quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Grevista e a Prefeita

Hoje pela manhã, dirigindo-me para ao trabalho, ouvi uma matéria a cerca de um protesto no centro da cidade. Desde as 2h da madrugada, comerciantes da chamada Feirinha da Madrugada protestavam contra o fechamento do local pela prefeitura. Nunca estive no local, então não me cabe opinar se o fechamento é válido ou não. Causa estranheza ter sido de um dia para o outro, sem aviso, mas até aí essa informação também pode estar equivocada. 
No entanto, os revoltados comerciais decidiram interditar a Av. dos Estados no sentido centro. E assim ela estava até por volta das 6h. 
Consigo entender a chateação e o aborrecimento que o fechamento, correto ou não, cause aos comerciantes. Mas o que diabos isso tem a ver com quem passava por ali, isso me escapa à compreensão. Acho que sempre escapará.
Faço ligação agora desse tema com o fechamento, pela prefeitura de Cubatão, do pátio de estacionamento dos caminhões. Antes 24, a prefeita obrigou os pátios a funcionar apenas entre 8h e 18h. A fila de caminhões chegou a 50km. Quem passava por ali ficou preso em um congestionamento monstruoso que afeito todo o sistema Anchieta-Imigrantes.
O problema, segundo a prefeitura de Cubatão, é que o porto fica em Santos mas os pátio, e portanto os problemas, ficam em Cubatão. Ela queria chamar a atenção para esse situação. Conseguiu, claramente.

Analisando as duas situações, vejo a arbitrariedade com que as pessoas fazem uso da força física e numérica (no primeiro caso) e normativa (no segundo) para imporem sua vontade. Milhares de pessoas foram prejudicadas em ambos os casos a troco de um grupo supostamente prejudicado tentar reaver suas assim declarados direitos. 
Em comum, portanto, ambos os casos mostram o desrespeito para com quem nada tem a ver com o problema, e apenas teve o azar de estar no lugar errado, na hora errada. Comportamento de gentinha. Burrice aguda, como sempre digo.

Ah, claro. Há outro aspecto em comum: ambas as prefeituras são administradas pelo PT. 

terça-feira, 28 de maio de 2013

3D Euro

Em um caso raro de misturar os tags "futebol" e "cultura", venho comentar a experiência de assistir a final da Euro Champions League em 3D no Cinemark.
Como prelúdio, explico que trata-se do mais disputado torneio interclubes do mundo, reunindo a nata do futebol europeu. Participam apenas campeões nacionais e, para os países de futebol mais forte, vices e até terceiros colocados. Não mais do que isso. Após duas fases de grupos, os times vão se alinhando em mata-matas sorteados até a final, que acontece em jogo único e campo pré-determinado. 
No dia 25, Borusia Dortmund e Bayern de Munique decidiram o título em Wembley, Londres. Por sinal, estádio que tive a alegria de conhecer durante minha viagem. Detalhes aqui. Porém, 2 semanas atrás eu já sabia que haveria transmissão ao vivo em 3D nos cinemas. Comprei rapidamente (na verdade, não tão rapidamente assim, pois sentei-me na fileira I) o ingresso por R$ 33. Ajeitei a agente e fui-me. 
No local, um bando de moleques achou por bem torcer (torcer mesmo, gritando até) para o Borusia. Nada contra, mas era aquela mania de torcer pelo mais fraco e pela torcida mais bonita (pelo que entendi, a torcida do Borusia fez belos espetáculos ao longo da campanha). Mas eram moleques tão chatos que minha tendência pelo Bayern se consolidou rapidamente.
Não comentarei o jogo em si. Passou o momento. Mas vale comentar o passeio.
No primeiro tempo, tive uma impressão negativa do evento. A imagem era 3D, mas os jogadores pareciam estar com uma sombra colorida deles mesmos. O som era excelente, mas um pouco baixo dada a algazarra local.
O intervalo foi preenchido (esvaziado ?) com uma ida ao banheiro. Na volta, uma cena engraçada: um expectador assistia ao intervalo do jogo com os óculos de cabeça para baixo. Achei graça, dei de ombros e voltei ao meu assento.
Assim que o 2o tempo voltou, tive um estalo mental. Decidi inverter meus óculos, assim como fazia aquele sujeito. O mundo mudou.
O 3D passou a encaixar com absoluta perfeição na tela. A polaridade das lentes estava invertida, tanto para mim quanto para ele. Sabe-se lá quanto mais passaram por isso, mas minha treta estava resolvida. 
E tive um espetáculo na tela. Altíssima definição de imagem, 3D real acompanhado das diversas câmeras, zoom e replay. Em resumo, melhor que no estádio
É sério.
Recomendo fortemente.

domingo, 26 de maio de 2013

De que adianta ?

Matéria da Folha de São Paulo mostra clínica para tratamento de dependentes de crack que usa religião entre as técnicas utilizadas.
Na boa, gente, de que adianta trocar um vício por outro? Os dependentes de drogas possuem um conjunto de caracterísitcas psicilógicas, sociais, familiares e até genéticas que os tornou propensos à dependência química. Mas não se pode, e perdoem-me as palavras fortes, descartar a burrice do usuário que foi lá experimentar a porcaria do crack. Uma vez feita a cagada, aquelas características entram em cena e temos o dependente.
Ok, tá explicado.
Mas daí resolvem tirar o sujeito desse ciclo terrível colocando o mesmo indivíduo propenso à dependência em contato com outro tipo de droga, mentalmente ainda mais nociva que a primeira.
E um monte de gente ainda vai achar lindo.
Inferno de vida, viu ?

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Um gráfico relevante

O gráfico a seguir é meu peso nos últimos 60 dias.


Epic win, devo dizer sem modéstia. 
Agora vamos de manutenção.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Porque o Brasil odeia o Corinthians

Um tanto comentado esta semana, este vídeo apresenta fatos incontestáveis sobre a nuvem negra que paira sobre o futebol brasileiro nos últimos anos.
Versão inserida, para facilitar a vida das pessoas:

 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Bolsa Família

Como tenho feito ultimamente, mais uma vez deixei um assunto acontecer por inteiro, pois análises e opiniões no calor do momento podem levar a erros. Comento hoje a confusão causada no último sábado por um boato de que o Bolsa Família seria suspenso ou cancelado pelo governo federal. Segue link para o início da confusão.
Em resumo, espalhou-se o boato de que o referido benefício seria extinto. Já me diverte a notícia de que o episódio será investigado pela Polícia Federal. Pergunto como. Também me diverte o governo do PT classificar o episódio de "terrorismo eleitoral". Não foi o mesmo PT que fez isso na eleição de 2010, oras ? No dos outros, é refresco, não?
Mas vamos ao pós-evento. Milhares de pessoas foram a casas lotéricas e agências da Caixa na intenção de sacar o que seria o último benefício. Só isso mostra o desconhecimento sobre como as coisas funcionam: mesmo que o cancelamento fosse real, não haveria necessidade de pressa para nada. Ninguém cancelaria o benefício retroativamente.
Depois, salta aos olhos a depredação de 9 caixas eletrônicos no Maranhão. O motivo era o fato dos mesmos estarem sem dinheiro pelo excesso de saques ocorridos ao longo do dia. Outra mostra de ignorância. 
Mas o que entristece mais são dois aspectos. O primeiro deles, mais evidente, é a contínua dependência que essa população tem do benefício. Prova-se uma vez mais que apenas distribuir dinheiro entre os mais necessitados não elimina a causa do problema, apenas o efeito. A causa é uma baixa produção de bens e serviços, e quanto a isso o governo nada faz. Dá trabalho, afinal.
O segundo, já observado em outros tipos de mobilização, é como o brasileiro é capaz de correr atrás de seus "direitos", mas não consegue se unir por um bem comum. Não se vê tanta gente em manifestações contra a corrupção como se vê em estádios de futebol, em paradas gays, em paradas evangélicas ou em shows gratuitos de cantores decadentes. Somos 200 milhões de indivíduos, mas não somos uma nação.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Star Trek: Além da Escuridão

Na última sexta, com a dica do amigo Laurêncio Cara, fomos assistir Star Trek: Além da Escuridão. Pode ficar tranquilo, amigo leitor, não farei spoilers.
O filme é absurdo de bom. De longe, o melhor da série. Os efeitos estão cada vez melhores, com nenhum respeito pela realidade e leis da física da hora de filmar. Ângulos impossíveis, movimentos complexos e inesperados... Só diversão. 
A atuação de Zachary Quinto me surpreendeu, de novo. Chris Pine não compromete. Figurino espetacular, mesmo em detalhes mínimos. 
E a história é maravilhosa.

Como se tratava de um evento para fãs, vimos muitos fantasiados. Se o vencedor da noite:


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Ainda Maioridade Penal

Amigo leitor, enquanto aguardo ansiosamente pela consulta com a nutricionista nesta quarta-feira, dou pitacos finais, da minha parte, sobre a questão da maioridade penal.Vou atacar um único ponto desta vez: a mentira divulgada pelos auto-intitulados humanistas contrários à redução que mostram tabelas e tabelas de países desenvolvidos com maioridade penal elevada (18 ou até 21 anos, de acordo com o mentiroso).
Segue link sobre casos de crianças que foram julgadas como adultas: Jordan Brown, caso Junko Furuta, 2 garotos britânicosPaul Henry Gingerich e ainda ma matéria sobre crianças psicopatas.
Temos casos nos EUA, Japão e Inglaterra. Claro que os esquerdinhas dos direitos dos bandidos vão tentar descaracterizar os EUA da lista, mas já adicionei Japão e Inglaterra para evitar o movimento.
Aprofundando-me no tema, descobri que a maioridade penal na Inglaterra é, de fato, 10 anos de idade. Não os 18 que se divulga por aí. Dez
Então, senhores esquerdopatas da turma do "quanto pior, melhor", ao tentarem salvar seus empreguinhos inúteis, pelo menos não mintam. Essas coisas a gente descobre, ok ?

E deixo para o leito, uma pergunta de suma importância neste debate: por que os que são contrários à redução precisam mentir e distorcer fatos ?

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Provando do próprio veneno

Amigo leitor, eu não tenho falado muito de futebol por aqui. Cansei-me. O jogo está limitado, repetitivo, mecânico mesmo. E as arbitragens são uma lástima que tem tirado consistentemente meu interesse pelo esporte.
E é justamente a arbitragem que me faz escrever sobre a bola hoje. Não vi o jogo todo de ontem entre Corinthians e Boca. Mas entre zips e zaps, vi eu mesmo 2 pênaltis não marcados e 1 gol mal anulado. Comentaram que ainda houve outro gol mal anulado, e a esta altura não tenho porque duvidar.
Adorei !
É a primeira vez em 103 anos de história que o Corinthians é roubado. Torcedores de São Paulo, Santos e Palmeiras falam isso há anos e são sempre tratados como chororô de perdedor. Então chupa essa manga agora.
A arbitragem foi uma das coisas mais tendenciosas vistas nos últimos anos. Todas as queixas alvinegras serão válidas, mas ainda assim, não dou mais a mínima. Sofram mesmo. 
Sofram o que vocês impuseram aos adversários. Reclamem, chorem (na cama, que é lugar quente), gritem mesmo. Chamem de ladrão, e mandem uma carteirinha da Gaviões. Justiça poética foi feita.

Segue paródia musical, de original dos Mamonas Assassinas:
Quanta gente... 
quanta alegria.
Minha felicidade
É o impedimento marcado
No gol que seria...

Agora me deixem voltar à Nascar, que é assunto sério.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Fogo amigo

Chateou-me um tanto o artigo do excelente Hélio Schwartzman na Folha, no último dia 09/05. Segue link. Em suma, porque reapresenta uma categoria de ateus que muito me preocupa a existência. 
Claro que cada um tem a opinião que quer, e muitos preferem mantê-las consigo mesmos. Conheço muitos ateus que simplesmente se recusam a participar de modo mais efetivo da divulgação de ideias e do combate à religião. Chamo-os de ateus preguiçosos (quando estou de mau humor, digo "covardes") em um curioso paralelismo aos comunistas de grife. Até aí, vai.
Mas existem um novo sub grupo que é o dos ateus preguiçosos militantes. Essa turma acha que os ateus ativistas estão errados ao serem ativistas. Esses sim, eu chamo contínua e abertamente de covardes, portanto. Não tem a coragem de assumir a responsabilidade de combater o maior dos males da humanidade. Usam um discurso desconexo de "viva e deixe viver" justamente com quem não deixa viver (e não é de hoje), literalmente falando. 
Religião fede e deve ser combatida e extirpada o quanto antes. Fim.

Hélio, em seu artigo, assumiu uma postura muito próxima dos ateus preguiçosos militantes. Racionaliza ao buscar explicações científicas para a existência da religião, o que é muito válido. Mas conforma-se com sua existência, o que é é péssimo. 
Ele mesmo, em textos passados, mostrou que outros fenômenos como o racismo e a homofobia também possuem origem biológica no cérebro humano, mas nem por isso devem simplesmente serem aceitos. Acertou ao citar que foram fenômenos que fizeram sentido no passado remoto e não o fazem mais hoje em dia. No entanto, ao falar de religião, praga similar ao racismo e à homofobia em termos de crueldade, imposição, arbitrariedade e desrespeito, cala-se quanto ao seu combate e quase propõe um compromisso.
Não se faz compromissos com mentiras.
Não se faz compromissos com a exploração de pessoas iludidas.
Não se faz compromissos com gente de má índole.
Não se faz compromissos com religião.

sábado, 11 de maio de 2013

Religião com Respeito


É isso mesmo que você leu e está supondo que entendeu, amigo leitor: vou falar bem de uma religião hoje.
Sim, é sério. E o mais interessante de tudo é que eu discordo de todas as crenças religiosas (óbvio) e discordo de praticamente todos os modos de vida deles. Como isso é possível ? Basicamente porque eu concordo com as maneiras religiosas deles.
Perplexo e confuso, amigo leitor ? Não se apresse em fechar a janela do navegador. Pesquisando um pouco, descobri que os amish são uma linhagem religiosa que cresce aceleradamente nos EUA e Canadá.  Originados na Suíça no século XVI, foram forçados a migrar para os EUA no século XVIII justamente por não se alinharem com nenhuma outra organização religiosa. "Outra" já é um termo errôneo de se usar, pois eles sequer podem ser chamados de organização: unem-se em comunidades de 20 a 30 famílias, cada uma com não menos do que 6 filhos. 
Em tópicos, seguem as seguintes crenças (não custa repetir, das quais discordo totalmente):
- resumidamente, são cristãos
- seguem a risca o Novo Testamento
- a Igreja tem o poder de disciplinar cada membro, inclusive com poder de expulsão da comunidade
- pacifismo extremo: religião e violência são absolutamente incompatíveis
- o ser humano possui livre-arbítrio para crer e se converter (ok, eu acho esta aqui logicamente viável, devo admitir).
Como consequência de uma adoção severa da passagem Romanos 2:12 ("não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês"), adotam um estilo de vida, digamos, bucólico:
- nenhum tipo de tecnologia é aceito no interior das casas. Isso inclui energia elétrica
- em comunidades mais radicais, não há sequer telefone
- não prestam serviço militar nem participam do Seguro Social
- não usam veículos motorizados de nenhuma espécie
- comem apenas o que plantam
- falam uma língua própria similar ao alemão
- não reconhecem a autoridade do governo
- não tiram fotos, nem permitem que sejam tiradas fotos deles (há comunidades menos radicais nesse quesito)
Sinceramente, eu ficaria maluco na primeira semana com esses caras. Mas devo concluir meu artigo com 3 aspectos incrivelmente positivos dos amish
- não permitem a pregação religiosa, embora aceitem conversões.
- o batismo é feito por opção, quando o seguidor se torna maior de idade.
- os jovens passam por um período de liberdade (Rumspringa) na qual podem desrespeitar os modos de vida: podem ter aparelhos de som, beber e até fumar. A conversão pelo batismo só pode ser feita depois desse período.
Em resumo, ninguém tem a mente lavada nessa budega e eles não fazem a menor questão de serem conhecidos ou de espalharem o que são. E ainda assim, crescem vertiginosamente em números. 
Eu respeito muito quem não se mete com os outros e é exatamente o que eles fazem. Os pais passam pela apreensão de "perderem" os filhos para o mundo exterior, mas isso só acontece em 10% dos casos. De onde consegui inferir, quando isso acontece, os pais não são considerados incompetentes nem discriminados na comunidade: isso é visto como um acidente ou fato da vida. 
Pastor Feliciano precisava passar uns dias por lá, não ? Uns 10 mil dias, quem sabe ?

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ajuda sincera

Amigo leitor, venho comentar sobre uma situação de um amigo que permanecerá anônimo.
Esse rapaz namora uma ótima garota há um certo tempo. Não sei precisar, mas se mede em anos. Em tempos de pessoas frívolas e imaturas, o simples fato dele namorar já o mostra que é um rapaz acima da média (antes que me chamem de velho, eu já achava essa coisa de "ficar" uma ideia fraca quando eu mesmo tinha 14 anos. No máximo, portanto, teriam que me chamar de "velho há muito tempo"). Não satisfeito, ele realmente se envolve com a moça. Os dois compartilham tudo, inclusive suas dificuldades. Outra coisa rara hoje dia, e digna de elogios.
Porém, soube que a moça está achando meio caro o seguro do carro. Como condená-la ? É realmente bastante absurdo dependo do modelo e do perfil do condutor. E nisso, o rapaz decidiu ajudar a moça. 
Bem...
Ele cedeu um comprovante de endereço, para que o perfil de estacionamento noturno do carro fosse melhorado ? Não...
Ele colocou o carro dela no nome da mãe, que certamente tem perfil melhor que o da moça ? Não...
Ele vai casar com ela
Isso mesmo, amigo leitor: eles vão se casar para economizar R$ 300 (estimados) no seguro anual do carro. 
Fique passado ao ouvir isso do próprio noivo. Acho muito legal uma pessoa se dedicar assim a ajudar a outra, mas alguém fez as contas de quanto custa o procedimento do casamento? Tem certeza de que a conta fecha assim, gente?
Enfim: seja felizes (e realmente acho que serão), ok ? Creio que estejam lendo isso, inclusive...

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mais dois casos

Segue link do primeiro.
Se não quis ler, é um relato sobre uma medium que, em 2004 afirmou que uma das moças sequestradas nos EUA e soltas esta semana estava morta. Não estava morta em 2004 nem está agora. #Fail.

Segue link do segundo.
Se o leitor continua com preguiça de ler, é sobre o pastor que estuprou 6 pessoas para "torná-las santas como ele". Chocante. Ainda mais chocante é a manifestação de 30 pessoas em apoio a ele.

Depois eu falo que são todos um bando de picaretas, safados e sem vergonha, e falam que eu sou o chato, implicante e não respeito a religião dos outros. E que estou generalizando.

Na maioria esmagadora dos casos, não merece repeito mesmo. Quanto a generalização, talvez seja verdade: 98,7% dos religiosos dão má fama ao restante. Burrice aguda é acreditar nisso.

Outro Podre de Rico

Já que me diverti tanto falando de Rockefeller ontem, decidi falar de de John Piermont Morgan hoje.
Com uma vida menos atribulada e muito mais discreta que Rockefeller, Morgan foi a vida toda banqueiro. Não que seja uma operação simples e óbvia, mas era praticamente monotemática. A J. P. Morgan & Co. nasceu como J. S Morgan Co. em 1854 pelas mãos de seu pai. Morgan assumiu o comando apenas em 1871. 
Entre suas façanhas, criou e controlou as empresas AT&T, Federal Steel Company (que se tornaria a primeira corporação de 1 bilhão de dólares em 1895) e General Eletric, além de duas dúzias de ferrovias.
Também era apreciador de arte e filantropo. 
J. P. Morgan teve passagem decisiva na contenção do Pânico de 1907. Em uma crise de confiança similar à que aconteceria em 1929, Morgan colocou dinheiro do próprio bolso e convenceu vários outros banqueiros de New York a fazer o mesmo para garantir a solvência dos bancos e, por extensão à economia. Neste caso, o movimento funcionou muito bem e em poucas semanas o pânico havia passado. Como consequência de sua participação no caso, o governo criou no ano seguinte o mecanismo de reserva federal.
Criou o conceito de modernização, no qual buscava tornar empresas a beira da falência adquiridas pelo seu banco novamente solventes através da economia dos custos internos. Ganhou muito dinheiro revendendo as empresas saneadas. Mas pode por "muito dinheiro" nisso. 
De todo modo, não consegui localizar dados confiáveis sobre a extensão de sua fortuna. Mas seu nome ainda está em um dos maiores bancos do mundo até hoje.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Podre de Rico

Bill Gates, Carlos Slim, Sam Walthon... todos uns bostas.
Ok, um tanto de exagero na primeira linha, mas certamente captei a atenção do leitor para o tema que queria comentar hoje: John D. Rockefeller. Não é aniversário de nascimento, de morte, de casamento ou de formatura dele: apenas deu vontade de resumir a carreira do que verdadeiro homem mais rico de todos os tempos
Rockefeller criou um império de petróleo, na época em que o mesmo era refinado em querosene para iluminação. Originalmente feito a partir de óleo de baleias, o óleo começou a ficar caro e o até então inútil petróleo era ridiculamente barato. Então, Rockefeller decidiu em 1859 investir em um mercado nascente.
Em meados da década de 1880 (25 anos depois, aproximadamente), ele refinava cerca de 85% do petróleo norte-americano. Chegou a sonhar com um monopólio planetário, o que não conseguiu fazer por dois motivos. O primeiro foi uma crescente resistência da opinião pública norte-americana à concentração de negócios nas mãos de um único dono, independente do mercado em questão. A segunda, mais crítica na minha opinião, foi o início das operações de refino simultaneamente em diversas partes do mundo, com destaque para a Rússia e o sudeste asiático.
Seu método de crescimento era, em essência, comprar os rivais que surgissem pelo caminho. Sua primeira oferta era tida como justa e honesta: ele apenas mostrava o tamanho real de sua operação e oferecia o valor de mercado pela companhia. Os teimosos eram levados à falência em questão de meses. Para evitar o excesso de aventureiros, Rockefeller mantinha os preços do querosene incrivelmente baixos. Ao longo de 40 anos, o preço caiu 80%. Não era dos consumidores que ele tirava seu lucro, mas da escala da operação. 
Em 1911, sua companhia Standard Oil Company foi condenada por violar práticas anti-truste consideradas ilegais pouco antes. Claramente consequência da conscientização do público e mídia que exigiu tais medidas nos anos anteriores, a Standard foi fracionada em 34 empresas. Perceba agora, amigo leitor, o tamanho da operação que Rockefeller controlava. A Standart foi dividida nas seguintes companhias, entre outras: Continental Oil (que se tornou Conoco e atualmente ConocoPhillips), Standard of Indiana (que se tornou Amoco, parte da Brithish Petroleum hoje), Standard of California (atual Chevron), Standard of New Jersey (que se tornou Esso, Exxon e ExxonMobil), Standard of New York (que se tornou Mobil e, claro, ExxonMobil) e Standard of Ohio (parte da BP) e uma parcela que não consegui identificar com precisão que deu origem à Pennzoil
Estima-se que sua fortuna chegou a 900 milhões de dólares nos anos 1910, o que seria aproximadamente 670 bilhões de dólares em valores atuais. Isso equivale à soma dos primeiros 18 bilhionários da lista da Forbes. 
O cara era bom no que fazia.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Foto do dia

Estas foram tiradas ontem, em uma praça onde comemorávamos o primeiro aniversário do Nuno.



Percebam o tamanho dos bichos.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Exemplar !

É assim que se lida com imbecis.
Segue link.

Alguns absurdos contemporâneos

Amigo leitor, bom dia. 
Descobri que vocês não gostam de ler meu blog em feriados. Não posso criticá-los, pois eu mesmo não postei nada. Então, retomemos de onde paramos, certo ?
O tema do dia é mais filosófico, mas com algum enfoque prático ainda. Venho levantar, e por que não desabafar sobre, algumas coisas que observamos em nossa sociedade neste começo de milênio que apontam nossa infantilidade enquanto seres (supostamente) sapientes. Gosto de escrever em tópicos, e algo me diz que este post terá filhotes, algo como "De quem eu não tenho pena".
  • Torneiras dosadoras
Começando o assunto por algo que já aceitamos como cotidiano, são as torneiras dosadoras nos banheiros dos estabelecimentos públicos em geral. Bares, restaurantes, supermercados, shopping center, cinemas e empresas adotaram essas torneiras que o funcionam por um certo volume de água. Já soube até de gente colocando isso em casa. Escapam apenas os locais, digamos, menores: escritórios pequenos, restaurantes de bairro. botecos.
Com tantas campanhas sobre economia e uso racional da água, será que ainda precisamos desse tipo de expediente ? Sim, precisamos. Ainda tem estúpidos incapazes de fechar a torneira depois de lavar as mãos. E o nível de burrice aguda é tal que precisamos ficar felizes pelo sujeito ter lavado as mãos...
  • Alertas em maços de cigarro
Tabagismo mata. É feio, fedido, inconveniente, desagradável, anti-social. E mata. 
Eu já falei que mata ?
Pois bem... pode parecer estranho, mas ainda tem gente que fuma no mundo. E são centenas de milhões ! Não adianta fazer campanha, explicar, mostrar e falar. Então estão tentando desenhar nas embalagens de cigarros. Sei que temos essa medido no Brasil, e imagino que em outros países também. Mas não é chocante pensar que precisamos desse tipo de explicação para milhões de burros agudos eventualmente pensarem em parar de fumar ?
  • "Se os sintomas persistirem, procure um médico"
Essa é das boas. O sujeito fica doente, mas "não é grave", como se ele fosse formado em medicina para saber se é grave ou não. Vai na farmácia e compra um remédio, que pode nem ser para o problema que ele realmente tem, na medida em que não sabe o que é. Toma por uns dias, podendo provocar sabe-se lá quantos tipos de complicações, sem falar na doença principal que permanece intocada. 
E ainda é preciso colocar um aviso nas propagandas de remédios recomenando que o paciente vá ao médico !
  • Nova lei seca
Acho que o mais assombroso absurdo dos últimos tempos é a recentemente aprovada nova Lei Seca para o trânsito, que dobrou a multa e aumento severamente as penas dos motoristas flagrados embriagados ao volante. Que fique, claro, o absurdo não é a lei, mas a necessidade da lei. Com tantos acidentes, mortes, ferimentos, tragédias, amplamente noticiados em variados meios de comunicação, ainda é preciso aprovar uma nova lei para punir ainda mais os imbecis que insistem nisso.

Gente, que fique claro que não sou contrário a nenhuma das medida. Apoio todas elas e muitas outras (tô falando que este post vai virar série...). Apavora-me é eles serem necessários.