sexta-feira, 29 de junho de 2012

15 milhões

Somos hoje 15 milhões de brasileiros.
Já fomos bem menos, é verdade. Então comemora-se o crescimento. Dez anos atrás, éramos 12,5 milhões de pessoas, então o crescimento de cerca de 20% em números absolutos nos fez passar de 7,3% da população do Brasil em 2000 para 8,0% em 2010.
Somos mais numeros que a torcida do Palmeiras e do Vasco. Somos mais numeros que gremistas e colorados somados; idem para atleticanos e cruzeirenses. Somos quase a quantidade de eleitores de Marina Silva no primeiro turno do último pleito eleitoral. Juntos, superamos a audiência de qualquer partida de futebol pela transmitida pela televisão. Somos mais numeros que a audiência máxima de quase todas as emissoras de tv do país. Nenhum senador o governador jamais recebes tantos votos quanto nós somos.
Fazendo as contas, a cada 2 minutos uma pessoa se junta a nós, 24 horas por dia, 7 dias por semana. E são todos em vindos.
Somos 15 milhões e estamos crescendo. Seremos maioria um dia ainda neste século.
Somos ateus.

Fonte dos dados: Censo 2010 do IBGE.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Não tem preço

Postagem de um sujeito no Facebook:

"Maior final da história da humanidade, desde os tempos de Salomão o Grande não se via algo tão gigantescamente tão grandioso. Ver a fox sports da argentina, entrevistando o comentarista da fox sports brasil, pra saber quem é o Corinthians e perguntar se Romarinho é filho do Romário. Não tem preço, o resto vc compra com Mastercard".

Pode até ganhar. Mas vai continuar sendo time pequeno enquanto tiver esse complexo de inferioridade mostrado ao tentar provar que é grade.

Foto do dia

Hoje cedo, ao chegar à PRODESP, por volta de 6h40.


Adoro fog. Ainda bem que vou pra Londres gostando de fog.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Maluf + Haddad

Sim, eu vou espezinhar até outubro. A de hoje é: Maluf + Haddad = Maldad.
Divirto-me (um pouco) com os argumentos petebas de que "o PSDB faria pior" ou "o PSDB já fez pior". O curioso é que nenhum deles sequer tenta defender a aliança, preferem apenas evitar serem colocados um degrau abaixo do adversário, mesmo sabendo que merecem tal tratamento por parte do eleitor.
A pesquisa Datafolha publicada hoje mostrou subida de Serra e Russomano, com queda de Haddad. Segue link. Daí vem aquela velha análise de sempre, de que as variações foram dentro da margem de erro. Sei. Não se pode negar que Maluf vai somar sua rejeição à de Haddad e à do PT per se. Fica cada vez mais difícil achar um eleitor que aceite tudo isso em uma chapa só, e por isso a intenção de voto cai a 6%, enquanto o tucano subiu a 31%.
A questão tucana agora é como enfrentar Russomano em um eventual 2o turno. A rejeição do RPBista é bem mais baixa que a de Serra, até por ser menos conhecido politicamente. Bem ou mal, avalia o tucanato, contra Haddad seria mais simples de combater.
Já Russomano precisa consolidar a intenção de voto que tem. Há um receio de que se torne outro caso de "Ciro-02", onde a boa intenção de votos derreteu no início da campanha televisiva. O PSDB pretende fazer com que isso aconteça para não precisar correr riscos (e despesas) de um segundo turno.

Tem horas...

Tem horas que a gente quer falar mal de uma pessoa específica, mas não pode. Vai que a pessoa descobre, não é ? 
Então a gente não fala dela para ela, ou perto dela. Na verdade, falar mal dela, ainda que longe o suficiente para ela não ouvir ainda pode ser perigoso. "As paredes têm ouvidos", diz o ditado, no sentido de que alguém que você não considera como pessoa relevante pode ouvir e relatar isso.
Sobe-se mais um degrau na paranóia, e quando se fala, isso é feito com portas fechadas, para alguém de confiança. Reclama-se do cônjuge para um colega de trabalho, ou vice-versa, afinal eles não se conhecem... Até o dia daquela festa, onde todo mundo se esbarra e você vai para lá suando frio. "Putz, é hoje..." 
Então no cúmulo da prevenção, você só fala isso para o analista, desde que ele não tome notas, é claro.
Chamo esse processo de Receita Perfeita para Paranóia.
Expandindo o conceito, evita-se falar mal do trabalho, da academia, da igreja, do grupo de dança, da ONG onde se trabalha aos finais de semana, da pizzaria e do cachorro. E assim o mundo não gira, pois pessoas que não recebem críticas dificilmente evoluem por si só.
Que fique claro que me incluo no alvo da crítica. Eu mesmo já declarei que não comentarei assuntos profissionais aqui. Embora meu cargo seja sigiloso, algumas situações corporativas não o são, e deixariam Scott Adams de cabelos em pé se ele soubesse. Ainda assim, parte-se para um política defensiva, "para evitar problemas futuros."
Que triste.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Mais Piquet

Foto da linha de chegada, direto do site da Nascar e sem nenhum tipo de autorização para uso.


Torci pacas pelo moleque. Ele fez uma enorme bobagem na F1. Indefensável. Mas pagou pelo crime que cometeu e, digo mais, quem não errou quando jovem ? Se os norte-americanos podem ter tido um presidente que "experimentou maconha" ou nós podemos ter uma presidente fichada por terrorismo, acho que jogar um carro em um muro arriscando até mesmo se machucar feio para seguir ordens do chefe está até pouco.
Vida longa na Nascar, Nelsinho. Te vejo na Sprint Cup em 2014.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Alonso e Piquet

Não quero aqui diminuir o talento de Alonso. É hoje o melhor piloto em atividade na F1. Tira leite de pedra, vence corridas com carro inferior e lidera o campeonato com essa carroça da Ferrari. Venceu ontem em Valência largando em 11o. Antes disso, o pole havia vencido 3 vezes e o único que tinha vindo de "trás" foi Barrichello largando em 3o. Foi ganhando posições na pista, sem tática ou pneus para lhe darem vantagem. Fera mesmo.
Mas ô cara de sorte, viu ? Se chegou ao 4o lugar por seu próprio mérito, daí para frente o universo decidiu que ele ia vencer a corrida. Primeiro, uma entrada de safety car causada por dois manés lá atrás. Isso comeu toda a diferença enorme que Vetel tinha construído sobre os demais. Daí a McLaren deu uma forcinha e, com um pit stop desastrado par Hamilton, deixou Fernando em 3o antes da relargada. Daí Alonso se aproveita da inexperiência de Grosjean e o ultrapassa na largada. 2o. Quando ia iniciar a perseguição a Vetel, o carro do alemão simplesmente pifa. 1o. Para completar, o jovem Grosjean que tinha mais carro que ele e poderia tentar revidar a ultrapassagem também pifa. Raikkonen fica preso atrás de Hamilton e leva muitas volta para tomar o 2o lugar do inglês. E lá vai Alonso pro podium em primeiro. O cara é bom sim, mas tem muita sorte.
Em notas laterais, defendo Bruno Senna no acidente com Kobayashi. Não sou fã do Bruno e sou fã do japonês. Mas ele tentou passar por onde não cabia nem uma bicicleta e causou a colisão. Discordo da punição que deram para o brasileiro.
Tanto não entendi, que Maldonado foi punido no final da prova por bater em Hamilton, com o que concordo totalmente. Embora tenha sido vítima, também acho que Hamilton errou na defesa excessiva da posição. Não errou em termos de corrida, mas de campeonato. Tentou defender 15 pontos, podia ter ficado com 12 e levou 0. Em 2012 está claro que a decisão vai ser por bem menos que isso. Poderia ter se contentado com o 4o lugar numa boa.
E é impossível não citar o podium de Schumacher. Parece que ele ainda tem garrafa vazia pra vender, viu ?

Na Nascar Nationwide Series, Nelson Piquet Jr. venceu sua primeira corrida na categoria, que é a segunda mais importante da Nascar. Vi as últimas 25 voltas, e posso dizer que ele dominou a prova. Sobrou, para ser honesto.
Na minha opinião, carimbou o passaporte pra a categoria no ano que vem. Agora a é focar na Truck Series, o que ele mesmo prometeu te fazer, e tentar o título improvável mas possível.
Imagens e mais detalhes em um próximo post.


sábado, 23 de junho de 2012

Foto do dia

Tive que ver essa coisa hoje à tarde...



Modelo 430 Scuderia. Motor V8, 430 cv. Velocidade máxima: 315 km/h.
Sim, tô com inveja sim.
Por que ? Algum problema ?

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Foto do dia

Segue a foto do dia, de Jean Pimentel/Agência RBS/Agência Estado. Em Santa Maria, um raio arrancou a cabeça do cristo redentor local.


Enquanto você vê essa foto, ocorre o diálogo abaixo:
Zeus: Thor, foi você ?
Thor: Tô quieto, meu. Pergunta pra Iansã.
Iansã: Na América do Sul deve ser coisa do Viracocha ou do Tupã.
E eu achando graça.

Nenhum brasileiro estava a bordo

Olá, amigos.
Meu aborrecimento de hoje é com a imprensa de modo geral, em um aspecto que muitos de vocês sequer perceberam, ou talvez nem considerem como algo negativo. Em uma rápida pesquisa no site da Folha de São Paulo, achei as seguintes três notícias:
Caso a leitura dos links lhe seja incômoda, resumo. Na primeira, um brasileiro será fuzilado por tráfico de drogas na Indonésia. Na segunda, um brasileiro terá sua peça encenada em Londres. Na terceira, um brasileiro foi eleito deputado na França. Não entrarei no mérito de nenhuma delas.
Observamos uma notícia na Indonésia, uma na Inglaterra e uma na França. As notas são policial, cultura e política. Uma possivelmente negativa (dependendo do ponto de vista do leitor) e as seguintes parecem-me claramente positivas. O que tem em comum nas 3 é o "brasileiro".
Meu amigo André Leal, com quem conversei sobre isso algumas vezes, mencionou que isso é um atributo da imprensa norte-americana que absorvemos por aqui. Não tenho porque nem como duvidar da fonte. Mas acho completamente babaca essa atitude da imprensa.
Na notícia da Indonésia, contam outras dezenas de pessoas no corredor da morte. Inclusive, é claro, outro brasileiro! O parlamento francês é composto por centenas de deputados, e nenhum deles outros é mencionado, provavelmente por cometerem o crime de serem franceses ou, menos especificamente, não serem brasileiros.E a peça encenada na terra da rainha ? Se fosse um cara conhecido do grande público, como Nelson  Rodrigues , a notícia até se esvaziaria sozinha. Mas sendo um cara menos popular, "nossa: que legal que é de um brasileiro !"
No noticiário esportivo de minutos atrás está lá:
Na F1, piloto venezuelano lidera o treino e Massa ficou em 14o. Tem que citar o brasileiro na manchete, né?
Ô complexo de inferioridade! Óbvio está que isso é um processo nem tão complicado assim de auto-afirmação enquanto país candidato a potência. É uma necessidade de mostrar que estamos no mundo todo, que fazemos parte, que somos relevantes. É aquela coisa da criança que faz uma montagem com seu Lego, mas chama a mãe par ver que bonito ficou. Pode até ser bonito mesmo, mas a mãe de fato nunca ia olha sem ser chamada. Lembra-me também os políticos fazendo jogo de cena em uma CPI da vida para aparecer nas câmeras.
Se fôssemos mesmo isso tudo, não seria necessário avisar ou relembrar. Inclusive, acho que parar de agir assim pode ajudar na auto-estima efetiva de nosso povo. Quando algo com um brasileiro aparecer no noticiário é porque é algo relevante e não porque ele é brasileiro.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Orgulho !

Entre tantas críticas que faço aqui, é hora de elogiar alguém. O tema do dia, em meio à Rio+20, são as sacolinhas plásticas.
Já tratei do tema anteriormente neste espaço, aqui. Os argumentos não mudaram. O aborrecimento causado pelos supermercados também não. Mas a guerra não está perdida, cidadãos de bem !
Vejo hoje, no site da Folha, uma entrevista com o vilão desta saga, Sr. João Gallasi. Segue link para a mesma. Atento para a seguinte parte apenas:

Quantas sacolas eram distribuídas no Estado?
Em São Paulo, são 6,7 bilhões de sacolas por ano, ou uma média de 550 milhões por mês.
Quanto os supermercados pagavam por esse custo mensal?
A Apas não divulga essa informação.

Sei. Entendi perfeitamente: não querem divulgar o quanto ganharam com isso, certo ?
Mas há boas notícias sim. O Ministério Púbico não validou o TAC sobre esse tema. Perceberam o óbvio: que é o consumidor quem está sendo prejudicado.  Mas o que me deixou feliz foi o posicionamento do CREA-SP sobre o tema. Este sim reproduzirei na íntegra (e espero que o Conselho não se ofenda com isso), e segue o link original.

Com o objetivo de contribuir para “tirar a Terra do sufoco,” bandeira desfraldada por uma associação de supermercados em recente “acordo de cavalheiros” celebrado com o Poder Público as sacolas plásticas, outrora disponíveis nas bocas dos caixas das lojas com o propósito de embalar higienicamente as mercadorias adquiridas pelos clientes, não mais são distribuídas. Em seu lugar são vendidas as sacolas ditas retornáveis ou as suas congêneres “biodegradáveis”, ou ainda disponibilizadas gratuitamente as caixas de papelão descartadas pelos próprios supermercados.
Independentemente dos transtornos causados aos consumidores, especialmente aos de baixa renda, que são obrigados a carregar as mercadorias adquiridas do jeito que der (aqui cabe assinalar a espantosa omissão do Procon e do Ministério Público) os aspectos sanitários e de saúde pública relativos ao transporte de mercadorias perecíveis foi minimizado frente à uma querela ambiental representada por uma pretensa e fosfórica proteção ao meio ambiente pela supressão das sacolas plásticas, responsáveis por cerca de apenas 1,3% de tudo o que é descartado, segundo a ABELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
Em primeiro lugar, a população que se acostumou a reutilizar as sacolinhas plásticas de “mil e uma utilidades” para abrigar o lixo doméstico e papeis sanitários de modo a permitir seu encaminhamento aos aterros sanitários ficará privada desta possibilidade. Uma das consequências perversas disso será, dentre outras, a disseminação da sujeira nas ruas acarretando, com as chuvas, no aumento da poluição difusa com a consequente elevação do nível de contaminação de nossos rios. Difícil imaginar que boa parte da população se disporá a comprar sacos plásticos de lixo. Aliás, levantamento recente procedido pela Associação Mineira de Supermercados que adotou postura semelhante à congênere paulista indicou, para surpresa da dita associação, que o percentual médio de aumento de consumo de sacos de lixo se elevou em apenas 15% naquele estado desde a implantação da Lei.
  1. Um outro risco à saúde pública e ao meio ambiente reside também na utilização indiscriminada, como recipiente de produtos alimentícios, das caixas de papelão armazenadas precariamente nos porões das lojas, cujos usos pretéritos  são totalmente desconhecidos pelo consumidor que se virá obrigado a reutilizar estes recipientes de alto risco sanitário devido as condições higiênicas impróprias fáceis de se imaginar.
  2. Aliás, também com relação às sacolas plásticas retornáveis, reportagem promovida pelo jornal “Folha de São Paulo” mostrou que, de acordo com pesquisas encomendadas pelo Datafolha, bactérias e fungos podem estar presentes também nestas embalagens segundo resultados dos testes realizados pelo laboratório de análises biológicas SFDK que se utilizou de 100 sacolas plásticas retornáveis usadas. Os ensaios revelaram que das 100 sacolas avaliadas 88 tinham microrganismos capazes de formar colônias, fato este que pode ocasionar danos potenciais à saúde com riscos de doenças.
  3. Uma outra consequência deste “acordo” que certamente causará mais um  efeito perverso ao meio ambiente é aquela representada na prática pelo desmonte dos centros de reciclagem, tarefa secundária porém importante desempenhada por cada loja da cadeia de supermercados, uma vez que elas costumavam armazenar estas caixas de papelão para posterior reciclagem na fabricação de papel de aparas como fonte de matéria prima economizando-se em consequência a celulose da madeira. Com a pulverização destas embalagens pelos quatro cantos de nossa metrópole esta reciclagem se tornará bem mais difícil.
  4. Para remate assinale-se que, com o hábito da distribuição gratuita das sacolas plásticas, os supermercados na realidade contribuíam para a proteção do meio ambiente e principalmente da saúde pública, embora aparentemente não o soubessem. O equivocado banimento destas embalagens configura-se em um gigantesco passo atrás, pois, ao contrário do que imaginavam, esta medida tenderá a ocasionar um impacto sanitário e ambiental negativo, cujas consequências se farão sentir já em curto prazo.
  5. Desta forma, a Câmara Especializada de Engenharia Química do Crea-SP é de opinião que pelo menos os produtos alimentares adquiridos nos supermercados ou em quaisquer outros estabelecimentos devam ser embalados convenientemente, em perfeita higiene, pelas próprias lojas e em embalagens inéditas antes de serem entregues aos clientes. O CEEQ também lamenta que a iniciativa dos supermercados acabe também por privar boa parte da população do uso secundário, mas extremamente importante, das sacolas plásticas as quais até então desempenhavam função preponderante na cadeia reaproveitamento e de disposição de resíduos sólidos domiciliares.
Eng. Alim. Gumercindo Ferreira da Silva - Crea-SP nº 5060714620
Coordenador da CEEQ

Lendo isso, dá orgulho de ser engenheiro.



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Uma imagem...

Não falei quase nada de política aqui neste blog até hoje. Mas tem coisas que não se pode deixar de registrar.


Uma imagem vale mais do que mil palavras. E depois me perguntam por que eu não levo a democracia eletiva a sério.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Nascar 102

Voltando à minha paixão esportiva do momento, falarei um pouco sobre pilotos e equipes.
Para os leitores acostumados à F1, é preciso dizer que as equipes da NASCAR são diferentes das da F1 em diversos aspectos e similares em outros. Comecemos pela similaridades.
Em ambos os casos são empresas com um comando central técnico e empresarial bem definido. O equipamento usado é o mesmo para todos os pilotos da mesma equipe, mas não que isso seja regulamentado: simplesmente não vale a pena manter 2 ou mais conjuntos de peças e regulagens. Embora isso não fique claro na F1, na NASCAR é muito fácil de perceber que cada piloto tem seus mecânicos, que inclusive usam macacões iguais aos seu nos pits. Enquanto na F1 existe a figura do "engenheiro do piloto", na NASCAR é o "chefe dos mecânicos", mas a função é essencialmente a mesma.
Por outro lado, os pilotos usam números fixos ao longo dos anos. O número "pertence" à equipe, que em caso de troca do piloto usa esse número com o novo contratado. É normal um piloto usar o mesmo número durante toda sua carreira. Jeff Gordon corre com o 24 desde 1994 e nada indica que isso vá mudar em breve, por exemplo. Os patrocínios são feitos tanto para o carro quanto para o piloto e junto aos prêmios pelos resultado constituem a maior fatia dos ganhos dos pilotos, ao contrário da F1 onde o que pesa mesmo é o salário. As equipes podem ter de 1 a 4 carros, enquanto na F1 são sempre 2. Embora os postulantes ao título corram a temporada toda, não há nada que impeça um contrato por 5 corridas, por resultados ou outros critérios que bem lhes convier; e a NASCAR não se mete nisso. As equipes negociam livremente equipamentos entre si, incluindo chassis, motores, bolhas e peças em geral. A única coisa que não se faz atualmente é uma equipe que usa motor de uma montadora trocar por outra no meio da temporada. Mas trocar a preparação para esse motor é corriqueiro.
  • Equipes
A equipe realmente grande da NASCAR é a Hendrick Motorsports (Chevrolet). Nos últimos 20 anos venceu 9 campeonatos e ainda forneceu equipamentos para outra equipe vencer 1. As outras equipes grandes, sempre disputando títulos e vitórias são: Joe Gibbs Racing (Toyota), Richard Childress Racing (Chevrolet) e Roush Fenway Racing (Ford). A Childress venceu 2 títulos dos últimos 20, mas já está a amargar uma seca desde 94. Joe Gibbs tem 3 campeonatos recentes enquanto Roush também tem 2. Juntas, elas tem 13 carros que tendem a dominar o Chase e só daí já começa o aperto, pois o Chase tem apenas 12 vagas.
As equipes médias da NASCAR são aquelas que eventualmente incomodam as grandes e vencem corridas. Não é incomum classificarem pilotos para o Chase. Mas ainda não têm a tradição e o peso do nome dos grandes, ou eventualmente perderam força com o passar das temporadas. As equipes médias são: Enhardt Ganassi Racing (Chevrolet), Michael Waltrip Racing (Toyota), Penske Racing (Dodge), Richard Petty Motorsports (Ford) e Stewart-Haas Racing (Chevrolet). Esta última, embora média, é a atual campeã.
Há ainda diversas equipes pequenas. que em nome da simplicidade não citarei. Mas estas correm com equipamento inferior e raramente obtém resultados expressivos.
  • Pilotos
Os pilotos, listados por equipes e seus números são (estatísticas válidas para 19/06/2012):

Hendrick (9 títulos)
5 - Kasey Kahne (13 vitórias)
24 - Jeff Gordon (4 títulos, 86 vitórias)
48 - Jimmie Johnson (5 títulos, 56 vitórias)
88 - Dale Enhardt Jr (19 vitórias, de longe o piloto mais popular, sendo ídolo de 7 entre cada 10 fãs)
Gibbs (3 títulos)
11 - Danny Hamlin (19 vitórias)
18 - Kyle Busch (24 vitórias)
20 - Joey Logano (2 vitórias)
Childress (6 títulos)
27 - Paul Menard (1 vitória)
29 - Kevin Harvick (18 vitórias)
31 - Jeff Burton (21 vitórias)
Roush (2 títulos)
16 - Greg Bifle (17 vitórias)
17 - Matt Kenseth (1 título, 22 vitórias)
99 - Carl Edwards (19 vitórias)
Ganassi
1 - Jamie McMurray (4 vitórias)
42 - Juan Pablo Montoya (2 vitórias)
Waltrip
15 - Clint Bower (5 vitórias)
55 - compartilhado entre Mark Martin (40 vitórias, veteraníssimo com 53 anos de idade), Michael Waltrip (4 vitórias) e Brian Vickers (2 vitórias)
56 - Martin Truex Jr. (1 vitória)
Penske
2 - Brad Kaselowski (6 vitórias)
22 - A. J. Almendinger
Petty
9 - Marcos Ambrose (1 vitória)
43 - Aric Almirola
Stewart
14 - Tony Stewart (3 títulos, 46 vitórias)
39 - Ryan Newman (16 vitórias)

Além desses, ainda podemos citar Kurt Busch (1 título e 24 vitórias) e Bobby Labonte (1 título, 21 vitórias), mas que atualmente vêm passando um momento ruim nas carreiras sem espaço em times com bom equipamento e o veteraníssimo Terry Labonte (2 títulos, 22 vitórias), em atividade desde 1978 (embora em apenas algumas provas desde 2005) e 55 anos de idade).
Amigo leitor, pode pegar o controle remoto e começar a ver. Divita-se !

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Nascar 101

Olá amigos.
De tão apaixonado que sou pela NASCAR, decidi escrever um pouco sobre a categoria. Algo para quem conhece e até curte automobilismo, mas não sabe do que se trata a categoria em questão.
A National Association for American Stock car Auto Racing é uma entidade norte-americana (fica aqui meu protesto ao neologístico adjetivo gentílico "estadunidense", que acho um nojo) que promove corridas de carros em diversas categoria. Surgiu no final dos anos 40 com objetivo de disciplinar, organizar e fazer darem lucros as corridas de carros de passeio. Já cabe aqui uma observação potencialmente polêmica quando afirmo que correr de carro é da natureza do homem desde a invenção dos primeiros carros. É legítimo o gosto pela velocidade e por tentar chegar antes dos adversários. Se é um completo absurdo dois ou mais malucos tirarem um racha numa via pública é tão absurdo quanto fingir que esse desejo é natural e legítimo. As autoridades simplesmente precisam delimitar locais para isso acontecer com segurança e longe de quem não quer participar.
A NASCAR é uma empresa de capital fechado. Assim como são a FIA, a CBF e o COI. O DNA norte-americano, no entanto, faz com que essa definição seja clara e precisa. O objetivo da NASCAR é dar lucro a seus acionistas promovendo corridas de carros. Simples assim.
A NASCAR é composta de diversas categorias. A principal é a Sprint Cup, a segunda em importância é a Nationwide Series e a terceira é a Truck Series. As duas primeiras correm com carros "de passeio" e a terceira com "pickups". Exitem ainda divisões menores com categorias regionais. Coloquei os termos entre aspas pois não são os modelos que você pode comprar na concessionária. São carros projetados e construídos do zero sob uma regulamentação incrivelmente rígida. Contam com apoio de grandes montadoras que fornecem motores, peças e suporte financeiro. No final do processo de projeto as equipes tentam, sem muito sucesso, aproximar o desenho da carroceria (chamada bolha pelo pessoal da área) com os de equivalentes de rua de seus fabricantes-suporte. Embora eu acompanhe superficialmente a Truck, onde correm 2 brasileiros atualmente (Nelsinho Piquet e Miguel Paludo), e a Nationwide, minha diversão mesmo é a Sprint.
O caminho natural dos pilotos é entrar pelas divisões menores ou pela Truck. Chegar na Nationwide é uma questão de mostrar algum talento na Truck e fazer um bom contrato. Subir para a Sprint é outra parada. Não é para qualquer um mesmo.
O campeonato da Sprint é disputado em duas fases. Na primeira fase, são 26 corridas valendo pontos. Os 10 pilotos que mais fizerem pontos classificam-se para o Chase for the Cup, que é a decisão efetiva do título. Além destes 10, classificam-se mais 2 pilotos entre os que ficarem da 11a à 20a posição em pontos, mas aqui prevalece o número de vitórias, sendo os pontos o critério de desempate. Esses 12 pilotos tem a pontuação equilizada muito acima dos demais competidores (não chega a ser tudo exatamente igual, mas praticamente isso) e disputam o campeonato em mais 10 corridas, totalizando 36 na temporada completa. Os pilotos que não fazem parte do Chase continuam participando das provas normalmente, podendo vencer corridas e as premiações em dinheiro.
A pontuação atual é um tanto simples perto do que já foi no passado. O último colocado marca 1 ponto, o penúltimo 2 e assim por diante. Como largam 43 carros, o vencedor marca 43 pontos pela posição. Além disso, são conferidos pontos de bônus:
- 1 ponto para cada piloto que liderar pelo menos uma volta;
- 2 pontos para o piloto que liderar o maior número de voltas;
- 3 pontos para o piloto que vencer a corrida
Essa pontuação vale para todas as 36 corridas.
Amanhã falo de pilotos e equipes em atividade.

sábado, 16 de junho de 2012

De quem eu não tenho pena (3)

Dando seguimento a este amável projeto, segue mais uma lista de pessoas que realmente não contam com minha sympathy (preferi o termo em inglês, embora não tenha qualquer relação com "simpatia": aquilo que se chama de falso cognato).
- vítimas de golpes por prostitutas. Já que só se comenta o Caso Yoki, quero dizer que não tenho pena da vítima. Não que todas as garotas de programa seja criminosas, mal intencionada ou psicopatas como neste caso. Mas são pessoas que convivem com o que de pior existe no mundo e disso precisam se defender. Algumas delas, minoria claro, acabam se tornando o que de pior existe. E quem faz questão de conviver com isso (e como tem nego que gosta !) está procurando encrenca. Portanto, não tenho pena quando acha.
- preguiçosos em geral. Sabe aquele seu colega que não fez o relatório ? Ou aquele amigo da faculdade que atraso a entrega do trabalho semestral? Gente, todo mundo tem acesso às mesmas informações, à mesma agenda, ao mesmo calendário. Se o sujeito quer deixar para a última hora, problema dele. Mas não peça nem minha ajuda nem meus sentimentos.
- pessoas que desconhecem as regras. Conheci esse tipo na escola: aquele que nunca sabia quanto vale cada questão da prova. Na faculdade, essa espécie prolifera: não sabem fazer um requerimento, não lembram onde é a secretaria, pedem ajuda até para achar equipamentos de laboratório que estão na própria mesa. Na vida profissional, rareiam um pouco, em parte porque alguns acordam para a vida e em parte porque não chegam à vida profissional. No trabalho há mais regras, mas curiosamente são mais simples. Mas sempre tem o sujeito que não sabe calcular seu 13o salário, não aprendeu a fazer requisição de férias e por aí vai. Esse tipo tá o tempo todo batendo cabeça com algum regulamento óbvio e que foi devidamente explicado algum dia no passado. Eles perdem férias, perdem horas no banco de horas da empresa, atrapalham-se até para pagar contas. E eu rio de todos eles.
- bandido morto em troca de tiros. Não vou entrar na discussão do "bandido coitadinho" x "bandido bom é bandido morto". Os dois lados exageram e não querem ver o outro lado tem pontos interessantes serem ouvidos. Mas é fato que às vezes o criminoso é surpreendido pela polícia no meio da ação criminosa. Seja porque daquela vez a polícia funcionou, seja porque a vítma é um figurão, seja porque o meilante já estava sendo observado, vez por outra isso acontece. E no país da impunidade, com o pior sistema judiciário do planeta, trocar tiro com a polícia é burrice aguda. Larga a arma, mão na cabeça e fica de boa. Os policiais são muito mal preparados, mas se o suspeito não der motivos não vai acontecer nada com ele. Então não tenho pena de que toma tiro da polícia depois de atirar.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Curtas considerações

Vez por outra pretendo usar este blog para pequenos desabafos. A ideia é agrupar alguns e descarregar de uma vez, de modo mais objetivo. Até porque são assuntos que de nada adianta se delongar.
  • Futebol
Estou parando de ver. Simplesmente cansei de me decepcionar com erros de arbitragem. Quero apenas dizer o quanto é mais confortável para todos a realização de jogos às 21h em vez de 22h. Ontem jogou o São Paulo pela Copa do Brasil e, 23 em ponto já havia acabado a gritaria pelo jogo. Qualquer um podia dormir em horário decente. Bem distinto do que ocorreu na véspera, com o jogo da Vila Belmiro terminando depois da meia noite.
E tudo por causa da porcaria da novela poder passar no Acre (fuso horário que chega a -2h durante o verão) sem cortes. E ninguém faz nada a respeito.
  • Festinha
Embora eu não comente coisas de trabalho, hoje teve festinha aqui no meu andar. Temática junina, o que para mim é um porre por si só. Os comes estavam bons, os bebes praticamente inexistiram. Mas a bagunça toda em uma mesa improvisada a 4 metros do meu local de trabalho me fez lembrar porque cursei engenharia: não tem mulher falando nos corredores.
  • Yoki
Falando em rodinhas de fofoca, só se fala no Caso Yoki. Engraçado isso, pois nem vítima nem criminosa tem sobrenome Yoki. Nem sequer o rapaz é dono da mesma pois a havia vendido. E como o crime nada teve a ver com a empresa, chamar de "Caso Yoki" só faz vender mais pipoca (e diga-se, a deles é sim a melhor do mercado).
Acho que faz parte do processo de autoafirmação nacional quando se passa de país médio para país grande ter sua cota anual de malucos e doidos varridos. De alguns anos para cá, a quantidade de casos aumentou vertiginosamente: casal Nardoni, Maníaco do Parque, Champinha, Atirador do Shopping, Atirador do Realengo, caso João Hélio, Chinês na piscina da Medicina, Lindemberg e por aí. vai. Tudo recente.
Será que fizemos algo errado ou só estamos percebendo um erro muito antigo agora ?

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Um dia de fúria

Quem não perdeu a paciência com alguma empresa pelo menos uma vez, digamos, este ano ? Aqui no Brasil, temos os atendentes de telemarketing a nos atormentar semana sim, semana não. Pior que isso são os "procedimentos" e as desculpas que as empresas adotam para não respeitar nossos direitos de consumidor.
O video abaixo é de uma câmera de segurança de uma concesionária Nissan na Rússia. O nome da Nissan aparece na parte de cima, um pouco à esquerda do centro da imagem. Os caracteres cirílicos do restante da placa, embora incompreensíveis ao cidadão comum, são inconfundíveis.
O cliente comprou um carro com problemas na suspensão e começou a ouvir as ladainhas de "não temos como ajudar". Perdeu a paciência, a cabeça e a noção. Acompanhem.


Podemos concordar ou discordar de sua ãtitude extremada. Podemos comentara atitude pouco inteligente da mulher que se aproxima do carro por volta de 1min50 do video. Podemos até comentar a imperícia do motorista que, transtornado, erra até algumas colisões contra objetos estáticos e acerta a coluna do prédio pelo menos uma vez por volta de 2min30.
Mas o que não podemos deixar passar é que o carro dele é uma Vitara, fabricada pela Suzuki e não pela Nissan. O cara fez isso tudo na concessionária errada. Burrice aguda.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Foto do Dia

Hoje não amanheceu em São Paulo. Pelo menos não tinha Sol, tinha uma neblina como há tempos não se via por estas bandas. Tirei estas fotos entre 6h30 e 6h40, a caminho do meu fretado.


E lá fomos andando por instrumentos até chega à empresa...
Pensando bem, eu gosto muito de neblina. E esses dias de garoa constante finalizando a série com esse fog todo deve ser algum tipo de preparação mísitca para visitar a Terra da Rainha daqui a 3 meses.

Contra fatos...

Dizia meu ex-sócio Marcelo Del Debbio que "contra fatos não há argumentos". Então vamos aos fatos: pesquisa Datafolha aponta que maior torcida da Parada Gay é do Corinthians. Segue link.
Nâo se trata de homofobia nem mesmo de anti-corinthianismo. Mas essa papagaiada de rotular a torcida do São Paulo de "bambi" deveria ser enterrada definitivamente, até porque já cansou. Durma-se com esse barulho agora.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Pitacos candenses

Olá, amigos leitores.
Ontem vi um GP do Canadá curioso. Concordando com o calvo ídolo local Jaques Villeneuve e discordando do competente Reginaldo Leme, a corrida foi, sim, chata. A graça que teve no final foi a tentativa mal sucedida da Ferrari de se manter no plano de apenas uma troca. Com isso primeiro Massa, que tinha sido forçado a uma troca prematura na volta 12 e depois Alonso, que trocara na volta 19 começaram a despencar pela posições. Não fosse isso, Alonso trocaria logo após Hamilton e Vetel seria obrigado a segui-los. E teria sido, sim, um completo porre.
Vi, li e ouvi muitas críticas ao time vermelho. Achei todas injustas. Não estava previsto frio para a corrida e os pneus poderiam ter durado mais sim. Além disso, Grosejan em 2o e Perez em 3o fizeram apenas um troca e só foram tão longe por causa disso. A diferença é que os dois jovens participantes do podium fizeram seus pits mais tarde que o time de Maranello, permitindo que houvesse um pingo de borracha no final da prova.
Se a Ferrari errou, foi no cálculo do desgaste de pneus sob o calor do domingo. E Felipe errou mais feio, ao rodar sozinho quando estava em 5o lugar. Isso sim foi burrice aguda.
Sobre a Nascar, ainda estou vendo. Volta 120 de 160, 4a bandeira amarela. Isso sim é corrida equilibrada e divertida, sem asas móvel, sem KERS e o escambau. Tem que passar na raça, e os caras fazem.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Atrasos no metrô

Lembro-me do meu amigo Pako fazendo um comentário sobre o metrô:
"- O problema do metrô é que transportamos pessoas. Se fossem 2,5 milhões(*) de sacas de batatas de 60 quilos por dia, a operação seria muito mais simples."
* - dados do momento do comentário. Hoje essa conta já passa de 4 milhões.
Não podia concordar mais. A maior parte dos problemas é causada por usários com alguma dificuldade de locomoção ou compreensão do funcionamento do sistema (1%), mau intencionados (1%) ou simplesmente folgados e donos da verdade e de seus direitos (98%). Sabem aquele sujeito que entra correndo pela plataforma e segura a porta que está fechando para não perder o trem ? O típíco "brasileiro espertinho"...
Já há alguns eu propus uma solução simples. Abaixo uma foto que encontrei tirada de dentro de um vagão da linha 2 para ilustrar como são as portas hoje.


A seta vermelha destaca as borrachas que fazem a junção das portas quando fechadas. São flexíveis para ajustar o encaixe entre elas, o que não é mais uma característica necessária com a precisão mecânica hoje existente. A segunda função é proteger os usuários caso a porta se feche enquanto alguém está entrando ou saindo do vagão.
Minha ideia é trocar essas borrachas por lâminas afiadas de titânio. Durante uma ou duas semanas teríamos alguns acidentes, mas duvido que alguma pessoa realmente esperta fose vítima. A empresa paga as internações e indenizações que, em pouco tempo cairiam a zero. O investimento da troca de material somado a essas indenizações são largamente compensados pela economia operacional e aumento de capacidade do sistema com o fim dos atrados causados por usuários.
Que tal ?

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Submarino encalhado 2

Olá, amigos.
Atualizando a pendenga com o Submarino, no dia 30/05 entrei no site para acompanhar meu pedido e verifiquei que ele havia retornado "ao cais" no dia 29. Solicitei, então, o extorno.
Meu email foi solenemente ignorado, mas não porque eles são mal intencionados. É incompetência mesmo. No dia 04/06 veio um informe dizendo que meu pedido voltou, estava sendo cancelado e se eu preferia um vale compras ou o extorno integral do valor no mesmo meio de pagamento que eu utilizei. Óbvio que pedi o extorno. A operação foi confirmada há pouco via email, e eles alegam que são precisos dez (10) dias corridos para a operação constar do extrato do cartão.
Pessoalmente, acho que o prazo não faz o menor sentido. Se posso comprar na hora, por que tenho que esperar 10 dias para ter o dinheiro de volta ? Pra mim, isso é burrice aguda.
De todo modo, registro aqui que eu não queria o dinheiro, eu queria o produto, naquele preço. Teria pago uma nova taxa de manuseio feliz da vida. Agora já era, provavelmente perderam o cliente por causa disso. Certamente, burrice agura.
E aproveitarei para mandar consertar meu adorável aquecedor a gás que fez a gentileza que queimar na última segunda-feira.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Viajar pra que ?

Como meus amigos sabem, estou de viagem marcar para Grã-Bretanha em setembro próximo. Mas estou olhando o tempo pela janela (para quem não está em São Paulo ou está lendo este post com atraso, está aquela chamada "garoa do inferno" que aparenta durar para sempre. Nem posso reclamar, pois começou a chover cerca de 3 minutos depois de eu entrar no fretado rumo ao trabalho.
Daí a pergunta título: se é exatamente esse o clima que pegarei na Inglaterra por 36 dias, tô indo lá pra que ?!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O cavalo e o burro

Alguns anos atrás, coisa de 3 a 5, estava eu numa tarde de sábado indo de carro para minha casa. Não lembro mais onde eu tinha ido, mas eram mais ou menos 16h. Estava pela Av. Alfonso Celso, uma via paralela à Av. Jabaquara para quem não gosta de faróis e congestionamentos inexplicáveis que habitam a referida avenida.
Ali pelas tantas, observei uma carroça puxada por um cavalo. Fã de animais não-humanos que sempre fui, a cena me fez recordar que, em tese, o mundo ainda não está perdido: há uma lei municipal proibindo a traça animal em São Paulo.
Também não acho que as autoridades tenham bola de cristal, então fiz meu papel de cidadão e liguei 156 para denunciar a prática. Embora não seja uma recordação precisa, segue o diálogo em linhas gerais e no espírito em que de fato aconteceu:
- Prefeitura de São Paulo, Fulano de Tal, boa tarde. Em que posso ajudá-lo ?
- Boa tarde, Fulano. Acabei de ver uma carroça puxada por um cavalo e gostaria de registrar uma denúncia.
- Pois não, sr. Qual é a denúncia ?
- Oras... da carroça puxada pelo cavalo !
- E... o que tem isso, sr. ?
- É proibido.
- É ?!
- Sim é. No município de São Paulo é proibido uso de veículos de tração animal - Nesse momento eu estava calmo. Não dá para esperar que o atendente conhece todo arcabouço jurídico da maior cidade do país.
- Um momento, sr. - Fiquei esperançoso. Ele não sabia o que fazer, mas foi atrás de instruções. Em menos de 2 minutos, estava na linha novamente, com aquelas malditas frases prontas de atendimento
- A prefeitura agradece o sr. ter aguardado. Desculpe pela demora. Qual é o endereço de residência do animal ? - esse me pegou de surpresa.
- Não sei, amigo. Estou na Av. Afonso Celso e acabei de ver o ocorrido aqui.
- Ele mora na Av. Afonso Celso ?
- Eu não sei, ele está aqui agora.
- É que temos que investigar o ocorrido no endereço de residência do animal.
- Ah, tá. E se vocês chegarem lá e não virem o cavalo ou não virem ele puxando a carroça quer dizer que não teve nada de errado ?
- Sr., não sei informar o procedimento para esse caso.
- Ok, aceito isso. Mas eu não sei onde o cara mora.
- Mas é o cavalo...
- OK ! Eu também não sei onde mora o cavalo.
- Então não posso registrar a denúncia, sr.
- O que você me sugere, que eu siga o cara até a casa dele ?
- ...
- Na esperança de que o cavalo não morra antes, certo ?
- ...
- Se é que ele tem uma casa !
- ...
- E se é que ele tem uma casa em São Paulo. Pode ser que ele more em outra cidade !
- Ele mora em outra cidade, sr. ?
- Deus do céu ! Eu NÃO SEI onde ele mora. Será que não tem como enviar uma viatura da GCM aqui na Av. Afonso Celso ?
- GCM, sr. ?
- Guarda Civil Metropolitana !
- Ah, claro. Mas só poderia se ele morasse na Av. Afonso Celso, o que o sr. não tem certeza.
- É. Mas o fato está ocorendo nela agora. Quem sabe eles façam algo, ou pelo menos sigam o sujeito até a casa dele.
- Mas o sr. disse que ele não mora em São Paulo...
- Ok, desisto.
- A prefeitura agradece sua ligação. Tenha uma boa tarde !

Bem... O cavalo vocês notaram logo no começo da conversa. Já acharam o burro ?