sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Porque estou desistindo do futebol

De caracter um tanto pessoal, este post mostra porque o futebol está caindo como um paraquedista austríaco na minha lista de prioridades. Segue o link de referência, no Terra. Para comparação, o link da mesma matéria, no UOL.
Ambos falaram em um São Paulo "sem inspiração". Eu vi o primeiro tempo do jogo. A parte do fato do São Paulo ter dominado totalmente o primeiro tempo do jogo sem que a LDU desse um chute a gol sequer, houve 3 penaltis não marcados pelo árbitro. Não 1 ou 2, mas 3. Não tenho como achar os lances em video, mas o amigo leitor pode conseguir sem problemas. Não recomendo, pois não vai mudar em nada os fatos. Meu principal argumento combrobatório é que o comentarista corinthiano Neto disse que foram penaltis os 3 lances.
A matéria do Terra sequer menciona esses lances. No UOL, pelo menos foram mencionados dois. Mas vamos supor que os 3 tivessem sido marcados e convertidos. Na prática, o São Paulo se classificaria do mesmo modo, mas o placar seria 3x0. Será que teríamos manchetes como "Tricolor atropela e vai ás quartas da Sulamericana" ? Provavelmente.
Somando-se os constantes, persistentes e absurdos erros de arbitragem com uma imprensa incapaz de fazer um texto correto sobre um jogo de futebol é que eu acabei me desestimulando a acompanhar o esporte bretão. Vou de Nascar, de NFL e de F1. Não são perfeitas nem isentas dos problemas aqui descritos, mas realmente estão em um patamar muito superior de seriedade.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

De quem eu não tenho pena (na Grã-Bretanha)

Amigos, em um post mais relax sobre a viagem, venho comentar que burrice aguda não tem passaporte. Mesmo lá, tem gente que cava a própria cova com colherinha de plástico e estranha quando ela quebra. Mas vamos ao ponto desta série que, espero, divirta os olhos do leitor.
  • quem toma chuva
Acho que os ingleses invantaram a chuva. Depois inventaram o guarda-chuva, a capa de chuva e Meteorologia. Entendo a obsessão britânica pelo tempo. Chove todo dia naquela ilha. Consulte aqui se você quiser mais detalhes sobre o clima.
Então, não há desculpas para ser pego de surpresa. Tem toma chuva na Grã-Bretanha não merece compaixão, merece ficar molhado mesmo.
  • quem paga caro no metrô de Londres
Andar de metrô em Londres não é barato. Ao contrário do que alguns esquerdopatas falam por aqui, passagem de transporte coletivo no exterior é caro sim. Os sistemas de transporte são custosos, principalmente em função dos exponencialmente crescentes custos de controle.
Porém, lá como cá, sempre há maneiras de se minimizar os custos de tudo. Uma passagem de metrô só de ida para regiões 1 e 2 custa L$ 4. Ida-e-volta vai a L$ 5,50. Dia inteiro (quantos usos quiser) já fica por L$ 7,00. Um oystercard de 1 semana (7 dias consecutivos de uso liberado) fica por L$ 29,20. É só planejar antes de fazer e a coisa toda fica a um custo bastante aceitável.
  • quem não consegue conhecer o British Museum
Simplificando: se você foi a Londres e não foi ao British Museum, alguma coisa você entendeu errado. Portanto a culpa é toda sua. Se você foi a Londres e não teve tempo de ver todo o British Museum, a culpa continua sendo sua. Um pingo de planejamento mostra que é um museu que leva, fácil, 8 horas para ser percorrido. Dependendo do grau de atenção dada a cada sala, podem ser necessários 2 dias. E qualquer um sabe disso, pode descobrir se for uma completa lorpa. Não tem desculpa, portanto.
  • quem comeu mal na Grã-Bretanha
Alguns invejosos do outro lado do canal costumam dizer que a culinária britânica é ruim. Falso: posso até aceitar que existam melhores, mas dizer que é ruim tem uma enorme diferença. Mais do que isso, se você realmente é um emo mimimi que não gosta de peixe, de bacon (que é muito diferente do daqui), de pães integrais, de chás, de chutneys, de carnes não bovinas ou de queijos cheddar e stilton, você sempre encontrará restaurantes de culinária não-inglesa. Comida indiana, italiana, chinesa e fastfood tem em qualquer lugar do país. Vire-se.




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Viagem à Grã-bretanha (25)

Hora de voltar, e cabe um post só sobre isso, amigos.
Acordei chateado por ter perdido meu London Pass. Não era apenas um souvenier que eu queria gaurdar, mas ainda rolaria visitar a London Dungeon pela manhã do sábado. Não deu.
Fiquei no Roby conversando sobre jogos de computador e PS3. Almocei as sobras da comida indiana comprada na véspera (o Roby ficou dizendo que não ia ser legal, mas foi e muito).
Por volta das 15h, fechei minhas malas e as pesei: 16 kg em uma e 21kg na outra. Bem abaixo do limite de 32kg, portanto. Ainda papeamos até 16h quando achei melhor ir para o aeroporto. O plano não era simples e envolvia duas baldeações de metrô.
Carreguei as malas até a estação Lewisham achando-me meio fora de forma: a mala azul estava bem mais pesada que a preta, então eu devia estar sentindo mesmo esses 5 kg de diferença. Cheguei ensopado na estação e comprei minha passagem de trem (L$ 5,30) até Heathrow e subi para a plataforma. Fui então trocar de óculos e... não estava comigo. Que ótimo, pensei, deixei o maledeto no Roby.
Passei uns 15 minutos conversando com funcionários da DLR pedindo para deixar as malas ali para buscar o tal óculos. Carregar as malas de volta era a opção que triplicaria o cansaço. Contando com a boa vontade do supervisor, pude voltar apenas com a mochila. Felizmente o Roby ainda estava em casa e toquei de volta pro trem. Agradeci efusivamente e segui para o trem.
Troquei de estação em London Bridge e de novo em Green Park. Nesta, a estação estava lotada e entrar com duas malas no vagão foi épico. Acabei contando com a ajuda não solicitada e muito bem vinda de uma velhina que puxou a mala pra dentro do vagão. E cada vez mais ela estava muito mais pesada do que meus braços estavam dispostos a carregar. Ao longo da linha Piccadilly, o trem foi esvaziando e sobraram apenas poucos turistas, incluindo um simpático casal brasileiro.
Cheguei a Heathrow e subi com facilidade para o despacho de bagagens, que tinha fila zero. Ao pesar as malas, surpresa: a mala azul que supostamente tinha 21kg na verdade tinha 34. Senti-me menos fraco e muito puto com a balança do Roby que me sacaneou. A funcionária me orientou a ir a um local onde eu poderia balancear o peso das duas. Tinha até balança para ajudar e fechei isso sem problemas.
Ela conferiu, despachou a bagagem e emitiu meu cartão de embarque fazendo uma careta para a tela no processo. Perguntei o que era ela me informou que havia um alerta sobre meu voo, mas que já havia sido removido do sistema.
Fui então para o VAT-return: é o processo através do qual estrangeiros recebem de volta o imposto pago nas compras feitas. Tremenda fila, e todos aqueles trouxas ainda com as malas e eu só com a mochila. A dica aqui é nunca fazer isso horário de voo para o Oriente Médio: os árabes compram o mundo quando viajam e as pilhas de notas fiscais dariam rolos de papel higiênico.
Na minha vez, surpresa: o muito mal humorado funcionário perguntou onde estava minha bagagem e eu expliquei que já havia despachado. Ele então se negou a fazer o vat-return alegando que não tinha como saber se eu estava mesmo levando os produtos embora. O curioso é que ele não estava inspecionando nenhuma bagagem e resolveu implicar comigo gratuitamente.
Perguntei como poderia proceder e ele disse que teria que falar com o pessoal da alfândega e pedir para eles inspecionarem a mala e que isso dificilmente daria certo. Pois fui até lá e o funcionário da alfândega, com enorme gentileza, olhou para as notas ficais a carimbou tudo sem verificar coisa alguma, com uma cara de "coitado do turista: pegou aquele mala do vat-return. Vou quebrar o galho dele." Minutos depois, eu surpreendi o funcionário com toda papelada em ordem e ele não teve alternativa a aceitar.
Passei sem incidentes pela segurança e só então vi o aviso que meu voo das 21h50 estava atrasado para 23h00. Lá estava eu no maior e mais preciso aeroporto do planeta no único voo que atrasaria naquele dia...
Procurei a British Airways que me informou que não deveira haver atraso na chegada. Tratei de comer um sanduiche de salmão, suco de maçã verde e um brownie de chocolate belga que literalmente zeraram minhas moedas (na verdade, faltou 5 centavos, mas a moça do caixa deu um jeito).
Sentei-me no saguão e assisti ao GP da Cingapura de F1. Literalmente 2h. Deu certinho o tempo de chamarem para o embarque e lá fui eu pegar o monotrilho para o terminal 5C (sim, precisa de um trem para isso).
Lá, outro susto. Havia um aviso de "Aguardar informações" no meu voo e foi quando notei que não havia nenhum voo depois das 23h até 6h15 da manhã: aparentemente, o aeroporto fecha. Depois de minutos de tensão, começou o embarque.
E nem por isso acabou o relato. Todos abordo e nada do avião se mexer. O comandante avisa então que o carrinho de push-back estava quebrado e estavam trazendo outro para rebocar o avião. Mais atraso.
Por fim decolamos, mas não sem dar pau no sistema de filmes abordo. Era o "voo do quebrou" mesmo. Vi o GP do Japão no notebook, comi, dormi, cheguei.
Tremenda fila de entrada para brasileiros, esteira lotada mas que queria me enxotar e entregou minhas malas em menos de 2min. Compras no freeshop e sinal verde na alfândega brasileira: era o fim de uma aventura épica.

Agradeço a todos que tiveram a paciência de ler tudo. Prometo as melhores fotos por aqui ao longo das próximas semanas. Espero que tenha sido uma leitura construtiva e inspiradora: a intenção era essa o tempo todo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Viagem à Grã-Bretanha (24)

Amigos, chego hoje ao penúltimo relato, o do dia 12.
Resolvi detonar aquele cartão de passeios, então parti para o Design Museum (economia de L$ 11, acumulado L$ 127,5). Não sei onde estava com a cabeça ao achar que serial alguma coisa com evolução do design, ou algo assim. Talvez seja por achar que museu tem coisas antigas, necessariamente. O dito cujo é muito fraco, para não dizer ruim mesmo. São dois andares. O primeiro é focado em esportes e tem materiais esportivos em geral expostos. Bicicletas que bateram recordes, uniformes de variados esportes, uma Audi Quatro que correu em Le Mans e uma Williams do Pastor Maldonado (depois eu falo que ninguém leva o Bruno Senna a sério e dizem que eu sou radical). Já achei um erro bastante irritante na instalação sobre a evolução dos recordes mundiais de saltos em distância e triplo. Acontece que a tal instalação esqueceu da marca do João do Pulo, que saltou 17,89m e manteve o recorde mundial por 15 anos. Detalhes podem ser obtidos aqui. O segundo andar era pior que o primeiro, com um monte de instalações de arte contemporânea sem o menor sentido. Levei uns 10 minutos para ver todas. Na saída, deixei uma queixa por escrito para a curadoria do museu sobre o recorde do João do Pulo e fui solenemente ignorado. Morram de diarréia azul, portanto.
Passei na porta do Fashion and Textile Museum, mas acabei não entrando. Acho que minha namorada vai me enforcar ao ler isso. Segui para Churchill War Rooms Museum. O trajeto me levou por Downing Street, residência do Primeiro Ministro, mas não tinha como chegar perto para tirar foto. Depois de uma certa volta, achei a entrada. Peguei meu ingresso (economia de L$ 16,5, acumulado L$ 144) e entrei.
Esta instalação é uma preservação e restauração do bunker usado durante a WWII pela cúpula do governo britânico. Mantiveram as salas, mobiliário, mapas e tuneis para que se possa ter uma ideia de como eram as coisas na época. Uma das salas, inclusive, contém apenas materiais originais conforme foi deixada em 1945. Parte do passeio é a exposição sobre a vida de Churchill, com coisas que não tinha ideia sobre a vida dele. Tem até um painel enorme onde se pode clicar e saber o que ele fez em cada dia da vida. Excelente passeio.
De lá, fui prestar minha homenagem ao amigo Bruno Saggese e visitei o Cartoon Museum, próximo ao British Museum (economia de L$ 5,5, acumulado L$ 149,50). Para minha completa surpresa, era permitido tirar fotos não específicas (paredes cheias). Pequeno, o museu é muito simpático. Tem uma organização histórica de como se evoluiu o cartoon, desde as piadas genéricas no século XVIII até as críticas políticas duras do século XX. Embora focado em artistas britânicos, o museu dá uma ótima ideia da qualidade desse tipo de trabalho.
Infelizmente, eu deixei acidentalmente alguns objetos pessoais no banheiro deles. Percebi na saída quando devolveram meus óculos, mas o cartão London Pass tinha sumido. Isso me impediu de continuar com ele no sábado, embora fosse pegar mais leve.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Viagem a Grã-Bretanha (23)

Dia 11 foi quando eu descobri que sou burro. O simples fato de ter demorado tanto a chegar a essa conclusão é uma prova em si. Mas chegarei a isso mais a frente.
Tirei esse dia para o futebol. Afinal de contas, o tal jogo foi criado por eles e era quase obrigatório ver alguma coisa disso. Meu cartão London Pass oferecia dois passeios desse tema e, por via das dúvidas, decidi por ambos.
De volta ao agasalho, pois a chuva voltara, peguei a mochila por volta de 10h e fui para o trem. Meu oyster card estava vencido, então teria que começar com bilhetes diários. A primeira parada seria Wembley, que fica na chamada zona 3 e isso encareceu um pouco a passagem.
Foi um trajeto longo, pois Wembley fica no noroeste da cidade, enquanto o Roby mora a sudeste. Cheguei lá por volta de 11h10, e com chuva.
O estádio já é visível do metrô, que fica na superfície. E é grande, gente. O caminho do metrô para o estádio é tão simples que um cego consegue ver. Tem placas por todo lado dizendo que você só precisa andar em linha reta. E se você andar em linha reta sem prestar atenção, vai parar dentro do campo. O estádio tem duas rampas de acesso do lado do metrô, que depois conduzem a cada um dos três andares, de modo similar ao Morumbi. Os anéis tem capacidades parecidas: 21mil, 30mil e 39mil lugares, totalizando 90mil. Ao chegar, achei uma loja e, ao lado dela a bilheteria. Foi quando descobri que sou burro.
Havia cartazes avisando que os ingressos para Inglaterra x San Marino no dia seguinte estavam esgotados. Gente, era só ter tido um pingo de imaginação e eu teria comprado esse ingresso antes de viajar e visto o jogo. Fui burrice aguda mesmo.
Procurei pela visita guiada e descobri que uma começaria em 2min. Entrei nessa turma, com o Nigel como guia (economia de L$ 16, acumulado L$ 98,5). Foi-me explicado que seria um tour mais curto em função do jogo no dia seguinte, aumentando a seriedade do erro de planejamento.
Nigel juntou o grupo e perguntou de onde era cada um. Havia ingleses, vários alemães, um par de holandeses e eu. Feliz de ver um brasileiro, ele conversa comigo.
- How nice ! First time here ?
- Yes.
- Holiday ?
- Oh, you bet.
- Nice. Which team do you support ? Sao Paulo ?
- Sure I do! How do you know São Paulo ?
- Well... I am Manchester. And since you smashed Liverpool a couple of years ago, I believe we are friends.
- Naturally.
Sim, o cara conhece meu tricolor como "o time brasileiro". Mas voltaremos a isso mais tarde.
O estádio não parece tão grande, por incrível que pareça, mas é muito alto. Mais de 120m de altura no arco de sustentação da cobertura. Os assentos são acolchoados, todos eles. Passamos pelo Royal Bank, com os únicos 6 assentos azuis do estádio, reservados para uma certa família privilegiada. As cabines especiais, para 6, 12 ou 20 pessoas são alugadas por períodos de 10 anos, e podem custar até 1,2milhão de libras pelo período. Troco de pinga.
Nas tribunas, ainda tirei uma foto segurando o troféu da FA. Nigel fez questão de mencionar os 2.386 banheiros dos quais eles muito se orgulham. Tive que ir ver um e é do nível de banheiro de shopping center.
Ao final, passei 40min no museu da Champions League, com estantes para cada ano do torneio.

Na parte da tarde, desci para o sudoeste, visitar o estádio do Chelsea. Cheguei lá 13h50 e fui fazer minha inscrição ao tour. O Stamford Stadium também fica perto do metrô, mas foi uma volta para chegar ali. Ao chegar apresentei meu cartão (economia de L$ 18, acumulado L$ 116,5) e ficou marcada para 14h30, permitindo comer algo antes. Os funcionários do estádio são todos torcedores do time. Mas também perguntam o óbvio:
- Where are you from ?
- Brazil.
- Cool. Sao Paulo ?
É isso, gente. Time grande é conhecido em outros países, entendem ?
- Yes, sir. Three-times world champion.
- We know that. We all supported you against Liverpool. So do you support Chelsea here ?
- Since you are going to face Corinthians at the end of the year, a I think I do.
- Yeah, cool ! Sao Paulo !
- Chelsea !
E assim fiquei amigo do cara. Depois de comer um lanche que zerou meu cartão de débito (saldo final de L$ 0,13), peguei o tour com o Adam.
Visitamos quase todas as arquibancadas, sala de imprensa, ambos os vestiários, o que mostrou a enorme diferença entre os vestiários do Chelsea e do visitante, túnel de acesso ao campo e banco de reservas. Só não podia pisar no campo.
Muito curioso o desnível entre o vestiário do visitante (bancos de madeira, armários precários, uma maca de madeira, 2 mictórios, 1 banheiro e 2 chuveiros) contra o do time da casa (bancos acolchoados, armários personalisados, macas, sala de aquecimento, hidromassagem, chuveiros e banheiras, diversas pia e até sala de projeção para o técnico. O quadro branco do técnico visitante, por exemplo, fica atrás da porta que precisa ficar aberta por medida de segurança. Tem apenas um espelho o que, segundo Adam, complica as coisas se o Cristiano Ronaldo estiver por lá.
Depois do tour, fiz compras na loja oficial e visitei o museu, onde o meu camarada estava alocado. Mais papo, mais risadas, mais "Go Chelsea".

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Atualizações

Amigos leitores, estou em dívida com este blog. Ainda devo ter umas 3 entradas sobre o final da viagem, fora assuntos aletórios que vão surgindo. Não consegui sequer sapetear na cabeças dos que me criticaram quando afirmei meses atrás que Russomano não disputaria o 2o turno das eleições municipais.
A volta está atarefada aqui na minha vida e trabalho. São 4 corridas de F1, 7 de Nascar, 120 emails de trabalho, 7400 fotos de viagem e uma namorada carente que tem prioridade sobre todo o resto.
Juro que eu vou continuar. Apenas peço paciência.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Quando a corporação acerta

Amigos, já termino meus relatos da viagem. Mas este assunto passou para frente.
No dia 11, ainda lá em Londres, resolvi acessar meu cartão AMEX para ver a quantas andava a fatura. Dei um pulo quando vi os valores da fatura fechada. Mas o susto virou raiva em apenas 3 décimos de segundo. Na fatura constavam duas passagens da Gol que jamais comprei na minha vida, faturadas dia 01/10. Na fatura em aberto, mais duas passagens, desta vez pela Trip. Valor total da fraude: R$ 3.673,87.
Eu estava em Londres, não ia fazer uma ligação internacional para isso. Mandei um email. Em seguida, por volta das 16h (de Brasília), entrei no atendimento via chat e aguardei brevemente pela minha vez.
A moça, de nome Katiuscia (acho que tinha algum y...) fez as perguntas básicas e iniciou o protoloco de compras não reconhecidas. Neste momento, o sistema da AMEX caiu e eu perdi o acesso às fatura aberta e fechada. Explique a ela o caso com os dados que tinha de cabeça: eram companhias aéreas, era tudo entre dias 01/10 e 02/10 e os valores aproximados.
Depois de confirmar meus dados, ela entrou da minha fatura e foi me passando os valores detalhados do que estava fraudado. Ela entendeu o meu questionamento, fez todo o necessário para localizar os dados e confirmou via chat um por um comigo. Isto feito, formalizou a queixa e pediu um prazo de 30 dias corridos para análise.

No dia 12 pela manhã (ainda madrugada no Brasil), entrei novamente no site e olhei o extrato em aberto. Já constava o extorno das passagens da Trip. Na verdade, os valores estavam meio estranhos, mas eu conferi as contas hoje (15/10) com ajuda de um atendente por telefone. Ao contrário de estranhos, estavam completamente corretos. A Trip levou menos de 12 horas para confirmar a reversão dos valores.

AMEX e Trip acertam nessa. Reclamo do que é para se reclamar e elogio o que se deve elogiar. Ambos ganharam pontos no ranking Asimovia de seriedade e profissionalismo.

sábado, 13 de outubro de 2012

Viagem à Grã-Bretanha (22)

Dia 9 foi um dia cansativo, mas bastante simples de descrever. 
Depois de acordar mais tarde, fui até o palácio de Buckinham para ver a troca da guarda. Nesta época do ano, a troca acontece dia sim, dia não, e como havia chovido na véspera era certo de que... havia sido na véspera. Não tem jeito, eles gostam de chuva ou já teriam abandonado esta ilha antes de empurrar aquele monte de pedras em Stonehendge.
Segui para Picadilly e depois caminhei pelo city tour sugerido pelo meu guia, vendo Coluna Nelson, Estátua de Eros e afins. Isto feito, compras.
O grande momento foi entrar na Orc's Nest, uma loja de jogos de tabuleiro. Pela primeira vez na minha vida, depois de 15 anos jogando tabuleiro, eu entrava em uma loja de verdade. Perdi umas duas horas absolutamente abobalhado lá dentro. Comprei apenas dois.
Em Oxford Street, fiz compras para a namorada, que merece pela paciência que tem comigo. Essa rua tem um quê de Jardins, para quem mora em São Paulo entender, com todo tipo de loja. 

Dia 10, voltei à vida de turista.
Peguei o metrô e corri para Bridge Tower, a famosa ponte levadiça de Londres (economia de L$ 8, acumulado L$ 41). Conheci a história do projeto e da construção dela. Antes de ir para a sala das máquinas, corri para o metrô, fui até Buckinham e estive presente na torca da guarda. Daí para dizer que eu vi a troca da guarda é outra conversa. O lugar fica abarrotado de gente por todo o lado e, para piorar, a cerimônia é um tanto espaçosa, o que quer dizer que ninguém tem um lugar bom o suficiente para ver tudo. Mas foi bacana, de todo modo.
Voltei pra a região do rio, e fui ao HMS Belfast, um navio de guerra usando em 1931 e 1970, incluindo operações no ártico (economia de L$ 15, acumulado L$ 56). Muito bem preservado, com explicaçòes sobre o cotidiano no navio e operação das varias partes do mesmo, que chegou a comportar 950 tripulantes (isso é mais gente do que algumas cidades que vimos em Cotswolds e certamente mais gente do que vimos no dia inteiro nas Highlands).
Depois visitei a casa de máquinas da Bridge Tower, finalizando o passeio e segui para a Tower of London, um castelo construído entre os século XI e XIV (economia de L$ 19, acumulado L$ 75). Ficou apertado e, por alguma falha de informações, não havia mais os tours guiados. Mas pude ver bem o que é o lugar, com duas camadas de muros de defesa, White Tower no centro e as jóias da coroa. Ali, estão guardados os itens originais de diversos reis e rainhas. Tem diversos cetros do Charles II, a colher usada desde o século XIII, uma coleção de itens usados em festas de coroação... Para se ter uma ideia, tinha uma peça totalmente em ouro com uns 30cm de diâmetro. Acima, tinha uma torre toda trabalhada também em ouro, com detalhas de cada lateral diferentes. Depois, cheguei à conclusão de que era a White Tower. Acima, o telhado era diferente da que eu tinha visto, mas deve ter havido alguma mudança na torre. No total, uns 25cm de altura. Mas ele é oco pois, na verdade, é um saleiro. Fofo, não ? Também tinha um vaso para se colocar 144 garrafas de vinho. Acho que uns 60cm de diâmetro. Ouro, claro.
No final, temos as jóias da rainha Elisabeth. Coroa e cetro originais e lindos. Que espetáculo de riqueza e falta do que fazer com o dinheiro.
Terminei a visita e fui para o jantar, que era ali do lado. Chama-se The Medieval Banquet, e foi recomendação do meu chefe. Era uma facada de 42,50 libras (economia de L$ 7,5, acumulado L$ 82,5), mas você come a vontade e bebe (água, vinho e cerveja) a vontade, além dos shows de dança, música, malabarismo e lutas. Espetacular. Minha mesa tinha um casal de chineses que não falava inglês, uma dupla de russos que não falava nem russo (eles não conversavam nem entre eles) e uma senhora norueguesa meio tímida. Portanto, eu era o cara com quem a garçonete a os atores bateram papo. Um barato a parte isso.
Voltei para casa numa boa, pois tinha uma estação do DLR ao lado disso e em meia hora estava no Roby, totalmente chapado.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Viagem à Grã-Bretanha (21)

Dia 7 não deu tudo exatamente certo.
Eu havia marcado com o amigo Carlos Tuco de nos encontrarmos em Greenwich, no National Maritime Observatory. O pessoal aqui não tava exatamente alinhado com minha intenção, então ficou corrido. Pra piorar, ele não apareceu.
Ficamos por lá vendo a exposição e tiramos fotos no Meridiano de Greenwich. Ter um pé em cada hemisfério é muito engraçado. Depois pegamos uma apresentação sobre fotos de astronomia no planetário, que impressionou pela qualidade da imagem.
De lá, eu queria pegar meu London Pass, mas não ia dar, de novo. Então seguimos até o Natural History Museum para mais uma chuva de de conhecimento, informação, curiosidade, imagem e organização. Em resumo, museuzaço. Muita Geologia, pedras das mais variadas, explicações de como se formam os solos, réplicas de diversos animais, esqueletos e, claro, dinossauros. Muita coisa. Três horas e meia mal deram para ver o que tinha.

Com importante mudança estrutural, chegamos ao dia 8. O Leal ia embora para o Brasil e a partir disso, eu me viraria sozinho. Ele tava meio bodeado da minha presença depois de um mês viajando juntos e debandou pro Zoológico. Então toquei meu plano de conhecer Londres a fundo e parti, Oyster Card no bolso, para o metrô sozinho.
Comecei indo a Leicester Square buscar o cartão, o que aconteceu sem sustos. Eu tava meio baleado nesse dia, então antes de cair na atividade, fui bater perna na National Gallery. Fiquei por lá até 12h, mas sem poder tirar fotos, mesmo sem flash (eu me pergunto: o que diabos eles acham que eu vou fazer com a foto ?). Passei pelas 16 grandes recomendações do mapa. Aprendi que os fãs de arte são um bando de paga-pau. Depois falam dos trekker e dos jediístas. Lá tem um quadro do Rafael que está incompleto e todo mundo acha a coisa mais linda e maravilhosa que tem. Grande porcaria, digo eu. O que mais me chamou a atenção, e lógico que não estava na lista dos 16 mais macho-blatcho quadros do museu foi The Adoration of the Kings, abaixo:


Observem que eu baixei isso da internet, ok ? Desculpem as bordas cinzas, mas eu estava cansado demais para limpar a imagem. De todo modo, mal dá para ver a riqueza de detalhes da pintura. Cada dobra de tecido, cada relevo de tecido, cada folha das plantas foi cuidado. Absurdo.
De lá, fui para Westminster Abbey, fazendo minhas primeiras 18 libras de economia. Bonita ? Sim. Imponente? Sim. Firme e sólida ? Sim. Mas muito lotada também. E, novamente, a regra estúpida de não se poder tirar fotos. E olha que tem montes de lápides famosas ali: Darvin, Newton, vários primeiros ministros, reis Henry III, Edward I e II, rainha Elisabeth I e Mary, rainha dos Escoceses... Túmulos sempre escavados em mármores raros muito legais. E ainda um buraco causado por uma bomba nazista. 
De lá, fui para St. Paul's Cathedral, encerrando o longo ciclo religioso da viagem. E economia aqui foi de 15 libras, acumulando 33. Obra-prima de Christopher Wren, ela tem sacadas incríveis. O domo foi desenhado para ser imponente. Ele optou por 365 pés de altura, para representar os dias do ano, com 100 pés de diâmetro, que era o máximo que o domo aguentaria sozinho nas contas dele. Visto de fora, ok. mas por dentro isso fazia com que as imagens do domo ficassem muito altas e difíceis de enxergar. O gênio decidiu fazer um sub-domo, com mosaicos no teto. Não deixaram porque ia ficar caro, então ele mandou os pintores fazerem os mosaicos na tinta. O domo é visitável até o limite da altura. Por dentro, você pode ouvir o que qualquer um sussurra nessa área. Por fora, uma visão de Londres comparável apenas com a da London Eye. Mas foram 528 degraus que me doeram por 2 dias depois. Ainda se pode visitar a cripta, que é uma réplica do andar central, com mais capelas, mais túmulos e a homenagem ao Wren. Grande pedida.
Depois encontrei o Carlos Tuco e passeamos por umas 3 horas pela City até pararmos em um excelente pub para tomar umas cervejas e comer.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Viagem à Grã-Bretanha (20)

Dia 5 foi um dia de um só passeio. Mas que passeio !
Começamos indo para Picadilly procurar mala para o Leal. Isso mudaria muito nos meus próximos dias. Saímos do metrô e demos de cara com a loja. E em poucos segundos descobrimos a mala por L$ 19,90 e que a loja fechava apenas às 22h. Não podia ficar melhor, pensei eu. De lá seguimos a pé para o British Museum, onde passamos, literalmente, o dia.
Esse museu é, sem dúvida, a maior concentração de objetos interessantes por metro quadrado que vi na minha vida. Talvez o Louvre bata essa marca um dia, mas só saberei quando visitar a França. Vou tentar listar as coisas mais interessantes que vi por lá:
- Pedra de Rosetta, a pedra que permitiu os primeiras traduções confiáveis dos hieroglifos
- diversas estátuas e pedaços de paredes originais do Egito
- esculturas hindus, chinesas e japonesas de um nível de detalhamento que nunca vi parecido
- múmias
- mosaicos romanos
- joias de diversas culturas
- porcelanas
- um setor inteiro apenas sobre dinheiro do mundo todo e de todos os tempos.
Enfim, é coisa boa demais para ver e tentar narrar. Ficamos umas 10 horas lá dentro. 
Jantamos em um restaurante italiano, onde mandei ver um frango a milanesa muito bom com um espaguetti duvidoso.

No dia 6, depois de dormir até um pouco mais tarde, fomos para o museu Victoria & Albert's, um museu de, acreditem, presentes que a família real ganhou ao longo dos tempos. Deu um museu de 3 andares, dos quais vimos quase 1 de tão grande. Aquilo tem mais ouro, prata e gemas do que eu jamais seria capaz de contar. Fica meio perdido pela total falta de estilo, mas é bem claro o objetivo e vale a pena.
Depois fomos para o Seafile, o aquário de Londres. Em um estilo bem mais norte-americano, tem peixes lindíssimos, com destaque para os sempre simpáticos piguins, tubarões e raias. Peixes raros e com colarações e disposição de basbatanas, no mínimo, bizarras. 
De lá, London Eye. É uma roda gigante de 120m de diâmetro, para ver e fotografar Londres de cima. O mecanimo é absolutamente confortável, não se sente solvaco nenhum, e vai bem lento (é uma volta só na verdade), permitindo tirar todas as fotos sem stress.
O primeiro passeio era gratuito e os outros dois, admito, meio caros: cerca de 18 libras cada, com desconto.
Amanhã, tem mais.

WTF ? (1)

Amigos, interrompo meus relatos de viagem para este novo setor do Blog Asimovia: WTF ? 
A imagem fala (ou deveria) falar sozinha.


domingo, 7 de outubro de 2012

Viagem à Grã-Bretanha (19)

Amigos, cheguei ao épico dia 3 de outubro.
Comecei com outro café da manhã estragado pela manteiga espalhada na torrada. Que mania escrota essa... Fechamos a conta do hotel e seguimos viagem.
A primeira parada foi Salisbury Cathedral. Havíamos agendado uma visita às entranhas da mesma, mas antes disso pudemos passear pela parte aberta. Muito bonita, sem dúvida. Ela ainda contém uma das quarto cópias vivas da Magna Carta, a primeira constituição do mundo. O passeio guiado era muito bom, indo para cima o teto, acima do teto, reforço da torre (algum imbecil achou que podia subir uma torre de 123m acima do teto e não se preocupou com Resistência dos Materiais, colocando 1000ton de pedra onde aguentava apenas 700ton, empenando as colunas de sustentação). Subimos até o máximo permitido, tirando várias fotos da cidade, e ainda ganhamos um broche pela conquista.
A seguir, Stonehendge. Podem falar, podem criticar, podem zoar a vontade: o lugar é incrível sim. As pedras podem ser vistas muito de perto, supertranquilo de tirar fotos e ainda contei com tempo bom no passeio. Perfeito.
Almoçamos por lá, um panini de queijo no meu caso.
Corremos para Winchester, onde fizemos a visita básica à Winchester Cathedral. O destaque foi para o piso, o mais antigo de lajotas da Inglaterra. O coro também era muito bem trabalhado, sendo que cada assento tinha seus próprios entalhes. Lindíssima.
Jantei um hamburger texano em Winchester. 
Descemos para o hotel que, para nossa surpresa, era em Portsmouth. A esta altura, a Amazon me avisa que não ia mandar nem toalha nem edredom para a casa do Roby. Eu só tinha um colchão inflável.
#tenso.

Acordamos com Portsmouth com novos planos. Visitamos uma torre de vidro que permite ver a cidade toda. Não me recordo o nome dela, depois eu atualizo isso...
De lá, fomos ao Bluereef Aquarium, um aquário, como o nome deixa claro. O destaque, curiosamente, ficou para as 3 alegres e ativas lontras.
Pé na estrada M4 rumo a Londres. Passamos em Greenwich antes, onde fica o apartamento do Roby para deixarmos as malas e seguimos para Waterloo devolver o carro. De lá, já fiz minha foto com o Big Ben e com a London Eye.

Amanhã eu conto tudo sobre o British Museum.

sábado, 6 de outubro de 2012

Viagem à Grã-Bretenha (18)

Finalmente, este relato chega a outubro. E tem coisa ainda, viu ?

Conforme mencionei no Facebook, o dia 1o foi um dia de lembrar de pessoas.
O dia começou na Bath Abbey. Qualquer um sabe que a religião cristã é baseada no medo. Não peque ou vai para o inferno, não faça isso ou é pecado, não faça aquilo ou é pecado também... Nada coerente com o suposto deus do amor e do perdão. As igrejas cristãs antigas refletem isso de modo bastante óbvio, sendo frias e escuras, com tetos elevados para aumentar a sensação de opressão. Até aqui, nenhuma novidade na análise. Mas Bath Abbey sai um pouco disso. Embora alta e imponente, ela é iluminada, com seus vitrais mais claros. A luz pode entrar ali sem pagar imposto. Mesmo os padres, como sempre gentis, se mostram disposto a conversar de qualquer assunto. Lembrei da minha mãe, que gostava de lugares calmo, quietos e, principalmente, sem ninguém atormentando. Era permitido tirar fotos por todo lado numa boa. Excelente.
Ainda lá, teve a visita à torre, lembrando as andanças por Ponta Grossa com Guilherme e Anne, além de Luciana.
De lá, atravessamos a rua para o Roman Bath. Trata-se de uma casa de banho dos tempos romanos, que funcionou ali por séculos. Ela foi restaurada no século XIX e aberta a visitação na época. O audio guide explicava os detalhes da operação das águas termais, único caso em solo inglês desse tipo de formação geológica. Meio caro, mas bom. Lembrei dos meus amigos historiadores (de diploma ou de leitura): André Ryoki, Tatiana Ricci e Marcelo Del Debbio.
O almoço, em homenagem aos queridos amigos Helga Reinhardt e Diego Pateta, foi um lanche comprado em qualquer canto e ingerido a caminho.
Fomos então para o Bath Termal Spa. Pegamos um período de 4 horas nas instalações com piscinas aquecidas e saunas odorizadas. Nas saunas, onde é sempre quente e variam-se os odores, lembrei do meu fretado, onde sempre estou com Fred Ricardo, Almir Ponte e Aline Surkus. As piscinas ficam a 33,5oC e a do 3o andar fica a céu aberto. Pegamos chuva e por do sol. Não fica muito melhor do que isso. Lembrei do Marcos Roberto, colega da PRODESP também. Na saída, comprei um presente para minha Luciana.
Jantei um hamburger na rua, para não estragar o dia.

No dia 2, fomos a um lugar com um nome bastante sugestivo: Cheddar Cave. O que vocês acham que eu e o Leal compramos por lá? Hein? Hein? Dia 14 eles chegam aí, em 5 variantes.
O passeio custou uma fortuna para visitarmos uma caverna muito meia boca, um outra passagem sem graça e um torre de observação mediana. Perda de tempo e dinheiro, diga-se. 
De lá fomos a Wells, onde havia a Bishop's House e Well's Cathedral. Passeio médio e bom, respectivamente. A casa do bispo tinha belos jardins e uma visão exclusiva da catedral. Havia um pedaço da casa demolido para aumentar a visão do jardim. Bisonho. A catedral era bonita e bem conservada, mas nada de especial além da sustentação central em forma de tesoura. A antiga biblioteca, com livros mais velhos que o Brasil, também foi bacana, embora não se pudesse tocar em nada
Retornamos a Bath, onde jantei um club de frango em uma lanchonete chamada Giraffe.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Viagem à Grã-Bretanha (17)

Começamos o dia 29 com mais uma abadia em ruínas: Tinternn Abbey. Ela é um pouco mais nova de construção e tão abandonada quanto as demais. Pelo menos foi muito pouco pilhada: as tropas de Henrique VIII apenas tiraram o que havia de valor, sem ficar quebrando paredes de graça. Mas fechou a conta de ruínas religiosas para nossa viagem.
De lá, fomos ao Raglan Castle, último castelo em ruínas. Ele tem uma torre hexagonal na frente que teve duas paredes dinamitadas, o que permite um vista em corte real e muito rara. Era um castelo luxuoso em sua época, com lareiras individuais e um belo sistema de esgotos para a época.
Seguimos na estrada M4, o que nos colocou em Gales. Era a segunda vez que saíamos da Inglaterra. E novamente surgem as placas bilingues, agora o galês junto ao inglês. É uma lingua de doidos: eles não usam vogais. Adoram y, dd e coisas assim. Cardif, por exemplo, se escreve Caerdydd. 
Chegamos ao The Big Pit, uma mina de carvão que teve um veio desativado e transformado em museu. Infelizmente, tinha uma menina insuportável em nosso grupo, o que comprometeu o passeio seguinte. Depois me perguntam porque eu não gosto de crianças. 
(neste momento começa uma tempestade aqui em Bath...)
Almocei um pork cawl, um tipo de ensopado de porco com legumes onde tudo tem o mesmo gosto.
Gales a dentro, chegamos correndo no National Botanic Gardens of Wales. Além de muito novo, é muito bonito, assim como muitas coisas em Gales. Tem um domo com arquitetura futurística e belas áreas temáticas.
Em Swansea, jantei sorvete de creme com nozes no Joe's. Depois nos hospedamos no Holiday Inn, fraco como sempre: cama dura, máquinas ruidosas, café da manhã fraco e sem internet nos quartos.


Dia 30, começamos pelo National Waterfront Museum. É um museu interativo, meio infantil na verdade, que retrata aspectos industriais de Gales. Achei fraco. Mais 30 minutos de carro para o leste e estávamos no Worm's Head, um passeio de trilha de 2 horas até uma pedra no oceano que só pode ser acessada na maré baixa. Tem hora para entrar e sair de lá, mas fomos preparado e chegamos no final da maré baixa. O esforço foi grande, com muita pedras para passar. Com cuidado, dá pra atravessar em machucados, mas desgasta as pernas. Venta absurdamente o tempo todo nesse passeio, o que não ajuda em nada o equilíbrio nas pedras. A vista é linda e ainda tivemos um trio de focas nos vendo no caminho. Na volta, claro, muita chuva.
Ainda por lá, almocei o raro (e nem por isso tão bom) sunday roast. Aceitei na entrada: ciabatta com queijo e alho. 
Seguimos de carro até Cardiff, onde fizemos um city tour. Consegui algumas fotos do belo Millenium Stadium. Voltamos pela M4 e, de volta a território inglês, descemos um pouco até Bath. Hospedagem muito atenciosa em um estanho quarto com suíte, mas que a pia não fica no banheiro: fica no quarto mesmo.
Amanhã tem mais dois dias de relato por aqui.