domingo, 30 de dezembro de 2012

Promessas de Ano Novo (2013)

Vamos ao ano que entra, amigo leitor.

- Prometo, de novo e mais uma vez, emagrecer. (Marca inicial: 84,0 Kg)
- Prometo, de novo e mais uma vez, ler Astronomia e Nascar: the Complete History até o fim 
- Prometo curar minha contusão no quadril
- Prometo treinar Kung Fu
- Prometo ver todas as corridas de F1 e de Nascar (meta mais desafiadora que 2012)
- Prometo jogar Star Wars e MotE
- Prometo, de novo, fazer a revisão do carro na data certa
Prometo fazer pelo menos um churrasco (meta menos desafiadora que 2012)
- Prometo continuar gostando de cachorro
- Prometo não comer MESMO comida vencida (meta mais desafiadora que 2012)
- Prometo viajar nas férias, para outro país (EUA, Peru e Grã-Bretanha não valem)
- Prometo terminar de arrumar minhas lembranças pessoais (meta mais desafiadora que 2012)
- Prometo jantar fora em um lugar legal pelo menos uma vez ao mês e pelo menos 15 vezes no ano
- Prometo assistir pelo menos 3 temporadas de Arquivo X, além das séries em andamento
- Prometo fazer os 2 quebra-cabeças que comprei na viagem
- Prometo não virar vegetariano


sábado, 29 de dezembro de 2012

Promessas de Ano Novo (análise 2012)

Acho justo, amigos leitores, analisar em detalhes o que prometi para 2012. Vamos caso a caso.

- Prometo, de novo e mais uma vez, emagrecer. (Marca inicial: 81,0 Kg).

Embora o ano não tenha acabado, falhei miseravelmente nesta. Peso estimado por volta dos 84, sendo que estive em 77Kg em abril. Vergonhoso.

- Prometo, de novo e mais uma vez, ler Lobo Solitário e Astronomia até o fim.

Feito parcialmente. Consegui terminar o Lobo Solitário, mas não Astronomia. Isso depende de uma reconfiguração do quarto, onde costumo ler antes de dormir.


- Prometo treinar Kung Fu e fazer o próximo exame. Prometer passar é sinal de arrogância.

Feito. Passei no exame. Nada a acrescentar.


- Prometo ver todas as corridas de F1 e pelo menos 80% das de Nascar.

Feito com louvor
Vi 100% das duas categorias, mesmo dependendo de downloads massivos da Nascar e de 4 provas da F1 durante minha viagem. Estou orgulhoso desta.

- Prometo jogar Star Wars e MotE.


Faltei em apenas uma sessão de Star Wars, por motivo de viagem. Vou considerar como feito.

- Prometo transferir meus arquivos para meu note, tornando-o meu micro oficial.

Feito.


- Prometo, de novo, fazer a revisão do carro na data certa.

Feito, embora neste momento uma das pastilhas de freio me preocupe.


- Prometo manter a mesa do computador mais arrumada.

Neste momento, falhei. Mas ainda dá tempo até a virada.

- Prometo fazer pelo menos dois churrascos.

Parcial. Fiz um, que ficou excelente.


- Prometo continuar gostando de cachorro.

Feito.

- Prometo não comer comida vencida (#piadainterna).


Feito parcialmente. Melhorei muito nisso, mas ainda preciso continuar a melhorar.

- Prometo me irritar menos com as burrices que vejo em meu trabalho.


Feito. Apenas comento o que vejo como desabafo, não chegando a realmente me irritar. 

- Prometo viajar nas férias, para outro país (EUA e Peru não valem).


Inglaterra, 36 dias. Feito com louvor.

- Prometo arrumar minhas lembranças pessoais.


Feito parcialmente.

- Prometo continuar não votando no PT.

Feito, embora não exija esforço, apenas cérebro.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Promessas de Ano Novo (introdutório)

Amigos leitores, vamos nos divertir um pouco com minhas bobagens. 
Ao longa da minha vida, sempre me diverti com o conceito de "promessa de Ano Novo". Porém, o que me fazia rir não era o conceito da promessa em si, mas as promessas com conteúdos impossíveis que as pessoas se fazem como "viajar para o Caribe" (com um salário de officeboy) ou "comprar um carro novo" (com bolsa do estágio). No entanto, a conceito de organizar a vida é importante e muito pouco difundido, ou pelo menos muito pouco praticado de fato. 
Daí, em 2007, comecei a registrar minha promessas para o ano seguinte. Resgatei o textos e os colo a seguir.

  • Ano 2008.
- prometo não dar a mínima atenção a nenhum dos absurdos, impropérios, imbecilidades, babaquices e afins que o David escrever, disser, mencionar, pensar, considerar, digitar ou expressar em quaisquer mídias ou formas de comunicação, conhecidas ou não, sobre cinema em geral, filmes específicos, atores, diretores, trilhas sonoras, compositores de trilhas sonoras, invasões de reitoria, pena de morte, origem da criminalidade, defesa imbecil e injustificável de criminosos sociopatas ou não, academia TSKF, atitudes de membros não-fuckers da academia TSKF a começar pelo Sifu, métodos de treinamento, eficiência de flexões de braço e quaisquer outras da davizices que ele vier a inventar.
- prometo criar a maior promessa de 2009 também.
- prometo manter o carro em dia por mais um ano.
- prometo socar o próximo filho da puta que me indicar uma série de TV me dando um DVD com a primeira temporada certinha...
- prometo debater futebol com o Saggese com a sanidade de 2007.
- prometo jogar bastante tabuleiro.
- prometo ser mais calmo.
- prometo comer menos.
- prometo tomar menos refri.
- prometo finalmente aprender a treinar sozinho.
- prometo manter a casa arrumada.
- prometo lembrar da cara do Trowa quando ele aparecer.
- prometo dormir com mais eficiência.
- prometo ver todas as corridas fe F1 do ano.
- prometo reatar a conversa com o Gustavo, conforme prometido em 2007.
- prometo correr de kart pelo menos duas vezes em 2008.
  • Ano 2009
- Prometo assistir todas as corridas de F1 (promessa cumprida desde 1981...)
- Prometo uma fase nova no Kung Fu
- Prometo procurar um novo apartamento
- Prometo continuar mantendo o carro em dia, mas também prometo não trocar de carro.
- Prometo continuar jogando tabuleiro aos montes
- Prometo fazer as tarefas assim que elas aparecem
- Prometo arrumar as contas do meu pai
- Prometo continuar no espanhol
- Prometo manter meu nascente blog de futebol em dia
- Prometo procurar um curso de pilotagem esportiva
- Prometo encolher minha caixas de emails.
- Prometo pegar menos congestionamento por ser mais esperto na escolha de horários e caminhos
- Prometo tentar ficar menos irritado quando as pessoas perguntam a mesma coisa 18 vezes
  • Ano 2010
- Prometo completar um ano com carteira assinada em um emprego, para experimentar o que os humanos chamam de "férias".
- Prometo, mais uma vez, treinar Kung Fu.
- Prometo terminar o ano pesando 5 Kg a menos do que ao iniciá-lo.
- Prometo aprender pelo menos 5 novas receitas relevantes para cozinhar em casa.
- Prometo viajar mais.
- Prometo manter meu micro longe de virus como o que o afeta neste momento.
- Prometo terminar de ler "Astronomia" e 'Lobo Solitário".
- Prometo me manter presente junto aos melhores amigos, pois o que partiu este ano que termina não avisou que ia...
- Prometo assistir montes de jogos da Copa-10.
- Prometo comer costela sempre que jogar SW.
- Prometo mudar de endereço, de um jeito ou de outro.
- Prometo me manter menos nervoso quando as pessoas me perguntarem a mesma coisa 17 vezes.
- Prometo continuar achando idiota usar gravata.
- Prometo votar no Serra para presidente.
  • Ano 2011
Vamos a elas.
- Prometo, de novo, emagrecer. (Marca inicial: 78,5 Kg)
- Prometo, de novo, ler Lobo Solitário e Astronomia até o fim.
- Prometo treinar Kung Fu.
- Prometo ver todas as corridas de F1.
- Prometo jogar Star Wars.
- Prometo continuar não usando o Open Office.
- Prometo comprar um ar condicionado para meu quarto.
- Prometo terminar esse maldito quebra-cabeça que está na mesa da sala.
- Prometo fazer a revisão do carro na data certa.
- Prometo manter a mesa do computador arrumada.
- Prometo fazer pelo menos um churrasco.
- Prometo continuar gostando de cachorro.
  • Ano 2012
- Prometo, de novo e mais uma vez, emagrecer. (Marca inicial: 81,0 Kg).
- Prometo, de novo e mais uma vez, ler Lobo Solitário e Astronomia até o fim.
- Prometo treinar Kung Fu e fazer o próximo exame. Prometer passar é sinal de arrogância.
- Prometo ver todas as corridas de F1 e pelo menos 80% das de Nascar.
- Prometo jogar Star Wars e MotE.
- Prometo transferir meus arquivos para meu note, tornando-o meu micro oficial.
- Prometo, de novo, fazer a revisão do carro na data certa.
- Prometo manter a mesa do computador mais arrumada.
- Prometo fazer pelo menos dois churrascos.
- Prometo continuar gostando de cachorro.
- Prometo não comer comida vencida (#piadainterna).
- Prometo me irritar menos com as burrices que vejo em meu trabalho.
- Prometo viajar nas férias, para outro país (EUA e Peru não valem).
- Prometo arrumar minhas lembranças pessoais.
- Prometo continuar não votando no PT.

Acho, amigos, que a idéia é darmos risada, mas também colocar algo sério no meio. Esse tipo de lista nos define, embora sejamos nós quem a definimos.
Recomendo.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O Timor Leste e a ANVISA

Escolhi a simpática e jovem nação de Timor Leste para este meu texto, mas poderia ser qualquer país de dimensões populacionais e econômicas diminutas. Não quero aqui diminuir a importância deste país, nem fazer qualquer tipo de pilhéria. Mas convenhamos que a população total de pouco mais de 1mi de habitantes. Menos que Campinas.
No entanto, imagino que entre os timorenses (não tenho certeza se esse é o adjeto gentílico correto) deve ter algum portador de uma forma muito rara de câncer, de alguma disfunção fisiológica ou outra dessas esquisitice que aquele tal de deus não cura com orações. Na verdade, deve ter um bom par de gente assim por lá. Assim como cá, guardadas as proporções de população. 
Daí, percebe-se que há uma enorme lista de doenças raras a que qualquer grupo populacional pode ser vítima. Essa lista é sempre mesma, pois somos todos (dizem os humanistas) da mesma espécie. Então cada país precisa ter acesso a todos os medicamentos possíveis para se combater todas essas doenças. 
O leitor já deve estar conectando o distante Timor Leste com a ANVISA...
O que eu gostaria de questionar aqui é o registro dessas medicações. A estrutura necessária para se registrar, catalogar, verificar, arquivar documentação, estudar pesquisas e analisar propostas de registro tem relação direta com a quantidade de medicamentos existente e nenhuma relação com a população do país. Assim, o departamento de registros da ANVISA, o primo-pobre do Timor Leste e enorme DEA (Drugs Enforcement Agency) norte-americano acabariam tendo exatamente o mesmo tamanho. E para fazer exatamente o mesmo trabalho, que por sinal já foi feito !
Afinal de contas, para que usamos dinheiro público no Brasil, em Uganda na Nicarágua e no Timor Leste para todo esse processo de registro de medicações que os nossos primos ricos do DEA já fizeram ? Que usemos os registros deles, oras. O que é bom para eles também é bom para nós. 
Daí podemos usar a ANVISA para sua outra função, esta sim proporcional ao território e à polução: a fiscalização sanitária de qualquer estabelecimento que possa envolver a saúde das pessoas, incluindo hospitais, clínicas, laboratórios, postos de saúde, ambulâncias, restaurantes, bares, lanchonetes, supermercados e o que mais for. 
Estou errado onde ? Ao desmontar o cabide de empregos ?
Sim, estou revoltado com a ANVISA pela notícia a aqui, aqui e aqui sobre reitarada recusa da ANVISA em acatar o pedido de registro do Revlimid, droga de penúltima (sim, já tem algo ainda melhor !) geração no combate a um tipo de câncer na medula óssea. Vale lembrar que o ele tem registro em 80 países.
Ah, tá. Eles estão todos errados e só nós é que sabemos proteger nossa população dos malefícios da farmacologia contemporânea.

WTF (3)

Hoje, o WTF vem em texto amigo leitor.
Estava eu lendo uma matéria sobre tablets de segunda linha publicada no site do Estadão. Este é o link. Saltou -me aos olhos o seguinte parágrafo, aqui transcrito:

“Esse é um dos mais vendidos”, diz um vendedor sobre um modelo Genesis de R$ 500. O tablet vinha com vários aplicativos animados, que pulavam na tela, e o menu estava disposto como uma esfera circular em 3D.

Vamos destacar o que importa...

“Esse é um dos mais vendidos”, diz um vendedor sobre um modelo Genesis de R$ 500. O tablet vinha com vários aplicativos animados, que pulavam na tela, e o menu estava disposto como uma esfera circular em 3D.

Alguém aí me explica o que diabos é uma esfera circular em 3D ?
Uma esfera não é automaticamente circular ? 
Ou será que existem outros tipos de esfera que eu não conheço, como uma esfera quadrada, uma esfera hexagonal ou uma esfera icosaédrica ?
E uma esfera também não é, por definição, um objeto 3D ?

Vai escrever mal assim lá longe...

Para que não deletem a mancada, segue printscreen da tela.


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A piscina e eu

Quando eu era garoto, frequentei muito o meu clube. Com a escola no período da tarde entre os anos de 82 e 84, minha tia Ruth podia levar a mim e a minha irmã às 3as e/ou 5as para o nosso distante local de lazer (até hoje não sei se agradeci apropriadamente por isso, mas foi muito bom).
Como (quase) qualquer moleque entre os 8 e 10 anos, eu queria jogar bola. Quadra e bola nunca faltaram no clube, mas o estanho horário matutino durante a semana tornava as coisas um pouco menos prováveis de acontecer. Já minha tia e minha irmã se empoleiravam na piscina logo cedo, e por lá ficavam até a hora de irmos embora. Minha tia nunca escondeu que me queria na piscina também, mas eu tentava primeiro chutar umas canelas e fazer um par de gols para depois ir nadar um pouco. 
Passados quase 30 anos, eu tive 2 dias de reencontro com a piscina. Como desde janeiro de 2012 eu me recuso a participar de eventos de caráter religioso, tive os dias 24 e 25 totalmente a meu dispor. E como não faltou nem Sol nem calor, tudo se encaixou. Então narro aqui minhas 4 idas à piscina nestes 2 dias, para ao final deixar uma pergunta.
  • período 1
Depois  de resolver com razoável sucesso uma treta bancária, desci para a piscina do prédio por volta de 10h10. Fui munido de roupão, chinelo e protetor solar. Passei o protetor o mais rápido que pude e deitei em uma espriguiçadeira. O deck estava vazio e limpo e céu sem nuvens. O importante do deck vazio é que os seguintes exemplares da fauna local estavam ausentes:
- bêbados contando piadas
- bêbados filosofando sobre a vida
- bêbados rindo alto
- garotos aborrecentes tentando um provar que melhor que o outro em algum quesito
- mulheres falando da novela, de celebridades, de cortes de cabelo ou outras futilidades.
- funkeiros, pagodeiros, axezeiros, sertanojos, sambistas, mpbistas ou quaisquer outros fãs de estilos musicais asquerosos.
- crianças correndo
- crianças chorando
- crianças pulando na água
- crianças gritando
- crianças
Para não dizer que o silêncio era completo, o morador do primeiro andar ouvia música bem alta. Mas era um estilo eletrônico curioso que eu nunca tinha ouvido antes. Ou seja, não era ruim. 
Aliás, não havia nada do que reclamar. 
Tomei sol de barriga, de costas e de barriga de novo. Entrei na água e nadei um pouco. De repente, eu estava entediado com aquilo. Horário: 10h55.
  • período 2
Descobri que não bate sol no meu deck depois das 17h. Sim, eu desci às 17h15. 
Mudei os planos e fui para a sauna, que alternei com a ducha fria. O tédio chegou às 18h05
  • período 3
Já no dia 25, acordei um pouco mais cedo e, sem banco par ir, fui para a piscina às 9h30. Usei o mesmo equipamento do dia anterior, somando o celular e um fone de ouvidos. 
Desta vez, havia um pai com uma criança na piscina infantil. Postei-me no ponto mais distante possível disso e, com ajuda da rádio UOL 89FM, não ouvi a voz da criança. 
Tomei sol de barriga, de costas e de barriga de novo. Entrei na água e nadei um pouco (pouco mais que o dia anterior). Foi quando me dei conta que o pai levar o garoto embora, pois o sol começava a ficar nocivo. Segui os passos deles. Eram 10h40, mas admito que estava entediado.
  • período 4
O calor da tarde estava tão sem noção que eu estava transpirando em frente ao ventilador. Eram 16h20. Desci só de sunga e caí direto na água. Optei por não nadar, e esperei até que as ondas da água se dissipassem. Ali fiquei tentando, em vão, me refrescar. Acompanhei o Sol indo embora do deck. Fiquei entediado por volta das 17h e fui embora.

Pergunto agora, e não em tom de desafio mas sim de honesta curiosidade. Qual é a graça de passar o dia na piscina ? 
É sério, alguém explica por favor ?


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Eu voltei !

"Eu voltei. 
Agora pra ficar.
Porque aqui...
aqui é o meu lugar"
O Portão, Roberto Carlos

Amigo leitor, uso letra famosa de Roberto Carlos, de quem não sou e nunca fui fã, para falar do único estilo musical que presta: rock. Curioso, não ?
Mas a letra é apropriada ao caso. A rádio 89FM a Rádio Rock, voltou ao ar no dia do fim do mundo. Órfão que fiquei da rádio que mesclava rock, humor e cultura jovem. Lançou os Sobrinhos do Ataíde, promoções, shows e personagens e pessoas incríveis como o Pica-Pau, Zé Luis, Luka e tantos outros que a falha de minha memória esconde.
Já sabemos que o UOL comprou a frequencia e rebatizou a FM como UOL 89FM. Por mim, chamo pelo nome novo em agradecimento a eles. O site ainda está em construção, então nada se sabe de oficial sobre a equipe ainda. 
Ouvi a programação por meia hora, a caminho do trabalho. Peguei Kiss, Queen e Police. Pelo menos é o que consegui reconhecer e lembrar depois. Entre as músicas, aquele clássico esquete curto "89 - a rádio rock" em variadas vozes. Uma delas era da Luka, com certeza. A conferir se é novidade ou gravação antiga, se é que pode usar isso.
De todo modo, a Kiss FM tem concorrência agora. E no mundo capitalista, concorrência faz com que ambos evoluam. 
O rock está em alta. E eu me sinto de volta aos 22 anos de idade.

Desacordo Ortográfico

Embora tenha algum domínio do vernáculo, eu odeio a língua portuguesa. Na verdade, não é um ódio direto. O que eu odeio mesmo são regras estúpidas e nesse quesito, amigos leitores, nem o código penal coleciona tamanha quantidade e variedade de regras desnecessárias, ineficazes, complicantes, estúpidas e doloridas. Burrice aguda, sem sombra de dúvidas. 
O tema voltou ao noticiário ontem, com o adiamento da obrigatoriedade da adoção do novo acordo, amplamente divulgado na mídia. Segue link. Já me pergunto porque tomar uma decisão tão próxima ao prazo final.... De todo modo, há diversas críticas sobre o acordo, seja pela falta de coerência interna geral, seja pela desnecessidade de mudanças ou seja pela maneira impositiva como se estabeleceu o mesmo, sem nenhuma consulta a nós, usuários finais do idioma. A minha crítica vai além: o português é recheado de regras contraditórias que não trazem nenhum benefício a quem lê, muito menos a quem escreve. Desfilarei aqui algumas das coisas estúpidas da nossa língua, em ordem de lembrança (ou seria lambança ?).
  • ç: Vem cá: para que diabos serve a porcaria do ç ? Segundo aprendi na escola, o ç aponta a origem étnica da palavra. Bullshit. Se eu quiser saber a origem da palavra, eu pesquiso em outro lugar. Morte imediata ao ç. Açúcar deveria se escrever assúcar. (mais mudanças abaixo). E ainda tem o agravante da internet neste caso.
  • s com som de z: É a mesma desculpa acima. Se temos o z para fazer o som de z, não precisamos o s para criar confusão. Daí, o s simples passa a ter som de s e fim de papo. Casa deveria se escrever caza e açúcar deveria ser asúcar.
  • ce e ci com som de se e si. Mais uma confusão besta. Se você quer saber como as sílabas deveria soar, pergunte uma criança de 6 anos em processo de alfabetização. Ela rapidamente te responde as sílabas do B (ba-be-bi-bo-bu) e do D (da-de-di-do-du). No entanto, tem a complicação do C, onde o natural é ca-que-qui-co-cu. Pois que seja, oras. Deixem o som de s para o s: serca, serto, sidade, aparesida.
  • x com som de s.Se você está lendo o artigo todo, esta é natural: prosimidade, espansão, esterno.
  • g com som de j: Seguindo o mesmo raciocínio do c, as sílabas do g deveria sem ga-gue-gui-go-gu. Isso elimina duas confusões em uma só regra: acabamos como gu[vogal] desnecessário e matamos a confusão com o j em uma só. Assim teríamos gerra, gitarra, garajem, jinástica.
  • ch: Morte instantânea também. Se temos o x, usemos o x. xarada, xácara, xinelo
  • qu: A rigor, o q não é necessário para nada. Podemos perfeitamente escrever cuaze, cuando, ceijo
  • h sem som: Sem som, sem letra. Fim. Exemplos seriam oje, ora, ortelã.
  • l com som de u: Fácil de resolver. Ficaríamos com soutar, acaumar.
Vamos ver o caso prático então. Usarei o 2o parágrafo deste mesmo post, que cuidadosamente escrevi de modo que contivesse pelo menos um de cada caso listado. 

O tema voutou ao notisiário ontem, com o adiamento da obrigatoriedade da adosão do novo acordo, amplamente divugado na mídia. Sege link. Já me pergunto porce tomar uma desizão tão prósima ao prazo final.... De todo modo, á diversas críticas sobre o acordo, seja pela falta de coerênsia interna jerau, seja pela desnesesidade das mudansas ou seja pela maneira impozitiva como se estabeleseu o mesmo, sem nenhuma consuta a nós, uzuários finais do idioma. A minha crítica vai além: o portugês é rexeado de regras contraditórias ce não trazem nenhum benefísio a cem lê, muito menos a cem escreve. Desfilarei aci augumas das coizas estúpidas da nosa língua, em ordem de lembransa (ou seria lambansa ?).

Radical, não ?
Alguns dirão que assim fica muito feio de ler, mas vale lembrar que mesmo o senso estético é algo treinado, mutável e com o qual se acostumam aos novos padrões.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Medalha de Bronze

Pesquisa aponta que ateus, agnósticos e sem religião já são 3o maior grupo do mundo. Segue link da matéria no site da BBC. Também localizei a pesquisa completa, aqui em inglês.
Há números interessantes. Primeiramente, há um agrupamento, na opinião deste blogueiro, bem bolado. Assim como agrupou todos os cristãos no mesmo guarda-chuva, fez o mesmo com muçulmanos, sem religião e budistas. Sem isso, as denominações se pulverizariam e estudar os números seria um porre. 
O Brasil aparece como 10o maior país ateu do mundo. No entanto, a porcentagem aponta o atraso, uma vez mais: estamos abaixo da metade da média mundial. Antes que algum religioso nervosinho critique o termo "atraso", não há como negar os fatos. Países mais adiantados são sistematicamente mais ateus. A tendência é planetária. Em um ou dois séculos poderemos até ser maioria. Ave Darwin. 
A pesquisa tem um ponto muito bacana ao analisar a condição nas quais vivem os diferentes grupos em relação as demais. No entanto, há distorções. Como os ateus estão concentrados na China, apontou-se que 71% de nós vivem como maioria. Acontece que isso só ocorre em três países populosos: China, Japão e Coréia do Norte. Talvez isso explique o contante massacre jurídico e social a que são submetidos os ateus pelo mundo. Mas a onda vai virar.
De todo modo, vale uma leitura mais profunda da pesquisa.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Você não merece...

Embora eu não fique relatando isso aos quatro ventos, não é segredo que meus primeiros passos nas artes marciais foi no judô. E foram vários passos, pois fiquei lá dos quase 8 aos 14 anos de idade. Fui matriculado com o Sensei Machusso, a quem devo respeito a agradecimento por muito que ele me propiciou.
A ideia de treinar judô foi do meu hoje falecido pai, ele mesmo que havia treinado quando garoto. Esta belíssima história que relatarei não é minha, mas dele. Realmente recomendo aos seguidores do blog que invistam alguns minutos de suas vidas nisso.

No final da adolescência, meu pai (também chamado Norson para quem não sabe) treinou judô com o Sensei Kurachi. Em uma atitude muito atípica, especialmente entre jovens, ele optou por não disputar faixas, permanecendo anos na faixa branca. No judô, a faixa importa pouco pois o aprendizado não é estruturado em uma ordem "correta" e fixa. Mas a necessidade de se provar melhor nos faz buscá-las. A atitude do meu pai imediatamente o colocou em boa conta com o sensei.
Nessa época, havia um aluno faixa preta encrenqueiro na academia. Provocava pessoas na rua, em festas e em bares. Com a boa técnica que tinha, enfrentava dois ou até três oponentes sem dificuldades. Batia sem dó nas vítimas aleatoriamente escolhidas. 
Isso não é atitude de gente honrada e no judô isso é coisa séria desde a criação dessa arte no século XIX. Eventualmente o assunto se espalhou e chegou ao ouvido do sensei, que tratou de punir o rapaz. Convocou um treino especial em um horário alternativo, com a presença de todos os faixas pretas e meu pai. Ao chegar, o rapaz percebeu um clima pesado, mas não imaginou o que viria. 
Sensei Kurachi colocou o rapaz no meio do tatame com todos os alunos envolta. Passou-lhe uma descompostura épica dizendo que arrumar brigas não era coisa de homem, muito menos de judoca e ainda menos de faixa preta. Segundo meu pai, a bronca levou cerca de 90 minutos, e quem tem contato com japoneses sabe que ele podem gritar por bem mais tempo que isso quando necessário.
Ele então deu início a um treino físico como jamais havia sido visto na história da academia. Foram duas horas apenas de exercícios. Mesmo os faixas pretas mais antigos sentiram o peso do treino e o rapaz, por vezes desabou. Em todas foi erguido aos berros pelo sensei.
Isto feito, voltou-se a formação inicial, e o sensei convocou cada faixa preta a lutar com o rapaz, em uma espécie de shiai ritualístico. Os faixas pretas receberam ordens de vencer a todo custo. Todos venceram, alguns com alguma maldade na técnica. Mas nenhum deles o machucou ou quebrou algum osso: ele apanhava, mas seguia em condições de continuar apanhando. Um dos faixas pretas entre os mais ofendidos pelo nome da academia ter sido manchado em vez de lutar deu um soco no rosto do rapaz, dizendo:
- Você não merece um golpe de judô. 
Na vez do meu pai, que tinha técnica bastante inferior, o sensei ordenou:
- Deixe o Norson vencer. 
Já aceitando a punição, ele cumpriu a ordem e meu pai o derrubou em poucos segundos com a mesma dificuldade que levaria para derrubar um saco de batatas. E o massacre seguiu até todos terem lutado com ele. Todos venceram na técnica, com exceção apenas do meu pai (que foi ajudado pela ordem do sensei) e daquele faixa preta que deu um soco.
Ao final, o sensei mandou o rapaz tirar a faixa preta, o que ele obedeceu prontamente. O sensei disse então:
- Deixe sua faixa preta com o Norson. Ele vai guardá-la até que você a mereça novamente.
A lição foi aprendida de imediato. Nunca mais o rapaz arrumou briga. Em um caso, chegou a ser agredido sem motivo em uma confusão que nem era dele e, segundo relataram, recusou-se a reagir. Treinou firme por meses, com evolução nítida na técnica. Provou seu valor e recuperou sua honra em silêncio, até porque nenhum faixa preta da academia sequer lhe dirigia a palavra nesse período. 
Depois de meses, Sensei Kurachi considerou o castigo finalizado e convocou outra sessão de treinos, nos mesmos moldes da primeira com sutis diferenças.
A primeira diferença é que a segunda sessão não foi em horário especial, mas no horário normal de treino do rapaz. Ele foi pego de surpresa, portanto. Não houve sermão desta vez. Ao contrário, apenas uma meditação curta, de 5 minutos. O treino físico foi igualmente duro. As lutas também.
Mas o resultado foi ligeiramente diferente. Desta vez, o rapaz foi até mesmo capaz de vencer algumas, especialmente no começo quando ainda estava menos cansado. Segundo meu pai contou, ele deve ter vencido entre 1/5 e 1/4 das lutas todas, mas as vitórias foram todas antes da metade do shiai, quaando ainda tinha condições física de lutar.
Quando chegou a vez do faixa preta que o havia socado, o rapaz até tremeu o corpo, mas não fugiu nem recuou. Houve luta. Ele foi vencido por ippon
Na vez do meu pai, a mesma ordem:
- Deixe o Norson vencer. 
Terminadas as lutas, o sensei fez um sinal para meu pai, que correu no vestiário buscar a faixa preta do rapaz. Ele a recebeu aos prantos, assim como os colegas o receberam de volta aos sorrisos.
Isso, amigos, é uma coisa chamada honra. Não vejo mais essas coisas nos dias de hoje.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

WTF (2)

Era para eu ficar quieto uns dias, mas esta doeu demais:


Isso é um novo nível de burrice aguda. A fonte é matéria no UOL, com link completo aqui.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Curta ausência

Amigos leitores, em pleno pico de audiência do Asimovia, que vem crescendo mês a mês, preciso me ausentar um pouco dos textos.
Estou tentando finalizar um importante relatório no trabalho, tenho ainda alguns dias de fotos para terminar de arrumar até 5a (pois vou apresentar isso tudo na festa de sábado, no Leal), churrasco da área com colegas de trabalho na 6a, em meu apartamento. E ainda por cima arrumei ingresso para o jogo de hoje, burro agudo que sou.
Tá broca, mas por causas nobres. Assim que der, volto aqui. 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Sonhos reais

Quem nunca, caros leitores, teve um daqueles sonhos que pareciam realidade ? Falo daqueles sonhos que, ao contrário daquelas cenas distorcidas ao estilo Dali, são lugares, se não reais, plausíveis. Os casas ou apartamentos tem um número de cômodos esperado. As ruas são retas, os carros têm quatro rodas (e os cães quatro patas). As pessoas agem com naturalidade a eventos naturais e com espanto a eventos estranho. E o espanto é proporcional à estranheza. Cores, sons e cheiros são os esperados. Tudo parece real, exceto os fatos. 
Os fatos, os eventos são estranhos às nossas memórias. Nós mesmo reagimos de modo compatível com o ambiente, mas vemos pessoas que nunca vimos em lugares onde nunca estivemos. Mas o que me impressiona quando tenho um desses sonhos é que acordamos com os sentimentos que tínhamos no sonho. Raiva, ansiedade, paixão, medo, dor, angústia, alegria.. Escolha um e ele pode estar lá no sonho e depois acordar contigo.
Não sou isento disso. Felizmente.
Admito que é uma aventura totalmente a parte de minha mente. Reúno em meus sonhos pessoas conhecidas de diferentes bandas de amigos e parentes a totais estranhos para contar histórias ao mesmo tempo incríveis e plausíveis. É como um filme bom, sendo eu mesmo um personagem e sem saber o final. 
No mais recente, quando acordei, carreguei comigo as memórias do personagem que representei no sonho. E daí me ocorreu a pergunta sobre essa carga toda de informações e sentimentos: será que isso não seria vinda outra pessoa. Será que tudo aquilo é algo que realmente aconteceu (todo ou em partes) com alguém em algum outro lugar ou outro tempo ?
Seriam esses sonhos ultra-reais uma transferência emocional por alguma via neural ainda não detectada pela ciência ?
Bem, era isso por hoje...

sábado, 8 de dezembro de 2012

RPG

Um link sensacional, embora curto, sobre os benefícios de se jogar RPG.
Recomendo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Posso ?

Comecei a treinar no final do outono de 1999, como a esta altura todos sabem. Portanto, logo se seguiu o verão e o calor de São Paulo pode ser um tanto cruel.
Como eu já havia sido praticante de outras modalidades de artes marciais, a questão de obedecer instrutores e seguir regulamentos não era nenhuma novidade para mim. Mas nem por isso eu estava adaptado ao sistema de treino e o corpo reclamava das dores iniciais de treinamento que, creio, todos os colegas tiveram em maior ou menor grau. Eu ainda era faixa branca, mas já sonhava com o exame que faria algumas semanas depois. E a sede, no calor, pega.
Um dia, eu fui treinar mais cedo, durante a tarde. Estava estressado com alguma coisa do trabalho e, como fazia home office, tinha essa liberdade. Foi uma boa estratégia, exceto pelo calor intenso. Amigos, estava realmente quente aquele dia. 
O instrutor comandava o treino em ritmo normal, o que é muito mais intenso que os dias de hoje. Ele me mandou repetir a parte que eu sabia do Tam Tui (na época era matéria da branca) alguma vezes. Três, eu acho. Obedeci sem pestanejar. Mas eventualmente, a ordem estava cumprida e eu estava, digamos, ocioso. 
Aproximei-me do instrutor e aguardei pela sua atenção. Eu disse:
- Posso tomar água ?
Ele me olhou com firmeza e respondeu:
- Pode. Mas depois fale comigo.
Não entendi, mas não era complicado de fazer, certo? Fui ao vestiário, tomei minha água e me reportei a ele conforme comandado. Ele olhou para mim e disse:
- Foi a última vez
- Desculpe, não entendi...
- Foi a última vez que eu deixei você tomar água. Acostume-se a treinar sem. Nem peça mais.
Eu gostei daquilo! Era um novo desafio proposto e, sejamos honestos, perfeitamente factível. Eu sorri e perguntei.
- Eu devia ter guardado isso para uma faixa mais avançada ?
- Devia sim. Mas agora está feito. - E sorriu de volta.
Nunca mais pedi. Depois daquilo, tomei água durante os treinos apenas duas vezes. Em ambas, recebi ordens expressas (uma vez do Mestre Gabriel e uma vez da Sayuri) de tomar água, o que também obedeci prontamente.
Mas posso afirmar, com razoável grau de certeza, que nunca morri de sede.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Imbecil do dia: Raul Juste Lores

O referido cidadão publicou artigo na Folha com o título "Sâo Paulo ganhou de Niemeyer alguns de seus poucos cartões-postais". Segue link para o crime.
"Poucos cartões postais"

POUCOS ?


Não quero entrar em rivalidades bairristas. Não vou diminuir o que é grande de outros lugares. E em vez de citar o jornaleiro (ele não merece ser chamado de jornalista) por nomes feios que ele bem merece, vou listar os "poucos" cartões postais da cidade para ele, quem sabe, se informar melhor. Omitirei a obra de Niemayer não por raiva, mas por contra-ponto:

- Avenidas Paulista e Brasil
- Museus MASP, do Ipiranga, MAM, Imagem e Som, Casa Brasileira e Pinacoteca do Estado

- Palácio dos Bandeirantes
- Catedral da Sé
- Pateo do Colégio
- Viadutos St. Iifgência e do Chá
- Teatro Municipal
- Parque da Aclimação, do Carmo e da Luz

- Monumento às Bandeiras e Obelisco do Ibirapuera
- Ponte Estaiada
- Estádios do Morumbi, Pacaembu e futuros Palestra e Itaquerão
- Anhembi e Sambódromo
(que ele renegou a autoria) 
- Aeroportos de Congonhas e Cumbica
- Autódromo de Interlagos
- Jockey Clube de São Paulo
- Cidade Universitária
- Pico do Jaraguá
Portanto, sr. Raul Juste Lores: você é um imbecil.

Pobres almas

Amigos leitores, fiquei com pena deles.
Ontem, por volta de 6h30 da manhã estava eu indo a pé de casa para o ponto onde pego meu fretado. Boa parte do trajeto é pela Av. Jabaquara e o fato em questão se deu entre a estação São Judas e a igreja de mesmo nome. 
Ali há uma grande concentração de pontos de ônibus. Aliás, já faz bastante tempo que a região merece um terminal de ônibus, mas isso é assunto para outra conversa. Um deles fica próximo a uma banca de jornal e uma churrascaria. Passo por ali a pé e sigo mais uns 400m, mas isso não me impede de ver as pessoas ali esperando pelo ônibus. 
A fila de ontem, 6h30 da manhã, estava particularmente longa. Eram 30 pessoas na fila, e umas 12 na fila dupla, aquela do pessoal que já desistiu do primeiro ônibus e vai esperar o seguinte, seja lá quando ele vier. Perceba-se que é gente trabalhadora. possivelmente vinda do metrô ou de outro ônibus antes dele, já percebendo que o próximo ônibus está lotado e vai pegar o próximo.
Mas para completar a desgraça, havia um mendigo com um triângulo entre as duas filas de passageiros tocando e cantando alguma música daqueles ritmos nordestinos insuportáveis que eu chamo genericamente de forró, embora existam vários nomes e, insistem os autodeclarados especialistas, várias diferenças.
Que coisa medonha ouvir aquilo !
Eu passei caminhando, e não ouvi mais do que 15 segundos daquela tortura sonora. Os usuários daquela linha já estavam ouvindo e ainda iam ficar um bom tempo por ali. Pior ainda a turma da fila dupla. 
Pobres almas.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Vândalos

Todos estão comentando a confusão no Aeroporto de Guarulhos causada pela invasão corinthiana no local. Houve festa, barulho, apoio, emoção. Mas também houve tumulto e, pior, depredação. Segue link no UOL.
Às vezes pego no pé de corinthianos. Mas minha bronca não é com os torcedores do time, mas sim com os vândalos. E vândalo tem em todo lugar: na torcida do Corinthians, do São Paulo, do Santos, da Portuguesa e do Esporte Clube Bodoquena (esqueci algum time importante ?). Tem também entre fãs do Iron, do Matellica, do Elvis e da Elis Regina. Também tem bastante entre adolescentes e entre pessoas sem qualquer passagem na polícia.
Talvez este seja o problema: a falta de passagem na polícia. Até posso entender o argumento de que "eram muitos, não dava para pegar todos". Falha de planejamento e tempo de reação a parte, eu aceito esse argumento para que não sejam pegos todos os animais. Mas tinha que pegar alguns sim. 
Prende o infeliz, deixa no cercadinho até 6h da manhã, depois leve ele passear de camburão até as 10h30, depois faz o BO por perturbação da ordem e destruição de patrimônio. Como foi preso em flagrante, deixa ele na cela até o advogado dele descobrir o que está acontecendo e conseguir um habeas corpus. Com alguma sorte, dá uns 3 dias no xilindró. 
A maior parte desses manés é de gente covarde que só age assim em grupo. O carinha vai tomar um susto danado quando ficar sozinho na cela, pode perder o emprego (se tiver um) e vai sujar a ficha por um tempo. Depois a eterna incompetência da Justiça vai deixar o cara solto sem sequer pagar uma multa ou reparar o dano causado, mas o susto deve colocar muitos desses imbecis na linha. 
Só falta um pouco de vontade, certo ?

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Fim de Expediente

Amigos leitores, realizei um sonho pequeno, mas muito meu, na última sexta-feira dia 30/nov. Assisti à apresentação com plateia do programa ao vivo do Fim de Expediente da rádio CBN. 
Para quem não conhece, o Fim de Expediente é um programa de variedades apresentado na citada rádio às 6as-feiras, das 18h às 19h. Boa parte dos programas é feita com entrevistas a convidados dos mais variados assuntos: esporte, cultura, ciência, política, artistas e estudiosos de algum tema relevante. Recomendo fortemente.
Uma vez por mês (mais ou menos), o programa é feito com plateia no Teatro Eva Hertz, na Livraria Cultura e neste dia 30 /nov o universo conspirou para que eu pudesse estar lá. 
Foi um enorme barato acompanhar como de fato as coisas acontecem. A conversa com o entrevistado rola mesmo durante os intervalos comerciais e é (ou pelo menos desta vez foi) franca e aberta. O clima é leve e descontraído, mesma falando-se de um assunto importante como Educação. 
Na saída, pude cumprimentar os 3 apresentadores e trocar palavras com eles. Desejei sorte e continuidade. Segue minha foto com Dan Stulback, ator, apresentador e tratado como chefe pelos outros dois. 


Diz aí se não parece Tom Hanks e Tom Cruise, lado a lado ?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

E dá-lhe, incompetência...

Amigos leitores, passei parte da manhã tentando comprar ingresso para a final da Copa Sulamericana. Tenho tentando reduzir minha ligação com o futebol, a ponto de não ter ido ao estádio uma única vez este ano.
É sabido que o torcedor passa dissabores para frequentar as arenas. Pacaembu e Palestra Itália (demolido recentemente) ficam perto de estações do metrô, mas nem por isso o acesso é viável. Algum crápula global acha bonito marcar os jogos às 22h e não é viável voltar para casa de transporte coletivo. No Morumbi, o metrô só chegará em 2014, no segundo semestre. A estação Morumbi ficará a 2,5km do estádio e o monotrilho, segundo informações lidas, não abrirá a estação Estádio em dias de jogos. Pergunto-me para que ela serve então...
Mas nem sequer comprar ingressos o torcedor consegue. Ao tentar comprar os meus, lembrei-me porque estou abandonando o esporte bretão. Em resumo, o sistema de vendas é falho, lento e, principalmente, incapaz de lidar com o volume de acessos. Saiu até matéria no UOL sobre isso. Segue meu print da tela:



Faz-me lembrar até do terrível e já falecido Ingresso Fácil
O que comento é a mesma desculpa de sempre: "não estávamos preparados para o volume de acessos". No mínimo, é burrice aguda. No máximo, sabotagem. Tenho dúvidas.
Não dá para acreditar que isso ainda acontece no século XXI. Foram inúmeros casos recentes de problemas dessa natureza. jogos de diversos times, shows como U2, Bon Jovi e Paul McCartney (citando apenas o que passou no meu radar, ok ?), GP de Fórmula 1... 
Será que ninguém fará nada sobre isso ?
Será que não aprendemos nunca ?
Acho que, talvez, eu tenha aprendido desta vez. Se não aprendi, a burrice aguda será minha. E que venham a Copa e as Olimpíadas.

sábado, 1 de dezembro de 2012

De quem eu não tenho pena: video especial

Notícia em video.

Eu adoro cachorro, gosto muito mais do que de gente. Mas enfrentar a natureza é burrice aguda.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

RIP

Joelmir nos deixou esta madrugada.
Triste.

E deus nos deixa com Sarney, Chavez, Castro, Lulla... Ele realmente deve estar puto conosco, caso exista.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sem Sanchez

Depois de Mano Menezes ser demitido, agora Andrés Sanchez se demitiu do cargo de Diretor de Seleções.

Há uma luz no fim do tunel: esperanças renovadas.

De quem eu não tenho pena: especial Grandes Eventos

Amigo leitor, amiga leitora.
Não tenho a menor pena de pessoas desconectadas dos fatos. Grandes eventos acontecem por todo lado, são divulgados em variados meios de comunicação e tem gente que faz questão de ficar sem pilha no radar. Merece sofrer.
Li diversos relatos no Facebook de pessoas que se deram ao trabalho de dizer ou até relatar histórias de que não sabiam que havia Fórmula 1 em São Paulo neste dia 25 de novembro último. Curioso isso, pois 60mil pessoas estavam no evento, e pode colocar aí fácil uns 2 milhões (apenas na cidade) vendo pela televisão.
Lembrou o caso de 2005 quando o amigo David Spira ficou preso na avenida Paulista por causa das comemorações tricolores do seu terceiro título na Libertadores. Ele jurou de pé junto que não sabia do jogo e que não sabia que os torcedores ali comemoravam. E olha que já era assim há coisa de 20 anos... Depois disso passei alguns anos avisando ele de que a Copa de 2014 ia ser no Brasil (comecei a avisar ainda em 2005, dois anos antes do anúncio oficial), pois já não tive pena dele.
Não acho que ninguém deva ser obrigado a gostar de coisa alguma. Honestamente, eu prefiro uma F1 apenas com fãs de verdade do que com milhões de pachecos que só assitem a largada e a chegada e torcem para ouvir "a musiquinha do Senna" (que aliás nunca teve esse nome) deixando o que realmente importa de lado. Do mesmo modo, carnaval, futebol, festa rave, parada GLBT, Salão do Automóvel, Bienal do Livro, Corrida de São Silvestre e Reveillon na Paulista não são eventos para, necessariamente, todos.
Mas viver em uma caixa de sapatos e fingir que o mundo a sua volta não existe é ridículo. Fazer questão de postar que nem sabia do evento, apenas para parecer "cool" ou "desconectado da grande midia do mal" é de uma infantilidade avassaladora. E não tenho pena de gente infantil.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

TSKF, 13

Em novembro de 1999, meu então sócio Marcelo Del Debbio me fez um convite atípico. Éramos amigos há anos, tínhamos uma empresa com cerca de um ano e meio de vida e em franca expansão e diversos interesses culturais em comum. Ainda assim, ele praticava Kung Fu há uns 7 meses naquele momento e, empolgado que estava, chamou-me para uma espécie de festa que a academia ia fazer.
Eu tinha 25 anos e estava fora de forma. Havia feito alguns (acho que 4) ciclos de academia com pesos e achava aquilo meio bobo. Um outro amigo me dera o telefone de um cara que dava treinos de futebol. Segundo ele, eram treinos mesmo, não apenas os rachões que tanta gente já fazia em campos de society. Parecia bem legal a ideia de treinar para me aprimorar em algo que eu gostava. No entanto, o sujeito se mostrou um completo pamonha, incapaz de marcar um horário para eu ver o trabalho dele, ou até mesmo de me dar o preço da mensalidade.
Daí, a tal academia que o Marcelo e sua então namorada Luciana estavam fazendo ia abrir uma filial em outro bairro. O Marcelo treinava no Aeroporto e eu, morando no Itaim, não tava nem um pouco a fim de atravessar a cidade 3x por semana para o que quer que fosse. No entanto, a tal filial estava sendo instalada na rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros. Bem viável.
Lá fui eu ver a tal festa em um sábado a noite. O que a falta de uma namorada não te faz...
Sentado no chão perto da janela lateral, vi apresentações de formas muito impressionantes. Os atletas era pessoas comuns que haviam aprendido aquilo na raça pura. Não eram efeitos especiais. Não haviam cabos pendurando ninguém. O bastão era de bambu chinês mesmo. O facão, embora sem corte, podia machucar. E o que me tirou do sério foi uma luta combinada entre dois dos alunos mais antigos.
É lógico que não era de verdade. Ninguém ali estava batendo no outro. Nenhum dos dois era bandido ou comprador de encrenca. Mas o barato era que parecia real, mesmo eu sabendo que não era.

Eu quero aprender isso !

Depois da festa, que terminou com uma apresentação musical dos próprios alunos, fomos a uma lanchonte. Não lembro qual lanchonete. Não lembro que comi, embora provavelmente tenha sido um cheesbacon. Não lembro como ou que horas fui para casa.
Mas jamais esquecerei aquele troichá de Pam Pou Kiu.

Eu estava fazendo um tratamento naquelas semanas, tomando amáveis injeções de benzetacil. Isso atrasou minha matrícula por uns dias. Num sábado de manhã peguei meu carro e fui até lá. Conversei um pouco com o instrutor e fechei um plano semestral (suficiente para ganhar o uniforme) com 3 treinos por semana. Ele me contou que a tal técnica estava numa faixa um tanto avançada, mas que eu poderia chegar lá sim em coisa de uns 3 anos.
Esse sábado foi há 13 anos. Ainda faltam pelo menos outros 13.

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Complemento de postagem

Acabei de consultar minha agenda e descobri que estou com 1993 treinos (sim, eu marquei cada dia em agendas antigas e desde de 2007 está tudo no Google Agenda). Isso dá uma média de 2,94 treinos por semana. Portanto, não faço nada de excepcional, apenas sigo o que é recomendado pelos instrutores: perseverança e consistência.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vetel é tri, mas Alonso é o melhor

Parabéns ao time do 4o Reich. Afinal, temos uma equipe austríaca comanda por um alemão faturando tudo há 3 anos. Ou não ? Venceram tudo que puderam, não criaram inimigos, seguiram a regra do jogo o tempo todo e até foram prejudicados algumas vezes. Seb é rápido, estável e sabe tirar o que o carro lhe oferece. Não há qualquer crítica da minha parte ao título. Foi merecido sim.
Mas se o ano de 2012 serviu para alguma coisa, foi para mostrar o quanto Alonso é o melhor da turma. Levou o carro nas costas mais de uma vez. Foi ao podium quando merecia ser 5o. Venceu quando merecia ir ao podium. Passou duas McLarens em corrida em que eram o carro mais veloz. Fez o mesmo contra Red Bulls. Em nenhuma corrida ficou abaixo de seu potencial. Quase foi campão com o 3o carro do grid.
Lembro de como ele começou a carreira, na pequena e inesquecível Minardi. Era um treino livre, e seu companheiro de equipe era o brasileiro Enrique Bernoldi. Em um esporte onde a primeira comparação é com o companheiro de equipe, uma diferença de 0,2s é aceitável. 0,5s se for uma estreia como no caso de Alonso, então com 19 anos.
Alonso foi 2,5s mais rápido que Bernoldi. É uma diferença de outro planeta. Quase ninguém deu atenção, pois em equipe pequena poderia haver um monte de explicações mecânicas ou até estratégicas para isso. Mas alguns jornalistas acompanharam os tempos e viram a façanha. Não era tanque cheio ou pneu duro para Bernoldi. O novato era bom. Foram entrevistá-lo sobre a diferença, ao que ele respondeu:
- É uma diferença absolutamente normal. Eu não perco para pilotos mais rápidos, eu perco para carros mais rápidos. Pilotos mais rápidos não existem.
19 anos de idade, antes de estrear. Tem que ter culhão para dizer isso. Alonso tem. E mais do que culhão, tem talento para respaldar o fala.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Curtas

Black Friday: um evento no qual você compra o que não precisa com um dinheiro que você não tem com um desconto que não existe em um site que não funciona.

Mano Menezes caiu. Já foi tarde. Podia dirigir o Palmeiras agora.

Camisa social, ou porque as pessoas sofrem tanto e fingem gostar

Polêmico título, não ?
Sim, acordei de mau humor hoje, provavelmente por ser o terceiro dia consecutivo chegando ao trabalho antes do Sol nascer. Então vou distribuir um pouco de veneno em quem (ou pelo menos alguns) que merecem. O tema de hoje é criticar o que eu considero um das maiores fontes de sofrimento humano dos últimos séculos. É algo que só causou menos problemas do que a religião e o marxismo: a camisa social.
Comecei tentando pesquisa a história da camisa social. Meu sucesso nisso foi, digamos, pífio. Consegui entender que o que hoje chamamos de camisa social é o resultado de uma evolução (sic) de produtos anteriores. Em tese, ela se tornou mais simples por deixarmos de lado os babados e flu-flus que podemos observar nos filmes históricos. O grande problema, então, é que o produto não evoluiu na velocidade ou direção corretas.
Usamos roupas por uma série de motivos. Alguns deles são reais e outros são auto-impostos. Os reais são, em essência, para atender a requisitos de conforto térmico e decoro. Os auto-impostos são para indicar posição social e expressar ideias. Estas  duas últimas por menos que alguns queiram admitir, não têm origem clara, são resultado de algum tipo de contrato social jamais escrito. Por um lado, eu sempre achei uma completa babaquice as pessoas precisarem se afirmarem quanto a sua posição social em algum cenário. Por outro, acho que ideias deveria ser expressas com palavras, já que nos demos ao trabalho de inventá-las. Qualquer outro método é, no mínimo, ineficaz.
Então vamos ao que realmente importa em uma roupa: proteger seu usuário das condições climáticas e esconder as partes íntimas que todos têm, todos sabem o que o outro têm, mas que por algum motivo estranho à minha compreensão decidimos que deve ficar oculto.
Acho que o leitor já entendeu meu ponto aqui. Não que eu seja nudista ou, pior, ativista do nudismo. Mas Desde a adolescência acho um enorme exagero o que se faz no sentido de se esconder nossos apetrechos biológicos. E não me venham com o argumento religioso-conservador-ultradireitista de que precisamos proteger nossas crianças: se todos andassem nus há 1000 gerações nada disso seria sequer debatido. Ainda assim, mesmo que cheguemos a conclusão triste de que o processo evolutivo humano deixou a necessidade de esconder nossos órgãos reprodutores como um defeito genético em nossos cromossomos de modo análogo ao daltonismo ou a anemia falciforme, a camisa nada se refere a isso por estar aplica a outra parte do corpo humano. Cai por terra, então, essa necessidade de decoro e principalmente sua relação com essa desgraçada invenção da mente humana.
Sobrou o conforto térmico como último bastião. E nisso, o leitor admitirá em alguns minutos, a camisa social falhou miseravelmente ao tentar obter.
As roupas são compostas por uma combinação de escolha de tecidos, formas cortas e montagem de modo a ficarem do jeito que são. Essas características são criadas em conjunto: não se pode alter apenas uma sem mudar dramaticamente o resultado final. Pensando nessa ideia, não se pode alterar o tecido usado sem que o todo mude totalmente, podendo-se até mesmo ficar socialmente ridículo. No entanto, várias partes de uma camisa social servem única e exclusivamente para irritar o usuário.
As camisas tem colarinhos, por exemplo. Os colarinhos incomodam, apenas, o tempo todo. Fica cutucando a nuca e o pescoço sem nenhuma razão aparente ou mesmo oculta. Não protegem do frio, no entanto: quando estamos no inverno, fechar o colarinho não aumenta nem a proteção nem a sensação de proteção, obrigando a pessoa a usar um casaco ou algo do gênero. No calor, é uma coisa a mais que aquece por impedir a circulação do ar e retendo desnecessariamente o calor do corpo. E ainda por cima sujam com assombrosa facilidade mesmo que o usuário permaneça estático dentro da roupa por horas.
O segundo item errado está nos punhos. Também não tem nenhuma utilidade prática. Para quem usa relógio de pulso, dificulta o acesso ao mesmo. Quando fechados, predem uma parte da roupa dificultando o movimento dos braços reduzindo a agilidade. Sujam com enorme facilidade e ainda podem enganchar em projetos soltos.
A abertura frontal com botões é algo totalmente anacrônico desde a invenção do ziper. Hoje em dia, pelo menos se prendem com firmeza, mas em um passado não muito distante, a falta de precisão na fabricação fazia com que eles fossem de dois tipos: os que não prendem e os que não soltam. Ainda assim, é comum descosturarem-se e caírem no meio do uso, causando desconforto social (obviamente autoimposto) ao usuário. Para piorar, algum imbecil achou por bem criar variedades de botões. Ou seja, se você perder um botão da sua camisa nem tente procurar um para substituir: você não vai achar.
O tecido usado nas camisas sociais é de uma burrice aguda assombrosa no século XX. Imagine no XXI então. Não protege do frio: qualquer ventinho que passa atravessa a camisa como se ela não estivesse lá. Não traz conforto no  calor: quando esquenta, promove pouquísima troca de calor com o ambiente se comparado com coisas mais tecnológicas. Mancha até com ar: qualquer coisa que esbarrar em uma camisa social deixará sua marca, até mesmo substâncias que saem com relativa facilidade de outros tecidos como refrigerantes ou molho branco. Amassa com o olhar: só de se tirar uma camisa se seu cabide elá já está amassada.
Eu até poderia entender o uso da camisa social se estivéssemos nos anos 1950. Mas com a invenção da camiseta nos anos 60 qualquer tentativa de defesa da camisa social provocará risos. Aplique cada um dos conceitos do parágrafo acima a uma camiseta e você, leitor, notará o quão covarde é a comparação. Se juntarmos a isso a ausência das partes supérfluas de uma camisa, alguém começará a perguntar "putz, onde erramos então ?"
O fato físico incontestável é que bilhões de pessoas no mundo todo poderiam, todos os dias, irem trabalhar com uma camiseta branca simples, honesta, com bom caimento, confortável e agradável ao toque, mas usam um produto totalmente ultrapassado sob qualquer tipo de análise, inclusive econômica.
Sofremos, pagamos caro por isso, e ainda somos socialmente obrigados a dizer que camisa social "é algo importante" ou "que dá boa aparência" ou "que é o certo".
Que grande mentira.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Filhos

Passei parte do final de semana falando sobre ter filhos com a namorada. Sim, estou velho o suficiente para esse tema estar em pauta...
De todo modo, se fosse para eu entrar nessa selva, eu iria querer algo assim:


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Quatro virgens em Miami

Neste domingo, haviam 4 virgens em Miami: Bradley, Roger, John e Horace. Juntos há alguns anos, os 4 venceram essa importante barreira em suas carreiras, para alegria e festa geral. Verdade seja dita, não creio que os irmãos John e Horace, mortos na década de 20, tenham feito alguma festa efetiva. Mas seus sucessores fizeram, e muita.
Para quem não entendeu nada até agora, comento o título na Nascar definido na 36a e última prova do campeonato. Venceu Brad Keselowsky, seu primeiro campeonato. Venceu correndo pela equipe de Roger Penske, multi campeão na Indy, mas que ainda sonhava com o título na principal categoria de automobilismo americana. Venceram usando equipamento Dodge, marca criada pelos irmãos Horace e John no começo do século passado, quebrando uma série de 6 anos de Chevrolet e também primeiro título da montadora. De quebra, ainda mandaram para o espaço um tabu de 21 anos sem que um piloto campeão da Nationwide (antiga Busch Series) vencesse a categoria principal.
Brad venceu com autoridade. Contou com falhas dos adversários que foram caindo pelo caminho. Gordon teve problemas logo na primeira prova do chase. Earnhardt já não vinha bem quando sofre uma concussão. Hamlin não tem mesmo fôlego quando a coisa aperta. Bowyer chegou ao vice-campeonato com um equipamento inferior e ainda arrumou briga com o time errado. Harvick, Kahne, Kenseth e Truex não mostraram a que vieram e Stewart não parecia tão motivado.
O único adversário real era Jimmie Johnson. O pentacampeão chegou a liderar o campeonato quando bateu sozinho em Phoenix, pista que domina. Com chances remotas, tentou uma estratégia de risco que, a 60 voltas do final, poderia dar resultados. Mas, para surpresa geral, a mais eficaz equipe da Nascar errou nos pits. Em seguida, seu carro apresentou problemas e o campeonato acabou. Brad, que só precisava de um 15o lugar mesmo que Johnson vencesse, passou a dirigir um taxi e chegou ao final sem sustos.
Ficam meus risos da Dodge. Depois de anos em busca de resultados, a montadora ficou ofendidinha por Roger Penske anunciar que usará equipamento Ford em 2013 e decidiu sair da categoria mesmo tendo pronto o modelo novo para o ano que vem. Ficou com o título e não estará na pista para usufruir dos louros da vitória.
Bem feito: quem mandou deixar a FIAT no comando !? Durma-se com esse barulho agora.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Tem gente que não aprende nunca

Nossa amável Rede Globo não transmitirá o GP dos EUA de F1 ao vivo. Preferiu, de novo, transmitir o futebol, em um campeonato já decidido há uma semana.
Houve uma ocasião, alguns anos atrás, quando a Globo deixou de transmitir um GP por causa da visita do Papa ao Brasil. Poucos sabem, mas isso deu uma tremenda confusão com a FIA. Acontece que o contrato não é apenas de "direitos de transmissão", mas de "obrigação de transmissão". A Record soube disso apenas tarde demais e a Globo quase perdeu o contrato que tem há 40 anos.
Desta vez, vão brincar com fogo de outro jeito: transmitirão ao vivo pelo Sportv, coisa que nunca aconteceu. Depois perdem o contrato e não entendem porque...
De todo modo, fica a lição para o esporte nacional: aprendam com a FIA a fazer contratos de transmissão, não de direito, mas de obrigação.
Bernie Ecclestone é o cara.