quarta-feira, 22 de junho de 2016

Ração

Já me preparando para a chegada de meu filho Dale em casa, fui comprar os primeiros apetrechos caninos. O principal, claro, ração. Daí eu chego na Petz e encontro as seguintes opções:

- Royal Canin
- Premier
- ProPlan
- Natural & Delicious
- Cibau
- Equilíbrio
- Eukanuba
- Golden Fórmula
- Revena
- Grand Plus
- Naturalis
- Performance
- Max
- Dog Chow
- Science Diet
- Excellence
- Pedigree
- Premiatta
- KS
- Sabor Vida
- Nero
- Faro
- Alpo
- Magnus
(perdoem qualquer erro de grafia, eu estava cansado quando anotei)\

24 opções de marca. 
Vinte e quatro.
Isso, claro, não considera as variações dentro da marca, por tamanho, idade e sabor. Certo que existem outras. 
Declarei-me incompetente para comprar comida para cachorro e pedi ajuda para minha irmã, veterinária formada com mestrado e doutorado.


Bonzo, a única que eu sabia o nome, não existe mais há décadas. Aparentemente só eu não sabia...

segunda-feira, 13 de junho de 2016

A culpa é de quem, então ?

Segue uma lista para o amigo leitor. Não pretende ser uma lista completa, absoluta e perfeita. Ao contrário, fui lembrando caso a caso pela memória e coloquei apenas o nome do incidente, seguido de link da wikipedia sobre o mesmo. 

05/09/1972 - Munique. Link.
17/03/1992 - Buenos Aires. Link. (em espanhol)
11/09/2001 - New York. Link.
12/10/2002 - Bali. Link.
11/03/2004 - Madrid. Link.
07/07/2005 - Londres. Link.
17/07/2009 - Jacarta. Link.
11/12/2010 - Estocolmo. Link.
25/12/2011 - Nigéria (várias cidades). Link.
15/04/2013 - Boston. Link.
15/12/2014 - Sidney. Link
07/01/2015 - Paris. Link.
14/02/2015 - Copenhagen. Link.
10/10/2015 - Ancara. Link.
13/11/2015 - Paris. Link.
02/12/2015 - San Bernardino. Link.
12/01/2016 - Istambul. Link.
14/01/2016 - Jacarta. Link.
22/03/2016 - Bruxelas. Link.
12/06/2016 - Orlando. Link.

Fatos:
- Estranhamente, deu um número redondo: 20. 
- Não peguei casos de bombas em aviões: são apenas atentados em solo. 
- Jacarta e Paris são as cidades repetidas. (corrigido !)
- Todos os casos tiveram como motivação a religião islâmica.

Obviamente uma pesquisa em moldes acadêmicos traria muitos mais resultados. Mas já faz bastante tempo que não dá para negar que a religião é causa disso.

Entrementes, o amigo leitor tem o direito de tapar o sol com um pedaço de vidro e fingir que não vê os fatos. Se você o caso, fique a vontade para discordar e até comentar. Não estou aqui para brigar desta vez. Ainda assim, prometo atualizar a lista no próximo caso. Um dia a realidade te convence.


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Pedro, o Crítico

Quem nunca ouviu a história infantil "Pedro e o Lobo"? É aquela do garoto que vivia assustando as pessoas gritando "lobo !", até o dia em que o lobo de fato apareceu e ninguém levou ele a sério. Era bem fácil, mesmo para uma criança, notar que a moral aqui ensinada era sobre os malefícios de se mentir.
Mas será que não podemos ir além da mentira, e expandir o conceito? Podemos, devemos, iremos.

Começando pela parte mais leve, sou conhecido fã/adorador de algumas coisas na vida. Quem não? Adoro filmes de ficção científica, hamburguer, corridas de carro, chocolate e jogos em geral, para pegar 5 coisas completamente diferentes entre si. Ocorre que eu mesmo fiz minha própria versão de Pedro ao elogiar, provavelmente de modo excessivo, variantes dessas 5 coisas. O ponto é que ninguém mais me leva a sério, sequer eu mesmo, quando eu digo gostar de algum filme de sci-fi, de uma corrida, de um jogo. Basicamente, eu não tenho critério convincente e aceitável para essas coisas. Já aprendi e viver com isso.
Nem assim sou um inútil nesses assuntos. Há anos eu brinco com a frase: "gente... seu eu falei que uma sci-fi é ruim, é porque é ruim mesmo.". O mesmo para as outras 4 coisas que listei, talvez muitas outras. Se o assunto for filme de espionagem, doce de leite, livro de fantasia, campeonato de basquete ou rodízio de pizza a opinião talvez seja mais isenta, e tudo bem quanto a isso. Mas o fato é que eu me aceitei melhor quando ri de mim mesmo sobre a incapacidade de criticar certas coisas. Tornei-me útil, a meu modo.

Mas aqui tem um ponto importante que é a autocrítica que fiz. Confronto com as colunas de cinema que por algum tempo li na Folha, assinadas por Suzana Amaral. Lembro que as notas variavam de 0 a 4 estrelas, e por uns bons 4 anos no final da década de 90 era incrivelmente escolher o que ver: bastava ver qualquer coisa que ele desse nota zero. Qualquer coisa. Que me desculpem o linguajar pesado, mas esta lorpa deu nota zero para Star Wars e Matrix, por exemplo. Ainda assim, foi útil a seu modo, embora eu aqui duvide que ela se perceba como uma sátira de si mesma, incapaz de uma opinião coerente sobre os filmes que era (ainda é ?) paga para escrever sobre.

Se o amigo leitor aguentou ler até aqui, vai uma dica ao criticar coisas na política. Não seja como o Pedro, do conto. Mesmo que você não esteja querendo pregar uma peça em ninguém, pense bem antes de alardear qualquer coisa. Ou você vira uma Suzana Amaral do PT, do PSDB ou da PQP. Tanto faz: ninguém mais te leva a sério mesmo.
Tipo Carta Capital
Tipo Veja.
Mera piada, versões cômicas de si mesmas.




sexta-feira, 3 de junho de 2016

Economia Comportamental

O ser humano é capaz de fazer coisas incrivelmente inteligentes e incrivelmente burras. E não estou falando como espécie, mas como indivíduos mesmo. 
Notadamente, as coisas burras acontecem quando a pessoa decide deixar de pensar e agir por impulso, por instinto, por amizade, por raiva, por amor. Ou seja, quando deixa algum sentimento tomar conta da decisão. Não tem como dar certo, vejam.
Pois acabei de me pegar na armadilha justamente em um caso de economia comportamental, um daqueles centenas de temas que as ditas ciências humanas é capaz de detectar, mas não de explicar e muito menos de resolver, que é o que deveria de fato ocorrer.



Por trabalhar em uma empresa de TI, estou ligado (gostando ao não) ao SINDPD: Sindicato dos Profissionais das Empresas de Processamento de Dados. O fato de trabalhar em área administrativa não parece ser relevante para eles.
Ocorre que, em um assombro anti-democrático e ilegal, o SINDPD pode cobrar contribuições mensais obrigatórias de todos os potenciais filiados, mesmo que não sejam filiados. É isso mesmo: se você for um engenheiro que trabalha em uma empresa de TI, mesmo que queria contribuir para o sindicato dos engenheiros, é obrigado e pagar o SINDPD mensalmente, descontado em folha. E tem decisão judicial sustentando esse lixo. É de cair o cu da bunda mesmo.
Existe uma única saída para isso. O empregado precisa ser não-filiado e, anualmente apresentar pessoalmente uma carta de oposição a essa cobrança para que ela não seja feita, em um curto período de 10 dias corridos no começo do ano. Verdade seja dita, nos últimos 3 anos esse procedimento tem sido mais tranquilo de ser feito, mas quando eu entrei nessa área eram filas horrendas e um atendimento patético. Suficiente para pegar ódio desses caras.

Agora vamos ao ponto deste post.
Esta semana, recebi um folheto da chapa de oposição na eleição que se aproxima no sindicato. Uma das propostas dela é acabar com esse vergonhosa cobrança. Simpatizei de imediato com a chapa, embora eu mesmo seja não-sindicalizado e não vote, portanto. E passei pelo caminho mental a seguir:

"Puxa, bacana isso. Se os caras deixam de cobrar, precisam apresentar resultado de fato para atrair novos filiados. Isso faz deles caras focados. Que bom, a categoria precisa disso. Em um cenário desses, acho que retomo minha filiação e os pagamentos". 

O leitor notou a enrascada em que me meti sozinho? Só pelo fato da contribuição deixar de ser obrigatória, eu passei de ferrenho opositor para potencial apoiador. Sendo que o valor em questão é obviamente o mesmo.
Isso é um caso clássico dos disparates que as pessoas fazem com seus dinheiros. R$ 15 por mês são R$ 15 por mês, independente de você estar pagando porque quer ou porque é obrigatório. Deixar de ser obrigatório não é um motivo para se passar a pagar, oras.
Esse é o resultado de uma decisão não-racional. Agi movido por simpatia à mudança. É mais estranho que amor, é anti-ódio: a simples remoção da causa da minha bronca (até aqui racional-ish) me fez considerar fazer uma coisa sem a menor lógica.
"Economia comportamental", ou "como as pessoas jogam dinheiro pela janela sem notarem". Digno de estudo mesmo.