segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

NY - Dia 04: Ellis Island, Estátua da Liberdade e Museu da FIT

Na noite de Natal, descobrimos um bom plano para o dia 26. Era um tal de Light Rail Train que tem aqui em Jersey City, e que nos levaria até o Liberty Park. De lá, deveria haver um ônibus até o embarque para Ellis Island. O tal ônibus estava fora de serviço, mas só de pegar esse trem, com a ajuda final de uma imigrante latina que assim com um famoso cavalo branco não falava inglês, chegamos com facilidade ao local. Trocamos a reserva pelos ingressos e pegamos o barco. Foi assim que tivemos nosso encontro com a Liberdade.

  • Ellis Island
Antes dela, Ellis Island, que é um passeio sub-aproveitado e desrespeitado por muita gente. O Museu da Imigração trata não apenas de NY, mas de todo o complexo movimento imigratório envolvendo os EUA. Inclui fatores por mim desconhecidos como a expulsão de franceses de uma área hoje canadense, uma grande fome na Irlanda, um êxodo de protestantes alemães e mesmo contingentes noruegueses foram citados, além dos óbvios chineses. Outra parte do museu mostra o papel da ilha em si nesse processo, ao mesmo tempo humano e desumano, imoral e justo, honesto e dolorido, trazendo alegria e tristeza para tanta gente que passou ali.
 

Cotação Asimovia: 4 sabres de luz.

  • Estátua da Liberdade
Agora, a Estátua.
Alguém aqui sabia o que estava fazendo quando comprou o tal “Crown Access”. Seria o equivalente ao “all inclusive” de um resort: além do passeio padrão com audio guide, tínhamos acesso ao pedestal e à coroa da da estátua, por míseros 3 dólares a mais que o ingresso padrão. Foram 162 degraus de expectativa que absolutamente valem a pena. 



O ingresso ainda dava acesso ao pedestal da estátua, o que é outra coisa linda, além do museu da construção do complexo todo. 
A Estátua não é o que os mais bobos pensam dela. Até aí, este blog não é para os mais bobos, então nenhuma novidade. Ela é, sim, um ponto turístico conhecido, representativo e belo. A estátua é linda sim, qual o problema em se dizer isso. Se ela representa a liberdade, eu acho que representa, tanto quanto um objeto pode representar um conceito complexo qualquer. E ela é um grande movimento de bully de franceses em ingleses, o que é divertido.
Cotação Asimovia: 5 sabres de luz

  • Museu da FIT
Dali, percebemos que ir ao Metropolitan não seria um bom movimento. Chegaríamos tarde e, mesmo ele fechando às 21h, seria um risco. Optamos por trocar pelo Museu da FIT, onde Luciana se deliciaria com moda.
Uma boa mudança, sem dúvida. Trocamos a volta para NJ por uma passagem para Battery Park, já em Manhattan, e de lá fomos de metrô.
O FIT não tinha exposição permanente aberta, apenas as temporárias. Até aí, é uma galeria de faculdade privada, que não apenas faz a gentileza de aceitar meros mortais como visitantes, mas sequer cobra por isso. Eu até respeito gente assim, mas quando descobri que não podia tirar fotos...
Enfim...
As exposições eram duas. Uma tratava de cópias de peças famosas, autorizadas o nem tanto. Tive que tolerar não apenas a tal alta costura, mas com referências a Lienchentein, Mondrian e Klien, entre outros manés dessa lapa. A outra exposição era sobre a moda e o ballet. Não preciso detalhar muito aqui.
Cotação Asimovia: 1 sabre de luz, pelo fato de ser grátis e rápido.
O jantar foi bem aleatório desta vez: Rogue Bar. Achamos legal, entramos e comemos. Uma entrada de macarrão com queijo, em 3 potes com 3 queijos diferentes (viva o gouda!), seguido de um hamburgão com cebola.  Acompanhamos tudo com duas cervejas: uma de trigo e uma de cidra.
Cotação Asimovia: 4 sabres de luz.

domingo, 28 de dezembro de 2014

NY - Dia 03: Central Park, Zoológico e Top of the Rock

Natal é um dia chato, mesmo por aqui. Muita coisa não abre, o que complica os planos. Pior é que podia chover. O óbvio é ir ao Central Park, como seria ir ao Ibirapuera em São Paulo.
Há um ponto negativo a se relatar, e acho melhor fazer agora. Um dos problemas de Natal por aqui é a trilha sonora, que se divide em duas partes: Frank Sinatra e covers de Frank Sinatra. A falta de imaginação é absoluta. Pergunto como seria em outras cidades, mas não vejo razão para supor diferente.
  • Jakyll & Hyde Club
Que crime jornalístico, amigo leitor. Esqueci-me de relatar o jantar de véspera de Natal !
Fomos ao Jakyll & Hyde Club, restaurante que homenageia aquelas histórias de cientistas loucos do século XIX. Confesso que nunca entendi muito essas histórias, sempre achei um tanto forçado. Mas o restaurante, ah, o restaurante...
Acreditem, pedi uma salada. Mas foi entrada, drinks, um garçom fazendo misérias para falar português conosco, decoração, shows durante a noite... Uma coisa melhor que a outra. Excelente, altamente recomendado.
Cotação Asimovia: 5 sabres de luz.
  • Central Park
Sim, ele é grande.
Sim, ele é imponente.
Sim, ele tem um monte de coisas dentro dele.
Sim, ele é lindo.


É muito complicado escolher uma foto apenas para ilustrá-lo. Ele tem montes de atrações, como um castelinho, um lago enorme, um lago para pedalinhos, carruagens, lindos prédios ao redor, um campo em homenagem a Lennon, uma estátua da Alice no País das Maravilhas, árvores, gramados, vida nativa, pessoas bonitas, cachorros, pessoas não tão bonitas, artistas, carrinhos de comida... Enfim...

Cotação Asimovia: 5 sabres de luz.
  • Zoológico
Outra das poucas atrações que abrem no Natal é o Zoológico, que é parte integrante do Central Park. O lado ruim dele é que é minúsculo, por muito o menor zoológico que fui na vida. Deve ter uns 120 x 120 metros, no máximo. Com uma área dessas, não cabem paquidermes, girafas, felinos, bovinos selvagens... Ele tem uma área tropical, com lindas aves, uma área de pinguins, uma área de macacos japoneses, uma área de cisnes e tartarugas e uma área de leões marinhos. 
Se parece chato, digo duas coisas. É certamente a o mais divertido zoológico por metro quadrado de área que já fui. E eles têm um panda vermelho.


Se você achou esse bicho parecido com uma raposa, possivelmente o símbolo do seu navegador, saiba que isso é, sim, um panda, ok? Repense o nome do seu navegador, que sequer é de fogo no caso.
Cotação Asimovia: 4 sabres de luz.
  • Top of the Rock
Vimos o mundo por cima, para resumir.



O Rockefeller Center nos permitiu esse tipo de vista. Coisa linda ver uma cidade por cima, ainda mais esta cidade, ainda mais tão por cima, ainda mais no por do Sol.
Nada mais a acrescentar sobre isso.
Cotação Asimovia: 5 sabres de luz.
  • Five Guys
Eu tinha que ir, precisava ir. Na real, estava mais para Five Chicks, pois eram apenas mulheres atendendo.



Quem não foi, devia ir. Quem foi, devia ir de novo. Peça um cheesebacon, estrague com quantos complementos achar certo e divirta-se com os amendoins enquanto o lanche não chega. A máquina de refrigerantes tem tantas opções que tem tela touch screen com 21 opções iniciais que se ramificam. Não sei dizer quantos tem ali, mas certo que passa de 100.
Cotação Asimovia: 5 sabres de luz.

sábado, 27 de dezembro de 2014

NY - Dia 02: Compras, Museu de História Natural e 5a Avenida

  • Compras
Ok, como andar com mulher sem fazer compras? Lá foi Luciana atrás de casaco, bota, meia, bolsa, carteira, tiara, brinco, calça, blusa, agasalho, bota, cinto, maquiagem, meia, gorro, luva, casaco, camiseta, blusa, anel, bota, saia, meia, livro, casaco, blusa..
Verdade seja dita, conseguimos sim. Comprei pra mim uma estranha ferramenta 25-in-1, por míseros 20 obamas. E ainda ganhei um vale compras de 20 outros obamas. Adorei. Comprei também a tradicional mala da viagem, um pouco mais cara desta vez, na esperança que sobreviva mais tempo.
Do shopping, sob forte chuva, corremos para o hotel, deixamos as compras e pé na rua de novo, rumo aos passeios.
Cotação Asimovia: 4 sabres de luz.
  • Surra
Foi o dia de apanhar do metrô. A verdade é que o metrô de NY é extenso e muito bem servido, mas complexo e mal sinalizado em diversos pontos. Erramos direção, pegamos trem expresso que passou a estação... Foi o diabo. Mas eventualmente chegamos.
Cotação Asimovia: 2 sabres de luz.
  • Museu de História Natural
Graaande lugar, apesar da pressa.

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foto: Nautilus

Juro que eu não pintei esse Nautilus. Nem photoshopei. Era exatamente assim, metalizado. Coisa linda, não ?
O museu tinha uma parte ok de Geologia, muita coisa de Biologia e Paleontologia bastante interessante (sim, eles tinham um trilobita. Todo museu que se respeita tem um trilobita) e um tanto de Antropologia, o que não acho que encaixe em um museu de história natural. Organizado, limpo, fácil de passear, espaçoso, interessante e grande. O que pegou foi o grande, pois mal vimos o 3o e 4o andares. Mas valeu sim.
Cotação Asimovia: 5 sabres de luz.
  • 5a Avenida
Daí, claro, passear pela mais famosa avenida do mundo. 
A 5a Avenida tem, em resumo, tudo. Exceto americanos. É uma babel de línguas, onde você pode gritar em inglês que todos os americanos são uns babacas e a fração que entender o que você disse vai rir, pois são apenas estrangeiros cultos. Era dia 24 de dezembro, véspera de Natal, e a avenida estava absolutamente lotada de turistas, congestionada de carros, e totalmente feliz assim.
São lojas de tudo que é tipo, prédios enormes e outros nem tão altos assim, escritórios, corporações, lojas, restaurantes, salões de beleza, bares... Tudo, da gigante corporação ao micro empreendedor convive numa boa. Um lugar sensacional, amigo leitor.
Cotação Asimovia: 5 sabres de luz


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

NY - Dia 01: viagem, shopping, MoMA e Fuerza Bruta

Partiu NY.
Não sem percalços, devo dizer. O equipamento que carrega as malas no avião quebrou, gerando um atraso de 1h. Aparentemente o bom senso da tripulação quebrou junto, pois ficamos 40 desses 60 minutos olhando para o teto do avião até alguém ter a nada brilhante ideia de liberar o entretenimento de bordo.
O voo em si foi um tanto turbulento. Consegui assistir American Hustle, dormir umas 3h e o restante entre refeições, banheiro, fazer cafuné na namorada e tédio.
Nenhum susto nem na imigração ou alfândega, mas claro que pegamos um belo congestionamento matinal para chegarmos ao hotel. Um acidente pouco antes fechou uma estrada derivada da nossa, causando um sério efeito dominó. Acidente causado por... chuva.
Isso mesmo, amigo leitor, chuva. Aquilo que não tem em São Paulo mais (estou fazendo o texto com 3 dias de atraso e estou parcialmente ciente dos alagamentos dos últimos dias, mas precisava manter o estilo de texto). 
Chegamos ao hotel e nosso quarto foi rapidamente liberado, bem como um amontoado de caixas das compras. Parece que separaram o máximo que puderam, para maximizar o transtorno da ultra-hyper-maxi-ubber equipe deste hotel. Não estou zoando: o pessoal é de extrema simpatia por aqui.
O passeio do dia era Central Park, que foi obviamente trocado por algo dentro de prédio. O problema é que muito do planejamento é rígido do sentido de aproveitar os dias que as coisas ficam abertas até mais tarde. O melhor a fazer era o MoMA.
Antes disso, porém, passamos pelo Newport Centre Mall, caminho obrigatório (mesmo, sem força de expressão) para o PATH. Rodamos um pouco e Luciana começou a entender o tamanho da encrenca por aqui: Macy's, Penney's, Sears, Kohl... Pesquisou um casaco que ainda daria trabalho, uma bota tão complexa quanto e seguimos para o museu.
  • Museum of Modern Art
Bem, tipo assim:

 foto: Noite Estrelada, de Vincent Van Gogh

O MoMA é o que eu chamo de museu sem frescura. Desde que você não incomode, você fazer o que quiser lá dentro. Incomodar é fazer barulho alto, é estragar alguma obra, por exemplo, tirando fotos com flash, coisas assim. Então desde que não toque em nada, pode tirar sua foto numa boa. Apenas tire logo para o próximo visitante tirar também. Pronto!
Aprendeu, MASP ?
Havia outras coisas dele por lá. E Picassos, Dalis, Gaugains e Monets.
Claro que tinha que tolerar Lienchenstein, Warhol, Mondrian e Miró, tudo no mesmo andar. Ainda assim, isso foi útil para mim. Definitivamente eu não tolero esses caras e não preciso mais me dar ao trabalho de olhar para as "obras" dele. Assim, quando eu estiver em um museu de amplo espectro, posso dedicar mais tempo a outras coisas mais interessantes. E quando for um museu só disso, posso dormir até mais tarde. Sim, gente, estou sendo positivo. 
Tremendo passeio.
Cotação Asimovia: 4 sabres de luz.
  • Wayra - Fuerza Bruta
E depois fomos ver Wayra - Fuerza Bruta, dica do Rafael Delatorre. Não vou me dar ao trabalho de tentar narrar aqui o que esses argentinos doidos fazem, seria perda de tempo. Não se trata de uma história, ou musical, ou nada disso. É uma apresentação sem palco, que inclusive obriga o público a ficar em pé e se movimentando o tempo todo, vendo bem perto efeitos corporais lindos, corrida, expressão... Tem uma parte que uma piscina desce do teto com 4 atrizes dentro, e a gente assiste por baixo. 

 foto: trecho de Wayra Fuerza Bruta, onde as atrizes correm por uma parede flexível

Enfim... Não foi o melhor show da minha vida, mas sem dúvida o mais biruta. E aviso que esses caras estão programando uma passagem pelo Brasil em 2015. 
Cotação Asimovia: 4 sabres de luz.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Partiu

Amigos, saio hoje de viagem para New York, passar Natal e Ano Novo por lá. Como de costume, pretendo relatar por aqui as peripécias.
Acompanhem.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Injustiça Infinita

Não é de hoje que defendo a tese de que a causa primeira dos problemas no Brasil está no Judiciário. A morosidade muitas vezes intencional, o excesso de instâncias, prazos e recursos, a falta de comprometimento com a causa da Justiça, interpretações absolutamente alucinadas de leis e decisões que simplesmente não tem base alguma permeiam o noticiário faz tempo. Nem é novidade eu falar isso hoje. Mas desta vez, passaram dos limites.
Isso mesmo, amigo leitor, ele voltou: Paulo Maluf fez uma das coisas que sempre fez com enorme eficácia: livrou-se de seus problemas na Justiça. E com isso está eleito deputado federal

foto: Maluf com dois de seus aliados políticos

Ok, também temos que dividir essa fatura com 250 mil cretinos imbecis estúpidos babacas palhaços tontos burros agudos que votaram nele. Caso alguém que esteja lendo este blog seja eleitor dele, pedimos que não volte mais a este espaço. Nada pessoal, apenas uma questão de imagem para o Asimovia.
Voltando ao ponto, estamos realmente cansados dos desmandos judiciais. E devo dizer que a situação está piorando, com os recentes casos do juiz bêbado que acha que é deus e do juiz atrasado que mandou prender os funcionários da companhia aérea. Este último, pelo menos foi afastado do cargo, mas o primeiro recebeu indenização da tal agente de trânsito! Ele não apenas acha que é deus, mas seus colegas entendem que ele tem razão.
E tivemos há não tanto tempo assim a novelo dos embargos infringentes. Outra aberração.
Quem julga os juízes? Na prática, ninguém.

Bando de filhos da puta

Todos? Não, claro que não. Apenas todos os que fazem essas sacanagens todas. O problema é que eles deixam marcas irrecuperáveis na sociedade que deveriam defender. Dão espaço à impunidade. Fazem o cidadão de bem se sentir cada mais trouxa ao cumprir a lei.
Não somos um país sério, e boa parte da culpa é deles. 

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

R$ 5

Circula desde onde a piada a seguir:
Faça sua aposta no bolão de final de ano. Quem chega primeiro a R$ 5: o litro da gasolina, o dólar ou a ação da Petrobrás?


Um amigo somou a passagem de ônibus à lista. Já recebi críticas ao comentário, dizendo que é um assunto muito sério para ser tema de piada. Registro, respeito e ignoro. Mas comento.
De fato, o dólar vem em trajetória de alta há algum tempo. Lenta e constante, ela reflete o fim de uma fase de valorização da moeda nacional. São períodos cíclicos que vejo na economia brasileira desde antes do Real. Por si só, não preocupa. Incomoda quem viaja e consome importados, mas é a vida.
A gasolina já é algo esquisito. Não achei dados em quantidade pertinente, mas sempre tivemos o feeling de que ela acompanha o dólar. Tanto é que a piada menciona os dois em mesmos patamares de valor e chance de atingir os tais R$ 5. Mas o barril do petróleo vem caindo nos últimos meses no mercado internacional. Como diabos pode a gasolina subir se sua matéria prima está desvalorizando? 
Pela simples razão de que não subiu quando deveria ter subido. Nos últimos 20 anos (para não partidarizar totalmente o tema), barril do petróleo variou entre 30 e 120 dólares, estando hoje na casa dos 50. E só o fato de se falar em preço dolarizado aponta que gasolina e dólar não deveriam andar acompanhados um do outro como têm feito. Mas o governos tem mantido a gasolina barata para conter a inflação (isso sim, amplamente na gestão do PT), às custas do lucro da Petrobrás. O que nos leva à terceira e derradeira parte da piada.
A piada não é apenas a gestão da estatal, mas o conjunto da obra que inclui a ingerência de um governo em uma empresa estatal de capital aberto com ações negociadas também no exterior, o superfaturamento de obras e compras e agora, como se sabe, os desvios de recursos para o PT
A Petrobrás virou piada de mau gosto. Neste momento está brigando com sua própria auditoria externa que se recusa a assinar o balanço geral por discordar das avaliações de ativos feitas. Sem essa assinatura, o balanço não sai e sem balanço nenhum trouxa quer deixar suas economias investidas nisso. 
Depois de chegar perto dos R$ 8 ontem, hoje se recupera e está acima de R$ 9. Clássico efeito rebote do mercado de capitais. Mas nada garante que o fundo do poço chegou: no mercado acionário, sempre dá para cavar e descer mais um pouco. 
Vai arriscar, amigo leitor? Se votou na Dilma, deveria dobrar suas fichas. Seria, ao menos, uma atitude coerente com voto. Pessoalmente, estou vendo a vaca ir para o brejo, e a coisa pode ficar bem feia nos próximos meses.



segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Papo de Elevador

Esse caso aconteceu com um amigo meu. Fiquei com uma súbita vontade de contar aqui para vocês, mas não pedi autorização dele. Então vai com pseudônimo de Daniel como personagem principal. Também confesso que devo estar romanceando um pouco o ocorrido, mas não a descrição dele. Vá lá, tenho direito a isso, não ?

Conheço o Daniel há muitos anos, de eventos de RPG. Enquanto pessoa, é uma espécie em extinção: um sujeito muito educado, prestativo e sorridente, de coração enorme e inteligência proporcional. Um cara do bem, como dizemos hoje em dia.
Na época desse caso (não sei hoje), Daniel trabalhava com equipamentos de vigilância e segurança. Era um dos técnicos que instalava câmeras e sensores em prédios de modo geral. Creio que também lidasse com servidores de vídeo, backsups, racks e aquela parafernália toda que qualquer invasor sabe utilizar tão logo entre na sala. Bem, pelo menos nos filmes americanos é assim...
A empresa para a qual ele trabalhava (trabalha ?) conseguiu um bom contrato para montar a segurança completa de um presídio em fase final de construção. Posso estar enganado ao afirmar que era em Presidente Bernardes, SP. Note, amigo leitor, que o mesmo contrato com o presídio já com seus, digamos, moradores não seria tão amigável assim. Mas vazio, ainda com tinta fresca nas paredes, era apenas uma estrutura civil desocupada. 
No fim das contas, a empresa optou por uma solução prática e curiosa: mandou a equipe de técnicos acampar no presídio durante a fase de instalação de equipamentos. Bem ou mal, é uma estrutura feita para, digamos, hospedagens de longa duração. E nova. Com isso, a equipe dormia ali mesmo, no presídio, o que trazia economia sensível de hospedagem e transporte. E ainda geraria um sem número de piadas e histórias entre eles, uma das quais vazou até este blogueiro.
Na época, Daniel morava com sua mãe em um condomínio em São Paulo. Ela, tanto quanto ele, achou divertido o caso do filho acampar em um presídio e comentou com uma vizinha de prédio no elevador. E diga-se, o relato é que a amiga também achou graça.
O problema é que conversa de elevador depende muito de qual andar as pessoas entram. E quando você não pega do começo, esse relato todo pode sair mais ou menos assim:
- ... e no fim, o Daniel está lá no presídio de Presidente Bernardes e não sei quando ele volta...
Imaginem então, a senhora de seus 60+ anos ouvindo isso. Pensou tudo que não deveria sobre ele. E mais engraçado ficou, apenas três semanas depois, quando ele estava de volta ao prédio, livre, leve e solto.
Daniel encontrou a senhora no elevador e, gentil como sempre foi, ofereceu-se para carregar suas sacolas. Ele já sabia que tinha corrido o boato sobre ele estar preso e achava graça disso tudo. A senhora ficou completamente intimidada pela presença dele no elevador, e encolhia-se em um dos cantos como se isso a fosse proteger. Mas a oferta de carregar a sacola havia aliviado um pouco a tensão. Ela, então, decidiu puxar conversa.
- Sabe o que é Daniel, é que eu ouvi o pessoal comentando que você foi preso...
Daniel resolveu brincar com ela. Arrancou o sorriso do rosto, aproximou-se a menos de 10cm dela e disse na voz mais grave que tinha:
- Melhor você ficar na sua aí, valeu ?
Pronto. Agora sim ela estava intimidada. 
Daniel ainda teve a moral de descer no andar dela para levar a sacola até a porta sem dizer mais nenhuma palavra, ou sorrir, ou piscar. Faria isso no elevador, e depois ao relatar isso aos amigos.
Contou que, na reunião de condomínio seguinte, ele foi acompanhar a mãe, cujas opiniões passaram a ser surpreendentemente consideradas o supra-sumo da gestão condominal. 

Creio que até hoje alguém acredite.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Soluções Simples

Voltando àquele tema de soluções simples para problemas complicados, vou citar mais duas daquelas que afetam severamente os moradores das grandes cidades, e São Paulo em particular. Em tempo, não são problemas novos e o atual prefeito podia ter resolvido essa parada sem maiores problemas. Tanto quanto o antecessor dele, e o antecessor daquele, e a antecessora dele, e o "se ele for um mau prefeito, nunca mais votem em mim" antecessor dela e assim por diante, o "estupra mas não mata" antes...
  • Falta D´água
A gestão dos recursos hídricos é de âmbito estadual. Mas há uma medida gritantemente óbvia que deveria ter sido tomada em âmbito municipal há tempos. 
Alguns prédios fazem captação da água das chuvas para aproveitamento como água de reuso. Descargas. irrigação de jardins e lavagem de chão podem perfeitamente usar essa água. É uma ótima e revolucionária (?) ideia, e que nem é novidade, tanto que já é aplicada em alguns empreendimentos imobiliários na cidade.
Pois a prefeitura deveria, simplesmente, obrigar todos os novos empreendimentos adotar o reaproveitamento de água de chuva em seus projetos. Fim. Sem reaproveitamento, a planta não é aprovada. Fim. 
Claro que essa medida não tem efeito imediato. Nem estou obrigando os prédio existentes a se adequarem. E é óbvio que isso não resolve toda a questão da escassez de água. Mas no longo prazo tudo vai chegar a um ponto melhor que o atual.

foto: versão residencial de captação de água da chuva


É tão difícil assim ?
  • Trânsito
Seguindo a mesma linha de raciocínio, existe um modo de se alargar as ruas sem fazer obras. Basta que os carros não precisem estacionar nelas. 
Observe, amigo leitor, que não proponho a proibição, mas a desnecessidade. Para conseguirmos isso, novamente miremos na construção de novos empreendimentos. Para começo de conversa, cada apartamento/unidade comercial deveria ter um mínimo de 3 vagas por unidade e 2 vagas para visitantes. Esse índice seria maior para unidades comerciais maiores, naturalmente.
O problema é que isso encarece a construção do prédio em termos, principalmente, de área construída. Aí entra novamente a prefeitura que poderia perfeitamente isentar as áreas de vagas adicionais do cálculo da área construída tanto para fins de IPTU (desde que não fossem exploradas comercialmente por estacionamentos) quanto para fins de cálculo do potencial construtivo utilizado.
Isso não gera nenhum ônus para a prefeitura e dá um fim ao estacionamento nas ruas. Todas elas passariam a ter uma pista a mais no longo prazo. Quanto ao custo de construção, um prédio com hoje 2 subsolos precisaria de 4 ou até 5. Ainda assim, é uma construção das mais baratas, pois não exige grandes detalhes em acabamento. É simples e fácil.

Pensando bem, é complicado sim. Complicado porque isso encarece 1,2% (ou algo assim) o custo da obra, e como diabos as construturas teriam lucro vendendo unidades de 40 míseros metros quadrados a 12 mil reais o metro quadrado ?
Este país é uma piada mesmo.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Revanche

Na época em que frequentei o Camping Quedas D´água, dos 14 aos 18 anos, havia uma interessante separação de espaço entre os jovens e adultos. A turma dos adultos era composta por homens entre, principalmente, 25 e 55 anos, enquanto os jovens estavam na faixa (inicialmente) dos 8 aos 14. Os adultos eram uns 80 a 100 caras, mas cerca de 35 a 40 eram frequentadores assíduos. Os garotos eram aproximadamente a mesma quantidade, sendo eu o mais velho de todos, anualmente empurrando a idade máxima em meados de maio. Mas o que realmente nos separava era o interesse esportivo. Embora fôssemos todos amantes do esporte bretão, os adultos jogavam no campo enquanto os garotos ficavam na quadra. Já era um sinal dos tempos, muitos de nós criados em apartamentos (não meu caso), e todos longe das várzeas onde o futebol floresceu no Brasil. Sem disputa de espaço físico, a convivência era absolutamente harmônica. Até um dia...
Em um feriado que caiu em sexta-feira, o camping encheu de gente, e tudo correu como sempre no feriado. À noite todos, jovens e adultos, estavam misturados na cantina, o ponto de encontro geral. Em algum momento, um dos adultos meio de brincadeira meio sério, falou que futebol de salão (hoje futsal) não é futebol. Embora divertida, a discussão escalou rapidamente, com argumentos válidos de ambos os lados. Esse tipo de debate só tem uma maneira de ser resolvida: dentro das quatro linhas. No caso, oito linhas, pois combinamos duas partidas, uma em cada terreno. Seriam 30 x 30 minutos cada jogo, campo no sábado e quadra no domingo.
Sábado à tarde, alinhamos 11 no campo de terra batida. Do outro lado, os adultos escalaram o que tinham de melhor. Nossa salvação era o Patão, rapaz um pouco mais velho que a turma, e que se ofereceu para ficar no gol. 
Os adultos não aliviaram nem um pouco com os garotos, o que valorizou muito o confronto. Chegaram duro, usaram sua óbvia vantagem corporal, trocavam passes longos enquanto nós corríamos atrás da bola. Eles eram muito mais organizados, conscientes e fortes, enquanto nós eramos mais rápidos, resistentes e talentosos. 
O fato é que eles jogaram muito melhor do que nós. Patão foi o nome do jogo, salvando todas menos uma das bolas. O gol saiu no final do jogo, em rebote de escanteio. Cada escanteio era um desespero, pois ninguém tinha altura para marcá-los corretamente. Apenas o Davilson sabia o que estava fazendo ali. Eu, que tinha a melhor impulsão, era um cabeceador patético, na medida em que mal se usa cabeceio no salão (tá bom, futsal !). Patão saía doido do gol para cortar com socos e deu certo quase sempre, mas uma das vezes o rebote foi aproveitado de fora da área. Perdemos honestamente por 1x0.

A noite de sábado foi diferente das usuais. Em vez de falarmos das meninas, da escola ou de coisas usuais, estávamos pensando apenas na revanche do dia seguinte. Todos os garotos sentiram a derrota. Mesmo os mais jovens, que não jogariam no domingo estavam tristes e queriam, de algum modo, ajudar. Unidos no orgulho ferido, montamos um time: Cássio, Davilson, Norson (eu era conhecido como Primo), Segundo e Júlio César (esse sim meu primo) no gol. Decidimos usar o que havia de mais moderno no salão (foda-se o futsal), a formação diamante. Exigiria muita movimentação minha, do Davilson e do Segundo, mas os três achávamos que daríamos conta. Cássio ficaria mais parado, mas seus passes certos eram uma importante arma.
Domingo pela manhã fomos para a quadra. Lá pelas 9 apareceram os adultos, não mais do que 10 deles. Montaram o time na hora. Estavam rindo, achando graça e isso me enfureceu.
Logo na saída de bola, achei que era preciso dar um recado. Passei pro Cássio e gritei "espeta". Ele chutou de antes do círculo central e a bola passou raspando a trave. A graça evaporou dos rostos deles. "Pode isso ?" pensavam.
Quando deram bateram o tiro de meta, notamos que eles não tinham a menor ideia do que fazer com a bola. Corri para marcar a saída de bola, e Davilson entendeu tudo sem que eu falasse nada. Roubamos a bola e Segundo abriu o placar no segundo (trocadilho não intencional) lance do jogo. 
Aos 5 minutos, o jogo estava 3x0, o segundo gol foi meu e o terceiro do Davilson. Aos 15 minutos estava 5x0: eu fiz o quarto gol e Cássio acertou uma das tijoladas dele para fazer o quinto. Depois de um relaxamento natural, eles conseguiram entrar um pouco no jogo e, numa falha do Júlio fizeram um: 5x1.
Isso reacendeu nosso ímpeto e voltamos à carga. Correria, passes rápidos, chutes sem medo de errar, como no início do jogo. Segundo fez o sexto gol e eu fiz o sétimo por volta dos 25 minutos. Implacável, foi um chute forte cruzado no ângulo. Como foi em corrida, eu aproveitei o pique para pegar a bola no fundo do gol e trazer para o meio da quadra. Gritei: "Vem aí gente. Queremos jogo. Mostra aí o futebol". 
O jogo não recomeçou. Eles simplesmente foram embora resmungando algo como "não dá pra jogar, isso não é futebol". 
Da minha parte, apenas digo que nem todo 7x1 me traz lembranças tristes. 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Podicrê...

Quase 5 anos atrás, aproximava-se o carnaval de 2010. Embora não seja o caso em dezembro, o espírito daquele momento converge: para onde viajar nos feriados de final de ano. Pois conto aqui um caso curioso.
Por motivos burocráticos que não vêm ao caso, eu saí de meu emprego no ICESP no final da manhã e acabei por almoçar no Center 3, região da Paulista. Era um aperto dos infernos, com muito mais gente querendo comer por ali do que realmente cabe.
Consegui uma vaga em uma mesa com 6 lugares ocupadas por 4 rapazes que não criaram o menor problema para que eu sentasse com eles e me ignorassem depois. Quisera eu ter feito o mesmo (ignorá-los), mas sozinho que estava prestei atenção à conversa deles. Nunca soube direito seus nomes ou locais aos quais se referiam, mas chamemos de #1, #2, #3 e Astrogildo, e os locais de A, B, C e Bragança (sim, este eu lembro).


- Mas então... para onde vamos viajar no carnaval ?
- Vamos para A
- Por que A, #1 ?
- Mano... cê num tá ligado ? Tem um monte de mulher em A.
- ...
- Podricrê.
- É !
Passam-se 30 segundos.
- Não cara, nada de ir pra A não. Vamos para B.
- Por que B ? #2, cê tem certeza ?
- É que B, mano, putz, B é que tem mulher pra caralho.
- ...
- Podricrê.
- É !
- Então vamos.
Passam-se outros 30 segundos.
- Tive outra ideia galera.
- Qual ?
- Por que não vamos para C ?
- O que tem em C ?
- Mano, muita, mas muita mulher.
- ...
- Podricrê.
- É !
Passam-se outros 45 segundos.
- Mas gente... Se vocês tão pensando em pegar mulher, vamos pra Bragança. Lá sim é que tem uma montanha de mulher.
- ...
- Podricrê, Astrogildo.
- É !
- Firmeza, então...

Fui embora antes que meu cérebro derretesse. Não sei quantas mais rodadas aconteceram naquele, ou em outro dia. Nunca soube para onde foram de fato. Mas devia ter um monte de mulher...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Que fase...

Meu São Paulo não ganhou nada no futebol este ano. Parou em duas semifinais, conseguiu um vice-campeonato pouco honroso no Brasileirão e pagou mico na Copa do Brasil. Pra piorar, o Palmeiras escapou de um merecidíssimo rebaixamento.
Os Lakers fizeram uma temporada vexatória em 2013-2014 e caminham a passos largos para repeti-la na temporada 2014-2015.
Os 49ers, agora com a temporada regular encaminhada, não devem passar aos playoffs. Ontem perderam para os fracos Oakland Raiders, que haviam perdido 11 de 12 jogos até então. 
A Ferrari continua fazendo carroças para seus cavalinhos rampantes, e perdeu Alonso, de saco cheio de ver os outros ganharem. 
O que se salvou foi Dale Earnhardt Jr, que venceu 3 corridas, entre as quais Daytona-500 em fevereiro, Mas título que é bom, ficou longe outra vez. 
Que fase, viu ?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Básico de Lança

E lá fui eu, inocentemente, treinar na TSKF Matriz ontem. Como tenho feito já há algum tempo, optei por não entrar em aula e treinar por minha conta e risco. Se tem uma vantagem nisso é poder fazer as técnicas no ritmo que achar adequado e poder parar quando achar que devo. Isso inclui poder ver o que está acontecendo.
Daí estava no treino o João, há pouco graduado faixa marrom, terminando a temível técnica do básico de lança. 



Para quem não sabe, é um técnica muito cansativa. Usa-se demais as posturas. Achei um vídeo meio ruim (o vídeo é ruim, não a técnica) para quem quiser ter uma noção.


O problema central está nas transições cavalo para arco-e-flecha e de volta para cavalo. Qualquer aluno com uma semana de treino faz a transição. Mas no básico de lança, isso é feito, se não contei errado, 30 vezes. E isso arranca toda a velocidade da técnica, pois se o atleta se apressar, não fará corretamente a passagem pelo arco-e-flecha alinhando ombros e quadris, fundamental para a boa execução do básico. Não é a toa que se dizer que o básico de lança separa os bons meninos dos grandes homens
O João estava apanhando um pouco para acompanhar, o que é totalmente normal. O Mestre Gabriel decidiu, então, dar uma força. Pegou uma lança para ele mesmo e disse:
- Eu vou fazer com você, João. Acompanhe meu ritmo.
Eu parei para assistir o espetáculo. Não é todo dia que temos esse tipo de oportunidade. Vemos o Mestre Gabriel ensinando o tempo todo, o que já é um tesouro, mas vê-lo executar uma técnica completa é um evento bissexto. 
Não cheguei a ficar com pena do João, que fez o melhor que podia. Mas o Mestre o deixou para trás no básico 4. Postura sempre impecável, batidas firmes e precisas, transições completas, ritmo constante. Impecável. E terminou conversando normalmente, sem qualquer sinal de ter sequer levantado cadeira, quando todo nós saímos esbaforidos e procurando os restos dos pulmões pelo chão.
Magistral, amigosFoi a cena que justificou ter saído da cama ontem.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O Dragão e a Saudade

Joguei D&D ontem. Era 5a Edição, pois eu sou obviamente um sujeito atualizado com tudo de mais moderno que existe. O fato de eu ter estado 30 anos atrasado nas regras, pois tinha parado no AD&D sem ter jogado 3a, 3.5 e 4a edições não é relevante.


Na verdade, foi a segunda partida, mas não quis comentar sobre a primeira pois peguei o personagem pronto e estava bem enferrujado no sistema. Para ontem, preparei-me bem melhor.
Li a parte de magia, pois tenho uma maga. Mais uma na verdade, pois tive um Stephanie em A&D. Desta vez é Alexia. Lembrei um monte de coisas, adaptei-me a outro monte. Algumas magias mudaram de nível. Outras de efeito. Outras continuam tão clássicas quanto sempre. 
O sistema está me parecendo bem redondo. Não se acumulam centenas de bônus, é apenas um +2 aqui ou acolá, e as tais vantagem e desvantagem. Direto, simples. Os HP são maiores que na 2a era, assim como os danos feitos. Acho que tudo se ajusta. 
São várias classes, vários feats, várias ações que ainda não sei sequer declarar o uso, mas chegarei lá.
E terminamos o dia matando um dragão jovem. 
E a saudade. Sinto-me novamente em casa. 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A Cadeirante e a Gol

Bomba nas redes sociais o caso da cadeirante que subiu sentada as escadas de acesso para o avião que pegou em Foz do Iguaçu. 
Segue link. Em resumo, Katya Hemelrijk da Silva postou desabafo nas redes sociais sobre o caso: por falta de equipamento apropriado, ela teve que "subir sentada", na falta de uma expressão melhor, até o interior da aeronave. Há fotos do ocorrido, como se pode ver no link. Até aqui, não se pode questionar o básico: que ela é cadeirante, que ela "subiu sentada" (essa expressão já está me dando nos nervos) e que desabafou nas redes sociais.
Em outra matéria, já vemos a possibilidade de a Gol ser multada pela ANAC. Segue segundo link. Isso já me deixa bolado. Quem fornece os equipamentos de rampa, usando termo técnico apropriado, é a administradora do aeroporto que, salvo os privatizados, é a Infraero. Quem é proprietário do aeroporto e gere toda a operação dele também é a Infraero. A Gol não tem qualquer capacidade de escolher o portão de embarque, para optar por um que tenha os acessos por corredores ajustáveis, nem aos equipamentos utilizados para embarque. A responsabilidade pelas existência e operacionabilidade deles é da Infraero, e isso é bem óbvio pra mim. Entendo que a relação comercial do passageiro seja com a companhia aérea, e daí poderia eventualmente fazer algum sentido tanto a multa quanto um possível processo por dano moral.
No entanto, o assunto sofreu uma reviravolta na manhã de hoje, a ponto de me inspirar a escrever este post. Segue terceiro link. O(A) tal M Ramone Mjgm, que não é exatamente o que podemos chamar de um nome próprio, alega que tudo isso aconteceu mesmo, mas foi armação dela. Ela recusou ser carregada por funcionários da Gol, como ela própria diz ter feito (no primeiro link), mas com o objetivo de criar um factóide. No fim, seria tudo um escândalo para processar a empresa por dano moral e ganhar uns trocados por dano moral. 
Não sei que é o M Ramone Mjgm, e não estou nem duvidando nem confirmando a palavra dele(a). Também não conheço a Katya para saber se esse tipo de comportamento é da índole dela. O que eu posso pensar é que a versão do Ramone é plausível em dias de excesso de mimimi e ainda maior excesso de processos por dano moral baseados no éter. Plausível apenas, não irei mais longe do que isso. E não duvido que ela ganhe uma boa soma em reais, independente de ter sido tudo armação ou não. De novo, e mais uma vez, digo que não estou acusando ninguém de nada. 
Ou melhor, estou sim: estou acusando a Infraero de não manter equipamentos disponíveis e em condições de uso no aeroporto de For do Iguaçu. Além disso, futuras investigações que não farei.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Lista Negra: TAM

No vigésimo episódio desta série, percebo que não contei minhas desgraças com a TAM.
Meu histórico com esses bostas começou em 1999, quando conheci Cuiabá. Fui convidado para um evento de RPG com passagens pagas pela organização. No dia do retorno, o voo marcado para 12h00 decolou às 18h30. Isso mesmo, amigo leitor: 6h30 de atraso. A história contada é que o avião destinado ao meu voo pousou pela manhã em Campo Grande e não pode sair de lá por falta de teto. E o que diabos eu tenho a ver com isso?
Depois tive meu caso em João Pessoa. Fui para outro evento de RPG, em 2007. O voo programado foi cancelado pois decolaria de Congonhas exatamente no dia o acidente com o voo 3054. Aquilo cancelou todos os voos do aeroporto, e não foi culpa deles. Mas viajei dois dias depois, já atrasado para o evento, e eles conseguiram perder minha bagagem. Fiquei em uma cidade quente, sem roupas adequadas para um evento onde estava representando minha empresa, por total falha deles. 
Já em 2008, tive um bate e volta para Curitiba com meus então dois chefes estrangeiros (um peruano e um polonês). Na perna da volta, chegamos ao aeroporto faltando 55 minutos para o voo e sem bagagem para despachar, mas o voo estava fechado e nos alocaram para outro mais tarde. Claramente havia overbooking envolvido, e acabei no aeroporto errado: meu carro tinha ficado em Cumbica e pousamos em Congonhas. 
Na volta de minha viagem para o Peru, em 2011, trataram minha bagagem com tanto descaso que uma garrafa de pisco quebrou dentro da mala. Amável.
Eu já não queria mais voar com esses canalhas até minha irmã se casar este ano (2014). Não havia opções viáveis de horário e preço com outras empresas e tive que comprar TAM, muito contrariado. Fiz a compra em julho para o casamento no final de outubro. Voaria na 5a-feira a noite, para dormir lá e estar descansado na 6a-feira a tarde, horário do casamento civil. Porém, o aeroporto entrou em obras noturnas e o voo foi cancelado. 
Não é culpa deles, certo?
Então por que não me avisaram, então ? Digo isso, amigo leitor, porque eu estava na Alemanha em férias quando, lendo notícias do Brasil, descobri as tais obras. A TAM não me informou do cancelamento do voo. Daí entro no SAC (sistema de atendimento ao cliente), que simplesmente não funciona: nem o atendimento via chat, nem qualquer tentativa de remarcar a passagem é bem sucedida, pois o sistema não localiza o localizador (sim, escolhi as palavras com cuidado).
Envolvi, a contra-gosto, minha namorada no caso, e pedi para ela resolver a confusão. Ela ligou, mudou o voo para o dia seguinte pela manhã, e eu recebi 2 trincas de confirmações do voo... para o horário antigo. Um lixo. 
Liguei para ela de novo, que checou com os babacas e o voo estava mudado: a informação por telefone não batia com as confirmações por email. 
Na volta da Alemanha, aproveitei para ir à loja física da TAM em Cumbica para resolver a confusão. A boa vontade da atendente não superava o lixo de sistema deles. Localizador, e-ticket, número de voo, nomes e CPFs não eram capazes de achar nossas passagens. Por fim, a Luciana teve uma ideia de usar um outro registro que constava nos emails errados de confirmação e eles acharam nossos voos já remarcados corretamente. Exigi aquilo impresso e fui embora sem confiança alguma de ter dado certo.
Até deu, mas nunca mais. Mesmo. Sério.