sábado, 31 de agosto de 2013

Matarazzo

Inspirado por uma visita a uma festa italiana na semana passada, fiquei curioso pela história dos Matarazzo. Não deixa de ter relação com posts anteriores neste mesmo blog, aqui e aqui.
Pois bem, pesquisei alguma coisa e achei 3 links interessantes.
Tentando ser simples em um assunto não rico (sim, com trocadilho) e complexo, Francisco Matarazzo saiu do nada para ser o homem mais rico de todos os tempos no Brasil. Teve mais de 300 fábricas, hidroelétricas (no plural), ferrovias (no plural também) e incontáveis propriedades. 
Sua estratégia básica era o "uma coisa leva a outra". Para ensacar um produto, montou uma fábrica de sacos de algodão. Daí, passou a explorar o óleo de algodão também. O que levava a latas e, portanto, siderurgia. Enfim, acho que o leitor compreendeu o conceito. Produzia de tudo: perfumes, talheres, louças, banha, sabão, colchas... Era capaz de dominar, literalmente, a despensa de uma casa em sua época.
A sucessão foi turbulenta e deu origem aos problemas. O conde Chiquinho não era a primeira opção do italiano, mas era a escolha depois da morte de Ermelino. Chiquinho ainda manteve o grupo no alto até os anos 50, mas mudanças no padrão tecnológico e de consumo não foram percebidas pelo grupo, que começou a definhar. Hoje, restou apenas uma fábrica de sabonetes. 
Acho triste ver algo tão rico virar pó. Não entro aqui no mérito de como e porquê isso aconteceu. Também não estou me solidarizando com ninguém em particular, mas sem o ranço (gostei dessa palavra, vou usar mais) que se vê com pessoas ricas, aparentemente culpadas por defaultApenas estou lamentando.
Vale a leitura, embora o final seja, como se sabe, depressivo até.
Diga-se, fosse o Conde Francisco nascido nos Estados Unidos, já teríamos não menos do que 3 filmes, uma dúzia de documentários e talvez até série com 4 temporadas. Aqui, precisei ralar para descobrir que existe livro sobre ele. Segue resenha sobre o mesmo. Nem sei como comprar: está esgotado.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Segunda Onda

Ouvi ontem do professor Silvio de Albuquerque Santos, da FIA, que há uma segunda onda de manifestações se formando. As primeiras devem começar no 7 de setembro* com pico previsto para final do mesmo mês. Especialista em gestão de mudanças, o professor Silvio mencionou algumas pautas que devem surgir agora:
- Se o aeroporto foi construído com dinheiro público, por que é preciso pagar (taxa de embarque) para usá-lo? Afinal, as empresas aéreas pagam pelo uso do aeroporto e isso está repassado nas tarifas.
- Se a estrada foi construída com dinheiro público, por que temos que pagar (pedágio) para usá-las. Afinal, já pagamos impostos como IPVA para isso. 
Enfim, trata-se de um aumento de escala da onda anterior, sobre os valores das passagens. E desta vez, não se trata de 500 mil, mas de 3 milhões de pessoas nas ruas. 

Não acredito nem duvido: apenas quis registrar a previsão dele, para cobrarmos depois. Mas que a não-cassação do deputado Donadon esta semana pode perfeitamente se tornar um pavio curto em um barril de pólvora, pode.
A conferir.

* diga-se, faz tempo que os feriados cívicos tem sido datas escolhidas para manifestações cívicas. Nada mais justo e coerente.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Pregação

Amigo leitor, por acaso descobri Salvador Nogueira. Não tão acaso assim: a Folha deu destaque a uma de suas colunas, sobre a ida do homem à Lua. Nomeando corretamente as coisas, ele responde pelo blog Mensageiro Sideral, naquele veículo. 
Recomendo bastante. Óbvio: não recomendasse, não colocaria o link para um leitor inadvertido cair por lá e ainda me culpar por isso. Mas mesmo sendo leitor há tão pouco tempo (completo amanhã minha primeira semana de audiência), já me espanto com a pregação religiosa que infesta a sessão de comentários.
Sim, infesta. Do dicionário Aurélio, infestar: percorrer devastando, causar grandes estragos. Admito que talvez não sejam grandes os estragos, mas mostra que a guerra que a Religião declarou à Ciência na Idade Média apenas deixou de ser largamente institucional (embora ainda tenhamos que tolerar declarações temerárias a cada pouco, em particular do Vaticano, de líderes cristãos mais locais e do islã), para ser mais personalista.
Os estúpidos crentes que comparecem à sessão não são funcionários de nenhuma corporação da fé. Não agem como tal, ou além de maus caráteres ainda seriam incompetentes. Os comentários são dispersos, desorganizados e sem periodicidade perceptível aos meus olhos. São pessoas comuns, apenas incapazes de perceber que estão do lado errado da lógica.
Essa pessoas acreditam piamente que precisam entrar no setor de comentários a cada texto, a cada foto e cada informação ali divulgada para exaltar a obra desse suposto deus que só eles acham que existe.
Depois me perguntam por que eu sou divulgador do ateísmo. A resposta está em 15 séculos de interferência, aborrecimento, perseguição, difamação, desinformação, tortura, assassinatos, mentiras e similares (em doses variadas ao longo do tempo, claro).
Finalizo o post com algo de positivo. Esses crentes chatos, que em vez de bater na sua porta domingo de manhã vão torrar seu saco via internet, correm um sério risco de aprender alguma coisa útil ao lerem essas postagens. Flertam com seu inimigo e podem acabar acordando do sono cegante da fé. 
Além disso, há um quê de desespero no comportamento. Ainda que geralmente educado e comportado, os textos deixam transparecer a necessidade de autoafirmação de sua própria fé. Já são, sem perceber, vítimas do primeiro passo da dissonância cognitiva causada pelo choque entre fé e realidade. Fazem isso para assegurar que ainda acreditam. Mas já duvidam, mesmo que não percebam.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Dança das Cadeiras

As duas categorias que automobilismo que acompanho vivem momentos turbulentos de boatos e negociações de pilotos e equipes. O assunto está quente em ambos os lados do Atlântico.
  • F1

Na F1, são dois epicentros. Por um lado, abriu uma vaga na Red Bull. Mark Weber cansou de ser feito de bobo dentro e fora das pistas e avisou que vai pegar seu boné e correr na WEC em 2014. O carro tri, quase tetra, campeão está sem segundo dono. Por um lado, o problema é o fato de ser claramente uma vaga para segundo piloto. Por outro, é uma equipe séria e que pode dar projeção a quem aceitar o desafio. Diz-se que Vetel manda e desmanda no time e que teria poder não contratual de veto. Já se falou em Alonso, Massa, Kimi e Ricciardo. O último não teria nada a perder: ser derrotado pelo tri, quase tetra, alemão não seria vergonha alguma, com direito a mostrar seu talento e, em caso de alguma improvável hecatombe, vencê-lo. Alonso, Kimi e Massa seriam outra parada, e não parece que Vetel esteja feliz com essa ideia. 
Alonso? Pois é, esse é outro foco de discussões. A boataria tomou forma na Bélgica. Alonso parece descontente com Maranello e não tem mais muito tempo de carreira para buscar mais títulos. Precisa vencer já. E a Ferrari tem errado ano após ano. Uma eventual saída de Alonso deixaria Massa confortável para ficar. Mas quem viria? As opções são Kimi e Hulkemberg. 
Qualquer movimentação de Kimi abre a correspondente vaga na Lotus, que não é um lugar ruim para ir no momento. Mas vai saber como o time fica em 2014. E se Kimi está de saída, motivo para não ficar deve ter.
A próxima corrida é na Itália, onde tradicionalmente a Ferrari se posiciona. É possível que, mesmo atrás nas pistas, ela se adiante e faça seus anúncios e simplifique as equações todas. 
A conferir, mas aposto que fica como está, com apenas Ricciardo substituindo seu compatriota.
  • Nascar
Aqui a coisa é mais complicada por ser mais dispersa. O time mais forte, a Hendrick, manterá seus 4 pilotos em 2014, embora deva ter que reestruturar alguma coisa do patrocínio de Dale Jr. com a provável saída da National Guard. Não deve ser problema, pois o rapaz é deca-campeão de popularidade e deve ter gente fazendo fila para tê-lo como garoto propaganda. No máximo, isso tira contratos de outras esquipes, mas tudo se ajusta.
A Penske também não tem porque mudar. Tem um campeão competente e um novato recém chegado. Pessoalmente, eu adoraria ver o carro #12 com mais frequência, mas não parece que isso vai acontecer.
Também não se prevê mudanças para os lados de Joe Gibbs. Deve continuar com Matt Kenseth, Kyle Busch e Danny Hamlin. Hamlin teve um ano sofrível, mas boa parte disso se credita ao acidente que o tirou de 4 provas e comprometeu o desempenho. Gibbs não é um homem apressado e deve dar tempo para o rapaz se recuperar.
A Roush-Fenway deve manter o time com Edwards, Biffle e Stenhouse. Este último acabou de chegar e os outros dois lutam pelo título com prováveis classificações para o Chase. O time de Richard Childress sabe que Harvick vai embora. É provável que o neto seja promovido e ressuscite, para minha ira, o carro #3. Não achei informações de para onde Harvick pretende ir, mas isso por si só complica as coisas.
Tony Stweart não manterá 3 carros em 2014, e Ryan Newmann está a pé. Assim como Harvick, é um sujeito capaz de vencer (e tem vencido) corridas e até disputar um título. é um piloto de peso.
A Ganassi produziu uma vaga ao anunciar que não renovará com Montoya. Fala-se em um piloto jovem vindo da Nationwide, até porque McMurray não é nenhum bebê. Isso coloca Montoya no mercado sem gerar uma vaga nova. Montoya não é do nível de Newmann e Harvick, mas é popular e pode interessar. 
A excelente temporada que Kurt Busch vem fazendo em um time pequeno valorizou seu passe em 2013. Será que muda ?
O ponto é que tem mais gente boa disponível do que carros bons para eles. A subida de novatos da Nationwide só piora a situação. Com o tempo, acaba indo gente boa para times médios, como o que Kurt tem feito, menos por seu talento e mais pelo temperamento.
Meu palpite é que Stweart está escondendo um terceiro carro para Harvick. Kurt fica onde está, podendo ter até Newmann como companheiro se convencerem a Forniture Row a aumentar a operação para dois carros. 
Seria possível esse terceiro carro de Stweart ser pilotado por Kurt Busch, embora a mistura de Smoke, Kurt e Danica seja um total de 5 egos para 3 carros. 
Também a conferir.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Não foi por falta de aviso

Lembram da tragédia do Oruro (com título erroneamente escrito por este blogueiro) ?
Pois...
Segue reportagem mostrando fotos de um dos marginais envolvidos na confusão acima citada participando da briga do último domingo entre as torcidas de Vasco e Corinthians, em Brasília.
Não há como provar que ele estava envolvido na confusão que matou Kevin Spada no início do ano. Desta vez, as fotos flagraram o imbecil no meio da briga. Vai falar o quê, desta vez, hein? Vai chorar, como quando chegou ao Brasil depois de ficar preso?
Animal.

De certo modo, eu entendo o ponto de vista boliviano ao soltar esse cara e mandar de volta ao Brasil: deixou de ser problema deles, e cabe a nós puni-lo. A-hãm... Cei.

Lista Negra: Company

Eta nomezinho repetido, hein ? No caso, me refiro à construtora, que segundo uma rápida pesquisa foi incorporada pela Brascan, que assume, portanto, o passivo de marketing, com direito a redução de lista negra permanente para temporária. Ainda assim, vale o relato.
Nos idos dos anos 90, um investidos pessoa física tinha propriedade de um terreno em Perdizes, bairro altamente residencial para quem não sabe. Ficava em uma quadra sem saída de uma rua tranquila e um tanto escondida. Decidiu, então, investir e subir um... motel vertical. 
Não sei se o relato é verídico, mas foi assim que a história chegou em mim. Olhando a papelada, o tal sujeito tinha nome muito parecido com o pai de uma moça (Cristina) que namorei mais ou menos nessa época também. Vai saber...
Enfim, o sujeito obteve autorização da prefeitura e subiu 9 andares em pré-moldados até descobrir que a coisa não é tão simples assim e abandonou o projeto. Alguns anos depois, a Construtora Company comprou o esqueleto, terminou a obra e vendeu em 2000. E este que vos fala comprou a unidade 82 do mesmo. Era uma das coberturas triplex e, verdade seja dita, diverti-me a valer naquele apê. 
Porém descobri na prática porque não se deve usar pré-moldados construções verticais como prédios residenciais ou comerciais, mas apenas em construções mais horizontais como shoppings. É muito rápido de construir, mas as vedações entre as peças são sofríveis. Para um shopping, muitas vezes com áreas de manutenção nas área mais externas da construção, as falhas nas vedações produzirão goteiras e entradas laterais de água. Mas vai pingar em pilhas de tubulações e pouca diferença fará. Mas em uma casa, a vedação falha na sua parede e entra água na sua estante e molha seu aparelho de fax, entende ?
Eu não tinha como saber, mas aprendi. A Company, que foi a empresa que terminou a obra e me vendeu a unidade alegou que não sabia também. Pouco provável, pois engenheiros civis deveriam saber essas coisas. Ainda assim, era possível alegar pouco conhecimento da técnica utilizada.
No entanto, eles não podiam negar a assistência técnica. E o tal Engenheiro Eduardo, responsável pela área de atendimento ao cliente, mostrou uma mistura de canalha procastinador com filho da puta de marca maior. Não atendia ao telefone, não retornava recados, dava todo tipo de desculpa esfarrapada para não assumir e resolver os problemas que a Company era responsável. O prédio precisou entrar com uma ação coletiva contra a construtora e só assim recebemos manutenção nas tais juntas. 
Eventualmente, a lei se fez valer e tivemos nossos direitos atendido. Mas a Company foi para a lista negra. Hoje fico feliz de saber que ela não existe mais.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Lista Negra: Helbor

Para darmos início à semana, escolhi seguir minha lista negra com a construtora Helbor.
Tratou-se de um caso único, muitos anos atrás, mas suficiente para ofender qualquer cidadão. Lá estava eu, no começo do ano 2000, doido para sair da casa dos meus pais. Minha editora completava 2 anos com faturamento e market share crescendo mês a mês. A grana estava entrando e era o momento perfeito. Comecei a procurar imóveis.
Olhada daqui, olha dali, achei algo interessante. Era um loft em construção na praça Benedito Calixto, em Pinheiros. Hoje, eu não compraria ali, pois tinha uma visão de que era mais próximo ao metrô Clínicas do que de fato era. Mas no momento, empolguei-me.
Eu e meu sócio Marcelo fomos visitar o local. Havia duas unidades no terceiro andar, nos fundos, lado a lado. Era interessante ser fundo, para evitar o potencial barulho da própria praça nos finais de semana. O tal terceiro andar era na realidade o sexto, por serem todos duplex. 
Vi os valores e achei um pouco acima do que eu deveria pagar. Marcelo sabiamente pulou fora mas eu decidi insistir. Conversei com a corretora e dei valores mais próximos do que eu poderia gastar. O prédio estava em obras, e entendi que aquelas unidades estando ainda disponíveis seriam, digamos assim, menos valorizadas por não terem sido vendidas no lançamento. 
A corretora disse que aquele valor que eu ofereci era o preço de uma unidade no primeiro andar. Como eu gosto do tal jogo da negociação, e não tinha nada a perder com isso, decidi fazer uma oferta: oferecia o valor da unidade do primeiro andar na unidade do terceiro. Na mesma hora, a corretora deixou escapar um sorriso e aquilo me animou. Era a cara de quem ia fechar um negócio e receber uma comissão, então eu estava bem na parada.
Então, fizemos uma ligação para a Helbor, a construtora do tal empreendimento. Ela me pediu para não falar nada, pois não era o procedimento ligar na frente do comprador, e em instantes eu entenderia porquê. Depois de passar por duas pessoas, chegou em quem tomava a decisão do lado deles. Ela fez a oferta de modo simples e direto, sem rodeios:
- O comprador está oferendo o valor da unidade 108 na unidade 305 ou 306. Vocês podem aceitar ?
- Olha... Diga a esse seu comprador que nós estamos vendendo a unidade, não doando.
Honestamente, deu pena da moça. Na mesma hora, eu vi a vergonha alheia nos olhos dela, a decepção por perder o negócio e o cliente, sem falar na comissão. E boa parte disso foi por não seguir o procedimento de evitar essas ligações na frente do cliente. Felizmente, eu consegui conter as palavras e não disse nada, para não piorar a situação dela.
Não me recordo da nome dela (acho que era Marília), nem qual incorporadora estava tratando desse prédio. Não guardo nenhuma mágoa de nenhum deles. Nem mesmo no calor do momento fiquei chateado com eles, juro.
Mas essa construtora não respeita o cliente, simples assim. E não era um assunto simples, tratado com funcionários de baixo escalão. Quando se negocia assim, o assunto sobe um pouco na hierarquia, e não era menos do que um supervisor na linha. Era um imbecil, claro, mas um imbecil falando em nome da empresa. Então ela vai pagar essa conta.
Eu não negocio com quem não me respeita. Fim. E isso é para a vida toda. Lista Negra neles, e sugiro que o amigo leitor faça o mesmo.

domingo, 25 de agosto de 2013

The Chase for the Chase

O formato do campeonato da Nascar é algo simplesmente genial. Acompanhe:
São 36 provas, divididas em duas partes. Nas primeiras 26 corridas, os pilotos disputam 12 vagas no Chase for the Cup. Somam os pontos e se classificam os 10 primeiros na pontuação geral, mais os 2 pilotos com mais vitórias entre 11o e 20o. Em caso de empate no número de vitórias, vale a pontuação. Porém, os 10 que se classificam por pontuação ganham pontos de bonificação por vitórias conquistadas na fase de classificação.
E o que tem de genial nisso ?
É que, à medida que se aproxima a 26a corrida, o senso de urgência cresce. E os pilotos passam a correr com táticas tudo-ou-nada, pois apenas a vitória interessa. Vejamos os casos:
- Jimmie Johnson já está matematicamente classificado. O pentacampão, com 4 vitórias, só se interessa por mais vitórias para ampliar os pontos de bonificação.
- Clint Bower, Carl Edwards e Kevin Harvick estão praticamente classificados. Na prática, estão na mesma condisão do 48, e só correm por vitórias pelos bônus.
- Kyle Busch, Matt Kenseth, creio, também estejam classificados pelas vitórias que já possuem. Então deveriam pontuar bem, de modo a garantir suas vagas entre os 10 primeiros, mas vencer novamente não atrapalha em nada nos planos.
- Dale Jr, Brad Keselowski e Kurt Busch correm algum risco de perderem suas vagas no Chase justamente por não terem vencido este ano ainda. Nada melhor do que vencer e espantar os riscos, certo ?
- Greg Biflle fecha a lista de 10 primeiros já com uma vitória, mas maior risco do que os que estão a sua frente. Deveria pensar em pontuar bem e se garantir e, novamente, vencer é a melhor pontuação que existe. No então, não precisa assumir riscos.
- Kasey Kahne está se classificando como primeiro wild card, com 2 vitórias. Deveria focar em bons resultados para entrar no Chase pela pontuação e valorizar suas vitória com isso. 
- Truex Jr, Logano e Newman (12o, 13o e 15o) possuem uma vitória, sendo que Truex está com a segunda vaga de wild card. Qualquer um deles que vencer muda tudo a seu favor, sem contar o fato de não estarem distantes do top-10.
- O tetra campeão Gordon, em 14o, ainda não venceu este ano. Precisa loucamente de uma ou duas vitórias para não passar o sufoco que foi em 2012. 
- Jamie MacMurray, Paul Menard e Aric Almirola e e Jeff Burton completam os 20 primeiros, o que os torna elegíveis a vaga se... vencerem !
- Não considerei Smoke por ele não correr mais na temporada. Mas a vitória que tem o colocaria no páreo, sem dúvida.
Qualquer outro cara que, por alguma hecatombe vencer duas vezes, ou três, na prática ainda pode entrar. 
Então, é quase todo mundo pensando apenas e tão somente na vitória.
Tesão de categoria. viu ?

sábado, 24 de agosto de 2013

Bélgica

GP da Bélgica é isso:

Lista Negra: Le Postiche

Amigo leitor, mais uma das minhas empresas banidas. Para hoje, a conhecida marca de bolsas e mochilas Le Postiche.
Para começar, já aviso que não foi em momento algum uma questão de atendimento. Todas, sem exceção, pessoas com quem lidei foi profissionais, cordiais atenciosas e corretas. Todas. É triste o fato deles trabalharem em uma empresa tão incompetente.
Alguns anos atrás eu precisava de uma mochila. A então namorada sugeriu a marca Le Postiche, até por termos acesso a uma loja grande deles nas proximidades do corredor norte-sul (acho que ali já é Moreira Guimarães). 
Tiramos um sábado e fomos até lá. Depois de um processo longo de escolha, optei por uma que pareceu interessante, com vários compartimentos menores, como eu gosto. Comprei, levei.
Cerca de uma semana depois, a mochila começou a soltar o revestimento interno. Em duas semanas, havia faremos por todos os lados. Uma porcaria de acabamento.
Entrei em contato com a loja e fui muito bem atendido, digo de novo. A loja se prontificou a trocar a mochila por outra do mesmo modelo. Pediu apenas alguns dias para providenciá-lo, o que aconteceu de fato.
Outro sábado, desda vez mais rápido, e a mochila foi trocada com mínima burocracia. O ponto é que a mochila trocada também esfarelou em poucos dias. Até pensei em pedir nova troca, mas estava evidente que isso não ia se resolver. O produto é uma porcaria, e fim de papo.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Escravos Cubanos

Por essa, eu não esperava, amigo leitor. Já estamos acostumados, amortecidos até, com a quantidade de medidas estúpidas que vemos nos variados níveis e esferas de governo. Qualquer um com mínimo senso crítico sabe que o PT é especialista nisso, embora isso não signifique a perfeição e isenção dos outros, ok?
Mas a história dos médicos cubanos superou qualquer marca. Realmente estou surpreso desta vez.
Para começo de conversa, a saúde pública no Brasil é uma lástima em qualquer aspecto. Falta tudo, e quando dizemos "tudo" isso também quer dizer médicos. Faltam médicos sim, especialmente nos lugares mais afastados e ermos. Em toda essa polêmica, confesso que não vi em nenhum momento ser dito que a importação dos médicos estrangeiros resolveria todos os problemas, e por um momento comecei a apoiar a ideia. A postura do governo parecia ser "Entre outras coisas, faltam médicos. Então tragamos médicos.". 
Ok. Era possível questionar porque faltam médicos. Poderia ser as condições locais, poderia ser o desinteresse do profissional, poderia ser desorganização administrativa... Diversas razões possíveis, provavelmente todas parcialmente relacionadas ao problema. Ao abrir o programa mais médicos a qualquer interessado, inclusive brasileiros, poderia-se estar dando um sério golpe nessa causa dos problemas. Parecia certo.
Até a página 2. 
Agora que se revela e se divulga as condições nas quais os médicos cubanos trabalharão, fica evidente o que o PT está fazendo. Esses caras serão tratados como escravos técnicos altamente treinados. Não receberão salários, pois o dinheiro será repassado ao governo cubano e sua corja de comunistas inescrupulosos em vez de pago diretamente aos profissionais. Mais do que isso, os médicos terão seus passaportes retidos. Desse modo, não poderão sair do país. 
Gente, vem cá: tem muita diferença entre isso e as garotas de programa que são traficadas para a Europa ? Não há liberdade de movimento, não recebem salários, não tem boas condições de trabalho... Hum... Bem, talvez as moças tenham algum prazer no que fazem.
Ok, essa foi fraca. Mas a grande diferença mesmo é que o sistema de trabalho escravo está sendo organizado por um governo!
Caramba, será que desta vez chegamos ao fundo do poço?
Vale observar que os 500 e poucos médicos cubanos que se inscreveram no programa estão cientes das condições. Para eles, vale a pena ser escravo no Brasil em vez de "livre" em Cuba. Vale para os comunistas de plantão perguntarem "por que ?".


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Lista Negra: Copa Airlines

O caso com a Copa Airlines aconteceu em 2011, em minha primeira viagem internacional. Na ocasião, viajei para os EUA, em meu tour de 16 dias pela Flórida. Foram 4 pernas ao todo: São Paulo - Panamá City, Panamá City - Orlando, Orlando - Panamá City e Panamá City - São Paulo. 
A ida transcorreu sem incidentes, com o estranho detalhe de tomar dois cafés da manhã, um em cada voo. Mas vá lá.
A volta parecia tranquila. A escala era meio longa, cerca de 3 horas, mas transcorreu sem incidentes. Porém, eu era o quase típico turista brasileiro em Orlando: comprei montes de coisas. Por "montes" entenda-se que eu fui com uma mala pesando 6,5kg e voltei com duas, pesando 29,5kg e 31,2kg, respectivamente. 
A mais leve não era a menor: era pouco mais de um metro de comprimento para comportar os sabres de luz da turma de jogo. Recheei a mala com outras compras, como roupas, calçados e acessórios comprados por lá. Essa mala estava mais para "sacola", em material flexível. 
Já em Guarulhos, eu aguardava minhas coisas nas esteira. A primeira mala, azul e contendo as coisas mais valiosas, veio rapidamente. A segunda demorou. Já no final da carga aparece uma sacola transparente enorme da Copa, com cerca de 1m de diâmetro, cheia de cacarecos genéricos. Eu olho a saco e vejo um par de pantufas amarelas dentro.
Cacete: essa sacola é minha !
Capturei a mesma. Atrás veio outra, um pouco menor, mas no mesmo grau de baderna: tudo jogado dentro dela. Os 6 sabres vieram alguns minutos depois. A mala estava dentro da segunda sacola, cortada em linhas firmes e ângulos retos, para não haver dúvida de que foi ação humana. 
Juntei tudo e ainda tinha alfândega e freeshop pela frente. Não havia a menor chance de verificar se estava faltando alguma coisa no momento. Toquei em frente. O grau de tensão era baixo, pois os itens caros estavam na outra mala ou na mochila, e os itens sensíveis (os sabres de luz) estavam todos lá. 
Em casa, espalhei tudo pela sala e comecei a conferir as compras. Sim, havia coisas faltando: um perfume encomendado por um colega, um par de óculos escuros, sensor move e controle adicional para o PS3... 
Bem, hora de começar a burocracia. Eu tinha todas as notas fiscais de todas as compras. Sim, eu sou neurótico e isso ia se pagar. Fiz a checagem item por item, tabulei os valores e cheguei a USD 450. Podia ser bem pior.
Entrei em contato com a empresa aérea e registrei a reclamação. Foi um parto isso. Dias até conseguir falar com um ser humano. As alegações eram de que o fax estava quebrado, que o funcionário estava ausente, que na verdade o homem nunca pisou na Lua... Feito o registro, começou o jogo de empurra. 
O assunto se estendeu até julho (voltei dia 13/05). Fiz um registro no Reclame Aqui (e curiosamente, acabei de descobrir que a queixa foi deletada !) e então tive sorte. Fui procurado por uma equipe de reportagem da Rede Globo, para ser personagem de uma matéria sobre problemas em viagens longas. Curiosamente, a Copa me procurou no mesmo dia e fez uma oferta honesta: pagaria os USD 450 se eu assinasse um termo desistindo de qualquer ação indenizatória posterior. 
Aceitei.
Mas bani a empresa da minha vida. E cá estou relatando o ocorrido. 

Não sei se furto foi feito por algum funcionário da Copa. É possível. A mala passou por 3 aeroportos movimentados, e muita coisa pode ter acontecido no caminho. Mas o fato é que eu era o consumidor e a empresa fornecedora era a Copa. A Copa é quem me devia explicações, não a Infraero, a empresa panamenha que administra o belo aeroporto de lá ou ninguém mais. O problema era deles sim. E fugiram da bronca o quanto puderam. 
A Copa é uma empresa econômica e atrativa. Faz esquemas inteligentes de escalas, tornando os voos que precisam ser com escala praticamente voos diretos. Mas não assume a responsabilidade quando a coisa aperta. 
Voar de Copa Airlines é burrice aguda.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Um Belo Fluxograma

Amigo leitor, acompanhe o fluxograma a seguir. Tenho minhas razões para numerar as caixas, e peço um pingo de paciência.

Esse fluxograma representa uma cadeia produtiva, onde cada flecha significa "deriva", "origina". Assim, quem está na ponta de uma flecha é derivado do item anterior. Peguemos o exemplo onde o 1 é a cana-de-açúcar.
Da cana-de-açúcar (1) extraímos o caldo de cana (2). Observe-se que o caldo pode ser consumido como está ou podemos processá-lo. Há várias coisas que se pode tirar do caldo de cana, em processos simples ou complexos. O 3a neste ponto de vista é o açúcar e o 3b é o álcool. Claro que outras coisas podem sair do caldo, e estão conjuntamente representadas pelo 3c (rapadura, por exemplo !), mas não é o nosso foco.
Tanto o 3a (açúcar) quanto o 3b (álcool)  podem ser consumidos como estão (lembrando o 2 - garapa) ou serem usados na produção de outros derivados. 4a poderia ser caramelo e 4c poderia ser um produto de limpeza. Mas eles podem ser reunidos novamente em 4b e, acrescentando-se um aditivo como limão, 4b seria uma capirinha. Já existem até mesmo derivados da caipirinha, ocupando a posição 5 do fluxograma: pudim de caipirinha.
Observemos que os itens todos (3a, 3b, 3c, 4a, 4b, 4c e 5) são todos derivados do 2, sem dúvida (e do 1 por extensão). Mas o 4a é derivado do 3a sem ser derivado do 3b: caramelo é um derivado de açúcar, mas não do álcool. Do mesmo modo, Não faz o menor sentido dizer que o caramelo (4a) esteja na mesma categoria que a caipirinha (4b). 
Bastante visual, não ?
Então vamos aplicar o conceito a outra cadeia produtiva, para ver o que acontece ?
1 - vaca
2 - leite
3a - soro do leite
3b - coalhada
3c - creme de leite, leite em pó, manteiga...
4a - ricota
4b - queijo
4c - coalhada seca
5 - requeijão
O ponto central aqui é que toda essa turma (3a, 3b, 3c, 4a, 4b, 4c e 5) são derivados de leite: laticínios. O processo que conduz de 2 a 3a e 3b (do leite à coalhada e ao soro) é simultâneo, e trata-se de um fracionamento por ação de microorganismos. Não é o mesmo caso da cadeia da cana, onde uma parte é usada em um e outra parte é usada em outro. Mas ainda assim, seja por derivação ou por fracionamento, 3a e 3b são coisas bem distintas em ambas as cadeias. 
E como a ricota (4a) é produzida a partir apenas do soro do leite (3a) sem a presença da coalhada (3b) ela não pode e não deve ser confundida com queijo (4b). E como muito nem observou um assíduo leitor deste blog, o requeijão (5) também não é queijo, por ser derivado deste.
Assunto encerrado, espero. E ai do desgraçado que vier falar em tofu.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Anima Mundi 2013 - Dia 4

Finalizando a maratona de 13 sessões (meu recorde pessoal !), vamos às 4 sessões vistas no sábado.
  • Curtas 8 (sala 1, 18h)
Também chamada de sessão Anima França, pela concentração de curtas franceses (4 em 6) nesta sessão.
Carn conta a história de um menino que se perde em uma tempestade de neve e interage com uma loba para sobreviver. Final surpreendente. Nota 4. 
Rebelote faz incontáveis referência a super-heróis famosos usando sujeitos como Steelman, por exemplo. E consegue narrar uma história interessante de disputas ferrenhas que começam do nada, e podem até atravessar gerações. Técnica em 3D excepcional. Nota 4.
  • Curtas 13 (sala 2, 19h)
Dr. Grordbort Presents: Tejh Deadliest Game usa também técnica em 3D de alta qualidade. A história é um caçador ao estilo dos safaris do século XIX usando armas altamente tecnológicas em um mundo alienígena. Nota 4 por ser previsível no final.
La Goutte de Miel mostrou a história de duas cidades que entram em conflito por causa de uma simples gota de mel. É uma revisitação ao tema da bola de neve que pode ser tornar as consequências de atos pequenos. Nota 4, com a ressalva de que o som é em francês e não havia legendas inteligíveis. Talvez isso seja parte da animação, talvez tenha sido falha técnica. A conferir.
  • Curtas 14 (sala 2, 21h)
Ed foi o melhor curta brasileiro, na minha opinião. Nota 5, fácil. Conta a incrível vida de Ed e suas peripécias, em momentos variados de sua vida. Técnica excelente também, além de final muito bem sacado.
Bird Food mostra um homem alimentando pássaros no parque. Mas as coisas começam a ficar estranhas de repente. Nota 4.
Slight of Hand é nota 5. É uma animação em stopmotion de um personagem que está criando uma animação em stopmotion. O metaplot já estava bom até haver uma mudança de curso. Feita em excelente 3D.
Dip N Dance merece um 4 pela técnica, embora não surpreenda na história. O personagem acaba sendo envolvido em dança descontroladas que vão levando ele pela história, quase sem controle de sua parte.
  • Curtas 16 (sala 3, 22h30)
Boles narra a vida de um escritor que começa a interagir com a estranha vizinha de apartamento. Nota 4 tanto pela técnica quanto pelo final. Talvez merecesse um 5-.
The Reward mereceu 5 pela maneira lúdica e construtiva que narrou a vida de 2 jovens aventureiros, um guerreiro e um mago. O desenho simples e confiável também ajuda.
A Girl Named Elastika é um stopmotion feito apenas com percevejos e elásticos coloridos. Com pouquíssimos recursos, narra-se as aventuras da menina título com grande leveza. Nota 4.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Imbecil do dia (2)

Amigo leitor, vamos fazer um pequeno exercício de imaginação arquitetônica. Não quero complicar nada, apenas pensar em conceitos fáceis e simples de engenharia para um prédio comum, seja ele residencial, comercial ou misto.
O subsolo não tem garagens. Ao contrário, é um grande piscinão, ao estilo dos que são construídos em São Paulo hoje em dia, mas em ocupando a área construída. As bombas do mesmo são responsabilidade do prédio que ficará acima dele. 
Obviamente, esse piscinão é fechado, e o andar térreo é uma área completamente livre e vazada para ar e luz, contendo apenas as colunas de sustentação do prédio, 4 rampas automotivas (duas para subir e duas para descer), ou duas rampas mão dupla, e um acesso para pedestres com escadas e uma rampa acessível. 
Lembrando que o recuo de terreno é obrigatório, essa área recuada teria árvores. 
O acesso para pedestres leva direto para o segundo pavimento com acesso ao primeiro, que é uma área livre para estacionamento de qualquer pessoa. O primeiro andar também é vazado, embora com muretas de proteção resistentes a batidas de carro.
Entre o primeiro e o segundo pavimento, temos apenas duas rampas, ou uma mão dupla, que chega à entrada particular do edifício.Tanto o térreo quando o primeiro andar (estacionamento) são iluminados pelo prédio e às custas deste. Naturalmente, painéis solares na cobertura associadas a baterias podem torna esse custo bem mais em conta.
Resumindo: o prédio começa mesmo no segundo andar. O que hoje seria o térreo cria uma área livre para pedestres e o primeiro andar gera algumas dezenas de vagas de estacionamento para qualquer indivíduo, seja ele morador, trabalhador ou visitante do prédio. Ou qualquer um apenas de passagem por ali. O pé direito desses pavimentos iniciais pode ser mais alto que o usual, aumentando a sensação de conforto encarecendo minimamente a obra. O pavimento de veículos pode, inclusive, ser duplo ou triplo até.
Algum engenheiro civil vai dizer que compliquei alguma coisa? Que quero o que é tecnicamente impossível?
As vantagens disso são diversas:
- Transforma-se área construída em estacionamento, com custos privados. 
- Gera-se área de passeio a pé
- Gera-se áreas verdes.
- Melhor controle pluvial, evitando-se enchentes.
- Reduz-se drasticamente o perímetro do prédio, que deixa de ter muros e passa a ter apenas o controle de acesso de veículos e pessoas, ficando muito mais seguro.
Se fosse construídos alguns desses lado a lado, a região torna-se uma grande palafita de prédios, sem carros atrapalhando as pessoas que poderiam caminhar livremente pelo chão. Um prédio um pouco mais alto já permite que se tenha uma quadra ou uma pista de skate em baixo. Sei lá, amigo leitor, envie sua ideia.
Até entendo que nem todos os condomínios residenciais queiram ficar sem as áreas livres no térreo, mas o projeto encaixa como uma luva para os prédios de escritórios, justamente onde o fluxo de veículos é maior e ficaria sem carros estacionados nas ruas. 

Pois é. Mas em São Paulo caminhamos na contra mão. Segue link
Francamente, sr. Franco, o senhor acha que diminuir as vagas vai fazer as pessoas terem menos carros? O caminho é criar vagas para tirar os carros das ruas e fazer com que o tráfego, seja de carros ou de ônibus, flua melhor. O plano do senhor Franco coloca mais carros estacionados nas ruas. Ele se esquece de que o morador até pode achar bonitinho não ter carro no momento em que se muda para o prédio, mas essa opinião pode mudar com o tempo, e isso gera demanda por vagas, piorando o cenário. 
Fernando de Mello Franco: o burro agudo do dia.

sábado, 17 de agosto de 2013

Anima Mundi 2013 - Dia 3

Seguimos agora para as sessões da sexta-feira, dia 16.
  • Curtas 4 (sala 3, 18h30)
O único destaque da sessão ficou mesmo para In-between, curta francês nota 4 sobre uma moça que tem um jacaré azul extremamente ciumento. Divertido, além da técnica muito precisa
  • Curtas 3 (sala 2, 21h)
Under the fold narra a amizade entre um garoto filho de um pai desempregado durante a depressão dos anos 30 que faz amizade com uma criatura de papel que se alimenta de recortes de jornal. Nota 4.
Nightmare Factory mostra dois estranhos seres que produzem pesadelos sob encomanda, e registram as imagens de medo das pessoas quando acordam. Porém, eles se desentendem, e um deles começa a sabotar o trabalho do outro. Nota 4 pelo ritmo muito interessante, embora o final não seja algo tão genial assim.
Wind, alemão, mereceu nota 5 deste blogueiro. O mundo descrito é baseado em uma violenta ventania constante em tudo que os cerca. Gostei da técnica, especialmente do movimentos dos objetos no tal vento, com um bom final, sem ser algo fantástico.
  • Curtas 15 (sala 3, 22h30)
Le Grand Ailleurs et le Petit Ici é da escola canadense, com seus típicos curtas nota 4. A história de um homem que vive em um mundo minúsculo e, de repente, descobre o lado externo desse universo. Excessivamente filosófico para meu gosto, mas com lindas imagens em pontilhismo preto e branco.
Love in the Time of Advertisiment é história de um rapaz que opera outdoors e se apaixona por uma vizinha. Sem ter como falar com ela, usa as propagandas para tentar passar seus sentimentos. O texto todo em rima impressiona. Nota 5.
Capitan Orrible in Something Strange Happened ganha um 4 pelo ritmo e consistência da técnica. Conta a história de um capitão pirata (observe a grafia do nome dele) que tem um dia bastante... extraordinário.
Rozaneh é iraniano. Recebeu nota 5 para minha surpresa, embora a ideia não seja original. Conta a história de projéteis em primeira pessoa, durante uma guerra. Técnica irrepreensível.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Anima Mundi 2013 - Dia 2

Amigos, sigo com meu relato, agora sobre as animações vistas no dia 15/08, quinta-feira. Antes de começar, informo que faltou uma da animações, pois me atrasei. Para fins de postagem, vou fingir que ela não existe e comento o que teve de bom assim.
  • Curtas 6 (Sala 2, 19h)
Yellow Sticky Notes é canadense, a escola que mais me agrada há tempos. Fazendo um pequeno spoiler, trata-se de uma coleção de 15 histórias de autores diferentes, todas desenhadas em post-it. Cada um traço, estilo e modo de ver o mundo diferente, mas necessariamente a mesma técnica. Nota 4.
Junkyard é uma história de um rapaz que tem um flashback de sua infância e juventude depois de um... incidente no metrô. O ferro velho em questão teve papel importante na sua vida, assim como os amigos da época. Nota 5-, pelo excelente estilo de desenho e pela montagem da história.
Fallin Floyd é sobre um músico em depressão por uma decepção amorosa. Além da técnica excepcional, muito bem sonorizado, o curta tem um final que, embora não seja genial, é bastante inteligente. Nota 5.
  • Curtas 5 (Sala 2, 21h)
Snack Attack é uma história singela sobre uma senhora que compra um pacote de biscoitos em uma estação de trem, mas não sem ter que lidar com o jovem folgado com quem divide o banco de espera. Animação em falso 3D, tem um belo final em uma história com premissa tão simples. Nota 4.
The Last Belle tem um traço que não é meu preferido, mas bastante consistente. O moça vive os dias de hoje, quando se sente obrigada a ter um namorado. Até que arranja um blind date e vai atrás de sua felicidade. Mas nem tudo dá certo... O destaque fica para uma das falas no começo da história, quando ela conta para a amiga sobre o affair: "He sounds so beautifull in the email...". São os tempos de hoje. Nota 4.
  • Curtas 7 (Sala 3, 22h30)
Veja Requiem for a Romance se você gostou de verdade de O Tigre e o Dragão. Dois lutadores chineses combatem pelos telhados de uma pequena cidade ao som de uma conversa telefônica na qual a moça está terminando o relacionamento com o rapaz. Atente para a coordenação entre o diálogo e os movimentos. Nota 4.
Subconsious Password brinca com uma situação corriqueira em nossas vida: encontrarmos uma pessoa de quem não lembramos o nome. O cérebro do rapaz passa por um game show para lhe dar as pistas necessárias, com a presença de diversos personagens ilustres. Nota 4.
The Chase é bem o que eu quero de uma animação e por isso ganhou nota 5. Uma perseguição de carros com 4 garotas malvadas vai destruindo viaturas da polícia em cenários que misturam Los Angeles, San Francisco e alguma ficção. Lindo final.



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Anima Mundi 2013 - Dia 1

Ah, de volta à Paulista. Adoro!
Ano passado, o festival Anima Mundi ficou confinado às sofríveis instalações do Memorial da América Latina. Detalhes foram postados aqui.
Em 2013 voltamos ao Itaú Unibanco, com 3 salas construídas e mantidas por gente séria. Ouvi comentários de que a mudança é definitiva. Tomara.
Vamos às sessões, então:
  • Curtas 2 (Sala 1, 18h)
Ceux den Haunt é uma animação em língua francesa (há integrantes franceses, suíços e belgas na produção), sobre um rapaz chamado Ulrich que fica confinado em uma casa no alto de uma montanha no inverno. Junto ao cão e ao dono do local, eles passarão 5 meses sob a neve. Mas talvez eles não estejam sozinhos... O clima de terror vai sendo construído com calma e paciência, com técnica de desenho simples, mas enquadramentos e sonorização de nível de cinema. Nota 4.
Lost & Found é americano. Embora seja mais conceitual do que narrativo, a técnica é dominada com maestria. Não sei dizer se era stopmotion ou alguma CG para fazer parecer stopmotion, mas valeu. Nota 3+.
  • Curtas 9 (Sala 2, 19h)
Anna Bee é nacional, nota 4. Sua limitação é ser um tanto escrito, mas isso está completamente dentro do contexto. A animação não se preocupa muito em colocar o expectador dentro da história, mas isso acontece naturalmente. São feitas diversas referências culturais a outras animações famosas e filmes, que acabam se tornando belas e honestas. A história é sobre uma garota chamada Ana, que conhece um rapaz pela internet e se apaixona ele. A história mostra como as coisas se desenvolvem nessas situações que, muitas vezes, são desconhecidas do público mais velho.
Feral foi a animação portuguesa vencedora do festival no Rio. É boa, mas não isso tudo: nota 4. Conta a história de um garoto que vivia entre os lobos na floresta e foi trazido à cidade para ser ressocializado. Peca pela falta de originalidade, mas é singelo ainda assim.
Virtuos Virtuell me tirou do sério. Totalmente conceitual, essa animação mostra rabiscos em nanquim dançando em harmonia com a trilha sonora, um trecho da ópera O Alquimista. Comentei até, 5 anos atrás eu acharia chato. Nota 4. E mais um toque mental de que estou ficando velho.
Vecinos foi o primeiro nota 5 do festival. Conta a história de dois vizinhos em duas fases distintas da vida: quando meninos e quando jovens. Ritmo divertido sem correria e técnica que muito me agrada: "3D falso", como eu batizei. Ganhou o 5 pelas incontáveis referências nerds que aparecem na história, a começar pelo rapaz jogando Tumbling Tower sozinho. 
  • Curtas 10 (Sala 2, 21h)
Que sessão foi essa, gente !
The Fantastic Flying Books of  Mr. Morris Lessmore emociona a cada momento. Com técnica de 3D falso impecável, o protagonista vai para um mundo onde os livros agem como pássaros e precisam de cuidados como tal. É o que ele faz, em momentos tocantes e belos que se sucedem. Lindíssimo, forte candidato ao título do ano.
Jim´s Tie narra um diálogo entre um vendedor de gravatas e um cliente, provavelmente vendedor também, em crise existencial e a beira do suicídio. Os rápidos diálogos em francês não comprometem a compreensão. Tava com nota 4 até aparecer o final. Nota 5  bem clara.
Natalis é uma história simples, com com CG que poderia estar em qualquer videogame por aí. Mostra uma personagem que toca um casulo e tem uma visão de uma realidade alternativa. Lindo final também. Nota 4.
Der Notfall é a clássica animação de correria ao estilo Presto. Com muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, a comédia de erros vai construindo uma situação absurda a partir de elementos pequenos e corriqueiros. Técnica excelente também, assim como a sonorização.

Amanhã tem mais, não percam !


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Complemento de postagem:

Como bem foi observado, faltou explicar a escala de notas. Uso a mesma que o festival usa, pois a cada sessão recebemos cédulas de votação. Para quem vai desde 2007, isso é óbvio, mas nem todo mundo sabe disso.
As notas vão de 1 a 5. Eu dou a nota do seguinte modo:
Roteiro: 1 ou 2
Técnica: 1 ou 2
Sacada genial: +1
Burrada básica: -1
Na prática, uma animação nota 5 é daquelas que verei muitas vezes pelo youtube depois. Nota 4 é das que vale a pena citar para os amigos. Nota 1 é raro: são aquelas que você preferia simplesmente que não existissem ou que a sessão acabasse aqueles minutos mais cedo.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Notas de Esclarecimento

Apenas para deixar claro algumas coisas, achei melhor uma postagem apenas com definições (que deveriam ser) óbvias.
  • Ricota não é queijo. Dúvidas pode ser dirimidas até na wikipedia.
  • Por conseguinte, tofu, que nem derivado de leite é, também não é queijo.
  • Sapatênis não existe: ou é sapato, ou é tênis. Não se misturam uma coisa boa e uma ruim para se chegar a algo médio e aceitável. Se eu mijar na sua cerveja, ela não vira uma mijeja, morna.
  • Só existem 16 cores, embora eu mesmo só consiga catalogar 14: branco, preto, cinza, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (?), violeta, rosa, bege, marrom e bronze.
  • Ainda sobre cores, salmão é um peixe, pêssego é uma fruta e pink é a tradução de rosa para o inglês. 
  • FIAT não é carro, é veículo. Veículo é uma máquina que transporta objetos ou pessoas entre dois lugares. Carro é um veículo que, entre diversas outras características (algumas das quais os FIATs até tem), inclui beleza, conforto, confiabilidade, conferir status ao dono e prazer de dirigir ao ser usado. Mas é preciso ter todas elas simultaneamente.
  • Pessoas têm direitos; ideias não têm direitos. É por isso que eu respeito pessoas, não ideias. Daí eu nunca digo que pessoas religiosas são estúpidas (podem até ser, mas não tem nada a ver com serem ou não religiosas), mas que elas acreditam em uma coisa estúpida.
  • Maioria não confere razão. O fato de muitas (ou todas as) pessoas pensarem uma coisa não faz com que esse pensamento esteja certo. Esse é o furo claro e contundente da democracia: achar que apenas porque todos estão participando é a maior mentira que teve origem no Iluminismo.
  • Piquet foi melhor do que Senna. Piquet venceu 2 campeonatos com carros inferiores aos dos adversários (81 e 83), enquanto Senna, excelente piloto, não conseguiu esse feito. Piquet ainda foi campeão com 3 motores diferentes (Ford, BMW e Honda), quanto Senna sempre se apoiou nos japoneses.
  • Parabéns ao Corinthians pelo seu indiscutível título mundial em 2012. Mas é o único, até o momento. Em 2000, a FIFA sequer sabia quem convidar para o torneio, não esclareceu as regras de participação até hoje, misturou campeões de anos diferentes e fez uma esbórnia. Tanto que levou mais 5 anos para conseguir organizar outro torneio. Uma pena, mas são os fatos.
  • O Flamengo é penta-campeão brasileiro. Venceu nos anos de 1980, 1981, 1983, 1992 e 2009. O campeão brasileiro de 1987 foi o Sport-PE.
  • Basquete feminino é um saco. Mulheres são mais baixas que homens e tem menor impulsão. Se quiserem que o basquete feminino seja algo interessante, abaixem a cesta uns uns 70cm. Vide volei feminino, com a rede mais baixa e o mesmo grau de competitividade do masculino.
  • O ônus da prova cabe a quem afirma. Não sou eu que tenho que provar que deus não existe, é quem afirma que ele existe que tem que provar sua existência. Em todos estes milhares de anos, não há uma única prova confiável de que ele exista. Argumentos do tipo "isso é algo pessoal", ou "não que provar nada" apenas reforçam a percepção de que deus é apenas o papai noel dos adultos.
Voltamos agora à programação normal.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Lista Negra: Porto Seguro, Sulamerica e Mapfre

Já que o assunto seguradoras chamo a atenção, vamos a elas. Não são histórias longas, acho que posso juntar em um post só.
O desentendimento mais antigo foi com a Porto Seguro. Basicamente, eu fui vítima de uma colisão e o culpado fugiu. Algo corriqueiro em um país com base moral duvidosa. Acionei a Porto para consertar meu carro, o que correu dentro da normalidade. Porém, fui informado de que, como eu me declarei vítima do acidente, eles naturalmente iriam acionar judicialmente o culpado. Observe-se que eles só identificam o culpado porque eu mesmo forneci a eles os dados. Eis que eu procuro a segurado buscando auxílio para fazer o mesmo. Eu tive que arcar com a franquia e assim como era justo eles processarem o imbecil pelo que tiveram que me ressarcir, também era justo que eu o processasse para receber a franquia, certo ? Não. Não me deram a menor atenção. A empresa tem um departamento jurídico monstruoso que não foi revertido para ajudar o segurado em uma coisa que eles já iam fazer. Some-se a isso a prática atual da Porto de colocar montanhas de cláusulas desnecessárias e encarecedoras como encanador, lanchinho e o escambau, e fica claro que não dá para trabalhar com eles.
A seguir, fui de Sulamérica. Eu já havia trocado meu Corsa pelo Daewoo Lanos e seguia com tranquilidade até tentar, em 2005, renovar o seguro. Não: eles não fazem seguro para carros importados com mais de 5 anos. Fui obrigado a mudar de seguradora, para nunca mais voltar a eles: não é justo que eles fiquem comigo apenas enquanto interessa ou apenas enquanto é fácil me atender. Fui despejado e isso é ofensivo.
Saltei para a Mapfre por apenas um ano. Foi o suficiente para também nunca mais votar. Tive uma colisão, desta vez minha culpa. E a encheção de saco que foi para eles atenderem o terceiro mostra que não se trata de uma empresa séria: 3 semanas de idas e vindas, ligações, faxes, emails... Um bando de imbecis.
Daí fui para a Azul, onde estou até hoje sem incidentes. Sim, eu sei que a Azul é da Porto, mas pelo menos não tem as frescuras contratuais da empresa-mãe.
Em resumo, quem usa Porto Seguro, Sulamérica ou Mapfre está sujeito aos problemas que acabo de citar, e nem se tratam de segredos de estado ou exceções raras ao bom atendimento das mesmas. Fique com elas, e receba o carimbo de burrice aguda.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Lista Negra: Shopping Eldorado

Bom dia, amigo leitor. Cumprindo minha promessa, começo pelo Shopping Eldorado minha lista negra.
No dia 4 de agosto, comprei ingressos para Wolverine e lá fui eu com namorada ver o filme. Tínhamos a intenção de aproveitar um quiosque de iogurte que vende uma versão com sabor de doce de leite depois do filme.
Ao chegarmos ao shopping, exatamente às 20h12 (filme marcado para 20h20), a primeira decepção: o quiosque já estava fechado naquele momento, antes mesmo do filme. Decepção total.
Seguimos pela praça para comer algo rápido antes do filme, mas nada fechava a conta. Acontece. Aproveitei para ir ao banheiro antes do filme e... banheiro fechado para reformas. Irritante. Tive que o usar o do Cinemark, sempre mais cheio.
O filme transcorreu sem nenhum incidente.
Na saída, decidimos comer, pois já eram 22h30 passadas. Mas quem disse que você consegue de fato comer algo por lá ? A maior parte das lanchonetes e restaurantes já estava fechada. Porém, ainda havia opções de fast food abertas. Só que esse "abertas" mostrou-se um tanto relativo: as opções eram extremamente limitadas. A batata do McDonalds estava um poço de óleo e nenhuma sobremesa disponível. O mesmo acontecia no Burger King. 
Irritados, comemos o que havia e fomos embora, mas não sem novos incidentes. Luciana sofreu dois tombos enquanto simplesmente nos dirigíamos para o estacionamento sem nenhum tipo de passeio ou delonga. O piso está uma lástima, extremamente liso e perigoso. Não se trata de piso molhado, é seco mesmo.
A isso tudo, no entanto, somam-se episódios anteriores. Em passeio anterior, fizemos compras no Carrefour, mas a fila dos caixas estava terrível. Atrasaria nosso cinema (Homem de Aço naquela vez). Procurei um funcionário e pedi para que minhas compras fossem reservadas para dali a 3 horas. Não havia nenhum item refrigerado e isso não estragaria nada. Sorridente, o funcionário disse que eu poderia deixar a cesta ali com ele sem problemas. Só que não: na volta, nossa cesta foi levada embora. Tivemos que refazê-la. 
Na saída, uma fila insuportável para validação do ticket de estacionamento, pois apenas um caixa específico estava destinado a atender os clientes do Carrefour. Claro que a cabine comporta duas pessoas, mas só havia uma. No caminho para o carro, Luciana teve seu primeiro tombo devido ao piso liso, totalizando 2 com os que teria no dia 4/ago.
Fico triste pelo Cinemark, que tem desempenhado bem. Mas palhaçada tem limite. Não frequento lugares assim. E quem vai sofre de burrice aguda.

  • Nota posterior

Complementando a postagem, faltou explicar algo que na minha cabeça é óbvio, mas para o leitor pode não ser. A responsabilidade do shopping é bastante óbvia no que se refere aos pisos escorregadios e aos caixas para validação de tickets, mas o leitor pode questionar quando à praça de alimentação. No meu entender, cabe ao shopping determinar os horários de funcionamento dos estabelecimentos e fiscalizar o funcionamento. Não basta a loja estar de portas abertas com um único atendente dizendo "sinto muito, senhor, estamos sem sistema" apenas para fingir que cumpre a regra. O mesmo vale quanto ao quiosque do iogurte. Sobre o Carrefour, este sim total e único culpado pela bobagem feita com a cesta de compras, acaba sim o shopping pagando pela incompetência do estabelecimento. Mas não se pode dizer que foi esse o motivo decisivo pelo banimento, certo ?

domingo, 11 de agosto de 2013

Espírito de Aventura

Como não se trata de assunto quente, guardei esta postagem para alegrar a manhã de domingo do amigo leitor. Comento a notícia deste link.
Para começo de conversa, achei 6 bilhões de dólares uma pechincha. Isso é 20% do valor gasto para as Olimpíadas do Rio de Janeiro (veja aqui), e embora eu seja um amante do esporte, não se pode comparar o impacto entre as duas coisas.
A humanidade colonizou lugares distantes deste que decidiu descer das árvores. Alguns entendem que na verdade, a colonização começou quando decidimos sair do mar, mas isso é outro debate. De todo modo, mesmo depois de aprendermos a plantar e fixamos nossas raízes, sempre foi importante, para não dizer imperativo, buscar novas terras. Embora não tenha sido um movimento constante, ele sempre existiu, com destaque para a colonização das Américas e da Oceania. 
No entanto, desde o final do século XIX esse fenômeno aquiesceu, literalmente por falta de espaço. Nunca deixamos, enquanto espécie, de sermos exploradores, mas a marca do colonizador ficou para trás. 
Depois de muito se falar em Lua, agora é Marte que está no alvo. E com a vantagem (para ambos os casos, verdade seja dita), de que não precisamos matar indígenas nem infectar ninguém com varíola para que a coisa toda funcione.
Claro está que a Terra um dia será pequena. Talvez já seja hoje mesmo. Precisaremos de mais espaço, e na falta de evidência de que não estamos sozinhos, é hora de retomar o conceito. 
Apoio total e integralmente o projeto, e sugiro um plano kickstarter em escala global. Eu mesmo doaria uns bons cem obamas para o projeto. 

sábado, 10 de agosto de 2013

Foto do Dia

A foto a seguir foi tirada no Carrefour Taboão, dias atrás. 


"Ligth".
Doeu no pâncreas.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Contexto

Ontem, depois de almoçar, eu passeava pelo Shopping Taboão com dois colegas. Ouço então uma frase estranha:
- Dá aqui mais uma chupadinha pra vovó.
Assustado, olhei para trás, a tempo de ver uma senhora roubando um pouco mais do sorvete do neto. Casquinha do McDonald´s, creio.
Contexto: o grande inimigo da piada.

O Dia em que o Mundo Perdeu a Cabeça

Há 68 anos o mundo perdeu a cabeça. Não digo que foi a primeira vez e certamente não foi a última. Para dar cabo de uma guerra que se arrastava além do que deveria, e aproveitar para tirar o próximo inimigo da zona de conforto, os Estados Unidos jogaram uma bomba atômica na cidade de Hiroshima e outra em Nagazaki (esta aniversaria exatamente hoje)
Não acho necessário contar o que aconteceu. Se você chegou de Marte agora, pode olhar este link
O infinito debate sobre a validade do ato está longe de terminar. Os apoiadores entendem que Little Boy e Fat Man ajudaram a acelerar o final da guerra. Os detratores dizem que não fez a menor diferença. A verdade deve estar no meio do caminho, mas jamais saberemos.
O espantoso é olharmos que a mais terrível das guerras terminou com a mais terrível das armas. A devastação é absoluta, e os sortudos morrem instantaneamente, tamanha a crueldade que é a doença da radiação.
Certo e claro também é que o alvo político do ataque era a URSS. Embora aliados, americanos e soviéticos viviam às turras, e depois da queda dos alemães estava claro que esses dois não namorariam por muito mais tempo. Os americanos buscaram, além de atingir o inimigo nipônico, mostrar seu poderio ao aliado antipático.
Começava um dos períodos mais permeados de medo de nossa história (perdendo, talvez, para a combinação de Peste Negra com "Santa" Inquisição). A Guerra Fria começou quente.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Surpresa

Eu tinha uma missão temerosa: mudar meu pacote de TV a cabo para menor. Medo!
Eu precisava (queria ?) pagar menos por algo que já uso tão pouco. Pagar R$ 138,90 para zapear entre meia dúzia de canais 3 vezes por semana, por não mais de meia hora não faz o menor sentido. Até o momento de ligar para o telemarketing da NET e tentar negociar.
Na verdade, eu tomei essa decisão mais ou menos em dezembro e estava postergando o sofrimento. Quando vi o recente reajuste em maio, tomei a corajosa decisão: "de dezembro, isso não passa !". 
Bem... na última terça-feira, trouxe o boleto de julho comigo decido resolver essa parada. Ficou para quarta. Mas ontem, ainda com o mesmo boleto na mochila, sobrou uns minutos aqui no trabalho e minha maleta de desculpas esfarrapadas estava vazia.
Tirei o boleto da mala, abri em cima do teclado e fiquei pensando sobre ele alguns minutos. Então, falei alto para os colegas:
- Amigos, preciso de ajuda.
- O que foi ?
- Vamos lá, pensamento positivo, foco, garra: vai ser hoje !
- O que, porra ?
- Vou ligar para a NET para reduzir meu pacote de tv a cabo.
Um começou a rir. Outro se benzeu. O terceiro começou a estalar os dedos, chamando ou expulsando (sei lá !) entidades incorpóreas. Todos tinham aquele olhar de tristeza e pena, como seu eu tivesse acabado de mandar sacrificar meu cachorrinho querido no veterinário.
No entanto, para minha enorme surpresa, a ligação correu em nenhum transtorno. O simples fato dela não ter caído já é motivo de alegria. Mais do que isso, havia uma árvore de opções bem estruturada no atendimento eletrônico que me conduziu exatamente, e sem voltas, para onde eu queria. Eventualmente, era um ser humano atendendo, e o grau de tensão subiu um pouco.
Ainda assim, a moça me atendeu não apenas com cordialidade e boa vontade, mas com inteligência. Analisou meu caso e apontou que o plano que eu estava pedindo não estava disponível na assinatura coletiva, mas imediatamente pesquisou a opção mais em conta possível, antes mesmo de eu pedir por isso. O resultado foi a alteração para R$ 89,90 mensais, ainda acima dos R$ 59,90 que eu achava que conseguiria, pois não quis arriscar uma mudança de plano, apenas no plano.
Ficam aqui, então os meus sinceros e surpresos agradecimentos à NET. Não se deveria agradecer por coisas óbvias, mas como não costumamos ter acesso ao óbvio, o paradigma é outro.