamentos ou repetindo a técnica mais algumas vezes.
Então, amigo super forte upa upa machos blatchos, faça mais 100 flexões, 100 abdominais e 4min de cavalo (total disso: 7 min) e não torre a paciência, por favor.
  • alunos com a técnica defasada
Outra cena que eu nunca vi na academia é de um instrutor ou mesmo um colega mais antigo se recusar a tirar uma dúvida em uma forma ou em uma aplicação qualquer. No entanto, sempre vemos alunos que agem como se estivessem na escola: "matéria feita, matéria esquecida", e não fazem a devida manutenção da técnica. Daí o sujeito vem com explicações do tipo "ah, é que não está dando para vir", sem sequer notar que isso é agravante e não atenuante.
Eu não sou perfeito, dou meus tropeços e levo minhas broncas. Mas eu sei do que estou falando aqui: é obrigação do aluno manter a técnica em dia. Acima da faixa marrom, então, não deveria ser necessário nem avisar isso. Depois toma bronca, fica um tempo sem aprender técnicas novas e começa o mimimi-ovomatine-com-pera.
Portanto, amigo, treine. Pois como o Sifu Luis Fabiano disse (pelo menos) uma vez, "com quem treina, só podem acontecer duas coisas: ou o sujeito fica bom, ou fica melhor."

Eleição americana

Segue imagem:

Diferença de 193 votos, com 78% das urnas da Florida apuradas.
Emocionante.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Remember

Remember, remember, the 5th of November
The gunpowder, treason and plot;
I know of no reason, why the gunpowder treason
Should ever be forgot

Um clássico.  Sempre.

007: Skyfall

Ontem foi com a namorada ver 007.
O filme é um típico 007 com as cenas de perseguição, lutas, tiroteios, moças bonitas, carros estilos e (gasp !) um vilão maldoso "porque sim".
Acho bastante interessante que essa franquia, com agora 23 títulos e 50 anos, permaneça tão viva. Não era semana de estreia e a sala estava razoavelmente cheia. Alguém me disse que Skyfall bateu recordes de bilheteria no Reino Unido.
O filme tem boas sacadas tanto atuais quanto referenciais aos antigos. Destaque para o carro e para a atuação do fora de série Javier Barden.

[SPOILER ALERT]

O filme, além de entreter, ainda se dá ao trabalho renovar o elenco. Daniel Craig mostra sinais de idade, mas ainda dará conta de pelo menos mais um. Ralph Fiennes é o novo M, um moleque assume o papel de Q e até a famosa secretária foi reinventada. Para quem se falava em acabar a franquia, nada mal.

[fim do SPOILER]

Recomendo para fãs e para quem gosta de ação em geral, mas se você é daqueles chatos que fica procurando defeitos do tipo "ah, mas se o vilão podia hacker o sistema de gás, por que ele não hackeou o microondas também ?", fique em casa.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Papo de sala de espera

Estava eu ontem de saída do hotel onde estava em Rio Claro, esperando pelo taxi já chamado quando me veio uma inspiração. Virei para meu colega Marcos Roberto e iniciei a conversa:
- Cara, você tem um nerd de bolso ?
- O que seria isso ?
- Um cara para quem você liga quando tem problemas de informática.
- Sim, claro ! Meu cunhado.
- Certo. E você sabe o celular dele ?
- De cabeça, não. Mas fica na agenda do meu celular.
- Ok. E digamos que você tenha um problema agora no teu notebook. Daí você liga para ele e ele vai na tua casa ainda hoje ?
- Hoje não, ele tem faculdade.
- Entendi. Vamos ver se estou certo: você tem um contato especializado em informática, tem o celular dele na tua agenda e tem boa noção dos horários em que ele pode te ajudar ?
- Sim. Isso mesmo.
- Beleza. Qual o nome do teu cardiologista ?
- Ah, não tenho um.
- E do estômago ?
- Também não...
- Fígado, rim, oftalmo ?
- ...
- Pelo menos você tem um clínico geral ?
- Pô, nem isso !
E ambos rimos da conversa.
Eu não sou diferente do Marcos. Tenho contatos para problemas de informática (mais de um, na verdade), advogados em áreas diferentes, contadores, lavanderia, cabelereiro, taxista, cartões de crédito e até do lava-rápido. Mas não tem um só nome de médico na minha agenda.
Acho que todos nós estamos fazendo alguma coisa errada...